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Modelo de Verhulst

André Fonseca

Universidade Federal do ABC

André Fonseca (Universidade Federal do ABC) MMSB 1 / 15


Sumário

1 Introdução

2 Exemplo

3 Conclusões

4 Exercı́cio

André Fonseca (Universidade Federal do ABC) MMSB 2 / 15


Introdução

O Modelo de Verhulst, também chamado de Modelo Logı́stico, é devido ao belga


Pierre François Verhulst (1804-1849), matemático e doutor em teoria dos números.
Verhulst só viveu 44 anos, enquanto Malthus viveu 68 anos !

Pierre François Verhulst


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Introdução

Em 1838, 40 anos após a divulgação do modelo de Malthus, Verhulst desenvolveu


um modelo de crescimento populacional mais complexo que o malthusiano,
acrescentando a idéia de uma “capacidade de carga” ou “capacidade de suporte”,
que é o número máximo de habitantes que o ambiente pode suportar.

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Introdução

Em 1838, 40 anos após a divulgação do modelo de Malthus, Verhulst desenvolveu


um modelo de crescimento populacional mais complexo que o malthusiano,
acrescentando a idéia de uma “capacidade de carga” ou “capacidade de suporte”,
que é o número máximo de habitantes que o ambiente pode suportar.
Enquanto a população não atinge essa capacidade de suporte, que chamaremos de
K , ela pode crescer. Se a população ultrapassa o valor de K , os recursos não são
suficientes para mantê-la, e ela começa a decrescer.

André Fonseca (Universidade Federal do ABC) MMSB 4 / 15


Introdução

Em 1838, 40 anos após a divulgação do modelo de Malthus, Verhulst desenvolveu


um modelo de crescimento populacional mais complexo que o malthusiano,
acrescentando a idéia de uma “capacidade de carga” ou “capacidade de suporte”,
que é o número máximo de habitantes que o ambiente pode suportar.
Enquanto a população não atinge essa capacidade de suporte, que chamaremos de
K , ela pode crescer. Se a população ultrapassa o valor de K , os recursos não são
suficientes para mantê-la, e ela começa a decrescer.
O modelo de Verhulst ou verhulstiano é definido como uma equação de diferenças:

dy  y
= αy 1 − .
dx K

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Introdução

Em 1838, 40 anos após a divulgação do modelo de Malthus, Verhulst desenvolveu


um modelo de crescimento populacional mais complexo que o malthusiano,
acrescentando a idéia de uma “capacidade de carga” ou “capacidade de suporte”,
que é o número máximo de habitantes que o ambiente pode suportar.
Enquanto a população não atinge essa capacidade de suporte, que chamaremos de
K , ela pode crescer. Se a população ultrapassa o valor de K , os recursos não são
suficientes para mantê-la, e ela começa a decrescer.
O modelo de Verhulst ou verhulstiano é definido como uma equação de diferenças:

dy  y
= αy 1 − .
dx K
Como no modelo malthusiano, y é a população medida no tempo x, dy dx
é a taxa de
variação da população e α é a taxa de crescimento intrı́nseca (nesse modelo, α > 0).
Adicionalmente, temos K como a capacidade de suporte do ambiente.

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Introdução

Reparem com atenção, no modelo de Verhulst, o fator 1 − Ky . Enquanto y < K ,




temos que 1 − Ky > 0 e dy



dx
> 0, pois α > 0. Isto é, como já dissemos, enquanto
y < K a taxa de variação de y é positiva, isto é, y cresce.

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Introdução

Reparem com atenção, no modelo de Verhulst, o fator 1 − Ky . Enquanto y < K ,




temos que 1 − Ky > 0 e dy



dx
> 0, pois α > 0. Isto é, como já dissemos, enquanto
y < K a taxa de variação de y é positiva, isto é, y cresce.
Quando y > K , temos que 1 − Ky < 0 e dy

dx
< 0, pois α > 0. Dessa forma, quando
y > K a taxa de variação de y é negativa, isto é, y decresce. Muito engenhosa a
idéia de Verhulst, vocês não acham ?

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Introdução

Reparem com atenção, no modelo de Verhulst, o fator 1 − Ky . Enquanto y < K ,




temos que 1 − Ky > 0 e dy



dx
> 0, pois α > 0. Isto é, como já dissemos, enquanto
y < K a taxa de variação de y é positiva, isto é, y cresce.
Quando y > K , temos que 1 − Ky < 0 e dy

dx
< 0, pois α > 0. Dessa forma, quando
y > K a taxa de variação de y é negativa, isto é, y decresce. Muito engenhosa a
idéia de Verhulst, vocês não acham ?
Podemos deduzir, do modelo verhulstiano, que :
 y
dy = αy 1 − dx.
K

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Introdução

Reparem com atenção, no modelo de Verhulst, o fator 1 − Ky . Enquanto y < K ,




temos que 1 − Ky > 0 e dy



dx
> 0, pois α > 0. Isto é, como já dissemos, enquanto
y < K a taxa de variação de y é positiva, isto é, y cresce.
Quando y > K , temos que 1 − Ky < 0 e dy

dx
< 0, pois α > 0. Dessa forma, quando
y > K a taxa de variação de y é negativa, isto é, y decresce. Muito engenhosa a
idéia de Verhulst, vocês não acham ?
Podemos deduzir, do modelo verhulstiano, que :
 y
dy = αy 1 − dx.
K

Modelo de Verhulst
Pesquise mais sobre sua história e aplicações ! Esse modelo é bem mais real do que o
malthusiano. Em que situações biológicas o modelo verhulstiano tem sido utilizado ?

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Exemplo

Vamos estudar um exemplo semelhante ao utilizado no modelo malthusiano, mas


com a informação adicional de uma capacidade de suporte. Seja uma população
medida pela variável y (em milhões de habitantes) e seja seu tempo de medição
denotado pela variável x (em anos).

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Exemplo

Vamos estudar um exemplo semelhante ao utilizado no modelo malthusiano, mas


com a informação adicional de uma capacidade de suporte. Seja uma população
medida pela variável y (em milhões de habitantes) e seja seu tempo de medição
denotado pela variável x (em anos).
Seja x0 = 1 o tempo da primeira medição (1 ano), x1 = 2 a segunda medição (2
anos) e assim por diante. Seja y0 = y (x0 ) = 5 (5 milhões de habitantes) a
população calculada na primeira medição. Seja α = 0, 02 a taxa de crescimento
intrı́nseca e seja K = 5, 3 (5 milhões e 300 mil habitantes) o número máximo que o
ambiente sustenta, isto é, sua capacidade de suporte.

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Exemplo

Vamos estudar um exemplo semelhante ao utilizado no modelo malthusiano, mas


com a informação adicional de uma capacidade de suporte. Seja uma população
medida pela variável y (em milhões de habitantes) e seja seu tempo de medição
denotado pela variável x (em anos).
Seja x0 = 1 o tempo da primeira medição (1 ano), x1 = 2 a segunda medição (2
anos) e assim por diante. Seja y0 = y (x0 ) = 5 (5 milhões de habitantes) a
população calculada na primeira medição. Seja α = 0, 02 a taxa de crescimento
intrı́nseca e seja K = 5, 3 (5 milhões e 300 mil habitantes) o número máximo que o
ambiente sustenta, isto é, sua capacidade de suporte.
Quais serão os valores y1 , y2 , . . . , y5 , isto é, a estimativa dessa população durante um
perı́odo de 5 anos pelo modelo de Verhulst ?

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Exemplo

Vamos estudar um exemplo semelhante ao utilizado no modelo malthusiano, mas


com a informação adicional de uma capacidade de suporte. Seja uma população
medida pela variável y (em milhões de habitantes) e seja seu tempo de medição
denotado pela variável x (em anos).
Seja x0 = 1 o tempo da primeira medição (1 ano), x1 = 2 a segunda medição (2
anos) e assim por diante. Seja y0 = y (x0 ) = 5 (5 milhões de habitantes) a
população calculada na primeira medição. Seja α = 0, 02 a taxa de crescimento
intrı́nseca e seja K = 5, 3 (5 milhões e 300 mil habitantes) o número máximo que o
ambiente sustenta, isto é, sua capacidade de suporte.
Quais serão os valores y1 , y2 , . . . , y5 , isto é, a estimativa dessa população durante um
perı́odo de 5 anos pelo modelo de Verhulst ?
Reparem que as variações de x (intervalo de tempo) são todas iguais à 1 ano:

n xn dx = xn+1 − xn
0 1 x1 − x0 = 2 − 1 = 1
1 2 x2 − x1 = 3 − 2 = 1
2 3 x3 − x2 = 4 − 3 = 1
3 4 x4 − x3 = 5 − 4 = 1
4 5 x5 − x4 = 6 − 5 = 1

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Exemplo

Seguindo o modelo verhulstiano, onde dy = αy 1 − Ky dx, temos que:




   
y y
dy = 0, 02y 1 − (1) ⇒ dy = 0, 02y 1 −
5, 3 5, 3
Como dy = yn+1 − yn concluimos que yn+1 = yn + dy e, substituindo o valor obtido
de dy , obtemos a equação de diferença para y :
 
yn
yn+1 = yn + 0, 02yn 1 − .
5, 3

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Exemplo

Seguindo o modelo verhulstiano, onde dy = αy 1 − Ky dx, temos que:




   
y y
dy = 0, 02y 1 − (1) ⇒ dy = 0, 02y 1 −
5, 3 5, 3
Como dy = yn+1 − yn concluimos que yn+1 = yn + dy e, substituindo o valor obtido
de dy , obtemos a equação de diferença para y :
 
yn
yn+1 = yn + 0, 02yn 1 − .
5, 3
Colocando yn em evidência obtemos:
0, 02 2
yn+1 = 1, 02yn − yn (Modelo de Verhulst).
5, 3

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Exemplo

Seguindo o modelo verhulstiano, onde dy = αy 1 − Ky dx, temos que:




   
y y
dy = 0, 02y 1 − (1) ⇒ dy = 0, 02y 1 −
5, 3 5, 3
Como dy = yn+1 − yn concluimos que yn+1 = yn + dy e, substituindo o valor obtido
de dy , obtemos a equação de diferença para y :
 
yn
yn+1 = yn + 0, 02yn 1 − .
5, 3
Colocando yn em evidência obtemos:
0, 02 2
yn+1 = 1, 02yn − yn (Modelo de Verhulst).
5, 3

Comparem com o modelo malthusiano para o mesmo exemplo:

yn+1 = 1, 02yn (Modelo de Malthus).

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Exemplo

Seguindo o modelo verhulstiano, onde dy = αy 1 − Ky dx, temos que:




   
y y
dy = 0, 02y 1 − (1) ⇒ dy = 0, 02y 1 −
5, 3 5, 3
Como dy = yn+1 − yn concluimos que yn+1 = yn + dy e, substituindo o valor obtido
de dy , obtemos a equação de diferença para y :
 
yn
yn+1 = yn + 0, 02yn 1 − .
5, 3
Colocando yn em evidência obtemos:
0, 02 2
yn+1 = 1, 02yn − yn (Modelo de Verhulst).
5, 3

Comparem com o modelo malthusiano para o mesmo exemplo:

yn+1 = 1, 02yn (Modelo de Malthus).

O modelo verhulstiano é uma equação de diferenças de primeira ordem, mas não é


linear, pois possui um termo quadrático.

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Exemplo

Podemos agora observar os valores da população calculados pelo modelo de


Verhulst, com aproximação de 4 casas decimais. Faremos comparação com o modelo
de Malthus:
Modelo de Verhulst Modelo de Malthus
n yn+1 = 1, 02yn − 0,02 y2
5,3 n
yn+1 = 1, 02yn
0 5 (definido no problema) 5 (definido no problema)
1 y1 = 1, 02y0 − 0,02 y 2 = 5, 0057
5,3 0
y1 = 1, 02y0 = 5, 1000
0,02 2
2 y2 = 1, 02y1 − 5,3 y1 = 5, 0112 y2 = 1, 02y1 = 5, 2020
3 y3 = 1, 02y2 − 0,02 y 2 = 5, 0167
5,3 2
y3 = 1, 02y2 = 5, 3060
0,02 2
4 y4 = 1, 02y3 − 5,3 y3 = 5, 0220 y4 = 1, 02y3 = 5, 4122

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Exemplo

Podemos agora observar os valores da população calculados pelo modelo de


Verhulst, com aproximação de 4 casas decimais. Faremos comparação com o modelo
de Malthus:
Modelo de Verhulst Modelo de Malthus
n yn+1 = 1, 02yn − 0,02 y2
5,3 n
yn+1 = 1, 02yn
0 5 (definido no problema) 5 (definido no problema)
1 y1 = 1, 02y0 − 0,02 y 2 = 5, 0057
5,3 0
y1 = 1, 02y0 = 5, 1000
0,02 2
2 y2 = 1, 02y1 − 5,3 y1 = 5, 0112 y2 = 1, 02y1 = 5, 2020
3 y3 = 1, 02y2 − 0,02 y 2 = 5, 0167
5,3 2
y3 = 1, 02y2 = 5, 3060
0,02 2
4 y4 = 1, 02y3 − 5,3 y3 = 5, 0220 y4 = 1, 02y3 = 5, 4122

Reparem que, apesar dos dois modelos terem a mesma taxa de crescimento
intrı́nseca α = 0, 02, no modelo verhulstiano, a taxa de crescimento populacional é
menor que no modelo matlhusiano, isto é, y cresce mais devagar no modelo de
Verhulst. Isso ocorre pela presença do fator quadrático.

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Exemplo

Podemos agora observar os valores da população calculados pelo modelo de


Verhulst, com aproximação de 4 casas decimais. Faremos comparação com o modelo
de Malthus:
Modelo de Verhulst Modelo de Malthus
n yn+1 = 1, 02yn − 0,02 y2
5,3 n
yn+1 = 1, 02yn
0 5 (definido no problema) 5 (definido no problema)
1 y1 = 1, 02y0 − 0,02 y 2 = 5, 0057
5,3 0
y1 = 1, 02y0 = 5, 1000
0,02 2
2 y2 = 1, 02y1 − 5,3 y1 = 5, 0112 y2 = 1, 02y1 = 5, 2020
3 y3 = 1, 02y2 − 0,02 y 2 = 5, 0167
5,3 2
y3 = 1, 02y2 = 5, 3060
0,02 2
4 y4 = 1, 02y3 − 5,3 y3 = 5, 0220 y4 = 1, 02y3 = 5, 4122

Reparem que, apesar dos dois modelos terem a mesma taxa de crescimento
intrı́nseca α = 0, 02, no modelo verhulstiano, a taxa de crescimento populacional é
menor que no modelo matlhusiano, isto é, y cresce mais devagar no modelo de
Verhulst. Isso ocorre pela presença do fator quadrático.
Mas não é só essa a diferença ! No modelo verhulstiano existe a capacidade de
suporte, lembra ? Qual é o seu papel ?

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Exemplo

Continuando o estudo do nosso exemplo, calcularemos as populações estimadas pelo


modelo de Verhulst para os anos subsequentes: x = 5, 6, 7, 8, . . . , 20.
0,02 2 0,02 2
n yn+1 = 1, 02yn − y
5,3 n
n yn+1 = 1, 02yn − y
5,3 n
5 5, 0273 13 5, 0662
6 5, 0325 14 5, 0706
7 5, 0376 15 5, 0750
8 5, 0426 16 5, 0793
9 5, 0475 17 5, 0836
10 5, 0523 18 5, 0877
11 5, 0570 19 5, 0918
12 5, 0616 20 5, 0958

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Exemplo

Continuando o estudo do nosso exemplo, calcularemos as populações estimadas pelo


modelo de Verhulst para os anos subsequentes: x = 5, 6, 7, 8, . . . , 20.
0,02 2 0,02 2
n yn+1 = 1, 02yn − y
5,3 n
n yn+1 = 1, 02yn − y
5,3 n
5 5, 0273 13 5, 0662
6 5, 0325 14 5, 0706
7 5, 0376 15 5, 0750
8 5, 0426 16 5, 0793
9 5, 0475 17 5, 0836
10 5, 0523 18 5, 0877
11 5, 0570 19 5, 0918
12 5, 0616 20 5, 0958

A população continua crescendo e está se aproximando do valor de sua capacidade


de suporte K = 5, 3 (5 milhões e 300 mil habitantes).

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Exemplo

Continuando o estudo do nosso exemplo, calcularemos as populações estimadas pelo


modelo de Verhulst para os anos subsequentes: x = 5, 6, 7, 8, . . . , 20.
0,02 2 0,02 2
n yn+1 = 1, 02yn − y
5,3 n
n yn+1 = 1, 02yn − y
5,3 n
5 5, 0273 13 5, 0662
6 5, 0325 14 5, 0706
7 5, 0376 15 5, 0750
8 5, 0426 16 5, 0793
9 5, 0475 17 5, 0836
10 5, 0523 18 5, 0877
11 5, 0570 19 5, 0918
12 5, 0616 20 5, 0958

A população continua crescendo e está se aproximando do valor de sua capacidade


de suporte K = 5, 3 (5 milhões e 300 mil habitantes).
Será que a população ultrapassa esse valor ? Veja, a seguir, um gráfico com a
comparação dos dois modelos, de Verhulst e de Malthus.

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Exemplo

Comparação entre os modelos de Verhulst e de Malthus, com população inicial de


5 × 106 habitantes e taxa de crescimento intrı́nseca α = 0, 02 ao ano.

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Exemplo

No modelo de Verthulst, a população tende para sua capacidade de suporte. No


nosso exemplo, a população inicial era de 5 × 106 habitantes e, com a taxa de
crescimento intrı́nseca α = 0, 02 ao ano, em 100 anos, a população estará bem
próxima da capacidade suporte K = 5, 3 (5 milhões e 300 mil habitantes).

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Exemplo

No modelo de Verthulst, a população tende para sua capacidade de suporte. No


nosso exemplo, a população inicial era de 5 × 106 habitantes e, com a taxa de
crescimento intrı́nseca α = 0, 02 ao ano, em 100 anos, a população estará bem
próxima da capacidade suporte K = 5, 3 (5 milhões e 300 mil habitantes).
E se a população incial for maior que a capacidade de suporte ? Já explicamos que,
nesse caso, a taxa de variação da população é negativa e y decresce até atingir a
capacidade de suporte.

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Exemplo

No modelo de Verthulst, a população tende para sua capacidade de suporte. No


nosso exemplo, a população inicial era de 5 × 106 habitantes e, com a taxa de
crescimento intrı́nseca α = 0, 02 ao ano, em 100 anos, a população estará bem
próxima da capacidade suporte K = 5, 3 (5 milhões e 300 mil habitantes).
E se a população incial for maior que a capacidade de suporte ? Já explicamos que,
nesse caso, a taxa de variação da população é negativa e y decresce até atingir a
capacidade de suporte.
Veja, a seguir, um gráfico com a comparação entre dois modelos de Verhulst com
populações iniciais de 5 × 106 e 5, 5 × 106 habitantes e taxa de crescimento
intrı́nseca α = 0, 02 ao ano.

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Exemplo

Comparação entre dois modelos de Verhulst com populações iniciais de 5 × 106 e


5, 5 × 106 habitantes e taxa de crescimento intrı́nseca α = 0, 02 ao ano.

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Conclusões

1) No modelo de Verhulst, a população sempre tende para sua capacidade de


suporte.

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Conclusões

1) No modelo de Verhulst, a população sempre tende para sua capacidade de


suporte.
2) Se a taxa de variação é instantânea, isto é, quando dx → 0, a equação de
diferenças se transforma numa equação diferencial. Nesse caso, a população y é
definida como uma função de x, chamada função sigmóide:
K
y (x) = ;
1 + CKe −αx
onde C depende da condição inicial y0 .

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Exercı́cio

Nuvem de Gafanhotos

Exercício de fixação !
Seja uma nuvem de gafanhotos com população inicial de y0 = 100 insetos. Eles chegam
à uma lavoura e se multiplicam rapidamente. Estima-se que a capacidade de suporte da
lavoura seja K = 5000 gafanhotos. O crescimento dessa nuvem é medido nos tempos
x0 = 0, x1 = 1, . . . , x20 = 20 meses e segue o modelo de Verhulst com taxa intrı́nseca de
crescimento α = 0, 7 ao mês. Determine o número de gafanhotos em cada medição, isto
é, determine y1 , y2 , . . . , y20 . Responda em quanto tempo a nuvem atinge a capacidade
de suporte. Submeta todos os cálculos desenvolvidos (num arquivo “doc” ou “pdf”) na
Atividade 11. Atenção ao prazo de entrega !
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Bibliografia

Rodney Carlos Bassanezi.


Ensino-aprendizagem com Modelagem Matemática
São Paulo: Contexo, 2004

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