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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

PQI3203 - FENÔMENOS DE TRANSPORTE I (2023)

CAIO VIEIRA BELLA - 13642585


MARIO ALVES DE LIMA NETO - 13685405
MATEUS DESSIMONI - 13837769
FELIPE GONÇALVES FREITAS - 13685513
GABRIEL LEANDRO SANTIAGO - 13685385

TRABALHO FINAL

SÃO PAULO
2023

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CAIO VIEIRA BELLA - 13642585
MARIO ALVES DE LIMA NETO - 13685405
MATEUS DESSIMONI - 13837769
FELIPE GONÇALVES FREITAS - 13685513
GABRIEL LEANDRO SANTIAGO - 13685385

TRABALHO FINAL

TRABALHO APRESENTADO AO CURSO DE


ENGENHARIA DE PETRÓLEO DA ESCOLA
POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO - EPUSP

PROFESSOR: ARDSON DOS SANTOS


VIANNA JUNIOR

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SUMÁRIO
1. Introdução ............................................................................................................. 4
2. Resumo ................................................................................................................. 5
3. Resolução ............................................................................................................. 6
4. Cotação ............................................................................................................... 13
5. Conclusão ............................................................................................................ 15

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1. INTRODUÇÃO

As tubulações desempenham um papel fundamental em diversos setores


industriais, permitindo o transporte eficiente de fluidos como água, óleo, gases e
outros materiais. No entanto, para garantir o bom funcionamento desse sistema, é
necessário escolher a bomba apropriada, que será responsável por impulsionar o
fluxo dentro das tubulações.
Assim, este trabalho tem como objetivo resolver um exercício prático, o
Projeto 1, envolvendo tubulações e auxiliar na escolha da bomba adequada para um
determinado serviço. A seleção correta da bomba é essencial para otimizar o
desempenho do sistema, levando em consideração fatores como a vazão
necessária, a pressão requerida, as características do fluido e outra as
características do tubo.

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2. Resumo
Para a execução deste projeto, foram aplicadas equações fornecidas durante
as aulas, como a equação de Bernoulli, a qual utilizamos para determinar a potência
da bomba do sistema, considerando todas as informações fornecidas. Além disso,
calculamos as perdas nas linhas de sucção e descarga, levando em consideração
os joelhos de 90° e a válvula de globo aberta, utilizando o número de Reynolds para
verificar o regime turbulento. Para essa análise, seguimos os gráficos e tabelas
correspondentes disponibilizados na apostila.
Após isso, foi realizada uma cotação comercial para a escolha de uma
bomba adequada para o serviço. Para escolher o produto correto tivemos que
analisar várias variáveis, como a altura manométrica, a potencia necessária e a
vazão.

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3. Resolução

DADOS OBTIDOS COM O ENUNCIADO:


- Água a 20ºC
- Vazão de 800 litros/min
- Tubulacao de aco comercial
- D = 4''
- Schedule 40
- Joelhos de 90º
- 1 válvula globo

A partir disso, precisamos procurar outras informações:


- Como o reservatórios estão abertos, P1 = P2 (Patmosfera)
- Tubos: (Retirados da tabela abaixo)
- Parede = 6,02mm
- Ø interno = 102,26mm
- Peso = 16,07 Kg/m

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Descobrindo a velocidade:
Vazão volumétrica = velocidade x área
Vazão = 800L/min = 0,013 m3/s
Área = (pi x D2)/4
D=diâmetro interno = 102,26 mm = 0,10226 m (de acordo com a tabela acima)
Área = 8,21 x 10-3 m2
Velocidade = vazão / área = 1,58 m/s

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Descobrindo fator de atrito (f):

A partir da tabela, tem-se que a rugosidade relativa para o aço comerciável


(“Commercial steel”) é 0,045 mm ou 0,000045 m. Esse valor será usado para achar
o fator de atrito.

A partir da tabela acima e do cálculo do número de Reynolds a seguir, é


possível achar o valor do fator de atrito.

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Re = pVD/u = 1000 x 1,58 x 0,10226 / 0,000045 = 3.590.462,22
Assim, f = 0,0036

Calculando as perdas em cada um dos tubos:


A partir da fórmula: (perdas) = 2fLV2/D
Sendo:
f = fator de atrito
V = velocidade
D = diâmetro interno
L = comprimento do tubo

perdas(L1) = 2 x 0,0036 x 3,5 x (1,58)2 / 0,10226


perdas(L1) = 0,615 J/Kg

A mesma conta será feita para o demais comprimentos de tubo, sendo apenas esse
parâmetro que irá mudar:
perdas(L2) = 0,176 x L2, com L2 = 1,5 m
perdas(L2) = 0,264 J/Kg

perdas(L3) = 0,176 x 0,5


perdas(L3) = 0,088 J/Kg

perdas(L4) = 0,176 x 1,5


perdas(L4) = 0,264 J/Kg

perdas(L5) = 0,176 x 5
perdas(L5) = 0,880 J/Kg

perdas(L6) = 0,176 x 1,5


perdas(L6) = 0,264 J/kg

perdas(L7) = 0,176 x 1,5


perdas(L7) = 0,264 J/Kg

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Calculando as perdas nas singularidades:

A partir da fórmula: (perdas) = 2fLeqV2/D e usando a tabela acima para descobrir o


Equivalente da cada uma das singularidades, tem-se que:

perdas(válvula) = 2 x 0,0036 x 34 x (1,58)2 / 0,10226


perdas(válvula) = 5,976 J/Kg

perdas(cotovelo) = 2 x 0,0036 x 3,4 x (1,58)2 / 0,10226


perdas(cotovelo) = 0,597 J/Kg

*perdas(nos 6 cotovelos) = 0,597 x 6 = 3,582

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Perdas na linha de sucção:
Vai ser a soma das perdas de L1, L2 e de um cotovelo:

perdas(linha de sucção) = 0,615 + 0,264 + 0,597


perdas(linha de sucção) = 1,476 J/Kg

Perdas na linha de descarga:


Vai ser a soma das perdas de L3, L4, L5, L6, L7, de cinco cotovelos e da válvula:
perdas(linhas de descarga) = 0,088 + 0,264 + 0,880 + 0,264 + 0,264 + (5 x 0,597) +
5,976
perdas(linhas de descarga) = 10,721 J/Kg

*Perdas(total) = perdas(linha de sucção) + perdas(linhas de descarga)


Perdas(total) = 1,476 + 10,721
Perdas(total) = 12,197 J/Kg

Potência útil da bomba:


Pode ser calculada a partir da equação de Bernoulli:

Do enunciado, pode-se considerar alguns fatos:


- Como o reservatórios estão abertos, P1 = P2 (Patmosfera)
- V1=V2 (velocidades na entrada e na saída da bomba iguais – diâmetro
constante da tubulação).
- Como não foi dado rendimento da bomba, vamos considerar n = 100%
- z1 vai ser cota inicial = 0 m
- gravidade = 9,8 m/s2

Assim, a equação fica: w = gz2 + (perdas(total))

z2 vai ser a soma tubos que sobem até o outro tanque:


z2 = L1 + L4 + L6
z2 = 3,5 + 1,5 + 1,5
z2 = 6,5 m

Então:
w = 9,8 x 6,5 + 12,197
w = 75,897 J/s (W)

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É POSSÍVEL HAVER CAVITAÇÃO?

A cavitação é um fenômeno hidrodinâmico que ocorre quando a pressão de


um fluido cai abaixo da sua pressão de vapor, levando à formação e colapso de
bolhas de vapor no fluido. Esse colapso repentino das bolhas gera ondas de
choque, altas temperaturas e jatos de fluido, criando uma série de impactos físicos
intensos nas superfícies próximas.
A partir disso, vamos descobrir se o sistema está sujeito a cavitação a
partir das seguintes fórmulas:

NPSHrequerido é dado pelas especificações da bomba, podendo ser encontrado


no seguinte gráfico:

NPSHreq = 2m, já que W = 46,8 m3/h

Cálculo NPSHdisponível

Para não ocorrer cavitação: NPSHrequerido < NPSHdisponível


Informações necessárias:
Pressão de vapor da água para 20ºC = 0,25 mca
Patm = 10,00 mca (Altitude = 300m)
hfsuf = 3,293/9,8 = 0, 336 mca

NPSHdisp = 10 - 0,25 - 3,5 - 0,336 = 5,914 mca

Como, de fato, NPSHrequerido < NPSHdisponível, então não ocorrerá cavitação.

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4. Cotação

Escolha do modelo de bomba

● Aplicação: defina o tipo de uso que você pretende fazer do equipamento.


Conforme observou, alguns modelos não servirão para bombear detritos
sólidos, por exemplo.
● Vazão x pressão: esses são 2 fatores técnicos fundamentais, pois incidem no
volume de água necessária para atender sua demanda.

Alguns tipos de bombas

Bombas centrífugas = são usadas para instalações residenciais, alimentação


de caldeiras, poço profundo, de processo, química, de recirculação, petroquímica,
de esgotos, efluentes, polpa, combate a incêndio, condensado, etc.
Bombas rotativas = limitam-se às aplicações nas indústrias de processo,
principalmente no bombeamento de líquidos pastosos ou muito viscosos e
bombeamento de óleo combustível para queima de caldeiras, fornos, etc.
Bombas alternativas = praticamente a sua única aplicação é a dosificação de
produtos químicos, mediante as chamadas “bombas dosificadoras”.

Com base no gráfico abaixo:

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Sabendo que a altura é 6,5m e a vazão é 0,013 m3/s (convertendo para m3/h
fica 46,8), com isso chegamos a conclusão que o tipo de bomba a ser utilizado
nesse projeto é a centrífuga.
Como sabemos que a bomba é centrífuga utilizaremos mais esse gráfico de
pré-seleção de bombas para fazer outras análises para determinar o modelo da
bomba que vamos utilizar.
Observando o catálogo de bombas de um fabricante, pode-se escolher a
bomba mais adequada ao sistema que se deseja instalar uma bomba, da seguinte
forma: supondo que que após os cálculos do balanço de energia, uma altura
manométrica Hp=6,5m foi obtida e se quer bombear o líquido a uma vazão de
projeto definida como 800L/min No catálogo geral do fabricante, existem diversos
modelos representados, na Figura abaixo, deve-se entrar com o valor de até
Hp=100m na ordenada e com o valor entre Q = 0m3/h e Q = 800m3/h na abscissa.

Com análise dos catálogos da empresa https://www.roloepereira.com/ ,


precisamos de uma bomba dentro da potência dentro de 0,25 Kw, Hp= 6,5m e
vazão 800 L/s. Olhando os catálogos de preços e nome da bomba temos:

O modelo da bomba a ser utilizado vai ser a


NKM-G-32-125.1/140/A/BAQE/0.25/4, que custa 846 euros (R$4516,20)

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5. CONCLUSÃO

Após uma análise detalhada dos dados fornecidos e dos cálculos realizados,
concluímos que a bomba mais adequada para o sistema em questão é o modelo
NKM-G-32-125.1/140/A/BAQE/0.25/4. Essa conclusão foi baseada em diversos
fatores técnicos, considerando a aplicação específica do sistema, a altura
manométrica necessária (6,5 m) e a vazão desejada (800 L/min).
A escolha de uma bomba centrífuga se mostrou apropriada, levando em
conta as características do sistema, tais como o bombeamento de água a uma
temperatura de 20ºC, a tubulação de aço comercial com diâmetro interno de 102,26
mm e as singularidades presentes, como cotovelos de 90º e uma válvula globo.
Além disso, consideramos que o reservatório está aberto, o que implica em
igualdade de pressões na entrada e saída da bomba.
Ao avaliar diferentes catálogos de bombas, encontramos no catálogo da
empresa https://www.roloepereira.com/ o modelo NKM-G-32-125.1/140/A/BAQE/0.25/4
como a opção mais adequada em termos de características técnicas e
desempenho. Essa bomba possui uma potência de 0,25 kW, atendendo às
necessidades do sistema, e está dentro do limite de custo estabelecido.
É importante ressaltar que a escolha de uma bomba adequada é crucial para
garantir o funcionamento eficiente e confiável do sistema. Uma seleção cuidadosa
considerando fatores como vazão, altura manométrica, características do fluido e
condições operacionais contribui para um projeto bem-sucedido. Além disso, a
análise de catálogos de fabricantes confiáveis permite uma seleção embasada em
dados técnicos e especificações dos equipamentos.
Portanto, com base em todas essas considerações, recomendamos o modelo
NKM-G-32-125.1/140/A/BAQE/0.25/4 como a bomba ideal para o sistema em
questão, devido às suas características técnicas, desempenho adequado, custo
acessível e compatibilidade com as necessidades do projeto. Essa escolha visa
garantir a eficiência, confiabilidade e bom funcionamento do sistema de
bombeamento de água a 20ºC com vazão de 800 L/min.

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