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SD02- A Regionalização do Espaço Mundial.

2- DEMOGRAFIA.
- Conceitos Básicos:
População Absoluta: número total de habitantes de um território (país,
estado, município, etc).

População Relativa ou Densidade Demográfica: número total de


habitantes/área (Km²).

Taxa de Natalidade (TN): número de nascimentos por ano para cada


1000 habitantes.

Taxa de Mortalidade (TM): número de óbitos por ano para cada 1000
habitantes.
Crescimento Vegetativo (CV): Diferença entre a TN e TM
CV = TN – TM

Crescimento Populacional = CV + Saldo Imigratório

Taxa de Fecundidade = número médio de filhos por mulher.

Expectativa de Vida: idade média de vida de indivíduos nascidos


naquele ano.

Bônus demográfico: aumento da população jovem e adulta, que


resulta economicamente em um aumento da força de trabalho.
- Crescimento da população mundial.
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA:

A teoria da Transição Demográfica explica uma mudança específica na


dinâmica demográfica, que é a queda acentuada das taxas de fecundidade, de
natalidade, de mortalidade e aumento da expectativa de vida. Essa teoria foi
proposta considerando-se as relações entre o crescimento populacional e
desenvolvimento socioeconômico. Essa oscilação só ocorre uma vez em cada
país e acontece alinhada ao processo de desenvolvimento urbano e industrial.
Portanto, o desenvolvimento econômico e a modernização das sociedades são
os principais fatores responsáveis pelas mudanças nas taxas de natalidade e
de mortalidade, refletindo no crescimento populacional.
- Queda das Taxas de Natalidade, Fecundidade e Crescimento da
expectativa de Vida.

Queda da natalidade e fecundidade ocorre devido a:

- Aumento do custo de vida familiar

- Ampliação do uso de contraceptivos

- Ingresso da mulher no mercado de trabalho

- Redução da mortalidade infantil.


- Causas para o aumento da Expectativa de Vida:

- Saneamento Básico

- Avanços na medicina

- Campanhas de Vacinação

- Melhor nutrição e educação.


- Consequências da transição demográfica:

- Redução da força de trabalho

- Aumento do gasto com previdência pública

- Aumento do gasto com saúde.


- ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO.
A população de um país pode ser dividida, de acordo com a idade, em três
grupos principais: jovens (0 a 19 anos), adultos (20 a 59 anos) e idosos
(acima de 60 anos). A estrutura etária de uma população costuma ser
representada na forma de um gráfico conhecido como pirâmide etária.
É importante saber que um gráfico de pirâmide etária se divide em três
partes:

Base (parte inferior, representando a população jovem);

Corpo (parte intermediária, representando a população adulta);

Topo (parte superior, representando a população idosa).


Em países subdesenvolvidos, as taxas de natalidade e fecundidade costumam ser altas.
Por isso, esses são países onde a proporção de jovens é muito grande em relação à
população total. Ao mesmo tempo, por serem países pobres e repletos de problemas
socioeconômicos, nesses locais as pessoas não costumam ter uma elevada expectativa
de vida. Logo, a porcentagem de idosos é pequena em relação ao todo.

- Pirâmide de
Subdesenvolvidos
Alto número de jovens, alta TN e
TF.
Base Larga.
Alto CV.
Baixa Expectativa de vida.
Poucos idosos.
Topo estreito.
Nos países desenvolvidos, por sua vez, a situação é oposta: são locais onde o número
de jovens é muito pequeno (e tem se tornado cada vez menor), enquanto a população
de idosos aumenta rapidamente. Portanto, a estrutura etária é bem diferente quando
se compara países com situações socioeconômicas distintas.

Pirâmide de Desenvolvidos

Poucos Jovens,baixa TN e TF.


Base estreita.
Alta Expectativa de Vida.
Grande número de idosos.
Topo largo.
De modo geral, quando mais atrasado no processo de transição
demográfica um país está, mais jovem será a sua população; quanto mais
avançado na transição demográfica, mais envelhecida é a população. Isso
faz com que as pirâmides etárias sejam muito diferentes de acordo com as
condições socioeconômicas de cada país (ver por exemplo as pirâmides do
México e do Canadá (nos slides anteriores).
-ESTRUTURA ETÁRIA DO BRASIL.

A pirâmide etária da população brasileira vem se transformando ao


longo dos anos, o que indica uma mudança no perfil demográfico do
nosso país relativa ao crescimento demográfico nacional.
Anteriormente, quando as taxas de natalidade eram mais elevadas,
tínhamos uma pirâmide com a sua base mais ampla e um topo mais
estreito, o que significava que o país era predominantemente jovem.
Nos dias atuais, observa-se que nos encontramos em uma fase de
transição.
- Pirâmides etárias do Brasil
- DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL
Em termos de distribuição, pode-se afirmar que a densidade demográ-
fica mundial (número de habitantes por quilômetro quadrado) é
concentrada e desigual. Isso ocorre, pois a maior parte da população
mundial está concentrada no continente asiático (60% da população
mundial encontra-se na Ásia). Nesse sentido, é importante diferenciar
um lugar populoso de povoado.

- Populoso: conceito relacionado à população absoluta de um país. Em


números absolutos, corresponde a quantos habitantes vivem em
determinado lugar. Nesse sentido, quando a população absoluta é
elevada, fala-se que um lugar é populoso.
- Povoado: conceito relacionado à população relativa (densidade
demográfica que corresponde à divisão da população total pela área
que ela ocupa). Nesse sentido, quando a população relativa é bastante
elevada, fala-se que um lugar é povoado.

É importante ressaltar portanto que existem fatores físicos e sociais


que determinam a concentração ou dispersão da população em
determinados locais, e ter em mente que esses fatores se inter-
relacionam, e muitas vezes são interdependentes.

Veja a seguir o mapa da distribuição da população mundial.


- DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
- FATORES QUE INFLUEM NA DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO.

- Fatores físicos - fatores naturais que influenciam a distribuição da população.


Clima: Em contraposição aos lugares desérticos e polares, é possível notar que
nas áreas tropicais e temperadas, sobretudo úmidas há maior concentração
populacional.

Relevo: As primeiras áreas ocupadas em grande parte do mundo foram as áreas


litorâneas, sobretudo pelas grandes navegações maritimas e o processo de
colonização. A exploração das colônias deu início as primeiras cidades, que até hoje
concentram população. Além disso, era pelo litoral que o comércio era feito,
possibilitando o intercâmbio comercial entre os países. As planícies portanto de
modo geral eram mais ocupadas. No entanto sobretudo no Brasil há grande
ocupação em planaltos, podendo ressaltar o caso de São Paulo, maior metrópole
nacional.
- Fator relevo: Ocupação em área de montanha, Suíça.
- Fator relevo: Praia do Campeche,SC.
Solo: Sobre os solos é importante lembrar que foi no entorno dos rios o início
de grandes civilizações humanas. Isto porquê, além da importância do rio para
sobrevivência, no entorno deles está o solo aluvial, que permite agricultura.
Foram nesses locais portanto as primeiras ocupações humanas. Nos dias
atuais os locais de solo fértil também é mais valorizado, apesar da
modernização das técnicas agrícolas.

Geologia: algumas áreas do planeta possuem muita instabilidade tectônica.


O japão por exemplo, tem a 10ª maior população apesar de ser uma área
instável com muitos tremores. Foi necessário uma adequação econômica e
social que viabilizasse essa ocupação. Nem todos os países ou regiões
conseguem manter a população em áreas de instabilidade geológica. Podemos
citar exemplos de ilhas ou regiões vulcânicas.
- Fator solo: Planície aluvial do rio Missouri, EUA
- Fator geologia: o caso do Japão.
- Fatores sociais
Histórico: Populações muito antigas possuem mais raízes culturais e tendem
a concentrar maior população. Como exemplo podemos dar a Ásia e África, berço
das primeiras civilizações humanas.
 
Econômico: A infraestrutura urbana é feita de modo a aglomerar a popu-
lação. A exemplo disso temos o fenômeno da verticalização. Na mesma área que
antes cinco pessoas moravam numa casa por exemplo, se constroe um prédio, que
cabe muito mais pessoas na mesma área. Chama-se verticalização pois os prédios
são aglomerados de casas na vertical. Portanto nas áreas de maior infraestrutura
urbana tem maior concentração populacional.
- Fator histórico: a civilização egípcia.
- Fator econômico: Urbanização.
Político: Uma boa estabilidade politica pode atrair pessoas, além de que
existem fatores políticos que direcionam a ocupação, por exemplo a interiorização
do Brasil e ocupação geoeconômica do centro oeste. Isto teve como eixo, a atração
de migrantes do sul que ganhavam grandes glebas de terra com o intuito de
colonizar, levar desenvolvimento e infraestrutura econômica por meio da expansão
da fronteira agropecuária.

Cultural: O exemplo de Israel e Palestina ajuda a visualizar o aspecto cultural


influenciando a distribuição. Quando há uma raiz cultural num determinado local
pode gerar inclusive conflitos entre povos. Outro ponto é que, com a globalização,
as culturas americanas e europeias possuem maior projeção e aceitação mundial,
permeando o imaginário e aumentando também o desejo de imigração. Claro que
isso é regulado por um fator econômico sobretudo. Existe uma forte influência
cultural latina na cultura americana que ocorre pela discrepância dos níveis
econômicos entre as regiões.
- Fator político: fronteiras agrícolas.
- Fator Cultural: Israel x Palestina.
- DESENVOLVIMENTO HUMANO E IDH
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma unidade de medida utilizada para aferir o grau
de desenvolvimento de uma determinada sociedade nos quesitos de educação, saúde e renda.

Esse indicador foi criado pelo paquistanês Mahbub Ul Haq e pelo indiano Amartya Sem.

A utilização das variáveis educação, saúde e renda permite uma comparação com praticamente
todos os países do globo e serve de referência para mensurar a resposta de determinado país frente a
essas importantes demandas.

O IDH é uma referência numérica que varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de zero, menor é o
indicador para os quesitos de saúde, educação e renda. Quanto mais próximo de 1, melhores são as
condições para esses quesitos. No mundo, nenhum país possui o IDH zero ou um.
No quesito saúde, para o cálculo do IDH, considera-se a expectativa de vida, no sentido de
que esse fator observa o quão “longa e saudável” é a vida das populações.

Já no âmbito da educação, é avaliado o índice de alfabetização de adultos e também os


níveis de escolarização da população em geral.

Já o fator “renda” apresenta o foco no padrão de vida e é medido pelo PIB per capita, que
seria o Produto Interno Bruto dividido pela população, além do PPC (Paridade do Poder de
Compra), que executa os cálculos no sentido de excluir as diferenças entre a valorização
das diferentes moedas dos países."
Os países com o IDH mais elevado no ano de 2018 foram:

- Noruega (0,954)
- Suíça (0,946)
- Irlanda (0,942)
- Alemanha e Hong Kong (0,939).

Entre os menores IDHs, estão:

- Níger (0,377)
- República Centro-Africana (0,381)
- Chade (0,401)
- Sudão do Sul (0,413)
- Burundi (0,423).

⇒ O Brasil figura na posição 79ª, com um IDH de 0,761."


- IDH no mundo
Ao avaliar os critérios de
classificação (renda, lon-
gevidade e educação) no RS,
Porto Alegre aparece com o
melhor indicador de renda,
Nova Petrópolis possui maior
longevidade e Lagoa dos Três
Cantos ostenta o maior índice
em educação.

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