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O crescimento de uma população é

devido essencialmente a dois


fenômenos opostos, a natalidade e a
mortalidade, aos quais é possível
acrescentar a emigração e a imigração
Seja N o efetivo de uma população.
Chama-se coeficiente de crescimento
a relação dN/dt e coeficiente de
crescimento por indivíduo a relação
dN/Ndt.
Assim, no caso de uma população de
paramécios, por exemplo, cujo efetivo
inicial é de 100 indivíduos e de 200 ao fim
de uma hora, o coeficiente de crescimento é
de 100/1 = 100 por hora. (pf – pi)/t ou (200-
100)/1 = 100.
O coeficiente de crescimento por

indivíduo é de 100/100 x 1 = 1 indivíduo


por indivíduo por hora.
A equação da curva logística foi
formulada pelo matemático francês
Verhulst em 1845. Esta curva em forma
de S é chamada curva logística.
A equação da curva logística é a seguinte:
dN/dt = rN (K-N)/K ou N = K/1+ ea – bt
onde a e b são constantes ligadas a inclinação
e altura da curva.

N = tamanho da população
t = tempo
r = taxa de crescimento da população
K = assíntota superior ou máximo valor de N
A equação estabelece que:

A taxa de aumento = taxa de crescimento da x tamanho da x oportunidade não utilizada


da população por população per capita população para crescimento da pop.
unidade de tempo
Ex.: Se tivermos uma população cujo
K=100, r=1,0 e No = 1 (densidade inicial)
quais valores teremos para a taxa de
crescimento populacional se a população
passar para 5, 25, 50, 75, 95, 99 e 100
indivíduos?
_______________________________________________________________________________

Taxa per Tamanho da Oportunidade não utilizada Taxa de crescimento


capita população para crescimento da população populacional
r N (K-N) /K dN/dt

1 1 99/100 0,99
1 5 95/100 4,75
1 25 75/100 18,75
1 50 50/100 25,00
1 75 25/100 18,75
1 95 5/100 4,75
1 99 1/100 0,99
1 100 0/100 0,00
O crescimento ou declínio de uma
população depende da interação entre
as taxas de natalidade, mortalidade e
migração (imigração e emigração).
As populações, embora com potencial para
crescerem exponencialmente ou em progressão
geométrica, tem seu crescimento limitado pela
resistência do meio. Uma população em equilíbrio
dinâmico mostra oscilações em torno de um ponto
médio de densidade populacional.
O tamanho de uma população depende
obviamente, do número de indivíduos que são
acrescentados ou perdidos ao longo do tempo.
Os indivíduos são acrescentados à população
por nascimento ou por imigração e perdidos
por morte ou emigração.
Da interação entre essas taxas resulta a taxa de

crescimento da população. Se as taxas de natalidade e

imigração forem maiores que as taxas de mortalidade e

emigração, a população está crescendo. A situação oposta

mostra uma população em declínio. Se as taxas de

nascimento e imigração forem equivalentes às taxas de

morte e emigração, a população está em equilíbrio.


Curvas de Crescimento

Uma população que viva em local onde os recursos disponíveis


sejam ilimitados (alimento, espaço etc.) tende a crescer
indefinidamente, pois em praticamente todas as espécies a
capacidade reprodutiva é muito grande em relação à
mortalidade. Admitindo-se, portanto que o meio não ofereça
resistência ao crescimento populacional, ou seja, que haja
alimento e espaço a disposição, o crescimento da população
seguiria um padrão representado por uma curva exponencial.
Curvas de Crescimento
Curvas de Crescimento

Esta curva de crescimento representada acima é


naturalmente teórica, pois a interação com outras
espécies que podem ser parasitas, predadoras ou
competidoras, aumenta a taxa de mortalidade da
população. Esse tipo de curva, entretanto mostra o
quanto uma dada população é capaz de crescer se as
condições ambientais forem ótimas, e recebe o nome
de Curva de Potencial Biótico.
Curvas de Crescimento

O meio, entretanto, oferece “resistência” ao


potencial biótico de uma população. Essa
resistência se traduz na disponibilidade de
alimento, espaço, alterações de clima,
interações com outras espécies que podem
competir, parasitar ou predar a espécie em
questão.
Curvas de Crescimento

Dessa maneira, a curva de crescimento de uma


população não é a própria curva de potencial biótico, mas
sim uma curva resultante da interação entre o potencial
biótico e a resistência do meio. A curva de crescimento é
ascendente até um ponto limite, onde atinge a maior altura, o
que representa o limite máximo que o meio pode suportar.
Essa é a chamada Curva Logística.
Curvas de Crescimento
Oscilações em Populações Naturais
Esta curva de crescimento tem forma de S, por isso é
denominada de curva sigmóide. Este é um padrão de
crescimento típico para qualquer organismo que se instala em
um ambiente novo e favorável. A curva apresenta três fases
claramente:
fase demorada : Fase inicial lenta de crescimento em que
os organismos se aclimatam ao novo ambiente (1-4 horas na
figura).
fase logarítmica: Período de crescimento exponencial
rápido que segue a fase demorada (se denomina logarítmica
porque origina uma linha reta em um gráfico logarítmico (4-10
horas na figura).
fase de equilíbrio: Fase de estabilização gradual seguida
de descenso a algum ponto de partida (12 a 18 horas na figura).
Oscilações em Populações Naturais

Ao nível de equilíbrio, pode-se dizer que a


população alcançou a densidade máxima que pode
tolerar o ambiente. Geralmente isto se denomina de
capacidade portadora do ambiente. Se o ambiente
se modifica, a capacidade portadora, também pode
faze-lo.

O equilíbrio das populações é um equilíbrio


dinâmico, ou seja, o crescimento das
populações é ora maior, ora menor, oscilando
em torno de um ponto de equilíbrio.
Oscilações em Populações Naturais
Oscilações em Populações Naturais

O estudo da introdução de certas espécies em


um novo meio constitui um bom exemplo para
o estudo do equilíbrio das populações naturais.
Em 1838, os carneiros introduzidos na
Austrália, deram início a uma população que
cresceu intensamente até atingir o equilíbrio.
Analisando-se a curva de crescimento pode-se
notar que a população cresceu rapidamente nos
primeiros 40 anos após sua introdução.
Oscilações em Populações Naturais
Curvas em forma de J
O padrão de crescimento de tipo S não tem caráter
universal para as populações. A curva em forma de
J indica um crescimento mais dinâmico e nunca se
nivela o suficiente para definir a capacidade
portadora.

As curvas de crescimento em forma de J são


típicas de populações de diversos insetos, os quais
produzem somente uma geração de descendentes
ao ano.
Curvas em forma de J
Também segue este padrão de crescimento em forma
de J, o plâncton constituído de espécies de algas (que
estão se reproduzindo rápida e constantemente nas
águas do mar e dos lagos), assim como as bactérias
em várias culturas. A sua etapa de crescimento inicial
é também lenta. Também mostra uma fase de
aumento rápido bastante similar. Porem a fase final
da curva em forma de S se caracteriza por um
descenso gradual, enquanto que a curva em forma
de J, declina pronunciadamente, uma vez que alcança
o valor máximo.
Curvas em forma de J
Curvas em forma de J

Pode-se explicar as curvas em forma de J, dizendo que


muitas espécies tem requerimentos ambientais específicos.
Quando o ambiente se modifica desfavoravelmente, devido,
talvez ao próprio crescimento da população, esta não pode
sobreviver (por exemplo, por acumulação de produtos
tóxicos de detritos, ou por esgotamento dos recursos
alimentícios). Provavelmente podem persistir alguns
indivíduos em estado latente (esporos), porém, a maioria
perece.

Ela represente um sistema regulador imperfeito, no qual


está ausente uma retroalimentação corretiva adequada, ou
seja, esta é débil e de resposta demasiadamente lenta.
Curvas em forma de J

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