Você está na página 1de 26

Universidade de São Paulo

Escola de Engenharia de Lorena

Com Grandes Poderes vêm


Grandes Consequências:
Um Estudo sobre a Ciência dos
Super Heroı́s

Grupo 1
Arthur Duran
Daniel Souza
Guilherme Trevizan
Heimilly Lavelle
Renê Reginato

2021
Resumo
O desinteresse dos alunos no estudo de ciências ocorre pela falta de
proximidade com o cotidiano, assim para estimulá-los os professores procuram
novas formas de apresentar seu conteúdo, sendo um deles, bem famoso entre
divulgadores cientı́ficos, os super-heroı́s. Aqui foram escolhidos alguns assuntos
como som, força de atrito, relatividade e eletromagnetismo que fazem parte
do escopo das aulas de fı́sica. Sendo o intuito deste projeto desenvolver uma
maneira de ensinar tais temas utilizando heroı́s e seus superpoderes. Assim,
sendo escolhidos três personagens: Canário Negro, Flash e Magneto. Os
três possuem poderes os quais desafiam a fı́sica que conhecemos no dia a
dia, porém toma-los como exemplo para ensinar é fundamental para uma
didática inclusiva. Por fim, é esperado transmitir esses conhecimentos de
forma clara utilizando um formato de vı́deo no qual um gênio irá conceder
um superpoder, porém ele explicará como cada poder funciona.

1
1 Introdução
O mito do herói já existe a muito tempo, as mitologias com seus contos
fantásticos sobre super força, ou habilidades de voar por asas projetadas e
um último exemplo como invencibilidade. Comprovam que a crença em seres
humanos com habilidades extraordinárias não são algo novo ou incomum
para a sociedade. Nessa ideia de seres humanos com super poderes, um dos
primeiros exemplos que se tem é o conto do século XIX que traz a história
de um homem com duas personalidades e que foi revisitada posteriormente
pela editora Marvel, com o seu herói Hulk. É visto que a história se repete e
os heróis existem por serem extraterrestres, como o super-homem ou caçador
de Marte, mitológicos, como Thor ou Shazam, genêticos, como os x-men. O
grande boom dessas histórias se deu no inı́cio do século XX e até os dias
atuais esse legado continua, seja por meio de filmes ou jogos. Ganhando
atenção na cultura pop e tornando um antigo nicho algo para todos, devido
sua popularidade era de se esperar que essas histórias se tornassem alvo de
estudo. Não só para serem estudadas, mas também como estimuladores de
estudo.
O desinsteresse da juventude vem crescendo com o tempo e como não
há uma atualização nos métodos de ensino, a tendência é o agravamento
desse quadro. Um dos motivos para esse desestı́mulo aos estudos ocorre com
matérias de ciência, na qual o aluno não consegue observar o que foi aprendido
em seu cotidiano. Dado a situação novas metodologias para motivar e atrair
o grande público são exploradas, como exemplo, divulgadores ciêntificos que
procuram por meio de seus vı́deos explicar conteúdos a partir de temas como
super-herói para assim atrair os estudantes. Dado este contexto de utilização
de seres humanos com habilidades extraordinárias, procurou desenvolver um
projeto no qual utilizou três personagens para lecionar os temas que se
adequam ao seus poderes. A exemplo disso, tem o Magneto que utiliza
campos magnéticos sendo um excelente objeto para o eletromagnetismo,
a Canário negro para falar de som, uma vez que seu poder é um grito
supersônico e por fim o flash que com sua velocidade desafia diversos conceitos
fı́sicos, posteriormente detalhados.

2
2 Revisão bibliográfica
2.1 Som
Sabe-se que o som é constituı́do de ondas mecânicas longitudinais, formadas
por uma variação na pressão atmosférica e propagando-se pelo ar em todas
as direções de maneira senoidal, conforme a imagem abaixo:

Figura 1: Representação esquemática de uma onda sonora

Fonte: https://sites.google.com/site/tritonbkrzysztofczyk/sound-waves

Pode-se estimar a pressão exercida por uma onda sonora através da


equação do nı́vel de pressão sonora, dada por:
P
L = 20 log (1)
P0
Nela P0 corresponde ao valor de referência 2×10−5 P a, tido como o mı́nimo
audı́vel ao ser humano.

2.1.1 Efeitos relacionados ao som, rompimento da barreira de


velocidade do som e efeito Doppler
A velocidade do som é cerca de 343 ms , ao ultrapassarmos esta velocidade
com corpos macroscópicos ocorre o que chamamos de estrondo sônico, o que
gera ondas de choque consideráveis e esforços na estrutura tanto do objeto
em alta velocidade como nos arredores, sendo mais especı́fico o objeto em
movimento desloca o ar para frente em uma velocidade maior que a do som,
comprimindo-o gerando ondas de choque e atrasando a propagação do som
[11].

3
A exemplo de objetos que geram o estrondo sônico temos um avião super
sônico e uma bala, pode ser interessante ver estas situações em vı́deo.
Outro efeito que ocorre fortemente em altas velocidades é o efeito Doppler,
que é a alteração da frequência sonora causada ao se ter um emissor ou
receptor em velocidade, esta variação pode ser calculada pela seguinte equação
2 [8].
(vsom + vobservador )
fobservador = ff onte (2)
vsom

2.2 Força de Atrito


Quando uma pessoa anda sobre o chão, o atrito do chão impede que ela
deslize sobre a superfı́cie, isso porque ao andar os pés fazem uma força que
empurra o chão para trás, e como reação o chão os empurra para frente
com uma força de mesma intensidade. É importante ressaltar que o atrito
depende de dois fatores, o coeficiente de atrito µ, que determina o quanto
uma superfı́cie é resistente, e a força normal N , que é a força que a superfı́cie
aplica no corpo, e a força de atrito Fat pode ser determinada pela equação 3
.

Fat = µN (3)
Em uma superfı́cie horizontal, a força peso e, consequentemente, a força
normal são perpendiculares à superfı́cie. Já em um plano inclinado, há uma
decomposição de forças sobre a força peso, e a força normal terá a mesma
intensidade que a componente vertical da força peso. Essa componente tem
como módulo a força peso multiplicada pelo cosseno do ângulo de inclinação,
e dessa forma, quanto maior o ângulo menor o seu cosseno, e portanto, menor
é a força normal. Assim, pode-se concluir que quanto mais inclinado for o
plano, menor será a força de atrito, de modo que não há atrito em uma
superfı́cie vertical, ou seja, inclinada a 90 [8].

2.3 Arrasto
De acordo com Fox et al. (2014), arrasto é a componente de uma força
que atua paralelamente à direção do movimento de um corpo. A força de
arrasto FD é definida pela equação 4 a seguir:
1
FD = CD ρAV 2 (4)
2
4
onde CD é o coeficiente de arrasto, é a densidade do fluido ( mkg3 ), A é a
área de seção transversal (m2 ) e V é a velocidade do corpo ( ms ).
Diferentemente do atrito, a força de arrasto depende da velocidade do
corpo, que ao se mover através de um fluido, precisa retirá-lo de seu caminho
para que ocorra esse deslocamento [9]. Quanto mais denso o meio, mais
difı́cil é fazer esse deslocamento, de modo que essa resistência depende da
viscosidade do fluido.

2.4 Calor e Trabalho


Na termodinâmica existem alguns conceitos básicos que serão abordados
neste trabalho como energia cinética, trabalho e calor. Estes conceitos estão
todos relacionados à energia, que por sua vez é uma grandeza fı́sica escalar.
Na natureza é encontrada em diversas transformações [10], assim apresentaremos
o que e como calculá-los a seguir.
A energia cinética é uma destas transformações e está intimamente relacionada
ao momento que por sua vez tem relação com a massa e a velocidade de um
corpo, a equação 5 enuncia como se pode calcular a energia cinética.

mv 2
EC = (5)
2
O conceito de trabalho por sua vez, diferente da energia cinética, não
é a energia em si, mas a energia transferida ao se deslocar um corpo pela
ação de uma força F no caminho x, portanto é natural imaginar que sua
representação segue a seguinte equação 6.
Z b Z b
W = F dx = P dV (6)
a a

O conceito de calor também é associado à transferência de energia, porém


desta vez associado à transferência de temperatura entre corpos, assim existe
um trabalho W relacionado a mudança de pressão somado a energia interna
do corpo, que é a somatória de todas as contribuições microscópicas para a
energia do corpo, assim a quantidade de calor do corpo assume a seguinte
equação 7 [10].
Q = W + δU (7)

5
2.5 Universo Paralelo e viagem no tempo
Para discutir questões probabilı́sticas, Erwin Schrödinger propôs o famoso
experimento do gato vivo ou morto dentro da caixa, que consistia em haver
um gato dentro de uma caixa, com um frasco contendo veneno que poderia
ser quebrado e matar o gato. A pergunta que fica é “o gato está vivo ou
morto dentro da caixa?”, a qual só poderia ser respondida quando a caixa
fosse aberta para verificação [12]. Desse modo, enquanto a caixa está fechada,
há uma sobreposição dos estados, onde o gato está coexistindo morto e vivo,
e de acordo com o fı́sico americano Hugh Everett III, há então dois universos
paralelos, sendo que em um deles o gato está vivo e em outro está morto.
Portanto, a mecânica quântica consegue explicar fisicamente o conceito de
existirem universos paralelos, entretanto não há como ter comunicação entre
eles [13].
Fı́sicos teóricos empregam o conceito de universos paralelos para solucionar
inconsistências em seus cálculos que envolvem viagem no tempo. Alguns
cientistas afirmam que viajar no tempo não é fisicamente impossı́vel, mas é
altamente improvável [14]. Ainda de acordo com Hawking, o problema da
viagem ao passado é descrito como o “paradoxo do avô”, que consiste em
uma pessoa viajar ao passado, para matar o seu avô ainda jovem, antes de
conceber o seu pai, de modo que estaria evitando o seu próprio nascimento.
Entretanto, para que isso seja possı́vel, tal pessoa precisa nascer para voltar
ao passado. Assim, para contornar esse problema, alguns fı́sicos teóricos
adotaram o conceito de múltiplos universos, de modo que, ao viajar para
o passado, as distorções do espaço-tempo enviariam a pessoa para outro
universo, onde ela poderia matar o seu avô sem comprometer a sua existência
em seu universo [9].

2.6 Relatividade
De acordo com Russell [15](1981), a Teoria da Relatividade Especial de
Einstein afirma duas coisas: que nada nem ninguém pode se movimentar a
uma velocidade superior à da luz (3.0 × 108 ms ) e que as leis da fı́sica são
as mesmas para todos, estando em movimento ou não. Desse modo, a luz
possui a mesma velocidade tanto para um corpo que esteja se movimentando
muito rápido, quanto para um corpo em repouso, pois de acordo com Albert
Einstein, tudo no universo se move a uma velocidade distribuı́da nas dimensões
de tempo e espaço.

6
Para um corpo em repouso, o tempo possui sua velocidade máxima, e
quando ele entra em movimento, parece haver uma contração de seu comprimento,
de modo que quanto mais veloz mais curto ele irá parecer para um observador
[15]. Como consequência, a velocidade que o tempo passa é menor quanto
mais veloz for o corpo que está se movimentando, de modo que se um corpo
alcançasse a velocidade da luz, o tempo simplesmente não iria passar para
ele, enquanto ele estivesse nessa velocidade [13].

2.7 Eletromagnetismo
A explicação do fenômeno e as aplicações eletromagnetismo somente necessita
das equações de Maxwell e da força de Lorentz[1]. Dessas equações diferenciais
podemos descrever qualquer aparato que funcione devido o eletromagnetismo
clássico.

Equações de Maxwell
As equações de Maxwell são quatro:

I
q
E · dA = (8)
εo
IS
B · dA = 0 (9)
S
I
dΦb
E · dl = − (10)
C dt
I
dΦE
B · dl = µ0 iC + 0 µ0 (11)
C dt
Em seguida explicaremos cada uma de forma sucinta e a equação que a
descreve, importante ressaltar que todas essas equações são tomadas em
superfı́cies fechadas.

Lei de Gauss
A lei de Gauss descrita na eq.(8) correlaciona a carga elétrica com o campo
elétrico, indicando que uma carga gera um campo magnético equivalente a
carga descrita. A equação toma o fluxo do campo elétrico para que assim

7
podemos descrever a carga que está contida dentro desta superfı́cie. Além
disso, dado o fluxo podemos notar caso a carga seja negatica ou positiva.

Lei de Gauss no magnetismo


O paralelo de Gauss para o magnetismo descrito na eq.(9) nos mostra a
inexistência de uma carga magnética, ao contrário de seu paralelo, a carga
fundamental magnética é o dipolo, ou seja, uma carga positiva ou negativa.
Da teoria notamos que ao observar o fluxo de um dipolo ele sempre saı́ e
retorna a sı́ próprio, por isso ao observarmos o fluxo do campo magnético ele
é zero.

Lei de Faraday
Esta lei descreve como o campo magnético variante gera o campo elétrico,
descrita pela eqe.(10). Nessa equação observamos o que circula o campo
elétrico, observamos nesta região um campo magnético que varia sendo ele
um dos responsáveis por gerar o campo elétrico além da carga elétrica.

Lei de Ampère
Se o campo magnético pode gerar o campo elétrico o contrário também
deveria ser póssivel, é isso que a eq.(11) mostra. Assim, observamos com as
correções feitas por Maxwell, que o campo elétrico gera o campo magnético e
observando o que circula o campo magnético temos todas as possibilidades,
uma corrente ou um campo elétrico variante.

Força de Lorentz
Para medirmos a força eletromagnética, utilizamos a seguinte equação:

F = q(E + v × B) (12)
Como já é sábido da relação entre o campo magnético e o elétrico, temos
que considerar ambas as partes para medir a força que o eletromagnetismo
gera.

8
3 Objetivos
O intuito do presente projeto é desenvolver uma forma de ensinar ciência
na qual serão considerados super-heróis da cultura popular em um mundo não
ficcional, demonstrando como suas habilidades impossibilitam sua existência.
Para tal deve-se assumir que eles possuem suas caracterı́sticas definitivas,e
então pretende-se obter uma explicação cientı́fica concisa para a qual não
seria possı́vel a sobrevivência de um indivı́duo com tais habilidades, criando
uma narrativa na qual os próprios poderes que os destacariam, os levariam à
extinção. Como exemplos nestte trabalho serão utilizados o Flash e a Canário
negro publicados pela DC Comics, assim como o Magneto, publicado pela
Marvel Comics.
Com isso, deseja-se explicar conceitos importantes da fı́sica de maneira
lúdica e simplificada, atraindo a atenção principalmente do público infantil
e jovem, incentivando o interesse no estudo de fı́sica. Para tal, serão tecidas
narrativas fictı́cias com as explicações de porque esses super heróis morreram,
e por fim gravá-las,em formato de vı́deo utilizando a história de um gênio
que irá conceder poderes.

9
4 Metodologia
Canário Negro
A heroı́na Dinah Laurel Lance, conhecida como ‘Canário Negro’, compreende
um caso interessante para o estudo de ondas sonoras e mecânica dos sólidos.
A personagem da DC Comics herda de seus pais um poder denominado ‘grito
do canário’, consistindo na capacidade de produzir, a partir de sua voz, ondas
sonoras sobre-humanas. No enredo de suas histórias, Dinah demonstra que
tal habilidade é capaz de partir materiais fortes como pedra e aço, assim
como empurrar seres humanos, além de ensurdece-los.

Figura 2: Canário Negro

Fonte: DC COMICS 1947

Tal poder sobre estas ondas possui uma gama de implicações fı́sicas,
para este trabalho considera-se que esta capacidade deriva de uma condição

10
fisiológica na qual suas cordas vocais são capazes de vibrar em intensidades e
frequências muito superiores à de um indivı́duo comum. Para obter-se uma
noção da força de sua voz, deve-se avaliar a intensidade sonora necessária
para tirar o equilı́brio de um ser humano.
Para tal avaliação, considera-se um indivı́duo mediano com 1, 78m de
altura e 70kg de massa [2]. Com base nestas médias e utilizando-se o solo e
o calcanhar como referência, pode-se também considerar que o corpo possui
1, 9m2 de área superficial, assim como um centro de massa de coordenadas
0, 658 e 1, 0146 metros nos eixos horizontal e vertical, respectivamente [3].
Por fim, para fins de aproximação, considera-se que a onda é emitida com
um comprimento de onda correspondente ao dobro da espessura do corpo
humano. Deste modo, os pontos de máxima pressão do ar serão exercidos
sobre a região frontal do corpo no mesmo momento em que os pontos de
pressão mı́nima estarão agindo sobre as costas do indivı́duo, atingindo uma
diferença máxima de pressão.
A partir disso, pela segunda lei de newton, com uma aceleração gravitacional
de 9.81 sm2 a força peso desta pessoa em repouso seria:

m
F = mg = 70kg × 9.81 (13)
s2
F = 686, 7N (14)
Então, para descobrir a força exercida pela pressão do ar, na iminência
da rotação, o torque exercido pelo peso (T G) subtraı́do do torque exercido
pelo som (T S) no centro de massa (C) do indivı́duo devem resultar em zero,
de modo que:

Ts − Tg = 0 (15)
F s Cy = F g Cx (16)
Fs (1.0146m) = (686.7N )(0.658m) (17)
Fs = 44.53N (18)
Considerando que esta força é exercida sobre a metade frontal do corpo,
a pressão total sofrida será:

Fs 44.53N
P = = (19)
0.5As 0.95m2
P = 46.87P a (20)

11
No entanto, sabemos que o som propaga-se como uma onda senoidal. Isso
implica que, meio comprimento de onda após este instante no qual a pressão
máxima é exercida sobre a face frontal, a região de maior pressão do ar estará
empurrando a face traseira do indivı́duo. Sendo assim, ele receberia a mesma
força na direção oposta, resultando em um movimento total nulo. A fim de
contornar tal problema deve-se considerar que a menor pressão atingı́vel é
de 0P a, uma condição denominada de vácuo perfeito, então para amplitudes
altas o suficiente (> 2bar), a pressão máxima ainda aumenta enquanto os
valores de pressão mı́nima não podem diminuir. Com base nesses fatos, para
exercer uma força lı́quida capaz de derrubar uma pessoa, o valor obtido acima
deve ser acrescido em 2bar (2.105P a).
Tendo obtido a pressão máxima, pode-se calcular a intensidade do som
produzido à partir da equação do nı́vel de pressão sonora:
P
L = 20 log (21)
P0
Desta forma:

L ≈ 200dB (22)
Esta seria a intensidade necessária para derrubar uma pessoa. Para fins
de referência, o som da turbina de um avião atinge 120dB. Um valor tão
absurdo traz algumas implicações biológicas além do risco de surdez. Entre
as consequências decorrentes da exposição à tais ondas encontram-se: Dor
no tórax a partir de 135dB, Náusea a partir de 158dB, ruptura dos tı́mpanos
aos 190dB e , por fim, valores acima de 198dB trazem um risco de morte
pela própria onda de choque [4].
Sendo assim, pode-se concluir que cada exposição ao ‘grito do canário’
seria extremamente letal, de modo que a própria personagem correria o
mesmo risco de morte que seu alvo a cada vez que ela o utilizasse, uma
vez que o resto de seu corpo estaria exposto à onda de choque.

Flash
Flash é um super-herói da DC Comics, que adquiriu seus poderes após ser
atingido por um raio e ser banhado por produtos quı́micos de seu laboratório,
o que o concedeu super velocidade, advinda da força de aceleração (DC
COMICS, 1940). Ele é o homem mais rápido do seu universo, segundo sua

12
história em quadrinhos, alcançando velocidades até mesmo superiores à da
luz, mas nada disto seria possı́vel sem sua segunda habilidade, uma “aura
anti-atrito“, que supostamente impede sua morte em tão altas velocidades.

Aura anti-atrito e força de atrito


Juntamente com seus poderes, o Flash recebeu uma aura anti-atrito, que
anula as leis da fı́sica e o protege do atrito do ar. Sabe-se que quanto mais
rápido um corpo está mais ele sofre os efeitos de resistência do ar, e por isso
o ar deveria ser um enorme problema para o Flash, que supera a velocidade
da luz. Isso ocorre porque, na medida que uma pessoa corre, ela empurra o
ar para sua frente, fazendo-o condensar em uma massa de ar cada vez mais
densa, e desse modo, o Flash deveria ser esmagado pelo ar. No entanto, o
Flash não sofre nenhum dos efeitos dessa “parede” de ar denso, porque, de
acordo com os editores da sua história em quadrinhos, a aura anti-atrito o
protege como uma blindagem aerodinâmica.
Sabe-se que, quanto mais inclinado for um plano, menor é a força de atrito
que essa superfı́cie exerce, de modo que planos inclinados em 90 (superfı́cies
verticais) não possuem força de atrito. Portanto, quando o Flash corre pela
lateral de um prédio (DC COMICS, 1956), ou seja, uma superfı́cie vertical,
não há nenhum atrito entre seus pés e a superfı́cie, e portanto, essa “corrida” é
impossı́vel fisicamente [9]. Além disso, o Flash consegue alcançar a velocidade
da luz (3.0 × 108 ms ), e portanto, sua velocidade é maior do que a velocidade
de escape da Terra (11.2 km s
), e por isso, ao correr para cima, ele deveria ser
enviado para fora do planeta.
Em relação a fluidos, há uma cena onde o Flash corre em direção a um
inimigo, e uma massa de ar é formada em sua frente e colide com o inimigo
como um golpe (DC COMICS, 1960), pois sua alta velocidade gera uma
região de alta densidade à sua frente, como pode ser visto na figura 3.
Ao se locomover sobre a água (DC COMICS, 1960), esta possui uma
densidade muito maior que a do ar, e portanto, não se move para fora quando
o Flash a empurra para trás, e assim, a habilidade de correr sobre a água é
plausı́vel fisicamente [9].
Além disso, devido ao grande atrito com o ar durante a sua corrida, o
uniforme do Flash fica coberto de eletricidade estática, como foi visto em
uma de suas histórias, quando um cidadão tocou suas costas e sentiu um
choque (DC COMICS, 1971).

13
Figura 3: Flash gerando uma região de alta densidade, que forma uma frente
de choque

Fonte: DC COMICS 1960

Calor e trabalho
Quando Flash tenta parar de correr repentinamente, ao estar numa velocidade
de 225 ms , sua energia cinética se reduz a zero e ele derrapa por aproximadamente
5 metros, conforme pode ser verificado na figura 4 (DC COMICS, 1959).
A força que reduz a velocidade do Flash é composta pela força de atrito
entre seus sapatos e o chão, e portanto, essa força realiza trabalho resistente
enquanto o Flash ainda está em movimento [8], de modo que a quantidade
de energia dissipada na derrapagem corresponde ao trabalho realizado pela
força de atrito sobre ele [16].
Correndo à velocidade do som (343 ms ), o Flash precisa transformar 4.0 ×
106 J ou 1.0×106 cal por ingestão de alimentos. Segundo Carron e Guimarães
(1997), uma caloria é a quantidade de energia necessária para se elevar em
1C a temperatura de 1.0g de água. Uma caloria alimentar equivale a 1000
“calorias fı́sicas”, de modo que o Flash precisaria comer 2000 sanduı́ches
altamente calóricos para alcançar essa velocidade. Além disso, considerando
a sua evolução para chegar à velocidade da luz (3.0 × 108 ms ), ele precisaria
consumir 150 bilhões desse mesmo sanduı́che para alcançar essa velocidade,
e mais 150 bilhões de sanduı́ches para parar de correr [9].

14
Figura 4: Flash derrapando ao desacelerar

Fonte: DC COMICS 1959

Som
Flash sendo um objeto macroscópico, ultrapassando em muito a velocidade
do som, ele sofreria fortemente com os fenômeno de estrondo sônico, assim
sua aura anti-atrito, para o proteger, deveria também evitar a compressão
do ar que surge nestas velocidades, ou controlá-la, reduzindo o deslocamento
de ar e consequentemente a compressão; a não ser que a aura sirva como
um campo de força contra a compressão e assim os fenômenos fı́sicos nestas
velocidades relacionados ao som no ar seriam mantidos. Portanto, supondo
a primeira hipótese, também seria esperado que a aura interferisse com um
possı́vel vácuo nas costas do corredor gerado pelo deslocamento, Figura 5.
Outro efeito que atingiria nosso super herói, independente da função da
explicação da aura anti-atrito, relacionado à ondas sonoras, seria o efeito
Doppler que alteraria a frequência do que o Flash ouve e fala em velocidade.
Podemos calcular facilmente, com a equação 2, e perceber que dependendo
de sua velocidade, as frequências recebidas pelos ouvidos do Flash não seriam
compatı́veis com a faixa de audição humana [13]. Este fenômeno pode ser
observado em menor escala com uma ambulância ou carro de polı́cia com
sirene ligada em movimento.

15
Figura 5: Flash em alta velocidade deslocando pessoas pois perturbou o ar,
vácuo talvez gerando um vácuo.

Fonte: DC COMICS 1960

Universo Paralelo e relatividade


Antes de ser atingido pelo raio que o concederia seus poderes, Barry Allen,
o Flash da Era de Prata, lia a revista “Flash Comics nº 13”, com Jay Garrick,
o Flash da Era de Ouro na capa. Anos depois foi revelado que o Flash da era
de Prata e de Ouro coexistiam em universos paralelos, separados por uma
barreira vibratória, como pode ser visto na figura 6 (DC COMICS, 1961).
O conceito de universos paralelos se fez muito presente em diversos quadrinhos
da DC Comics, mostrando outros heróis da Liga da Justiça vivendo em
mundos paralelos, gerando uma história muito conhecida entre os fãs, a
“Crise nas Infinitas Terras”, a qual é um exemplo da aplicação correta da
fı́sica nas histórias em quadrinhos de super-heróis (DC COMICS, 1985).
Quatro anos antes do surgimento do Flash da Era de Prata, a ideia de
haver infinitos universos paralelos foi proposta para explicar as equações da
mecânica quântica, sendo que Erwin Schrödinger iniciou as discussões sobre
probabilidades ao propor o famoso experimento do gato vivo ou morto dentro
da caixa [13]. Assim, ao abrir a caixa, é possı́vel determinar em qual dos 2
universos o gato vive, ou neste caso, em qual universo o Flash vive [9].
O Flash, ao correr à velocidade da luz, não respeita as leis da Teoria da
Relatividade Especial de Einstein, que afirma que nada nem ninguém pode
ter velocidade superior à da luz, e que nesta velocidade tempo, comprimento
e massa sofrem alterações [9]. Desse modo, quanto mais veloz o corpo mais
contração sofre o seu comprimento, e portanto, o Flash deveria parecer mais

16
Figura 6: Barry Allen e Jay Garrick coexistindo em universos paralelos

Fonte: DC COMICS 1961

curto ao observador. Além disso, a velocidade com que o tempo passa


também é menor, e portanto, quando o Flash corre na velocidade da luz,
o tempo não passa para ele, e ele não envelhece nesse momento [13].

Tempo de Reação
Outro aspecto importante para qualquer super poder é a capacidade de
controlá-lo e quanto a isto, a fı́sica e a biologia em conjunto tem muito a
acrescentar. Segundo estudos, o tempo de reação de um ser humano treinado
no melhor dos casos é cerca de 0.150segundos [17], vamos supor por exemplo
que Flash está correndo na velocidade do som, cerca de 343 ms , aplicando
as equações de movimento clássicas, equação 23, caso Flash identifique um
obstáculo em sua frente e deseje parar instantaneamente, ele percorreria o
espaço de 51.45metros apenas para pensar em parar, em velocidades como a
da luz isto atinge proporções muito maiores, isto é, cerca de 44968868metros.

∆S = v × ∆t (23)

17
Então é razoável pensar que Flash tem um tempo de reação inferior ao
convencional humano, mas a fı́sica e a biologia do corpo permitiriam isto?
E a resposta é talvez para a fı́sica, mas não para a biologia, porque nosso
cérebro emite comandos por meio de sinapses, que devem ser quı́micas ou
elétricas [19], considerando as mais rápidas, as elétricas, a limitação para
o tempo de reação do Flash no melhor dos casos seria o tempo de ligar um
circuito elétrico, que tem como fator limitante a velocidade de propagação do
campo elétrico, que é muito próxima da velocidade da luz [20]. Entretanto,
não podemos ter apenas sinapses elétricas ou muito menos uma única sinapse
para executar uma decisão de reação, complexa como parar de se mover.

Vislumbre da velocidade luz


Ainda nos resta pensar na possibilidade de que caso alguém realmente
consiga ser um observador na velocidade da luz como o Flash faz, de que
maneira esta pessoa enxergaria? A resposta foi estudada em um jogo, criado
por estudiosos do MIT. Eles nos mostram as distorções relativisticas das
imagens no mundo super rápido podendo ser visto no seguinte site: http:/
/gamelab.mit.edu/games/a-slower-speed-of-light/, o jogo ao invez de alcançar
a velocidade da luz para isto, faz o caminho contrário, reduz a velocidade da
luz e nos mostra os efeitos da relatividade especial na visão [18]. Portanto
esta seria a maneira que o Flash veria o mundo, segundo a fı́sica Figura 7.

Figura 7: Uma velocidade da luz mais lenta

Fonte: KORTEMEYER 2013

18
Magneto
O vilão, ou melhor, anti-herói Magneto, mostrado na figura(8) ou mais
simplesmente Max Eisenhardt é um personagem criado por Stan Lee e Jack
Kirby no ano de 1963 para a editora MARVEL COMICS. Ele será usado como
objeto de estudo para ensino do eletromagnetismo dado que seus poderes
englobam a habilidade de gerar e manipular campos magnético. Sendo esse
poder de origem genêtica, uma vez que a humanidade está passando por
mais uma fase de evolução acelerada, garantindo a alguns poucos humanos
poderes. Esse personagem de origem júdia e sobrevivente do holocausto,
parte fundamental da sua construção, uma vez que essa origem o tornou um
radical com a crença da superioridade dos mutantes sobre os sem poderes.
Nos quadrinhos, filmes e diversas outras mı́dias vemos Magneto como um
personagem que poucas vezes utiliza todo o seu poder, uma vez que controla
campos magnéticos consequentemente também controla campos elétricos,
dado pela lei de Ampère. Assim, procuraramos desenvolver algumas teorias
sobre ele e como poderia utilizar seu poder além de apenas levantar carros
ou supostamente parar balas [5].

Figura 8: Magneto

Fonte: MARVEL COMICS 1963

Iniciando uma análise do Magneto, temos que seus poderes são gerar

19
e manipular campos magnéticos, assim, sabemos que de acordo com a lei
de Gauss para magnetismo teriamos que magneto gera e controla dipolos
magnéticos que é a carga magnética existente. Assim, vem o primeiro fator
a exemplirar por meio da eq.(9) na qual vemos que ele gera campos que
atraem e repelem todos os materiais, sendo importante considerar que não
pode simplesmente atrair materiais sem considerar todos os outros dentro
da área de atuação do campo magnético. É importante notar que a nivel
atómico todos matériais são magnéticos, porém a diferença é o nivel desse
magnetismo, podemos classificar em diamagnéticos, paramagenéticos e ferro
- magnéticos. Porém esse não é o objeto de nosso estudo, mas sim o ensino
da básico de eletromagnetismo, assim temos que ao analisarmos seus poderes
podemos afimar que ele não só gera campos magnéticos, mas controla dipolos
magnéticos. Diferente da elétrica a carga fundamental não possui diferentes
cargas, mas sim apenas uma que possui ambas as cargas.
Outro ponto a ser observado é que de acordo com as eq.(10) e (11),
se de fato o personagem controla o campo magnético ele necessariamente
também controla o campo elétrico, pois como aprendemos por essas leis é
que um campo magnético variante gera um campo elétrico e o contrário
também é real, assim, além de poderes magnéticos ele também possui poderes
elétricos. Ampliando ainda mais os poderes que magneto possui, também
incluı́mos nessa questão a eq.(8) na qual o campo elétrico é definido pela
carga elétrica, assim ele também controla de certa forma cargas elétricas,
o que já era esperado dado que seu poder também inclui eletricidade, pelo
desenvolvimento mostrado.
Podemos notar que os poderes de Magneto superão em grande parte o
que é mostrado nas mais diversas mı́dias, porem ele também pode ser afetado
por seus poderes, uma vez que não está protegido de efeitos magnéticos em
suas células, porém com muito treinamento, consegue produzir campos para
se proteger de seus próprios poderes, anulando os campos gerados ao redor.
Além disso, é importante ressaltar o capacete que utiliza também está sob
influência dos campos gerados, ou seja, não é muito aconselhável utilizar um
material que pode gerar sua própria derrota por suas próprias mãos.
Por fim, gostariamos de concluir este estudo com o pensamento de que
Magneto pode controlar seres humanos[6], diferente do que imaginamos,
todas as ações humanas são tomadas por meio de correntes elétricas, as
sinapses, infelizmente não é por temos ossos de Adamantium da mesma
forma que o Wolverine. A comunicação entre os neurônios ocorre por meio de
cargas elétricas, assim como a informação levada até a parte do corpo que ira

20
se movimentar. Dado que essas cargas elétricas sofrem influência do campo
elétrico, com cuidado o suficiente Magneto seria capaz de controlar qualquer
pessoas apenas pelos estı́mulos elétricos. Porém como afirmado previamente
é importante que o personagem tenha cuidado com os exterior dos campos
gerados. Um exemplo de confirmação desses estudos é estimulação intracanial
magnética, na qual um aparelho foi conectado a cabeça dos pacientes, estimu
- lando diferentes partes do cortex cerebal para estimular diferentes ações.
Importante lembrar que há água no corpo humano, especificamente 70 do
nosso corpo é composto por água e a mesma também é suscetı́vel ao campos
eletromagnéticos.

21
5 Resultados
Ao final do trabalho espera-se a elaboração de um material didático para a
explicação dos temas pesquisados de forma lúdica, tendo como foco principal
o público-alvo infanto-juvenil. Isto porque indivı́duos nessa faixa etária são
mais engajados pelo tema proposto, fazendo com que o trabalho seja mais
efetivo [7]. Pretende-se desenvolver o material de forma a mostrar uma
narrativa em um documentário falso, gênero esse conhecido popularmente
por Mockumentary . Durante o desenvolvimento do documentário serão
utilizados os cálculos realizados previamente, onde serão expostas as viabilidades
fı́sicas do uso de cada poder, bem como os pontos negativos associados à eles.
É esperado que ao final do trabalho o material teórico desenvolvido possa ser
utilizado como guia para a elaboração de trabalhos futuros desenvolvidos
sobre a mesma temática.
O enredo inicial baseia-se em uma conversa entre irmãos, onde o mais
novo ao receber um desejo que permite que possa ter um superpoder de
qualquer super herói pede ajuda ao irmão mais velho para auxiliá-lo em sua
decisão. Esse por sua vez é um estudante de Fı́sica, e pacientemente explica
todos os prós e contras que vêm associados com cada habilidade. Em cada
sessão do documentário o irmão mais novo irá sugerir um super poder como
super velocidade, grito sônico etc. O irmão mais velho irá responder a cada
situação que pode ocorrer do ponto de vista fı́sico. Neste momento será feita
uma revisão teórica rápida e com linguagem mais simples para contextualizar
o espectador, serão exibidas as equações que regem o sistema bem como o
contexto em que estão inclusos.
Após, pretende-se expor de maneira superficial os cálculos realizados
de maneira dinâmica. Este ponto é importante pois espera-se que ao se
demonstrar como a matemática é utilizada na solução de problemas e estimativa
de previsões o telespectador entenda melhor como ambas fı́sicas e matemática
se relacionam, e como esta é utilizada como ”linguagem”para demonstração
dos problemas. Após isso os irmãos chegaram a um consenso de aquele é ou
não um bom poder e se causaria a eventual morte do irmão mais novo.

22
6 Conclusão
Com o intuito de estimular o ensino de fı́sica de maneira lúdica, foi
proposto nesse plano de trabalho o estudo dos poderes de três super-heróis
- Flash, Magneto e Canário Negro, a fim de expor quais de seus poderes
obedecem às leis da fı́sica, e principalmente, quais poderes não obedecem, e
por isso, deveriam ser impossı́veis. Além de serem fisicamente impossı́veis,
alguns dos poderes desses super-heróis deveriam inclusive matá-los, o que
não acontece no seu mundo fictı́cio. Esse tema foi escolhido, pois o mito
do herói existe desde a antiguidade, e é um assunto muito popular entre os
jovens, os quais são o principal público desse trabalho. Dessa forma, tem-se
o intuito de incentivar o estudo da fı́sica e da ciência no geral por parte dos
jovens.
Neste trabalho, estudou-se alguns conceitos fı́sicos importantes aplicados
aos poderes dos super-heróis, os quais são abordados nos ambientes escolares
de forma tradicional. Assim, o Magneto foi escolhido para discutir questões
relacionadas ao eletromagnetismo, já que sua fonte de poder é o campo
magnético, enquanto a Canário Negro foi escolhida para que se abordassem
questões relacionadas ao som, pois seu poder é um grito supersônico, e por
fim, o Flash foi selecionado para discorrer sobre diversos tópicos, como atrito,
relatividade, calor, trabalho etc, pois todos esses temas são envolvidos ao se
discutir acerca de sua super velocidade.
Baseado na pesquisa acerca desses três super-heróis, o objetivo desse
trabalho é ensinar ciência de forma não-tradicional, mostrando como seriam
esses heróis caso vivessem em um mundo não fictı́cio, que obedecesse a todas
as leis da fı́sica. Dessa forma, será desenvolvido um vı́deo no qual um gênio
irá conceder super-poderes na forma de desejos para uma criança, mas para
isso seu irmão mais velho, que é um estudante de Fı́sica, irá explicar como
funciona esse poder obedecendo todas as leis da fı́sica, e cabe ao presenteado
decidir se ainda vai querer esse poder, e caso queira, como deverá agir para
não sofrer as consequências. Além disso, espera-se que este trabalho que está
sendo desenvolvido possa servir de base para estudos futuros, e que assim,
possa continuar o incentivo ao estudo das ciências de forma lúdica.

23
7 Bibliografia

Referências
[1] NUSSENZVEIG, Herch Moysés. Curso de fı́sica básica:
Eletromagnetismo (vol. 3). Editora Blucher, 2015. 7
[2] WALKER, Leon B.; HARRIS, Edward H.; PONTIUS, Uwe R., Mass,
volume, center of mass, and mass moment of inertia of head and head
and neck of human body. SAE Technical Paper, 1973. 11
[3] GEHAN, Edmund A.; GEORGE, Stephen L., Estimation of human body
surface area from height and weight 12, Cancer Chemother. Rep, v. 54,
p. 225-235, 1970. 11
[4] VOLCLER, Juliette , Extremely loud: Sound as a weapon ,New Press,
The, 2013. 12
[5] MIRANDA, Lucas, Magneto: Um supervilão que não estudou Fı́sica.
https://www.blogs.unicamp.br/ciencianerd/2020/06/27/magneto/ 19
[6] Pauling, L., Coryell, C. D., The magnetic properties and structure of
hemoglobin, oxyhemoglobin and carbonmonoxyhemoglobin.. Proceedings
of the National Academy of Sciences of the United States of America,
22(4), 210. 1936.
[7] NASCIMENTO, F. de A. J. Quarteto Fantástico: Ensino de Fı́sica,
Histórias em Quadrinhos, Ficção Cientı́fica e Satisfação Cultural. Tese
de Mestrado em Ensino de Mestrado pela Universidade de São Paulo.
2013. 20
[8] Tipler, Paul A. e Mosca, Gene, Fı́sica para Cientistas e Engenheiros
- Volume I: Mecânica, Oscilações e Ondas, Termodinâmica. Tradução
Paulo Machado Mors, Rio de Janeiro: LTC, 2011. 22
[9] Kakalios, James, he Physics of Superheroes. New York, U.S.A.: Gotham
Books, 2009. 2nd Edition. 425 p. 4, 14
[10] VAN WYLEN, Gordon; SONNTAG, Richard E.; BORGNAKKE, Claus.
undamentos da termodinâmica clássica. Editora Blucher, 1994. 5, 6, 13,
14, 16

24
[11] ECHER, E.; ALVES, M. V.; GONZALEZ, W. D., Collisionless shock
waves in the interplanetary space. Revista Brasileira de Ensino de Fı́sica,
v. 28, n. 1, p. 51-66, 2006. 5

[12] Gasiorowicz, Stephen , Fı́sica Quântica. Tradução Antônio L. L. Videira,


Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1979. 480 p. 3

[13] GONZAGA1 , Luiziana A. et al. MA FÍSICA DOS SUPER-HERÓIS DE


QUADRINHOS (HQ)., 2014 6

[14] Hawking, Stephen, O Universo numa Casca de Noz. ão Paulo:


Mandarim, 2001. 6, 7, 15, 16, 17

[15] Russell, Bertrand, ABC da Relatividade. tradução Giasone Rebuá, Rio


de Janeiro: Zahar, 1981. 5ª Ed. 215 p. 6

[16] Sant’anna, Blaidi; Martini, Glória; Reis, Hugo C. e Spinelli, Walter,


Conexões com a Fı́sica – Volume I. São Paulo: Moderna. 372 p. 6, 7

[17] DA SILVA, Marcos Augusto Souza Rodrigues; DE LIMA, Elessandro


Váguino; DE CARVALHO, Flávio Aimbire Soares, A relevância do
tempo de reação em modalidades esportivas.. 2007 14

[18] KORTEMEYER, Gerd; TAN, Philip; SCHIRRA, Steven, A Slower


Speed of Light: Developing intuition about special relativity with games.
In: FDG. 2013. p. 400-402. 17
18

[19] MOREIRA, Catarina. , Sinapse. Revista de Ciência Elementar, v. 2, n.


4, 2014. 18

[20] BARBOSA, Cairo Dias et al, O movimento de cargas elétricas em um


fio condutor: cuidados com as simplificações das simulações no ensino
de fı́sica. Scientia Plena, v. 13, n. 1, 2017. 18

[21] Flash Comics, Flash, Shocase, Crise nas terras infinitas. New York: DC
Comics, 1940, 1956, 1959, 1960, 1961, 1971, 1985.

25

Você também pode gostar