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CENTRO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DE PATOS

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS


BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

Resistência dos Materiais I


Aula 4 – Coeficiente de Poisson/Dilatação Volumétrica/Deformação de
Cisalhamento/Generalização da Lei de Hooke
Prof. Pabllo da Silva Araujo
Eng. Civil, Me.

Patos-PB
Março de 2023

PLANO DE AULA
▪ COEFICIENTE DE POISSON
▪ ESTADO SIMPLES DE TENSÃO
▪ ESTADO TRIPLO DE TENSÕES PRINCIPAIS
▪ ESTADO HIDROSTÁTICO DE TENSÕES
▪ EXERCÍCIOS
▪ DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
▪ MÓDULO DE ELASTICIDADE DE VOLUME
▪ EXERCÍCIO
▪ DEFORMAÇÃO DE CISALHAMENTO
▪ EXERCÍCIO
▪ GENERALIZAÇÃO DA LEI DE HOOKE
▪ RELACIONANDO “G” – “E” – “ν”
▪ RELAÇÃO TENSÃO x DEFORMAÇÃO
▪ EXERCÍCIO

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COEFICIENTE DE POISSON
Quando submetido a uma força de tração axial, um corpo deformável não
apenas se alonga, mas também se contrai lateralmente.

y z
Conhecida como “Deformação específica transversal” e  =− =−
εy=εz.
x x

COEFICIENTE DE POISSON
O COEFICIENTE DE POISSON (ʋ-nü ou ni) é definido como o valor absoluto da
relação entre a deformação específica transversal e a deformação específica
longitudinal (Siméon Denis Poisson).
Valores usuais para o
coeficiente de Poisson
Def .Esp.Transversa l
=
Def .Esp.Longitudin al

O módulo de Poisson ou razão de Poisson


admite valores entre 0 e 0,5, sendo mais comum
encontrar valores entre 0,25 e 0,33.

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COEFICIENTE DE POISSON
ESTADO SIMPLES DE TENSÃO: com a tensão normal na direção “x”, teríamos
associada à deformação longitudinal “εx” e as deformações transversais “εy” e
“εz”.
TEMOS :
x
x = x * E  x =
E
ANALOGAMEN TE :
y x
 = −  y = −x = −
x E
z x
 = −  z = −x = −
x E
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COEFICIENTE DE POISSON
ESTADO TRIPLO DE TENSÕES PRINCIPAIS: vamos considerar que um
determinado elemento estrutural está sujeito à ação de carregamentos na
direção dos três eixos coordenados.
Utilizando o princípio da superposição:
TEMOS : • Cada efeito é diretamente
x  0 proporcional à carga que o produziu;
y  0 • Deformação causada pelos
z  0 carregamentos é pequena, não
afetando as condições de aplicação
dos outros carregamentos.

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COEFICIENTE DE POISSON
ESTADO TRIPLO DE TENSÕES PRINCIPAIS

ESTADO HIDROSTÁTICO DE TENSÕES


Denomina-se “Estado Hidrostático de Tensões” ao estado equivalente a uma
compressão de mesma intensidade em três direções ortogonais.
x = y = z
Escrevendo :
x y z
x = + −  − 
E E E
  
x = + −  − 
E E E

x = (1 − 2 )
E
x = y = z

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EXERCÍCIO
(1º) Uma barra de material homogêneo e isotrópico tem 500 mm de
comprimento e 16 mm de diâmetro. Sob a ação da carga axial de 12 kN, o seu
comprimento aumenta em 300 μm e seu diâmetro se reduz em 2,4 μm.
Determine o módulo de elasticidade (E) e o coeficiente de Poisson (ν) do
material.

EXERCÍCIO
x

(2º) Um bloco cilíndrico de latão, com 160 mm


de altura e 120 mm de diâmetro, é deixado
afundar num oceano até uma profundidade z
onde a pressão é de 75 MPa (cerca de 7500 m
abaixo da superfície). Sabendo-se que E= 105
GPa e ν= 0,35, determinar: a) a variação da
y
altura do bloco; b) sua variação do diâmetro.

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DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
MÓDULO DE ELASTICIDADE DE VOLUME
Aqui estudaremos os efeitos causados pelas tensões normais “σx, σy e σz”, no
volume de um elemento infinitesimal de certo material.

A mudança de volume será


chamada de “e”.

e = V −1
Vinicial = 1*1*1
e = (1 + x + y + z ) − 1
TENSÕES : x, y, z
e = x + y + z
V = (1 + x) * (1 + y ) * (1 + z )
V = 1 + x + y + z
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DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
MÓDULO DE ELASTICIDADE DE VOLUME
O valor de “e” representa a “VARIAÇÃO DE VOLUME POR UNIDADE DE
VOLUME (ΔV/V)”, e é chamada de “DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA ESPECÍFICA”.

xvy vz
x = + −−
E E E FICAMOS :
vx y vz
y = − + − x + y + z 2v (x + y + z )
E E E e= −
E E
vx vy z 1 − 2v
z = − − + e= (x + y + z )
E E E E
TEM − SE
e = x + y + z

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DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
MÓDULO DE ELASTICIDADE DE VOLUME
Para um corpo submetido a pressão uniforme hidrostática “P”, cada
componente de pressão é igual a “-P”.
INICIALMENTE :
1 − 2v
A constante “k” é chamada de “MÓDULO DE ELASTICIDADE DE
e= (x + y + z ) VOLUME”. Sua unidade é a mesma do módulo de elasticidade “E”,
E
x = y = z = − P Pascal.
FICA :
IMPORTANTE : Observe:
3(1 − 2v)
e=− P • Para v=0: O material dilataria sem
E (1 − 2v)  0,
E sofrer contração lateral.
CHAMANDO : k =
3(1 − 2v)
v  1/ 2 • Para v=1/2, k=ꝏ e o material seria
FICA : 1 perfeitamente compressível “e=0”
P
0v
e=− 2
k

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EXERCÍCIO
(3º) Um bloco cilíndrico de latão, com 160 mm
de altura e 120 mm de diâmetro, é deixado
afundar num oceano até uma profundidade
onde a pressão é de 75 MPa (cerca de 7500 m
abaixo da superfície). Sabendo-se que E= 105
GPa e ν= 0,35, determinar: a) sua dilatação
volumétrica específica; b) sua variação de
volume.

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DEFORMAÇÃO DE CISALHAMENTO
Anteriormente assumimos que não haviam tensões de cisalhamento para
relacionarmos as tensões normais e deformações específicas. Para um estado
de tensões mais geral temos:

As tensões (τxy, τzx e τyz) não tem efeito


direto nas deformações específicas e as
equações (εx, εy e εz) permanecem válidas,
pois as deformações são muito pequenas!

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DEFORMAÇÃO DE CISALHAMENTO
Analizando apenas as tensões cisalhantes (τxy, τzx e τyz).

 xy = G   xy
 yz = G   yz
 zx = G   zx

Observa-se que no regime elástico, as tensões de cisalhamento (τ) são


diretamente proporcionais à distorção (γ) do elemento para o estado abaixo de
estado triplo de cisalhamento puro, com (σx=σy=σz=0)
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EXERCÍCIO
(4º) Um bloco retangular é feito de um material que tem módulo de
elasticidade transversal G= 600 MPa. O bloco é colado a duas placas
horizontais rígidas. A placa inferior é fixa e a placa superior é submetida à
força P. Sabendo-se que a placa superior se move de 0,8 mm sob a ação da
força, determine: a) a deformação de cisalhamento no material; b) a
magnitude da força P que atua na placa superior.

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GENERALIZAÇÃO DA LEI DE HOOKE


Uma vez que no regime elástico as tensões normais não têm nenhum efeito na
distorção do elemento, e que as tensões de cisalhamento igualmente não
produzem variação nas deformações normais, obtemos por superposição de
  
efeitos:  =+
x −
x
−
y z
E E E
x y z
 y = − + −
E E E
x y z
 z = − − +
E E E
 xy
 xy =
G
 yz
 yz =
G
 zx
 zx =
G

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RELACIONANDO “G” – “E” – “ν”
Neste momento, podemos afirmar que uma carga “P” vai proporcionar em um
determinado ponto de um material tensões normais e de cisalhamento
dependendo da orientação (ângulo) ao qual se analise o comportamento.

As variáveis vistas até então não são


independentes e podem ser
relacionadas com “G”, “E” e “υ ” a partir
da equação:
E
G=
2(1 + v)

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RELAÇÃO TENSÃO x DEFORMAÇÃO


Em muitas situações de carregamento, a tensão normal em certa direção é nula
(σz=0). Tal estado é conhecido como estado plano de tensões e podemos,
através das equações da lei de Hooke generalizada, explicitando as tensões σx e
σy, verificar que, conhecidas as deformações específicas εx e εy por via
experimental, as tensões normais serão dadas por:  x +  y
x = E
1− 2
 y +  x
y = E
1− 2
FICAMOS :

 =  *G = E
2(1 +  )

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EXERCÍCIO
(5º) Um círculo de diâmetro d= 230 mm é
desenhado em uma placa de alumínio sem
tensões, de espessura t= 20 mm. Aplicam-se
então forças que atuam no plano da placa,
causando tensões normais σx= 84 MPa e σz=
140 MPa. Adotando-se ν= 1/3 e E= 70 GPa,
determine as variações que ocorrem: a) no
comprimento do diâmetro AB; b) no
comprimento do diâmetro CD; c) na
espessura da placa; d) no volume da placa.

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Dúvidas?

Prof. Pabllo da Silva Araujo


Eng. Civil, Me.

E-mail: pablloaraujo@fiponline.edu.br

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