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UNIVERSIDADE CESUMAR – UNICESUMAR

CAMPUS DE FOZ DO IGUAÇU


CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

WALTER BARBOSA COUTO JUNIOR


RA: 22326493-5
MAPA - ELETROMAGNETISMO - 53/2023

FOZ DO IGUAÇU
2023
1 - Considere que uma carga pontual de 3nC esteja localizada nas
coordenadas (2,3,-1).
a) Determine a força sobre uma carga pontual de 2nC localizada em (0,1,-
1).
b) Encontre o campo elétrico 𝑬 em (0,1,-1).

R: Para determinar a força entre duas cargas pontuais, podemos usar a Lei de
Coulomb, que é dada pela seguinte equação:
F=k⋅∣q1⋅q2∣/r²
Onde:
• F é a força entre as duas cargas;
• K é a constante eletrostática, aproximadamente igual a 8.99×109 N⋅m²/C²
no vácuo;
• q1 e q2 são as magnitudes das duas cargas;
• r é a distância entre as cargas.
Primeiro, vamos calcular a força entre as duas cargas de 3nC e 2nC:
q1=3×10-9 C
q2=2×10-9 C

A distância entre as duas cargas pode ser calculada usando a fórmula da


distância entre dois pontos no espaço tridimensional:
r² = (x2−x1)²+(y2−y1)²+(z2−z1)2²

Para as coordenadas dadas:


x1=2, y1=3, z1=−1
x2=0, y2=1, z2=−1

Agora, podemos calcular a distância r:

r = (0−2)²+(1−3)²+(−1−(−1))² = 4+4+0 = √8

Agora, podemos calcular a força F:

F = 8.99×109⋅∣3×10-9⋅2×10-9∣/√8²
F = 6.7425×10-18 N
A força entre as duas cargas é de aproximadamente 6.7425×10-18 N.

Agora, para encontrar o campo elétrico (E) no ponto (0,1,-1) devido à carga de
3nC em (2,3,-1), podemos usar a seguinte fórmula para o campo elétrico devido
a uma carga pontual:
E=k⋅q/r²

Onde:
• E é o campo elétrico no ponto de interesse;
• k é a constante eletrostática;
• q é a magnitude da carga;
• r é a distância entre a carga e o ponto onde o campo elétrico é calculado.

Neste caso, q = 3×10-9C e r é a distância entre (2,3,-1) e (0,1,-1), que já


calculamos como √8.

Portanto, o campo elétrico no ponto (0,1,-1) devido à carga de 3nC em (2,3,-1)


é:

E = 8.99×109 ⋅3×10-9/√8²
E = 3×109 N/C

O campo elétrico em (0,1,-1) é de 3×109 N/C e aponta na direção oposta à linha


que conecta a carga de 3nC ao ponto (0,1,-1).

2 - Considerando uma esfera condutora de raio 0,5 m, esteja carregada


uniformemente e que possui uma densidade superficial de carga 3,6uC/m²,
determine a carga da esfera.

R: Para determinar a carga total (Q) de uma esfera condutora carregada


uniformemente com densidade superficial de carga (σ), podemos usar a fórmula
da densidade superficial de carga:

σ = AxQ
Onde:
• σ é a densidade superficial de carga, dada em μC/m².
• Q é a carga total da esfera, que desejamos encontrar.
• A é a área da superfície da esfera.

Neste caso, já temos a densidade superficial de carga (σ) como 3.6μC/m² e o


raio da esfera (r) como 0.5m. A área da superfície de uma esfera é dada por:
A=4πr²

Agora, podemos resolver para Q:


σ = AxQ

Substituindo os valores conhecidos:


3.6×10-6 C/m² = Q / 4π(0.5m)²

Agora, simplificando a equação:


Q = 3.6×10-6 C/m² × 4π(0.5m)²
Q ≈ 1.128×10-5 C

A carga total da esfera condutora é aproximadamente 1.128×10-5 C.

3 – Suponha que o campo elétrico em uma determinada região é dado por


E = Nr³ [r^] em coordenadas esféricas (N é uma constante).
a) Encontre a densidade de carga p;
b) Ache a carga total contida em uma esfera de raio R, centrada na origem
utilizando a Lei de Gauss.

R: Para encontrar a densidade de carga (ρ) e a carga total contida em uma esfera
de raio R usando a Lei de Gauss, podemos seguir os seguintes passos:

a) Encontre a densidade de carga (ρ):


A Lei de Gauss relaciona o fluxo do campo elétrico através de uma superfície
fechada com a carga contida dentro dessa superfície. A fórmula geral da Lei de
Gauss é:

∮E · dA = (1/ε₀) ∫ρ dV,

onde:

• ∮E · dA é o fluxo do campo elétrico através de uma superfície fechada;


• ε₀ é a constante elétrica no vácuo (8.85 x 10⁻¹² C²/Nm²);
• ∫ρ dV é a integral da densidade de carga sobre o volume fechado pela
superfície.

Para o campo elétrico dado E = Nr³ [r^], podemos usar a Lei de Gauss para
encontrar a densidade de carga. Vamos considerar uma esfera de raio r < R para
fazer isso:
Escolha uma superfície gaussiana esférica com raio r < R.
O campo elétrico E é radial, e sua direção é a mesma da normal da superfície
gaussiana. Portanto, E · dA é constante em toda a superfície e pode ser retirado
da integral.
O fluxo através da superfície gaussiana é dado por ∮E · dA = E ∮dA = E * 4πr²,
onde ∮dA é a integral da área de uma esfera de raio r.

Aplicando a Lei de Gauss, temos:


E * 4πr² = (1/ε₀) ∫ρ dV.
Agora, vamos substituir o campo elétrico E = Nr³ [r^] na equação:
Nr³ [r^] * 4πr² = (1/ε₀) ∫ρ dV.

Agora, vamos resolver a integral do lado direito. Como estamos considerando


uma esfera de raio r, podemos escrever a integral como:
∫ρ dV = ρ * (4/3)πr³,

onde (4/3)πr³ é o volume de uma esfera de raio r.


Substituindo isso na equação, temos:
Nr³ [r^] * 4πr² = (1/ε₀) * ρ * (4/3)πr³.

Agora, simplificando:
Nr⁵ * 4π = (1/ε₀) * ρ * (4/3)πr³.

Agora, podemos isolar ρ:


ρ = (Nr⁵ * 4π) / [(1/ε₀) * (4/3)πr³].

Simplificando ainda mais:


ρ = 3ε₀N.

Esta é a densidade de carga (ρ) em termos de ε₀ e N.

b) Encontre a carga total contida em uma esfera de raio R:


Agora que você tem a densidade de carga ρ, você pode calcular a carga total
contida em uma esfera de raio R utilizando a seguinte fórmula:
Q = ∫ρ dV,

onde a integral é realizada sobre o volume da esfera de raio R.

Substituindo ρ = 3ε₀N na equação:


Q = ∫(3ε₀N) dV.

A integral acima é realizada sobre o volume de uma esfera de raio R. A integral


é direta e pode ser escrita como:
Q = 3ε₀N * (4/3)πR³.

Agora, simplificando:
Q = 4ε₀NπR³.
Esta é a carga total contida na esfera de raio R em termos de ε₀ e N.
4 – Considere um campo elétrico constante E = 20,0V/m na direção do eixo
x, e uma carga positiva Q = 1,2nC que é movida de x1 = 2m até x2 = 5m até
sobre um segmento de reta. Determine o trabalho necessário para mover a
carga.

R: Para determinar o trabalho necessário para mover uma carga positiva Q em


um campo elétrico constante E na direção do eixo x de x1 = 2m até x2 = 5m,
podemos usar a seguinte fórmula:
W = Q⋅ΔV

Onde:
• W é o trabalho em joules (J);
• Q é a carga em coulombs (C);
• ΔV é a mudança de potencial elétrico entre os pontos iniciais e finais.

Primeiro, calculamos a mudança de potencial elétrico (ΔV) entre os pontos x1 e


x2. O campo elétrico constante E na direção do eixo x produz uma mudança de
potencial ao mover uma carga ao longo dessa direção. A fórmula para calcular
ΔV em um campo elétrico constante é:
ΔV = −E⋅Δx

Onde:
• ΔV é a mudança de potencial elétrico em volts (V);
• E é a magnitude do campo elétrico em volts por metro (V/m);
• Δx é a distância percorrida em metros (m).

Neste caso, temos E = 20,0V/m, Q = 1,2nC = 1,2×10-9 C, x1 = 2m e x2 = 5m.


Vamos calcular ΔV:
ΔV = −E⋅Δx = −20,0V/m⋅(5m−2m) = −20,0V/m⋅3m = −60,0V

Agora que temos ΔV, podemos calcular o trabalho (W):


W = Q⋅ΔV = (1,2×10-9 C)⋅(−60,0V)
W= −7,2×10-8 J
Portanto, o trabalho necessário para mover a carga positiva Q de 2m até 5m ao
longo do eixo x no campo elétrico constante é de −7,2×10-8 J. O valor negativo
indica que foi necessário realizar trabalho sobre a carga para movê-la na direção
oposta ao campo elétrico.

5 – Considerando uma casca esférica concêntrica com r = 0,25m e que


tenha uma distribuição de cargas de 5uC/m². Determine o fluxo através de
r = 1,25m.

R: Para determinar o fluxo elétrico através de uma superfície gaussiana esférica


de raio r = 1,25m que envolve uma casca esférica concêntrica com raio r = 0,25m
e com uma distribuição de cargas de 5μC/m², podemos usar a Lei de Gauss. A
Lei de Gauss afirma que o fluxo elétrico através de uma superfície fechada é
igual à carga elétrica total contida dentro dessa superfície dividida pela constante
elétrica ε0.
A fórmula para o fluxo elétrico (ΦE) através de uma superfície gaussiana é dada
por:
ΦE = ε0/Qenc

Onde:
• ΦE é o fluxo elétrico em unidades de N⋅m²/C;
• Qenc é a carga elétrica total contida dentro da superfície gaussiana;
• ε0 é a constante elétrica, aproximadamente 8,85×10-12 N⋅m²/C².

A área da superfície de uma esfera de raio r é 4πr². Portanto, a área da superfície


da esfera gaussiana com r = 1,25m é:
A = 4π(1,25m)² = 4π×1,5625m² = 6,25πm²

Agora, podemos calcular Qenc usando a densidade superficial de carga (σ) da


casca esférica interna de raio r = 0,25m. A carga contida em uma área A com
densidade superficial de carga σ é dada por:
Qenc = σ⋅A

Substituindo os valores conhecidos:


σ = 5μC/m² = 5×10-6 C/m²
A = 6,25πm²
Qenc = (5×10-6 C/m²)⋅(6,25πm²)

Agora, podemos calcular Qenc:


Qenc ≈ 31,25π×10-6 C

Agora que conhecemos Qenc, podemos calcular o fluxo elétrico ΦE:


ΦE = ε0/Qenc = 31,25π×10-6 C / 8,85×10-12 N⋅m²/C²
ΦE ≈ (31,25 π / 8,85) ×106 N⋅m²/C
ΦE ≈ 11142,9π N⋅m²/C

O fluxo elétrico através da superfície gaussiana é aproximadamente 11142,9π


N⋅m²/C.

6 – Um fio de 2,0mm de diâmetro e de condutividade 7x10^7 S/m tem 10^29


elétrons livres /m³ quando um campo elétrico de 5mV/m é aplicado.
Determine:
a) A densidade de carga dos elétrons livres;
b) A densidade de corrente;
c) A corrente no fio

R: a) A densidade de carga dos elétrons livres pode ser calculada usando a


densidade de elétrons livres (n) e a carga do elétron (e):
n = 1029 elétrons/m³
e = 1,602×10-19 C

A densidade de carga (ρe) é dada por:


ρe = n⋅e
ρe = 1,602×1010 C/m³

A densidade de carga dos elétrons livres é 1,602×1010 C/m³.


b) A densidade de corrente (J) é a corrente por unidade de área e pode ser
calculada usando a fórmula:
J = σ⋅E

Onde:
• J é a densidade de corrente em ampères por metro quadrado (A/m²);
• σ é a condutividade do material em siemens por metro (S/m);
• E é o campo elétrico em volts por metro (V/m).

Neste caso, a condutividade (σ) é 7×107 S/m e o campo elétrico (E) é 5×10-3
V/m. Vamos calcular J:
J = (7×107 S/m)⋅( 5×10-3 V/m.)
J = 3,5×105 A/m²

A densidade de corrente é 3,5×105 A/m².

c) Para calcular a corrente (I) no fio, precisamos multiplicar a densidade de


corrente (J) pela área da seção transversal do fio. O fio tem um diâmetro de
2,0mm, o que corresponde a um raio de 1,0mm ou 0,001m. Portanto, a área da
seção transversal do fio é:
A = πr² = π(0,001m)²
A = π×10-6 m²

Agora podemos calcular a corrente (I) usando a densidade de corrente (J):


I = J⋅A = (3,5×105 A/m²)⋅( π×10-6 m²)
I ≈ 1,104×10-1 A

Portanto, a corrente no fio é aproximadamente 0,1104 A ou 110,4 mA.

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