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A dinâmica populacional estuda esses fatores, o que permite obter informações sobre o
comportamento, o crescimento e a distribuição de uma espécie ou até mesmo de um conjunto
de espécies em determinada comunidade. Esses estudos usam modelos matemáticos e são
importantes para a biodiversidade e a manutenção de ecossistemas.
POTENCIAL BIÓTICO
O potencial biótico de uma espécie corresponde a sua capacidade de reprodução e adaptação
ao ambiente.
No Brasil, esse trabalho é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que
contabiliza o no de pessoas e divide pelo tamanho do território brasileiro (8,5 milhões de km2).
Conhecer a densidade demográfica do Brasil e de diferentes partes do planeta é importante, pois, no
caso das populações humanas, os estudos de variáveis são bem mais complexos, já que os seres
humanos apresentam grande diversidade nas condições necessárias para terem qualidade de vida.
Os fatores que mais interferem nela são os sociais, ambientais e econômicos, como saúde,
educação, meio ambiente, direitos humanos, equidade, sustentabilidade, gestão política e cultura.
Esses são aspectos primordiais para o pleno desenvolvimento físico, intelectual e social humano.
Esses fatores passaram a ser bastante discutidos, principalmente, com a criação do Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), cálculo que apresenta uma medida resumida do progresso de
uma população a longo prazo.
O IDH, publicado pela primeira vez em 1990, é calculado anualmente em diferentes países,
gerando um relatório que é apresentado com esses dados e o ranking de desenvolvimento.
Os três fatores considerados atualmente em seu cálculo são mensurados com base no(a):
▶ Expectativa de vida da população.
▶ Média de anos de escolaridade dos adultos e crianças.
▶ Padrão de renda.
Esse índice não abrange todos os aspectos do desenvolvimento humano, mas é importante por
sintetizar, em uma escala, questões essenciais para o bem-estar de uma população, como a
qualidade das condições ambientais que se refletem na saúde, e colocar em debate as medidas
necessárias para que se avance nesses aspectos em todas as nações. Somente em um ambiente
equilibrado, em que as populações tenham acesso à educação, saúde e saneamento básico, é
possível ampliar a expectativa de vida, evitando doenças que aumentam as taxas de mortalidade
(principalmente infantil) e garantindo a dignidade e o pleno desenvolvimento humano.
O objetivo da criação do IDH foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o
Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do
desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya
Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral e
sintética que, apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, não abrange nem
esgota todos os aspectos de desenvolvimento.
CONCEITOS BÁSICOS:
densidade populacional
Taxa de natalidade (N) no de nascimentos
Taxa de mortalidade (M) no de mortes
Taxa de imigração (I) no indivíduos que chega
Taxa de emigração (E) no indivíduos que vai
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SUCESSÃO ECOLÓGICA
Vimos que os ambientes se mantém em equilíbrio a partir das interações dos seres vivos entre si e
com o ambiente. Desse modo as comunidades biológicas existem em um estado de fluxo contínuo,
em que alguns organismos morrem e outros nascem, alguns emigram e outros imigram para
ocupar seus lugares. Além disso, o ambiente pode se alterar e consequentemente alterar sua
biodiversidade, devido a fatores desencadeados por fenômenos naturais (retração de geleiras,
incêndios naturais ou erupções vulcânicas), processos cíclicos ou pela ação dos seres humanos.
Para melhor entendermos esses fatores, vamos analisar o caso dos lagos e lagoas, que constituem
ecossistemas que sofrem diversas mudanças ao longo do tempo.
Nesse processo de mudanças, os seres vivos são gradativamente substituídos até a implantação
da última comunidade (= comunidade clímax), que apresenta grande estabilidade e equilíbrio.
No estágio clímax, a comunidade estável, com tendência a manter constantes a biodiversidade,
a biomassa e as condições climáticas.
Quando se abandona um pasto ou cultivo agrícola,
rapidamente o espaço é colonizado pela floresta, que
se regenera naturalmente – são as chamadas
florestas secundárias. Especialistas em ecologia se
debruçaram na missão de responder a seguinte
questão: florestas secundárias podem ajudar a
reverter a perda de espécies e trazer de volta as
espécies nativas?
“Ficamos impressionados ao descobrir que pode
levar apenas 50 anos para se recuperar a riqueza de
espécies que é encontrada em florestas maduras
bem preservadas. Em apenas 20 anos de
regeneração, 80% do no de espécies já está presente.
Este resultado enfatiza a importância das florestas
secundárias para a conservação da biodiversidade
em paisagens modificadas pelo homem”.
Apesar da rápida recuperação do no de espécies, o estudo mostra ainda que as espécies de
árvores encontradas nas florestas regenerantes são, normalmente, diferentes daquelas
encontradas nas florestas maduras próximas. Depois de 20 anos de regeneração, apenas 34%
das espécies são as mesmas encontradas nas florestas maduras. Portanto, pode demorar séculos
para que as florestas secundárias recuperem as mesmas espécies da floresta original, se isso
realmente chegar a acontecer.
SUCESSÕES PRIMÁRIAS
Este tipo de sucessão ocorre em ambientes que nunca foram habitados. Por exemplo, a superfície
de um rochedo inicialmente inabitado, uma rocha vulcânica nua ou uma duna recém-formada que
podem vir a abrigar uma comunidade clímax.
Quando as espécies pioneiras (liquens), instalam-se em uma rocha, passam a liberar ácido liquênico,
que degrada pedaços da rocha. Esses pedaços se desagregam e, com o passar do tempo, formam
um solo simples, que permite o desenvolvimento de plantas pequenas. As sementes dessas plantas
são trazidas pelo vento ou água, então germinam e continuam a alterar o ambiente. Aos poucos, elas
são substituídas por outras maiores, até o estabelecimento de uma comunidade clímax.
Durante as erupções vulcânicas, uma grande quantidade de lava é expelida e pode devastar grandes
áreas. Com o decorrer do tempo, essa lava resfria e, pela ação da chuva e do vento ao longo de
décadas, começa a se fragmentar, o que permite o estabelecimento de espécies pioneiras e, a partir
delas, as outras etapas de sucessão ecológica primária. Muitas ilhas nos diferentes oceanos do
planeta, por exemplo, formaram-se a partir de erupções vulcânicas, resultado do movimento das
placas tectônicas, e hoje apresentam grande biodiversidade pelo processo de sucessão ecológica
primária.
SUCESSÕES SECUNDÁRIAS
As sucessões secundárias acontecem em locais anteriormente explorados e que foram destruídos
por agentes climáticos naturais (inundações, tsunamis, terremotos) ou atividades humanas
(queimadas, desmatamentos, minerações, cultivos abandonados,...).
Trata-se de um processo mais rápido, pois nesse tipo de sucessão já houve a formação do solo.
Além disso, essas condições ambientais diferenciadas, possibilitam que novas espécies surjam no
local, resultando em uma comunidade clímax diferente daquela encontrada na formação primária.
No caso das florestas, as formações secundárias são denominadas capoeiras, que gradualmente
vão se restabelecendo. No entanto, permanecem diferenças em relação a composição vegetal
original (antes da devastação), de modo que a floresta secundária geralmente tem árvores com
copas mais baixas, maior oscilação da temperatura ambiente e menos umidade.
Quanto tempo leva para áreas queimadas da Amazônia e Pantanal se recuperarem naturalmente?
Vários estudos mostram que a recuperação total de áreas devastadas por incêndios pode levar
séculos, e esse tempo depende de vários fatores. Entre eles, as condições do solo, pois quanto
mais degradado, mais difícil é o desenvolvimento da vegetação; a existência de florestas
preservadas próximas, para que animais se estabeleçam e passem pela área, levando com eles
também sementes de diferentes espécies; as condições climáticas; entre outros.
As árvores do Pantanal e da Floresta Amazônica são frágeis diante da ação do fogo e, com isso, a
devastação é muito grande. Se queimadas voltarem a ocorrer com frequência, esses locais nunca
voltarão a se regenerar, e isso trará diversas consequências para o ambiente global.
Muitas das florestas presentes no Brasil, atualmente, são resultado de décadas de sucessão
ecológica secundária, seja por fatores naturais ou porque a floresta inicial foi destruída pelas
atividades humanas. Um exemplo e a Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, devastada para o plantio
de café no século XIX. Porém, o que permitiu o seu reflorestamento, com a sobrevivência das
nascentes e a água para a população, foi um decreto de D. Pedro II. Na época, a cidade, que era a
capital do Brasil, sofreu uma crise de abastecimento de água, sendo esse um dos principais motivos
para que fossem tomadas medidas de proteção.
Teve início então o plantio de mudas de árvores e o restabelecimento da vegetação na região, tanto
de forma natural como por manejo (plantio). Agora, a Floresta da Tijuca faz parte de um Parque
Nacional, área protegida e que abriga uma grande diversidade de plantas e animais.
RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA
O processo de sucessão ecológica de forma
natural ocorre em etapas lentas e graduais, que
demandam muito tempo e dependem de vários
fatores. No entanto, ações de manejo a partir do
estudo de áreas degradadas, chamadas de
restauração ecológica, podem fazer com que esse
processo ocorra de forma mais acelerada.
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