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ESCOLA SECUNDÁRIA GERAL DE MORRUMBALA

Trabalho de Geografia

Tema: A população

T/B, 10ª classe, C/D

Discente: Docente:
Maria Adelino Jerónimo

Morrumbala, Setembro de 202


Introdução

Como sabemos que a prática da agricultura tornou-se a base da sustentabilidade aos


moçambicanos no período da colonização e desenvolveu-se até nos dias de hoje.
Detalhadamente o trabalho terá os seguintes temas agricultura no tempo colonial
características da agricultura a plantação como folha de colonização as médias
machambas das colónias características da agricultura familiar agricultura após a
independência.

A agricultura é uma das actividades antrópicas que contribui para o desenvolvimento do


país, a combinação de culturas é uma prática de diversificação agrícola que constitui
importante estratégia de sobrevivência da maioria da população Moçambicana, pós
garante a minimização dos riscos de perda generalizada da produção. A escolha
criteriosa das culturas é considerada como uma grande decisão económica que tem forte
influência sobre o nível de renda e segurança alimentar do produtor.

Com o devido trabalho ira-se abordar temas relacionado com estudo da população,
indicador demográfico, factores de distribuição, repartição geográfica e densidade
populacional comparada actividade. E não só também falar-se-á sobre agricultura,
factores da agricultura, suas características e subsistência e sua historia no passado e
actual.
A POPULAÇÃO

1. Indicador demográfico

Os indicadores demográficos apresentam o número de habitantes dos municípios, bem


como as principais características da população, informações de extrema importância
para o conhecimento da comunidade e para subsidiar o planejamento, gestão e avaliação
de políticas públicas. É uma área do conhecimento que estuda a dinâmica das
populações sejam elas humanas ou não. A demografia baseia-se em dados estatísticos,
para analisar, organizar e fornecer informações sobre a população de um território.

Os dados demográficos permitem um mapeamento das dimensões das estruturas sociais


e entender a distribuição dos seres vivos pelo planeta. Igualmente, colecta informações
socioculturais, económicas, étnicas, acerca da sociedade como um todo ou de um grupo
específico. A demografia é um estudo que engloba também projectos do governo em
relação à população, como o IDH. Ao definir sua política, o governo tem duas opções:
estimular ou dificultar novos nascimentos. Medidas como complementação salarial para
auxílio aos pais que têm mais filhos, ou aumento de impostos para os jovens de uma
certa idade que ainda não tenham filhos, podem ser chamadas natalistas, pois estimulam
o aumento da taxa de natalidade.

Graças ao indicador demografico sabemos que a população da Terra é de 7260 bilhões


de habitantes e pode chegar a 10 bilhões por volta do ano 2200 estudar as populações é
essencial para atender às suas necessidades. Através dos dados demográficos é possível
saber, por exemplo, quantas escolas devem ser construídas em determinada zona.
Contudo, essas informações são também utilizadas por outros campos do saber com
objectivo de aperfeiçoar a actuação do Estado em diversos segmentos sociais.

Dados demográficos

Os principais dados e conceitos demográficos são:

População: indivíduos que habitam um determinado território.

Taxa de Natalidade: número de bebés nascidos.

Taxa de Fecundidade: média de filhos por mulher durante seu período fértil.

Taxa de Mortalidade: número de pessoas que morrem.


População Absoluta: índice geral da população de um determinado território.

Densidade Demográfica: percentual que mede o número de habitantes em certa área


(hab/km2).

Crescimento Vegetativo: aponta o crescimento populacional, determinado pela taxa de


natalidade, subtraída à taxa de mortalidade.

Crescimento Migratório: percentagem do crescimento populacional num território,


determinado pela taxa de imigração (pessoas que chegam), subtraída à taxa de
emigração (pessoas que se mudam).

Mapa demográfico

Com os dados demográficos são elaborados mapas e gráficos que permitem visualizar a
dinâmica populacional.

Origem da demografia

O estudo da demografia se intensificou após explosão demográfica provocada pela


Revolução Industrial durante os séculos XVIII e XIX.

Em termos teóricos, o estudo da demografia se divide em três abordagens:

Demografia histórica: análise das informações demográficas ao longo do tempo;

Demografia analítica: responsável pela elaboração metodológica e fornecimento de


dados;

Demografia política: a aplicação dos estudos anteriores em políticas públicas voltadas


para o controle populacional e melhorias na qualidade de vida da sociedade.

Em suma o seu estudo engloba as dimensões, estatísticas, estrutura e distribuição das


diversas populações humanas. Estas não são estáticas, variando devido à natalidade,
mortalidade, migrações e envelhecimento. A análise demográfica centra-se também nas
características de toda uma sociedade ou um grupo específico, definido por critérios
como a educação, a nacionalidade, religião e grupo étnico.

No século XIX, mais precisamente no ano de 1855, Achille Guillard, em seu livro
Eléments de Statistique Humaine ou Démographie Comparée (Elementos de Estatística
Humana ou Demografia Comparada), usou pela primeira vez o termo demografia.

A demografia estendeu-se além do campo da antropologia. Principalmente na segunda


metade do século XX, muitos estudos voltaram-se ao estudo da demografia de animais e
de plantas.

2. Factores de distribuição da população

O homem é o animal que dentre vários, melhor e com facilidades consegue adaptar-se a
diversos ambientes. Mesmo assim, nem sempre tem sido uma tarefa fácil essa mesma
adaptação, devido às variações climáticas, geomorfológicas. Eis que existem meios
geográficos com muita densidade/concentração populacional e outros com fracos
aglomerados populacionais. Ou seja, à escala planetária, a distribuição da população é
desigual, o que é motivado por diferentes factores que se combinam, criando condições
atraentes ou repulsivas.

Dos principais factores que determinam a distribuição da população, destacam-se: os


físico-naturais e humanos. Os factores físico-naturais estão relacionados com o meio
natural, como: o clima, a vegetação, o relevo, os solos, os rios, etc. O clima é o principal
factor que condiciona a distribuição espacial da população, através dos seus elementos:
temperatura, humidade e precipitação. Por exemplo, a temperatura ambiente ideal para o
ser humano varia entre os 22º C e os 25º C, sendo que os climas frios e os climas áridos
são dificilmente suportados. As regiões desérticas apresentam temperaturas
extremamente baixas ou elevadas, para além da escassez de água, características estas
que repelem o povoamento destas regiões.

Relevo

As regiões montanhosas são pouco povoadas pois, a altitude afecta para funcionamento
normal do organismo humano em virtude da diminuição da pressão atmosférica, da
temperatura e da proporção do oxigénio no ar. Nestas mesmas áreas montanhosas torna-
se difícil a prática de agricultura.

Como principais exemplos de autênticos desertos humanos encontramos: A cordilheira


dos Himalaias (Ásia), o Monte Quilimanjaro (África), os Montes Alpes e Pirinéus
(Europa), as montanhas Rochosas e os Apalaches (América do Norte) e a cordilheira
dos Andes (América do Sul).
Vegetação

As densas florestas tropicais constituem, em regra, um quadro ambiental repulsivo, pelo


que a população nestas áreas é escassa. Por exemplo, o calor e humidade são condições
favoráveis para o desenvolvimento de microrganismos causadores de doenças, tornando
as florestas espaços desfavoráveis para a fixação populacional.

Tal como os físico-naturais, os factores humanos também podem ser sedutores ou


repulsivos. Os factores humanos dependem do passado histórico de uma país ou região,
das cidades, das actividades económicas (agricultura, indústria, comércio, serviços e
turismo) e das vias de comunicação. Por exemplo

Agricultura – as regiões de solos férteis atraem (seduzem), regra geral, a população,


pois apresentam condições favoráveis para a prática da mesma, sobretudo para as
comunidades agrícolas.

Indústria e serviços – a instalação de uma unidade industrial numa região, atraem a


população dum determinado meio geográfico, bem como outras actividades, a exemplo:
comércio, finanças, seguros, banca, serviços de educação e saúde, etc.

Vias de comunicação – a população (regra geral), tende a fixar-se junto às principais


vias de acesso, nas margens dos rios e lagos navegáveis, ao longo da faixa costeira e à
volta das grandes cidades, pois são locais com facilidade fluidez de informação, bens,
etc. Eis que a maior parte das cidades no mundo e em Moçambique, localiza-se numa
zona litoral ou planície atractiva.

3. Repartição geográfica província e densidades populacional comparadas


actividades

Para analisar a distribuição da população sobre um território, é importante conhecer o


conceito de densidade demográfica. Quando a densidade demográfica de uma região é
considerada alta, dizemos que esse local é densamente povoado.

Densidade demográfica ou densidade populacional é um índice demográfico que


permite avaliar a distribuição da população em um dado território. A densidade
demográfica permite que sejam feitas comparações entre as diferentes regiões avaliadas.
Esse índice é expresso em habitantes por quilómetro quadrado (hab/km²). Vejamos
como obter a densidade demográfica de uma determinada região. Precisamos ter dois
dados para fazer o cálculo: a população absoluta (o número total de habitantes do local)
e a área ocupada por esse mesmo contingente populacional (geralmente expressa em
km²).

POPULAÇÃO ABSOLUTA ÷ ÁREA = DENSIDADE DEMOGRÁFICA (hab/km²)

AGRICULTURA

1. Principais factores da agricultura

A agricultura é uma actividade económica dotada de grande diversificação, seja quanto


ao que é produzido, seja quanto à forma de produção, quanto à estrutura fundiária, o
grau de desenvolvimento regional, a capacitação da mão-de-obra e as condições
naturais. O que ela tem em comum em qualquer parte do planeta é a missão de produzir
alimentos e fornecer matéria-prima para diversos produtos, o que dota essa actividade
de grande importância para a sociedade humana. Essa actividade é muito antiga
marcada no momento que o homem, de vida nómada, decide fixar-se num local e
cultivar a terra.

São diversos os factores que influenciam a actividade agrícola.

 Factores naturais – solo, clima e variações climáticas.


 Mercado interno e externo – é a demanda que move a agricultura enquanto
actividade económica.
 Tecnologia – é um dos principais insumos no âmbito da agricultura enquanto
actividade competitiva.
 Crédito – é fundamental para das sustentações à agricultura enquanto actividade
económica e estratégica.
 Políticas ambientais – impõem restrições à actividade agrícola em nome da
preservação do meio ambiente.
 Políticas governamentais – são a visão do governo acerca da actividade
económica como indutora de crescimento e divisas.
 Estrutura fundiária – é responsável pelo melhor ou pior aproveitamento da terra
e da força de trabalho de um país.
2. Características da agricultura e subsistência

A agricultura caracteriza-se com base em dois critérios básicos: produtividade e


finalidade.

Podemos definir, assim, as seguintes categorias:

 Agricultura de subsistência – praticada em micro propriedades, serve para a


subsistência da família, seja para o consumo, seja para a troca ou venda.
 Agricultura comercial – é um tipo de monocultura voltada para abastecer a
indústria com matéria-prima ou o comércio, tendo porte empresarial.
 Agricultura intensiva – é o modelo mais actual, com aproveitamento intensivo
da terra, com utilização de tecnologia e capacitação técnica para aumentar a
produtividade por alqueire.
 Extensiva – é o modelo mais precário, desprovido de investimento na
intensificação da produtividade da terra.
 Sistemas agrícolas.
 Roça tropical – é a chamada agricultura itinerante, marcada pela queimada de
áreas florestais, plantio, saturação e abandono da terra.
 Agricultura irrigada – utiliza-se de sistemas de irrigação para nutrir a terra e
alimentar a produtividade em regiões áridas.
 Plantio – utiliza-se de áreas férteis para a prática da monocultura, que pode ser
intensiva ou extensiva, com finalidade comercial e exploração da mão-de-obra.
 Agricultura moderna – é a que se pratica no agro-negócio, com intensa
exploração de tecnologia e mão-de-obra qualificada no estudo do terreno,
combate às pragas, fertilização do solo, colheita e armazenagem.

A agricultura de subsistência realizada por camponeses ou por comunidades rurais é


caracterizada pela utilização de métodos tradicionais de cultivo.

Praticada principalmente em países da África, América Latina e Ásia, a agricultura de


subsistência abastece um terço da população mundial. Seu objectivo é alimentar as
famílias rurais, garantindo a sobrevivência do agricultor, da sua família e da
comunidade onde vivem. O excedente gerado por esse método costuma ser
comercializado ou trocado por outros produtos.

A agricultura de subsistência está dividida entre a praticada por pequenos agricultores,


por famílias e por comunidades. As principais características deste método são:
utilização de pequenas propriedades (conhecidas como minifúndios), técnicas
tradicionais de cultivo — com arado de tracção animal, machado, enxada, foice, rastelo
e adubo natural —, e produção em quantidades menores.

Como não são aplicados agro-tóxicos nem produtos químicos, os alimentos são
considerados de alta qualidade e muito mais saudáveis. Além disso, ao plantar
variedades diferentes em uma mesma área, escolhidas de acordo com a época e a
necessidade do produtor, melhora-se o solo, reduzindo a presença de pragas e ervas
daninhas e adubando a terra de outras maneiras.

Entretanto, muitos dos que se dedicam à agricultura de subsistência enfrentam


dificuldades como renda reduzida, burocracia para conseguir crédito e empréstimos e,
muitas vezes, o baixo índice de escolaridade e educação. Todas essas desvantagens se
tornam empecilhos para quem depende do método para sobreviver.

Apesar de a expansão do modo capitalista de produção agrícola ter intensificado a


mecanização do campo, a utilização de defensivos e a introdução da genética e da
biotecnologia, a agricultura de subsistência contínua sendo praticada em vários países
do mundo, em especial no continente africano, asiático e na América Latina.

A agricultura de subsistência é uma modalidade que tem como principal objectivo a


produção de alimentos para garantir a sobrevivência do agricultor, da sua família e da
comunidade em que está inserido, ou seja, ela visa suprir as necessidades alimentares
das famílias rurais.

Essa vertente de produção é desenvolvida, normalmente, em pequenas propriedades


(minifúndios) e com mão-de-obra de famílias camponesas ou por comunidades rurais. É
marcada pela utilização de métodos tradicionais de cultivo, com pouco (ou nenhum)
recurso tecnológico, baixa produção, cultivo de géneros alimentícios – arroz, mandioca,
feijão, batata, milho, hortaliças, frutas, etc. Em que o excedente é trocado por outros
produtos ou comercializado.

Os objectos usados durante o cultivo são o arado de tracção animal, enxada, machado,
foice, adubo natural, etc. Uma das principais vantagens da agricultura de subsistência é
a qualidade dos produtos, visto que não são utilizados agro-tóxicos, conservantes e nem
produtos químicos, proporcionado, assim, alimentos muito mais saudáveis.

Famílias camponesas tentam resistir aos empecilhos gerados por esse modelo: baixa
produtividade, dificuldade para conseguir empréstimos e a falta de auxílio dos grandes
produtores e de empresas. No entanto, muitos persistem e conseguem dar continuidade
em suas actividades sem serem corrompidos pelo modelo capitalista, que está causando
uma grande alteração na estrutura fundiária.

a. A agricultura no passado colonial

A agricultura no tempo colonial manteve-se subdesenvolvida pois, a grande maioria


manteve-se no campo produzindo apenas com a enxada. A colonização efectiva
portuguesa em Moçambique começa principalmente a partir de fins do século XIX,
depois da Conferência de Berlim. Assim o centro e o norte de Moçambique foram
arrendados por companhias estrangeiras com poderes e funções não só económicas mais
também políticas e administrativas. O sul de Moçambique transformou-se numa reserva
de mão-de-obra para capital mineiro da África do Sul.

Durante a primeira fase da colonização também se assistiu a uma imigração de colonos


portugueses para Moçambique. Até então, Moçambique ocupava uma posição
subalterna na estratégia colonial portuguesa, desempenhando fundamentalmente um
papel de apoio à navegação das rotas do Oriente e de fornecedor de mão-de-obra
escrava, principalmente para o Brasil e Caribe. Localmente, a presença portuguesa
limitava-se a alguns postos costeiros e a uns poucos pontos no interior, principalmente
ao longo do vale do rio Zambeze (CEA, 1979b).

Estes processos prolongaram-se ao longo de décadas e realizaram-se por meio de um


complicado jogo de alianças entre os colonizadores e algumas das classes dirigentes
locais, aproveitando as disputas existentes entre as diferentes etnias. As disputas
territoriais com o colonialismo inglês (veja por exemplo Serra, 1978), que se
prolongaram até princípios deste século e a presença de interesses franceses no negócio
da escravatura (Capela, 1979), são elementos fundamentais para compreender a
colonização portuguesa em Moçambique, aspecto que fica omitido devido aos
objectivos pretendidos neste trabalho.

No entanto, é subdesenvolvimento da agricultura fora planificado para os interesses da


acumulação primitiva de captar através da extracção de excedente económico do
camponês, sob forma de força de trabalho para a produção de mais-valia, ou sob a
forma de produtos dos camponeses a preços baixos. Desprovido de capital financeira, a
burguesia portuguesa no poder não fez mais do que arrendar vastas parcelas de território
de Moçambique a capitais estrangeiros (não portugueses) como forma de manter a sua
hegemonia e domínio colonial sobre o país.

A agricultura colonial reflectiu o processo histórico de integração da economia agrícola


tradicional no mercado mundial. Os colonizadores colocaram Moçambique ao seu
serviço com a introdução de culturas obrigatórias, como, por exemplo, o algodão,
matéria-prima necessária às indústrias têxteis da metrópole em franca expansão.

A agricultura, no período colonial, era exercida pelos colonos e por empresas ou


companhias organizadas com capital nacional, estrangeiro ou misto.

Pode dizer-se que no período colonial eram praticadas a agricultura empresarial e a


familiar ou de subsistência.

Agricultura empresarial

Este tipo de agricultura era praticado pelos colonos e por empresas ou companhias com
investimentos avultados. Trata-se de uma agricultura mecanizada, com possibilidades
de irrigação, o que contribuía para o êxito nas áreas com irregularidade de chuvas.

A agricultura de plantação surgiu durante o período colonial. É uma exploração agrícola


moderna, sendo a agricultura geralmente praticada perto dos rios.

A partir do século XVIII, a cultura de produtos tropicais, difíceis de obter na Europa,


foi, conjuntamente com a exploração mineira, um dos motores da colonização. Ao
açúcar e às especiarias junta-se nos séculos XVIII e XIX, uma diversidade de plantas
alimentares, como o café, o cacau, o chá, ou industriais, como o algodão, o sisal, a
copra, etc.

Características da agricultura colonial

Uso de monocultura;

Elevada produtividade;
Altamente científica;

Uso de técnicas modernas e elevada mecanização;

Feita em grandes extensões de terreno, geralmente férteis;

Mão-de-obra assalariada e barata;

Irrigação;

Principais produtos: café, cacau, banana, borracha, açúcar, algodão, tabaco, sisal e
citrinos;

Elevada especialização;

Uso de pesticidas, herbicidas, fungicidas e adubos;

Selecção de sementes.

As culturas mais divulgadas eram a: cana-sacarina, chá, tabaco, arroz, copra, sisal,
batata, girassol, feijão, citrinos e algodão.

Com esta produção, o objectivo era, em grande parte, a exportação e o abastecimento da


crescente indústria local e dos mercados locais e regionais.

Em termos de áreas de cultivo, estas distribuíam-se da seguinte forma: o coqueiro, o


sisal e a cana sacarina ocupavam mais de metade da área da agricultura de plantação. O
coqueiro cultivava-se no litoral, a cana sacarina nos vales dos rios Zambeze, Búzi e
Incomáti; o tabaco, no centro e Norte; os citrinos em quase todo o pai, com especial
relevo no sul de Moçambique, nos vales dos rios Incomáti e Umbelúzi; a cidade de
Maputo tornou-se a região de eleição para os citrinos devido à existência, no porto, de
frigoríficos, e devido facilidade de comunicação com o estrangeiro; a bananeira foi mais
cultivada em Maputo; as plantações de sisal localizavam-se na região norte.

Todas as culturas eram praticadas em áreas específicas, isto é, em áreas aptas para o
cultivo de determinadas culturas.

Médias machambas dos colonos

Eram propriedades dos colonos, mas quem trabalhava nelas eram os camponeses. Por
vezes alugavam-nas aos camponeses, que lhes pagavam em espécies ou em trabalho
complementado por chibalo. A produção tinha como objectivo a satisfação das
necessidades do mercado interno e, em particular, as das comunidades de colonos
residentes nas cidades.

Agricultura familiar

A agricultura familiar ou de subsistência que era praticada por camponeses, era uma
agricultura que dependia muito das condições naturais, particularmente da chuva.

De uma maneira geral, a agricultura tradicional ou familiar caracterizava-se por:

Uma produção feita em pequenas áreas.

Uso de meios de produção rudimentares: enxadas, ancinhos, machados e catanas.

Os terrenos estarem localizados em zonas geralmente inférteis.

A mão-de-obra ser familiar ou usar-se tracção animal.

Raramente se empregarem adubos químicos, pesticidas, sementes seleccionadas, etc.

A produtividade e os rendimentos serem baixos.

O objectivo ser alimentar a família e, em caso de excesso, a venda.

Aplicar a policultura, para diversificar a dieta alimentar.

Usar rotação dos espaços.

Nesta agricultura, os camponeses, para além das culturas de subsistência, dedicavam-se


também ao cultivo de culturas de exportação, de uma forma forçada ou voluntária,
como culturas de rendimento onde eles pudessem vender os seus excedentes para obter
dinheiro para o pagamento de impostos e realizar outras despesas sociais.

Nos vales dos rios e margens dos lagos, os camponeses praticavam uma agricultura
intensiva.

É um tipo de actividade que se desenvolvia em parcelas pequenas; as áreas agrícolas por


família são pequenas, porque a densidade populacional é muito elevada, isto é, a área é
pequena relativamente ao número de pessoas existentes.

b. A agricultura após a independência


Após a independência, o Estado moçambicano tomou algumas medidas visando
modificar a estrutura agrária colonial a favor do povo moçambicano.

Essas medidas foram:

Nacionalização da terra;

Introdução de cooperativas e empresas estatais.

O sector familiar é responsável por cerca de 80% do produto agrícola nacional,


cultivando algodão, caju, milho, mandioca e mapira, cabendo os restantes 20% ao sector
empresarial, com culturas como as do chá, açúcar, copra, sisal e tabaco.

A agricultura continua a ser a principal actividade económica do país, ocupando cerca


de 80% da população activa e contribuindo ainda para uma boa parte do Produto Interno
Bruto (PIB). Representa cerca de 45% das exportações, com destaque para a castanha
de caju, o algodão e o açúcar.

A agricultura apresenta todos os elementos característicos de um pais subdesenvolvido:


atraso técnico, falta de capitais, rendimentos baixos e dependência das condições
naturais. A miséria dos camponeses é ainda mais acentuada que a dos habitantes da
cidade.

Em bons anos de colheita, registam-se alguns excedentes que são vendidos.

Os níveis de Vida muito baixos dificultam a acumulação do capital necessário para o


melhoramento técnico e fazem com que os rendimentos dos camponeses sejam
inferiores aos dos citadinos; aos atrasos culturais, em particular o analfabetismo, e as
dificuldades constantes somam-se as crises ligadas às calamidades naturais (ciclones,
chuvas torrenciais ou secas prolongadas). Após a independência a economia de
Moçambique estava praticamente ligada ao modelo de gestão económica colonial. A
agricultura sendo base de desenvolvimento da economia de Moçambique, segundo a
constituição, e maior parte da população moçambicana, nunca deve ser terciarizada ou
negligenciada pois é deste sector o rendimento disponível de maioria das famílias
moçambicanas dependem.

Moçambique, desde a constituição de 1975 como um país agrícola, e com isso a


agricultura como a principal actividade económica e a indústria como factor
impulsionador. Assim sendo, a agricultura após independência teve alguns avanços
como possuir uma potencialidade e condições que proporcionam a prática de agricultura
e cerca de 80% da população moçambicana pobre encontra-se a viver em zonas rurais,
praticando a agricultura para as suas subsistências.

Os agricultores, até então alijados das políticas públicas para o meio rural se tornam
alvo destas políticas e também se tornam atores sociais, de certa forma, privilegiados,
demonstrando a importância que esta categoria social possui para o desenvolvimento do
país. Os agricultores por terem uma baixa renda e como são responsáveis pela produção
de principais alimentos precisavam encontrar um meio para investir e ter como produzir
mais e gerar mais renda, os agricultores encontraram um meio de investir no seu
negócio para poder gerar mais renda e com isso teve muitos resultados positivos.

PECUÁRIA

1. Características dos factores da produção da pecuária

Principais factores que influenciam a produção pecuária

Tal como a agricultura, a pecuária também é influenciada por factores de ordem natural
e, socioeconómico e técnico-científicos.

 Factores naturais – neste domínio, podem-se destacar: o clima, solo, relevo,


vegetação, o pasto, a água, entre outros.
 Factores socioeconómicos - a qualidade da mão-de-obra, o mercado para a
comercialização e o capital financeiro.
 Factores técnico-científicos - Instalações, condições de abeberramento,
cruzamento e selecção de raças, tratamento e conservação de produtos pecuários
e assistência veterinária.

Em Moçambique a produção pecuária está influenciada por factores anteriormente


descritos, assim, encontramos no país regiões com boas condições para a criação de
gado e outras não. No Sul do Save e parte considerável da província de Tete ocorrem
pasto doce e misto com maior valor forrageiro. Nas províncias de Manica, Sofala,
Zambézia e Nampula, para além da ocorrência de pastos doce misto, há também pastos
amargos e, o maior revestimento vegetal propicia a ocorrência da mosca tsé-tsé que
limita a criação de certas espécies de gado.

a. A pecuária no passado

A pecuária foi uma das primeiras actividades económicas praticadas pelo homem, e
consiste na criação dos diferentes tipos de animais para seu aproveitamento.
Dependendo da espécie do animal criado, é possível aproveitar carne, leite, ovos, couro,
lã, mel etc. Alguns animais também podem ser utilizados como força de trabalho ou,
simplesmente, destinar-se à reprodução. A pecuária foi considerada tradicionalmente
como complementar à agricultura e, em gera sua prática esteve localizada nas zonas
menos favoráveis para os cultivos.

Hoje, a criação de animais é praticada em todo o mundo. Sua área de extensão é maior
que a da agricultura, já que a criação de animais pode ocorrer em regiões onde o clima
impede o desenvolvimento de plantações. Além disso, o aumento do rebanho confinado
e o desenvolvimento de novas técnicas de alimentação permitiram menor dependência
das condições do meio natural.

b. A pecuária no presente

Na actualidade, os trabalhadores conhecidos como "peões", "vaqueiros", "campinos",


entre outros, são aqueles que realizarem trabalhos com gado bovino e /ou bubalino
criados primariamente para serem usados como fontes de carne.

Carne (bovina, bubalina, de aves etc), ovos, leite e mel são os principais produtos
alimentares oriundos da actividade pecuária. Couro, lã e seda são exemplos de fibras
usadas na indústria de vestimentas e calçados. O couro também é extensivamente usado
na indústria de mobiliário e de automóveis.

Tipos de pecuária

Apicultura (criação de abelhas)

Avicultura (criação de aves)

Assininocultura (criação de burros)

Camelicultura (criação de camelideos - lhamas, vicunhas, camelos)

Carcinicultura (criação de camarões)


Crocodilicultura - (criação de crocodilianos - jacarés e crocodilos)

Cunicultura (criação de coelhos)

Equinocultura (criação de cavalos)

Estrutiocultura (criação de avestruzes)

Herpetocultura (criação de répteis)

Maricultura (criação de mariscos)

Meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão)

Ovinocultura (criação de ovinos - ovelhas)

Pecuária de corte (criação de bovinos para fornecimento de carne)

Pecuária de lã (criação de ovinos ou caprinos para fornecimento de lã)

Pecuária de leite (criação de bovinos para fornecimento de leite)

Piscicultura (criação de peixes)

Quelonicultura (criação de quelônios - tartarugas)

Ranicultura (criação de rãs)

Sericicultura (criação de bicho-da-seda)

Suinocultura (criação de porcos)

Truticultura (criação de trutas)

Problemas ambientais

Ver artigo principal: Pecuária e sustentabilidade

É um factor histórico de degradação da biodiversidade, gerando a selecção artificial de


espécies, onde alguns seres vivos são seleccionados e protegidos pelo homem.
Conclusão

A partir deste trabalho conclui-se que indicadores demográficos permitem um


mapeamento das dimensões das estruturas sociais e entender a distribuição dos seres
vivos pelo planeta. Igualmente, colecta informações socioculturais, económicas, étnicas,
acerca da sociedade como um todo ou de um grupo específico. Como já salientado, por
trás do que estamos chamando “ agricultura” há um universo social bastante
diversificado e complexo. Conclui-se também factores que influenciam a distribuição
como sendo entre eles: Físico-naturais e humanos. Os factores físico-naturais estão
relacionados com o meio natural, como: o clima, a vegetação, o relevo, os solos, os rios,
etc. O clima é o principal factor que condiciona a distribuição espacial da população,
através dos seus elementos: temperatura, humidade e precipitação. Por exemplo, a
temperatura ambiente ideal para o ser humano varia entre os 22º C e os 25º C, sendo
que os climas frios e os climas áridos são dificilmente suportados. Durante o mesmo
trabalhou debruçou-se temas relacionado com agricultura onde falamos dos principais
factores da agricultura, características da agricultura e subsistência e da agricultura no
passado e no presente. Entende-se factores da agricultura como sendo: Factores naturais
– solo, clima e variações climáticas, mercado interno e externo – é a demanda que move
a agricultura enquanto actividade económica, tecnologia – é um dos principais insumos
no âmbito da agricultura enquanto actividade competitiva, crédito – é fundamental para
das sustentações à agricultura enquanto actividade económica e estratégica, políticas
ambientais – impõem restrições à actividade agrícola em nome da preservação do meio
ambiente, políticas governamentais – são a visão do governo acerca da actividade
económica como indutora de crescimento e divisas, estrutura fundiária – é responsável
pelo melhor ou pior aproveitamento da terra e da força de trabalho de um país. Por fim
deste do mesmo falou-se da pecuária, seus factores de produção e do seu passo e na
actualidade. Afirma-se que a pecuária é uma actividade que consiste na criação dos
diferentes tipos de animais para seu aproveitamento.
Referências bibliográficas

http://www.banconordeste.gov.br/content/Aplicacao/ETENE/Rede;

http.www.Irrigacao/Docs/Agricultura%20Familiar%20no% %20no%20Nordeste.PDF;

http://www.anpec.org.br/encontro2004/artigos/A04A108.pdf;

http://www.scielo.br/pdf/se/v22n3/09.pdf.

A ILHA DE PRÓSPERO — Rui Knopfli — Minerva Central, Lourenço Marques 1972

ATLAS 2000 — Círculo de Leitores, ISBN 972-42-1106-1

GEOGRAFIA HUMANA DE MOÇAMBIQUE — Centro de Informação e Turismo de


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GEOLOGIA DE MOÇAMBIQUE — T.C.F. Hall e P. Vasconcelos — Agência Geral


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GRANDE ATLAS MUNDIAL — Selecções do Reader’s Digest, Lisboa 1978

HISTÓRIA DAS GUERRAS NO ZAMBEZE — Filipe Gastão de Almeida de Eça —


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HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA — Adaptação de António Sérgio — Livraria Sá da


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LOURENÇO MARQUES, XILUNGUÍNE (BIOGRAFIA DA CIDADE) — Alexandre


Lobato — Agência Geral do Ultramar, Lisboa 1970

MAPA RODOVIÁRIO DE MOÇAMBIQUE (2.ª edição), Junta Autónoma de Estradas


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O MUNDO EM.

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