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Turma: PU8A Data: 02/12

Nome: Heidy Martins de Vasconcelos e Melissa Silva Ozaki

CIRCUITO RC
Objetivo:
Obter curvas de descarga de um capacitor em um circuito RC e determinar as
constantes de tempo capacitivas dos circuitos analisados.
Introdução Teórica:
Um circuito composto de um resistor, um capacitor e uma força eletromotriz, é
denominado circuito RC, em que o resistor e o capacitor podem estar ligados tanto em
série quanto em paralelo. Este tipo de circuito pode ser visto em marcapassos,
semáforos e até em flashs eletrônicos que funcionam carregando e descarregando um
capacitor.
Quando todos os componentes do circuito (figura 1 do anexo) estiverem ligados a
fonte alimentará o circuito com uma corrente, podendo observar diferenças de potencial
(ddp) nas extremidades do capacitor e do resistor dadas devido as quedas de tensão, e
enquanto houver corrente neste circuito, as cargas se acumularão nas placas do
capacitor em uma relação:
q= C.Vab (1)
Em que Vab é a tensão do circuito naquele instante.
Utilizando da 2ª lei de Kirchhoff, a soma das diferenças de potencial para qualquer
malha de circuito fechado é nula, sendo assim podemos estabelecer a relação:
𝒒 𝒅𝒒
𝜺 − 𝑰. 𝑹 − 𝑪 = 𝟎 (2) e sendo 𝑰 = 𝒅𝒕
(3)
𝒅𝒒 𝒒
Podemos reescrever esta equação como 𝜺 − 𝒅𝒕 . 𝑹 − 𝑪 = 𝟎. (4)

1) 2)

(5)
Prova:
3)

Quando a ddp entre a fonte e o capacitor for zero, o capacitor estará carregado e a
fonte irá interromper a alimentação do circuito, provocando uma movimentação de
elétrons da placa negativa para a positiva, provocando uma nova ddp de sentido
contrário e iniciando o processo de descarga do capacitor. Como neste processo não
temos a fonte a nova relação é dada por
𝒒 𝒅𝒒 𝒒
𝑰. 𝑹 + 𝑪 = 𝟎 (6) ou reescrevendo 𝒅𝒕
.𝑹 + 𝑪 = 𝟎 (7)
𝒕
cuja solução é 𝒒(𝒕) = 𝜺𝑪. 𝒆 𝑪.𝑹 . (8)

(9)
O tempo de carga ou descarga de um capacitor correspondente a t = RC
(constante de tempo capacitiva do circuito) e é representado por tc.

Sendo assim:

𝑉( ) = 𝑉 ∙ 𝒆 𝒕/𝑹𝑪
𝑉( ) = 𝑉 ∙ 𝒆 𝑹𝑪/𝑹𝑪
𝑉( ) = 𝑉 ∙ 𝒆 𝟏
𝑉( ) = 0,37 𝑉
Conclui-se, portanto, que para t = RC, a tensão do capacitor cai
aproximadamente 37% da tensão inicial.

Sendo V- volt. A – ampére, e Q – Coulomb:

𝑅𝐶 = ∙ = mas 𝐴 =

𝑅𝐶 = = 𝑠 s segundos

 Por que o número de linhas de campo elétrico representadas diminui com o


tempo, assim como a distância entre elas? Porque ocorre uma diminuição da
carga e consequentemente uma redução da formação do campo elétrico.

 Que acontece quando colocamos um material dielétrico entre as placas


metálicas?
Ocorre o aumento da capacitância e da carga no sistema. Já o número de
linhas do campo permanece o mesmo.
Método:
Para este experimento utilizamos uma placa de montagem com conectores banana
para montar o circuito da figura 1 com capacitor e resistência, computador com
interface para aquisição de dados para tornar o processo de medida mais rápido e com
maior obtenção de valores, sensor e fonte de tensão, fios, capacitor e 2 resistores de
valores distintos com alta resistência e capacitância possibilitando a realização deste
experimento com um cronômetro comum. Montado o circuito esperamos que este
carregue e depois disso, o fechamos retirando sua fonte e deixando que descarregue
através da resistência, registrando os dados da curva de descarga através do tempo pela
interface do computador.
Resultados:
Dados:
C: 470 μF ± 2% = (470 ± 9,4) μF = (470 ± 9,4). 10-6F
R1: 10.0x 10²Ω ± 5% // R2: 10.0x10³Ω ± 2%
Valores utilizando o gráfico (figuras 2 e 3 do anexo)

Sabendo que A= 𝑉 e 𝐶 = = (10)

temos que:

τ = = ,
 τ = 0,75 s

τ = = ,
 τ = 4,98 s

τ = (0,75 ± 0,01) 𝑠 e τ = (4,98 ± 0,00) 𝑠

Usando os valores disponibilizados


𝜏 = 𝑅𝐶
τ = 10,0.10² ∙ 470𝑥10
τ = 0,47s
τ = 10,0.10³ ∙ 470𝑥10
τ = 4,7s
O cálculo da incerteza foi realizado por meio da seguinte fórmula:

∆𝑅 ∆𝐶
∆𝜏 = 𝜏. +
𝑅 𝐶

50 9,4
∆𝜏 = 0,47. + = 0,025 𝑠
10,0.10² 470

200 9,4
∆𝜏 = 4,7. + = 0,13 𝑠
10,0.10³ 470
4.1

τ = (0,47 ± 0,03) 𝑠 e τ = (4,7 ± 0,13) 𝑠


Discussão:
Com base no gráfico disponibilizado podemos observar que ao ser descarregado a
tensão do circuito decai de forma exponencial. Com base nos resultados dos cálculos e
nas fórmulas utilizadas também podemos constatar que a duração é diretamente
proporcional a resistência, logo, quanto maior a resistência maior a duração. Ao
compararmos os resultados obtidos pelo gráfico com os cálculos teóricos notamos um
erro de 0,28 s (sem contar a margem de erro) nos dois casos, mais expressivo no
primeiro resistor (37,33%), do que no segundo (5,62%) isso pode ser explicado através
das incertezas dos componentes utilizados, que também é maior e mais expressiva no
primeiro caso, do que no segundo. Uma possibilidade para a correção disso é através da
utilização de componentes com um menor valor de incerteza e de resistores com maior
valor de resistência para minimizar os erros relativos.

As características para se obter um flash intenso e de curta duração é possuir uma


fonte de tensão constante entre os terminais, um resistor com baixa resistência, porque
como vimos a resistência é diretamente proporcional a duração e um capacitor em
paralelo com a lâmpada do flash com alta capacitância para produzir uma luz mais
intensa e com maior energia.
Conclusão:
O objetivo do experimento era obter curvas de descarga de um capacitor em um
circuito RC e determinar as constantes de tempo capacitivas dos circuitos analisados.
Com a ajuda do programa conseguimos obter a curva exponencial e com os valores
disponibilizados calcular os valores teórico 𝛕𝟏 = (𝟎, 𝟒𝟕 ± 𝟎, 𝟎𝟑) 𝒔 e 𝛕𝟐 =
(𝟒, 𝟕 ± 𝟎, 𝟏𝟑) 𝒔 e experimental 𝛕𝟏 = (𝟎, 𝟕𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟏) 𝒔 𝐞 𝛕𝟐 = (𝟒, 𝟗𝟖 ± 𝟎, 𝟎𝟎) 𝒔, para
as constantes de tempo capacitivas, obtendo valores muto próximos entre si mas com
um erro de 0,28 s (sem contar a margem de erro). Portanto, o experimento realizado
teve êxito no segundo caso, mas não no primeiro pois seu erro percentual foi maior
(37,33%) do que o do segundo (5,62%). Para valores mais aproximados ao valor
teórico, pode-se utilizar componentes com menor porcentagem de incerteza e resistores
com maior valor de resistência uma vez que o método se demonstrou pouco preciso para
valores menores.
ANEXO 1

Figura 2 – Gráfico do Resistor 1

Figura 3 – Gráfico do Resistor 2

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Índice de comentários

4.1 casas decimais (-5)

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