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REDES DE FLUXO
Profª. Drª. Karina Retzlaff Camargo
Este trabalho tem como objetivo determinar as redes de fluxo em uma barragem de
terra e em um solo arenoso, que serve como fundação para uma cortina de estaca
prancha. A partir do traçado das redes de fluxo, será possível identificar a vazão percolada
através do solo, a distribuição da pressão neutra e a condição de liquefação na parcela de
solo ao redor da cortina estaca prancha. Para a realização deste trabalho, foram utilizados
dados de um ensaio, disponibilizado em vídeo, realizado em permeâmetro de parede rígida
à carga constante e à carga variável.
● Carga Constante:
Onde,
180.13 −3
𝐾1 = 176.72.159.46
= 1, 81𝑥10 𝑐𝑚/𝑠
183.13 −3
𝐾2 = 176.72.159.47
= 1, 80𝑥10 𝑐𝑚/𝑠
181.13 −3
𝐾3 = 176.72.159.46,5
= 1, 80𝑥10 𝑐𝑚/𝑠
● Dados do ensaio:
Onde,
13.12,56 140 −3
𝐾1 = 176.72.99
. ln 𝑙𝑛 86
= 4, 548𝑥10 𝑐𝑚/𝑠
13.12,56 86 −3
𝐾2 = 176.72.68
. ln 𝑙𝑛 59
= 5, 123𝑥10 𝑐𝑚/𝑠
13.12,56 140 −3
𝐾3 = 176.72.167
. ln 𝑙𝑛 59
= 4, 817𝑥10 𝑐𝑚/𝑠
4,548+5,123+4,78 −3
𝐾= 3
= 4, 82𝑥10 𝑐𝑚/𝑠
Após construída a rede de fluxo utilizamos a relação nf/nd para encontrar a vazão
total percolada que é dada pela fórmula:
𝑛𝑓
𝑄 = 𝐾. △𝐻. 𝑛𝑑
−3 4
𝑄 = 1, 80𝑥10 𝑐𝑚/𝑠 . 750𝑐𝑚 . 8
= 0, 675𝑐𝑚³/𝑠/𝑚
Como a barragem possui 50 metros de comprimento, basta multiplicar a vazão
encontrada por 5000 centímetros, que é o equivalente em metros da barragem. Sendo
assim:
𝑄 = 0, 675𝑐𝑚³/𝑠 . 5000 = 3375𝑐𝑚³/𝑠
𝑄 = 291, 6 𝑚³/𝑑𝑖𝑎
Onde:
𝛥𝐻𝑖 = diferença de carga hidráulica entre duas equipotenciais;
𝛥𝐻 = diferença de carga hidráulica total;
𝜂𝑑 = número de quedas de potencial.
7,5𝑚
𝛥𝐻𝑖 = 8
= 0, 94𝑚
Assim, a carga hidráulica total em cada ponto ficam demonstradas nos cálculos
abaixo:
Onde:
𝐻 = carga hidráulica;
𝐻1 = maior valor de carga hidráulica;
𝜂𝑑 = número de quedas de potencial;
𝛥𝐻𝑖 = diferença de carga hidráulica entre duas equipotenciais.
E a carga piezométrica:
ℎₚ = 𝐻 – 𝑍
Onde:
ℎₚ = altura piezométrica;
H = carga hidráulica no ponto;
𝑍 = carga de altura.
Por fim, sabendo a altura piezométrica, calcula-se a pressão neutra em cada ponto:
𝑢 = ℎₚ. 𝛾𝑤
Onde:
𝑢 = pressão neutra;
ℎ𝑝 = altura piezométrica;
𝛾𝑤 = peso específico da água (10kN/m³).
● Ponto B
● Ponto C
● Ponto D
● Ponto E
● Ponto F
● Ponto G
● Ponto H
● Ponto I
Desenho 2 - Diagrama de pressões neutras da Cortina de estaca prancha
𝑦𝑠𝑢𝑏
𝑖(𝑐𝑟í𝑡) = 𝑦𝑤
Onde,
γsub = Peso específico submerso do solo;
γw = Peso específico da água.
Como:
𝑦𝑠𝑢𝑏 = 𝑦𝑠𝑎𝑡 − 𝑦𝑤 = 18 𝑘𝑁/𝑚³ − 10 = 8𝑘𝑁/𝑚³
Logo, o nosso i crítico será:
8
𝑖(𝑐𝑟í𝑡) = 10
= 0, 8
Onde,
7,5𝑚
∆𝐻𝑖 = 8
= 0, 94𝑚
Portanto,
0,94
𝑖= 1,8
= 0, 52
Baseado nestes resultados, onde 𝑖(𝑐𝑟í𝑡) > 𝑖, não ocorre o fenômeno de liquefação:
𝑖(𝑐𝑟í𝑡) > 𝑖
0, 8 > 0, 52
Para traçar a rede de fluxo em uma barragem de terra composta por material
homogêneo e anisotrópico, primeiramente foi necessário executar uma conversão das
coordenadas horizontais com o uso da Equação de Laplace. Adicionalmente, foram
empregados métodos de solução propostos por Casagrande (como a hipótese de Kozeny)
para identificar a linha de fluxo superior na barragem, tanto na configuração com filtro
quanto naquela com um ângulo de 90 graus.
Antes de poder calcular as medidas, deve-se fazer uma transformação de
coordenadas a partir da fórmula:
𝐾𝑧
𝑥𝑡 = 𝑥. 𝐾𝑥
Onde:
xt = medida transformada;
x = medida horizontal real;
Kz = coeficiente de permeabilidade vertical;
Kx = coeficiente de permeabilidade horizontal.
Assim descobrimos que o Xt da barragem é igual a 35,20m, pois, por uma relação
trigonométrica obtém-se a medida de 74,20m de tamanho real da barragem.
𝐾𝑒𝑞 = 𝐾𝑥. 𝐾𝑧
𝑎 = 𝑎' − 𝑘. 𝑎'
Onde:
k = f(β);
a’ = distância entre o ponto mais abaixo do filtro e a intersecção da parábola com a
linha de saída.
Onde o a foi calculado como 0,804m. A partir dos parâmetros de desenho definidos,
a rede de fluxo é traçada. A relação de canais de fluxo por número de quedas de potencial
encontrada foi de 0,6.
Desenho 4 - Rede de Fluxo Barragem do Chasqueiro
4. VAZÃO PERCOLADA