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População mundial: dinâmica e indicadores socioeconômicos.

A análise dos dados demográficos e sua comparação com dados socioeconômicos permitem
aos dirigentes de um Estado o conhecimento da realidade quantitativa e qualitativa da
população e a elaboração de medidas de ordem prática (saúde, educação, transportes, etc).

CONCEITOS DEMOGRÁFICOS FUNDAMENTAIS


População absoluta: é o número total de habitantes de um lugar. (país, cidade, estado,
região)
Densidade demográfica: é a média de habitantes por quilômetro quadrado (hab/km²), para
obter essa média é necessário dividir a população absoluta pela área.
Os países populosos não necessariamente serão densamente povoados, assim como nem todo
país densamente povoado será populoso. Apesar de ser bastante difundida e utilizada, saber
que a densidade de um país é de 10, 100 ou 500 (hab/km²) é uma informação vaga. Por se
tratar de uma média, a partir dela nada podemos concluir a respeito da distribuição efetiva da
população do país pelo território.
Distribuição geográfica da população: a desigual distribuição da população explica-se pela
conjugação de diversos fatores que favorecem ou restringem a ocupação humana nos
territórios, estes fatores podem ser físicos e/ou naturais, são fatores físicos que atuam em
conjunto, criando áreas favoráveis à ocupação humana. chamadas de ecúmenas, e áreas
desfavoráveis a concentração populacional conhecida como anecúmenas.
A distribuição de uma população não se restringe apenas aos fatores físicos. Os fatores
históricos e econômicos exerceram grande influência na ocupação das regiões, podemos dizer
que hoje a distribuição desigual da população depende muito mais dos fatores históricos e
econômicos. A modernização e a revolução tecnocientífica permitiram a superação de
grandes partes das limitações naturais, possibilitando à humanidade conquistar espaços
inabitáveis.
Superpovoamento: uma área é considerada superpovoada quando ocorre um descompasso
das condições socioeconômico da população em relação a área ocupada, ou seja, são
considerados países povoados quando a um nível insuficiente de desenvolvimento econômico
e tecnológico de suas populações.
Recenseamento ou censo: representa a analise geral da população por meio de aspectos
populacionais como: população absoluta, população rural, população urbana, migrações,
nascimentos, casamentos, sexo, cor, expectativa de vida e outros.
Taxa de natalidade: é a relação entre o número de nascimentos ocorridos em um ano e o
número de habitantes, multiplicando-os por 1000 dividindo o resultado pela população
absoluta.
Ex: se num país cuja população total é de 20 milhões de habitantes e nasceram em um ano
600 mil pessoas, temos:
600.000 X 1.000
20.000.000

Taxa de mortalidade: é a relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e o número


de habitantes, multiplicando por 1000 e dividindo o resultado pela população absoluta.
Crescimento vegetativo ou natural: é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de
mortalidade.

Evolução do crescimento demográfico


Até 1800 o crescimento da população foi muito lento, visto que a população era inferior a 1
bilhão de indivíduos. em compensação nos 160 anos seguintes (1800-1960) ela triplicou, em
1925 atingiu o segundo bilhão em 1999 chegou a marca de seis bilhões de pessoas, portante
em 200 anos a população passou de 1 bilhão para 6 bilhões de habitantes. Essa aceleração
denominada de explosão demográfica ocorreu principalmente em países subdesenvolvidos.
Fases do crescimento populacional
Dissemos que a população mundial cessará de crescer acentuadamente somente por volta de
2050. A transição demográfica é um conceito que faz parte da elaboração da teoria acerca da
tendência da população mundial para se equilibrar, na medida em que diminuem as taxas de
natalidade e mortalidade.
Primeira fase ou fase de crescimento lento: nos primórdios da humanidade até o final do
século XVIII, aproximadamente, embora a taxa de natalidade tenha sido elevada, a taxa de
mortalidade era igualmente alta, o que explica o baixo índice de crescimento demográfico
desse período.
Segunda fase ou fase do crescimento rápido: caracterizada por elevadas taxas de natalidade
e baixas taxas de mortalidade, nesta fase ocorre grande crescimento demográfico. Na Europa
Ocidental, o sucesso da revolução industrial contribuiu para as melhorias das condições
higiênicos sanitárias, médico–hospitalares, alimentares e no combate de epidemias. A taxa de
fecundidade/fertilidade por mulher durante o séc. XVIII era em média 7 filhos por mulher.
Terceira fase ou fase de crescimento baixo(estagnação): caracterizada por baixas taxas de
natalidade e de natalidade, resultando em baixo crescimento, o baixo crescimento
demográfico se dá por diversos fatores como: mudanças da estrutura familiar, inserção das
mulheres no mercado de trabalho, baixa taxa de fecundidade, urbanização, aumento da taxa
de escolarização.
Teoria de Malthus: teoria mais conhecida, publicada em 1798 pelo economista e sarcedote
anglicano Thomas Robert Malthus (1766-134). Sua teoria apoia-se nas seguintes premissas:
população cresce por progressão geométrica enquanto que os meios de subsistência por
progressão aritmética.
Neomalthusiana: associavam a miséria dos países subdesenvolvidos ao crescimento
populacional. Concordavam que a agricultura era capaz de produzir alimentos suficientes
para todos. Defendiam a implementação de programas de controle de natalidade, que
chamavam de programa de planejamento familiar.
Reformistas: os reformistas defendem que, ao contrário do que pensam os neomalthusianos,
é a miséria que causa o crescimento populacional, sendo assim defendem a necessidade de
reforma econômica e social elevando a qualidade de vida, distribuição de renda, aumento da
escolaridade dentre outros fatores.

EXERCÍCIOS
A diferença entre o número de nascimentos e o número de mortes é chamada de:

A) saldo migratório.

B) bônus demográfico.

C) população absoluta.

D) taxa de longevidade.

E) crescimento vegetativo.
O século XX foi marcado pelo intenso crescimento da população mundial. Esse
incremento de indivíduos no planeta foi influenciado, entre outros, pela:

A) atenuação do processo de industrialização dos países emergentes.

B) concretização de melhorias das condições de saúde da população.

C) expansão do número de pessoas que habitam as zonas rurais.

D) acentuação da movimentação de imigrantes para os países ricos.

E) diminuição da participação das mulheres no mercado de trabalho.

Os indicadores demográficos são importantes ferramentas de indicação das


dinâmicas populacionais. O crescimento de uma população é derivado, entre
outros, da:

A) manutenção do saldo migratório.

B) ampliação do analfabetismo.

C) elevação da taxa de natalidade.

D) diminuição da desigualdade.

E) retração da expectativa de vida.

O crescimento populacional entre as regiões do globo não é homogêneo. Assinale


abaixo a alternativa que faz uma correta relação entre uma região global e uma
característica da sua população:

A) Europa – baixa taxa de natalidade

B) América do Norte – elevado êxodo rural

C) África – alto índice de expectativa de vida

D) América Central – grande igualdade de renda

E) Sudeste Asiático – pequeno crescimento demográfico


O período do acentuado crescimento da população brasileira, entre 1950 e 1970,
é chamado pelos especialistas de explosão demográfica. Um aspecto marcante
dele é a:

A) entrada de muitos imigrantes no território brasileiro.

B) atenuação da desigualdade de renda no país.

C) adoção de políticas públicas de planejamento familiar.

D) acentuação das taxas de mortalidade infantil.

E) intensa saída da população do campo para as cidades.

O século XXI marca uma nova dinâmica demográfica brasileira, em especial,


caracterizada pela queda da taxa de natalidade. Um motivo desse cenário é:

A) a diminuição do custo de vida nos grandes centros urbanos.

B) a retração do uso de métodos contraceptivos pela população.

C) a migração de grande parte da população em idade reprodutiva.

D) o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho.

E) o estabelecimento de políticas estatais de desincentivo à natalidade.

O atual cenário da população brasileira, marcada pela diminuição da taxa de


natalidade e pelo aumento da expectativa de vida, resulta em um:

A) bônus demográfico.

B) crescimento absoluto.

C) aumento da emigração.

D) saldo migratório negativo.

E) envelhecimento populacional.
(IFF 2018)Número de filhos por mulher na Alemanha é o maior desde 1973

“O número de nascimentos na Alemanha aumentou pelo quinto ano consecutivo, e a


taxa de fecundidade do país chegou ao nível mais alto desde os anos 70, segundo
dados divulgados nesta quarta-feira (28/03) pelo Departamento Federal de Estatísticas
da Alemanha (Destatis). Em 2016, 792.131 crianças nasceram no país, o que significa
um crescimento de 7% (54.556 crianças) em relação ao ano anterior e equivale ao
total de nascimentos registrado em 1996.”

Disponível em:
http://www.dw.com/pt-br/n%C3%BAmero-de-filhos-por-mulher-na-alemanha-%C3%A9-o-maior-desde-1
973/a-43171008.

Considerando os dados divulgados no texto um dos fatores responsáveis pelo


aumento da taxa de fecundidade na Alemanha é

A) a ausência de políticas de incentivo à natalidade.

B) a maior proporção de mulheres imigrantes que passaram a viver na Alemanha.

C) o controle da nupcialidade no país.

D) a elevada mortalidade infantil.

E) o elevado número de soldados mortos na Síria, gerando o “baby boom”.

(Univesp 2019) De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatística (IBGE), nos dias de hoje, a população brasileira está perto de atingir
os 210 milhões de habitantes. Porém, apesar de seu crescimento contínuo, a
população brasileira segue a tendência mundial de declínio da taxa de
crescimento. O crescimento da população brasileira, nas duas últimas décadas,
está ligado principalmente:

A) ao grande fluxo migratório registrado nesse período, principalmente de refugiados


armênios, africanos e centro-americanos.
B) ao aumento da taxa de mortalidade que, nesse período, superou a taxa de
natalidade, aliado à redução da expectativa de vida.

C) à positividade da taxa de crescimento vegetativo, que é calculada pela diferença


entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade, ocorrida nesse período.

D) ao aumento constante da taxa de fecundidade nesse período, que é a estimativa do


número de filhos por mulher, em média, durante seu período reprodutivo.

E) à proibição, nesse período, do uso de métodos contraceptivos, aliada à repressão às


clínicas clandestinas de aborto e ao incentivo ao aumento da taxa de natalidade.

(Univesp 2019) No último censo demográfico, realizado em 2010, a população


brasileira era composta por 190.755.799 habitantes. Estima-se que, no ano de
2019, a população brasileira tenha 210.147.125 habitantes (IBGE, 2019). Em
relação às características da população brasileira atual, assinale a alternativa
INCORRETA.

A) A população brasileira é predominantemente urbana.

B) A população feminina é maior que a masculina.

C) A taxa de fecundidade é de menos de dois filhos por mulher.

D) A taxa de crescimento populacional é mais alta que em 1970.

E) A taxa de mortalidade infantil é menor que em 2000.

(Cepros 2016) “Líderes das Nações Unidas se preocupam há décadas com o ritmo de
crescimento populacional. Há poucos anos, os principais cálculos projetavam a
população global atingindo o pico de 9 bilhões até 2070 e recuando para 8,4 bilhões
até 2100. Agora está em 7,2 bilhões. Recentemente, a ONU fez uma revisão com alta
acentuada desses números: o crescimento da população projeta 9,6 bilhões até 2050,
subindo para até 10,9 bilhões até 2100.”

Fonte: Revista Scientific American, Brasil. Ano 13, janeiro de 2015, p. 82.
Conforme o texto, a expectativa é que a população mundial continue crescendo.
De acordo com dados já divulgados, o aumento previsto pela ONU está projetado
para:

A) a América Central.

B) o norte da Ásia.

C) o Oriente Médio.

D) a África.

E) a Europa Centro Ocidental.

A Teoria Neomalthusiana argumenta que o crescimento populacional tem como


consequência o:

A) aumento da pobreza da população.

B) fenômeno de fuga de cérebros.

C) término da falta de mão de obra.

D) processo de redução da renda.

E) decréscimo da taxa de natalidade.

preocupação dos teóricos neomalthusianos em relação ao crescimento populacional é


explicada, dentre outros fatores, pelo

A) incremento dos índices de natalidade dos países desenvolvidos.

B) aumento da taxa de natalidade dos países subdesenvolvidos.

C) intenso movimento de migração em diversos países do globo.

D) diminuto poder de compra da população dos países pobres.

E) processo de crescimento da população urbana nas metrópoles.


(Mackenzie 2019) “China vê política do filho único como ineficaz e planeja
liberação total”

País tem um crescente problema de escassez de mão de obra devido ao rápido


envelhecimento da população. Há dois anos, a China deu o histórico passo de acabar
com a política do filho único e permitir que todos os casais do país tivessem dois
filhos, mas a medida não parece ter bastado para resolver seus problemas
demográficos, o que levou o governo a estudar o fim de qualquer restrição familiar.
Por mais paradoxal que possa parecer, a China, país mais populoso do mundo, com
quase 1,4 bilhão de pessoas, tem um crescente problema de escassez de mão de obra
devido ao rápido envelhecimento da população. O governo esperava amenizar a
questão com a mudança de 2016, mas a medida não teve o sucesso esperado. [...] Para
ampliar o alerta, em julho as autoridades divulgaram um dado preocupante. Após um
crescimento da taxa de natalidade no país em 2016, coincidindo com o fim da
“política do filho único”, o número de crianças nascidas no país caiu em 630 mil em
2017.

A política do filho único mencionada no artigo jornalístico pode ser, corretamente,


associada aos conceitos da Teoria Populacional

A) Ecomalthusiana.

B) Reformista.

C) Neomalthusiana.

D) Transformadora.

E) Possibilista.
(IF-GO 2011) Em 1798, o pastor, economista e demógrafo Thomas Malthus publicou
seu famoso “Ensaio Sobre a Lei da População”. Nesta obra, ele postula a ideia de que
a população cresce em progressão geométrica e a produção dos meios de subsistência
cresce em progressão aritmética. E esta lei é natural, divina. E ela é, sobretudo,
aplicável aos pobres. Sobre isto Malthus afirma:

“Se a proporção entre o crescimento natural da população e dos meios de subsistência


há muito que ocorreu e se essa oscilação necessária, essa causa permanente de uma
miséria periódica sempre existiu desde que a humanidade tem uma história, ela existe
agora e existirá sempre, a menos que ocorra uma mudança decisiva na constituição
física de nossa natureza.”

DUPUY, G. & POURSIN, J. M. Malthus. São Paulo: Cultrix, 1975, p. 30.

Logo após a segunda Guerra Mundial, uma atualização da concepção de Malthus


começou a ser desenvolvida, mas agora ela era direcionada não à pobreza em geral,
mas sim aos países de “terceiro mundo”. Esta concepção ficou conhecida como
Neomalthusianismo. Observe a citação a seguir de Eugene Black, um autor
neomalthusiano:

“Há três anos e meio, disse nas Nações Unidas: devo ser franco: o aumento da
população ameaça anular todos os nossos esforços para elevar os níveis de vida de
muitos países mais pobres. A menos que se possa restringir o aumento da população,
ver-nos-emos forçados a desistir por esta geração de nossas esperanças de progresso
econômico.”

IVAN, J. & GALLO, H. O mito da explosão demográfica. Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1970, p. 40.

Com base nas afirmações acima e em seus conhecimentos sobre a Geografia da


População, é correto afirmar que:
A) Malthus, em sua proposta de controle populacional, defendia o aborto, o uso de
anticoncepcionais e o planejamento familiar.

B) A concepção neomalthusiana, por ser desenvolvida nos países de “terceiro


mundo”, defendia práticas de controle populacional nestes países, justamente por
considerar que a causa do subdesenvolvimento era a superpopulação.

C) Tanto Malthus quanto os neomalthusianos equivocaram-se por identificar as causas


da pobreza ou do subdesenvolvimento na dinâmica populacional, sem perceber que
esta dinâmica é produzida social e historicamente.

D) Os neomalthusianos propunham, como forma de resolver o problema da


superpopulação nos países subdesenvolvidos, a abstinência sexual dos pobres, até que
estes tivessem condições financeiras de manter suas próprias famílias.

E) A teoria de Malthus ainda é válida hoje, apesar de todo desenvolvimento técnico e


científico ocorrido após a revolução industrial, o que provocou um aumento
considerável na produção de alimentos.

(PUC-RS 2010) Sobre as teorias Malthusiana e a Neomalthusiana, é correto


afirmar que:

A) a teoria Malthusiana afirmava que a população crescia em progressão geométrica e


a Neomalthusiana postulava que o crescimento populacional estacionaria no final de
século XIX.

B) a teoria Malthusiana defendia o emprego da tecnologia como solução para


amenizar a fome no mundo enquanto a Neomalthusiana não considerava o papel da
tecnologia na produção de alimentos.
C) ambas propunham o controle da natalidade através do emprego de preservativos e
de pílulas anticoncepcionais.

D) embora as duas teorias fossem antinatalistas, os neomalthusianos defendiam o


controle da natalidade preponderantemente nos países subdesenvolvidos, e os
malthusianos propunham um mecanismo chamado sujeição moral.

E) também chamados alarmistas, os malthusianos afirmavam que a solução para


conter a miséria do mundo seria a abstinência sexual e o desenvolvimento de
tecnologias para o melhoramento genético.

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