Você está na página 1de 15

APOSTILA – 1 ANO – DEMOGRAFIA

Conceitos Demográficos
A demografia – ou Geografia da População – é a área da ciência que se preocupa em estudar as dinâmicas
e os processos populacionais. Para entender, por exemplo, a lógica atual da população brasileira é
necessário, primeiramente, entender alguns conceitos básicos desse ramo do conhecimento.
População absoluta: é o índice geral da população de um determinado local, seja de um país, estado,
cidade ou região. Exemplo: a população absoluta do Brasil está estimada em 180 milhões de habitantes.
Densidade demográfica: é a taxa que mede o número de pessoas em determinado espaço, geralmente
medida em habitantes por quilômetro quadrado (hab/km²). Também é chamada de população relativa.
Superpovoamento ou superpopulação: é quando o quantitativo populacional é maior do que os recursos
sociais e econômicos existentes para a sua manutenção.
Qual a diferença entre um local, populoso, densamente povoado e superpovoado?
Um local densamente povoado é um local com muitos habitantes por metro quadrado, enquanto que um
local populoso é um local com uma população muito grande em termos absolutos e um lugar
superpovoado é caracterizado por não ter recursos suficientes para abastecer toda a sua população. 
Exemplo: o Brasil é populoso, porém não é densamente povoado. O Bangladesh não é populoso, porém
superpovoado. O Japão é um país populoso, densamente povoado e não é superpovoado.
Taxa de natalidade: é o número de nascimentos que acontecem em uma determinada área.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
Taxa de fecundidade: é o número de nascimentos bem sucedidos menos o número de óbitos em
nascimentos.
Taxa de mortalidade: é o número de óbitos ocorridos em um determinado local.
Crescimento natural ou vegetativo: é o crescimento populacional de uma localidade medido a partir da
diminuição da taxa de natalidade pela taxa de mortalidade.
Também chamado de crescimento natural da população ou crescimento demográfico, o crescimento
vegetativo é um índice utilizado nos estudos demográficos, que tem como objetivo mostrar o crescimento
populacional de uma cidade, estado, país ou região.
No Brasil, o crescimento vegetativo é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Como é calculado
Pra fazer o cálculo do Crescimento Vegetativo (CV), de uma determinada região, é necessário termos dois
dados importantes: Taxa de Natalidade (TN) e Taxa de Mortalidade (TM). A Taxa de Natalidade é a
quantidade de nascimentos que ocorreram em um ano numa determinada região ou país. Já a Taxa de
Mortalidade representa a quantidade de pessoas que morreram nesta mesma região.
Portanto, o cálculo é feito a partir da seguinte fórmula: CV = TN - TM 
Crescimento vegetativo do Brasil
Atualmente, o crescimento vegetativo da população brasileira é de 0,79% (de 2018 para 2019 - estimativa)
- Fonte: IBGE
O crescimento vegetativo da população brasileira vem caindo nas últimas décadas. Isto ocorre, pois a taxa
de natalidade vem diminuindo.
O crescimento vegetativo do Brasil nas últimas décadas:
- De 1950 a 1960: 3,2%
- De 1960 a 1970: 2,8%
- De 1970 a 1980: 2,5%
- De 1980 a 1991: 1,9%
- De 1991 a 2000: 1,6%
- De 2000 a 2005: 1,4%
O crescimento vegetativo em outros países de regiões do mundo.
 
No geral, os mais países mais desenvolvidos (países da Europa, Japão, EUA, Austrália e Canadá, por
exemplo) possuem crescimentos vegetativos baixos. Em alguns casos, pode ser até mesmo negativo, fator
que revela o preocupante envelhecimento da população, em função dos baixos índices de natalidade. Já
nos países mais pobres do mundo, o crescimento demográfico é elevado, em função das altas taxas de
natalidade.

Exemplos de crescimento vegetativo de continentes e países:


Continentes:
- África: 2,37% (2010 - 2015)
- Europa: 0,06% (2010 - 2015)
- Ásia: 1,15% (2010 - 2015)
- América do Norte: 0,78% (2010 - 2015)
- América Latina: 1,20% (2010 - 2015)
- Oceania: 1,18% (2010 - 2015)
 
Países (2010 – 2015)
- Argentina: 1,04%
- Estados Unidos: 0,75%
- Canadá: 1,04%
- Itália: 0,07%
- França: 0,45%
- Portugal: -0,45%
- Alemanha: 0,06%
- Japão: -0,12%
- Índia: 1,26%
- China: 0,52%
- Níger: 4%
- Zâmbia: 3,05%
- Afeganistão: 3,02%
Crescimento migratório: é a taxa de crescimento de um local medido a partir da diminuição da taxa de
imigração (pessoas que chegam) pela taxa de emigração (pessoas que se mudam).
Crescimento populacional ou demográfico: é a taxa de crescimento populacional calculada a partir da
soma entre o crescimento natural e o crescimento migratório.
População Mundial
A população mundial encontra-se em maior parte concentrada na Ásia. A China, por exemplo, possui mais
habitantes que todo o continente americano.
A população mundial já ultrapassou o patamar dos sete bilhões de pessoas e continua a aumentar. No
entanto, a distribuição, as características, as práticas culturais, a diversidade étnica e muitos outros fatores
são bastante variados ao longo das diferentes áreas do planeta. Ao todo são milhares de idiomas, etnias,
tradições, culturas, religiões e outros, o que denota a diversidade marcante das sociedades de todo o globo
terrestre.
Em termos de distribuição, a população mundial encontra-se em maior parte concentrada no continente
asiático, onde estão alguns dos países mais populosos do planeta, como a China e a Índia. Esses dois
países, juntos, somam um total superior a dois bilhões e meio de pessoas. Assim, se somarmos com os
demais países desse continente, temos um total de 4,4 bilhões de pessoas em 2014, segundo dados do
Banco Mundial.
Já na Europa, por exemplo, a população não chega sequer a um quarto desse total, alcançando os 742,5
milhões de habitantes. Nesse continente, além de haver uma população menos numerosa, há também um
crescimento demográfico muito baixo, o que vem disseminando preocupações a respeito do
envelhecimento populacional, principalmente em países como Alemanha, França e outros. Esses países,
inclusive, estão promovendo medidas de incentivo aos casais para que eles possam ter mais filhos.
A África, por sua vez, apresenta uma perspectiva inversa. Com 1,1 bilhões de pessoas, esse é o continente
que mais aumenta a sua população em termos proporcionais, com verdadeiras explosões demográficas em
países como a Nigéria e a África do Sul. Esse crescimento é resultado das relativas melhorias de sua
população e de boa parte dela ainda ser predominantemente rural (onde as taxas de natalidade costumam
ser maiores), além da relativa melhoria de suas taxas de mortalidade, que permitem que a população
continue crescendo.
A Oceania, por ser o menor entre os continentes, apresenta também a menor das populações, com apenas
37 milhões de pessoas, um número menor, por exemplo, do que o da população brasileira e de muitos
outros países. Na Austrália, principal país desse continente, cerca de 80% da população encontra-se
distribuída nas áreas litorâneas, haja vista que o interior do país apresenta muitas áreas desertas,
totalmente inóspitas.
O continente americano, por sua vez, possui uma população de pouco menos de um bilhão de habitantes.
Os Estados Unidos abrigam 316 milhões desse total e o Brasil abriga um pouco mais de 200 milhões. Os
dois juntos, portanto, somam mais da metade de toda a população das Américas.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
Dessa forma, os países mais populosos do mundo são, segundo dados do Banco Mundial:
1) China: 1 369 811 000
2) Índia: 1 267 402 000
3) Estados Unidos: 319 020 000
4) Indonésia: 252 812 000
5) Brasil: 202 034 000
6) Paquistão: 185 133 000
7) Nigéria: 178 517 000
8) Bangladesh: 158 513 000
9) Rússia: 141 049 000
10) Japão: 126 125 000
O quadro desses países, no entanto, deverá se alterar ao longo das próximas décadas, pois alguns deles
apresentam taxas de crescimento mais acentuadas do que outros. A Rússia e o Japão, por exemplo, vêm
apresentando decréscimo no número de seus habitantes. Assim, a tendência é que o Paquistão e a Nigéria
ultrapassem o Brasil, que deverá ficar em sétimo. Já a Índia deverá liderar o ranking mundial em breve, pois
suas taxas de crescimento são bem superiores às taxas dos chineses, que vêm adotando rígidos controles
de natalidade.

A população mundial vem se urbanizando cada vez mais. Segundo a Organização das Nações Unidas, em
2010, pela primeira vez na história da humanidade, havia mais pessoas vivendo nas cidades do que no
meio rural, fato que deve intensificar-se ainda mais, principalmente em razão da intensiva urbanização dos
países emergentes e subdesenvolvidos. O Brasil, por exemplo, já possui quase 90% de seus habitantes
residindo em áreas urbanas, acompanhando, portanto, uma tendência internacional.
Espera-se, assim, que a população do mundo inteiro continue aumentando, porém em um ritmo menor do
que o anterior, com uma contínua desaceleração. Alguns demógrafos chegam a afirmar que, em 2050, a
população mundial parará de crescer, atingindo os nove bilhões de pessoas, o que, no entanto, não é um
consenso, pois há quem afirme que, em 2100, chegaremos a 12 bilhões de habitantes. De todo modo, a
necessidade principal é a de melhorar as condições de vida e o desenvolvimento humano em todo o globo
terrestre.

Teorias Demográficas
As principais teorias demográficas são: malthusianismo, reformismo, neomalthusianismo e transição
demográfica.
Os índices de crescimento populacional são, há muito tempo, alvo de estudos e preocupações por parte de
demógrafos, geógrafos, sociólogos e economistas. Há, assim, diversos estudos e apontamentos sobre o
crescimento, a diminuição e a estabilização dos quantitativos populacionais em todo o mundo. Para
explicar, de uma forma sistemática, essas dinâmicas, existem as teorias demográficas.
A primeira entre as teorias demográficas, ou a mais conhecida dentre elas, foi elaborada por Thomas
Robert Malthus, um pastor protestante e economista inglês que, em 1798, publicou uma obra
chamada Ensaio sobre o princípio da população. O seu trabalho refletia, de certa forma, as preocupações
de sua época, e é preciso melhor entender o contexto histórico sobre o qual as premissas malthusianas
foram elaboradas.
A Inglaterra do século XVIII havia iniciado o processo de Revolução Industrial, o que contribuiu para um
rápido crescimento das populações das cidades industrializadas, notadamente Londres. O número de
habitantes dobrava em algumas dezenas de anos, o que, somado aos baixos salários e às precárias
condições de trabalho e moradia, contribuía para o aumento da miséria e da pobreza nos centros urbanos
europeus.
Diante disso, Malthus, em sua teoria demográfica, considerou que os problemas sociais estavam
relacionados com o excesso de população no espaço das cidades. Além disso, Malthus previu que a
população tendia a crescer ainda mais rapidamente do que outrora, o que o fez concluir que o crescimento
demográfico seria superior ao ritmo de produção de alimentos.
A teoria malthusiana preconizava que o número de pessoas aumentava conforme uma progressão
geométrica (2,4,8,16, 32, 64, …), enquanto a produção de alimentos e bens de consumo crescia conforme
uma progressão aritmética, portanto, mais lenta (2, 4, 6, 8, 10, 12, …). Assim, para evitar a ocorrência de
grandes tragédias sociais, Malthus defendia o “controle moral” da população. Dessa forma, os casais só
deveriam possuir filhos caso tivessem condições para sustentá-los. Nesse sentido, para o malthusianismo,
os casais mais pobres não deveriam casar-se e procriar, pois gerariam apenas miséria para o mundo.
As refutações à teoria malthusiana no contexto das teorias demográficas não tardaram em aparecer. A
principal delas atribui-se às derivações do pensamento de Karl Marx e recebeu o nome de teoria
reformista ou marxista. Para essa concepção, não era o excesso populacional o responsável pelas
condições de miséria e pobreza no espaço geográfico, mas sim as desigualdades sociais, como a
concentração de renda no contexto da produção capitalista.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
Com o tempo, o que também se percebeu foi que Malthus errou por subestimar a capacidade de produção
de alimentos. Apesar do acelerado crescimento populacional que ocorreu na Europa até a década de 1970,
a produção de alimentos foi superior em razão das sucessivas transformações tecnológicas proporcionadas
pela segunda e pela terceira revolução industrial.
No entanto, após a Segunda Guerra Mundial (1949-1956), o pensamento de Malthus foi retomado, naquilo
que ficou conhecido como teoria neomalthusiana. A popularização dessa teoria demográfica aconteceu
porque, no pós-guerra, houve um rápido crescimento da população, o que foi chamado de explosão
demográfica ou baby boom, um período em que o número de nascimentos foi muito superior ao número
de mortes.
Nesse sentido, dotados das mesmas preocupações de Malthus, os neomalthusianos afirmaram que era
necessário estabelecer um controle do crescimento populacional. No entanto, diferentemente do
malthusianismo, o neomalthusianismo defendia o uso de métodos contraceptivos, o que não era
preconizado anteriormente em função da formação religiosa de Malthus. Com isso, o neomalthusianismo
foi amplamente adotado como política de governo por parte de inúmeros países, incluindo o Brasil, que
passaram a estabelecer políticas de controle sobre o aumento de seus habitantes.
No entanto, uma nova teoria surgiu para diagnosticar o erro do neomalthusianismo, a teoria da transição
demográfica, que acusa os neomalthusianos de não considerarem o contexto histórico e social relacionado
com os fatores demográficos.
Em geral, as populações tendem a crescer à medida que as condições sociais melhoram e o número de
mortes diminui, elevando o crescimento vegetativo. No entanto, as melhorias sociais também ocasionam
uma maior consciência da população, que passa a adotar em maior escala o planejamento familiar,
diminuindo a taxa de natalidade. Por esse motivo, a transição demográfica demonstra que, com o tempo,
as populações que crescem em um período tendem a estabilizar-se posteriormente, à medida que as
sociedades modernizam-se.
Atualmente, na Europa e em muitos países desenvolvidos, o problema é justamente o contrário do
imaginado por Malthus: o baixo crescimento vegetativo. Com uma taxa de natalidade baixa e uma
expectativa de vida longa, as populações tendem a envelhecer, sobrecarregando a chamada População
Economicamente Ativa (PEA), responsável pelo trabalho e pelos processos produtivos, além de manter as
contas previdenciárias. Países como a Alemanha e a França já adotam políticas de incentivo aos
nascimentos, com financiamento de educação para o segundo filho e oferta de bolsas remuneradas aos
seus pais.
A Distribuição Da População Mundial
De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Fundo de População das Nações Unidas (Fnuap), a
população mundial atingiu a marca de 6,908 bilhões de habitantes. Esse total se encontra disperso pelo
planeta de forma irregular, isso quer dizer que em determinados lugares há uma enorme concentração
populacional enquanto outros são pouco povoados. 

Nesse sentido, o continente mais populoso é a Ásia que responde por cerca de 60% do total da população
mundial, somente a China, a Índia e a Indonésia representam um elevado contingente, cerca de 2,8 bilhões
de habitantes. Por outro lado, a Oceania responde por apenas 0,5% da população mundial. 

A distribuição populacional de acordo com cada continente: 


Ásia: 4,1 bilhões de habitantes, que representam 60% da população mundial. 
América: 934,3 milhões de habitantes, que respondem por 13,5% do total da população. 
África: 1,031 bilhão de habitantes, que correspondem a 14,9% da população mundial. 
Europa: 749,6 milhões de habitantes, que representam 10,9% do total da população do planeta. 
Oceania: 37,1 milhões de habitantes, que respondem por 0,5% do contingente populacional mundial. 

Em uma análise acerca da distribuição populacional, independentemente da escala (cidade, estado, país
etc.), é preciso conhecer o número da população absoluta, ou seja, o número total de habitantes, além da
população relativa que é concebida por meio do seguinte cálculo: Número total de habitantes dividido pela
área territorial em quilômetros quadrados. 

A partir da obtenção dos números da população relativa torna-se possível identificar a intensidade do
povoamento de um determinado lugar. Quando os dados apontam mais de 100 pessoas por quilômetro
quadrado o lugar é considerado povoado. Quando o número varia entre 50 e 100 é considerado mediano
povoado e, por fim, quando o número é menor que 50 o lugar é pouco povoado. 

Os países mais populosos, até recentemente, do mundo são:


China: 1.354.146.443 habitantes. 
Índia: 1.214.464.312 habitantes. 
Estados Unidos: 317.641.087 habitantes. 
Indonésia: 232.516.771 habitantes. 
Brasil: 190.755.799 habitantes. 
Paquistão: 184.753.300 habitantes. 
Bangladesh: 164.425.491 habitantes.
Nigéria: 158.258.917 habitantes. 
Rússia: 140.366.561 habitantes.  
Japão: 126.995.411 habitantes.
Maiores populações em 2020, em milhões
China 1.439,3
Índia 1.380
Estados Unidos331
Indonésia 273,5
Paquistão 220,9
Brasil 212,6
Nigéria 206,1
Bangladesh 164,69
Rússia 145,9
México 128,9
Fonte: ONU
OS PAÍSES MAIS POVOADOS/DENSIDADE DEMOGRÁFICA:
Pirâmide Etária
A população costuma ser classificada a partir da faixa etária em:
Classificação Até anos 70 80/90 Atualmente
JOVEM 0 a 19 0 a 16 0 a 15
ADULTO 20 a 59 17 a 64 0 a 65
IDOSO/3ª IDADE 60 em diante 65 em diante 66 em diante

Pirâmide Etária é um gráfico que permite analisar a distribuição da população por idade.
Pirâmide etária é um gráfico organizado para classificar a população de uma determinada localidade
conforme as faixas de idade, dividindo-as por sexo. Esse gráfico é formado por barras superpostas que se
concentram em torno de um eixo. As barras inferiores representam a população mais jovem e as barras
superiores representam a população mais velha. Do lado direito do eixo, sempre se quantifica a população
feminina e, do lado esquerdo, a população masculina, conforme o exemplo acima ilustrado.
As pirâmides populacionais são importantes no sentido de elaborarem um planejamento público a médio e
longo prazo. Por exemplo, se a estrutura etária da população apontar que há uma grande quantidade de
jovens, com elevados índices de natalidade, alerta-se para a necessidade de implantação de políticas que
atendam à inclusão das faixas etárias no futuro, com medidas que visem, por exemplo, à ampliação e
melhoria de creches e escolas.
Outra importância da observação e análise das pirâmides etárias é conhecer a evolução da população,
avaliando as taxas de natalidade em comparação à população adulta, aferindo sobre a existência de uma
política de controle de natalidade no país ou se ela precisa ser adotada.
Observe o gráfico abaixo, demonstrativo da pirâmide etária brasileira de acordo com o Censo de 2010:

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)


Pirâmide Etária Brasileira em 2010 (Dados do IBGE)
Além disso, existe a possibilidade de se realizar projeções etárias utilizando também o formato de
pirâmides, para se calcular qual vai ser o formato da população, podendo realizar previsões a respeito da
quantidade de jovens e da população economicamente ativa de um período em comparação à população
idosa e infantil.
Existem quatro tipos principais de pirâmides populacionais, que são classificadas conforme a idade
predominante da população.
Pirâmide Jovem: possui uma base mais larga, em virtude dos altos índices de natalidade e um topo muito
estreito, em função da alta mortalidade e da baixa natalidade em tempos anteriores. Esse tipo de pirâmide
é visto com mais frequência em países subdesenvolvidos.

Pirâmide Adulta: possui uma base também larga, porém com uma taxa de natalidade menor em face da
população infantil e jovem. A pirâmide brasileira acima representada é um exemplo de pirâmide adulta.

Pirâmide Rejuvenescida: apresenta um relativo aumento do número de jovens em relação a um período


anterior, em função do aumento da fecundidade, geralmente em países desenvolvidos que estimulam a
natalidade.
Pirâmide Envelhecida: a população adulta é predominante e a base bem reduzida, apresentando uma
quantidade de idosos significativamente maior em comparação às demais pirâmides. Esse tipo de pirâmide
é mais comum em países desenvolvidos.

O Conceito De População Economicamente Ativa (PEA)


A População Economicamente Ativa (PEA) corresponde aos habitantes que representam capacidade
produtiva para o país, ou seja, aqueles que têm potencial de mão de obra.
Demográfica e economicamente falando, existe uma série de termos utilizados para mensurar e
estabelecer estatísticas sobre as características socioeconômicas e espaciais de um país ou território. Um
dos mais importantes é o conceito de População Economicamente Ativa (PEA).
Existem várias definições sobre o que seria, precisamente, a População Economicamente Ativa. O Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define a PEA como a mão de obra com a qual o setor produtivo
pode contar, ou seja, é o número de habitantes em idade e condições físicas para exercer algum ofício no
mercado de trabalho.
Nessa conceituação, a População Economicamente Ativa envolve aquilo que o IBGE classifica
como população ocupada e população desocupada. O primeiro termo refere-se aos que possuem algum
ofício em um período de referência, sendo esse ofício remunerado, não remunerado, por conta própria ou
como um empregador. Já o segundo termo refere-se ao grupo de pessoas que não possuem emprego e
que estão aptas a trabalhar, tendo realizado algum mínimo esforço para tal.
Dessa forma, em uma definição mais simples, costuma-se dizer que a PEA é a população empregada ou
que possui condições de trabalhar e que realiza algum esforço para isso. Consequentemente,
a População Não Economicamente Ativa refere-se às pessoas não classificadas como ocupadas e
desocupadas, isto é, aquelas que não possuem idade, interesse ou condições de exercer algum ofício.
A classificação da idade para o enquadramento na PEA varia de país para país. Em alguns lugares, engloba-
se a população que possui de 10 a 60 anos. No Brasil e também em muitos outros países, a idade mínima é
de 15 anos. Portanto, além de um conceito econômico, trata-se também de um termo demográfico.
Em países subdesenvolvidos ou em boa parte dos emergentes, a pirâmide etária indica – quase sempre –
uma população predominantemente jovem, em face das elevadas taxas de natalidade e mortalidade.
Nesses locais, a PEA apresenta-se em grande quantidade, o que é o mesmo que uma mão de obra farta e
barata, ocorrência que atrai muitas empresas. Em alguns países emergentes e na maioria dos
desenvolvidos (sobretudo da Europa), há um envelhecimento populacional que resulta das baixas taxas de
natalidade, mortalidade e alta expectativa de vida. Com isso, proporcionalmente, a PEA é muito baixa, o
que pode comprometer suas economias.
O Brasil vem assistindo a uma gradativa redução de sua População Economicamente Ativa, graças a essas
mesmas mudanças demográficas. Recentemente, o país deixou de ser considerado “jovem” e passou a ser
classificado como “adulto”, graças ao processo de envelhecimento populacional, ou seja, a elevação da
média de idade no território nacional.
BÔNUS DEMOGRÁFICO
Em 2013 a Revista Exame trouxe na capa uma manchete bastante incisiva: 20 anos para o Brasil ficar rico. A reportagem
falava da grande oportunidade que o país teria com o chamado bônus demográfico.
Bônus demográfico é o fenômeno que ocorre quando um país tem uma quantidade de pessoas em idade economicamente
produtiva maior do que a parcela de pessoas em idade não produtiva, como idosos e crianças.
Essa situação demográfica representa uma grande oportunidade, porque com mais pessoas ativas a economia tende a
crescer, a arrecadação de impostos também e o país se desenvolver, gerando investimentos e riqueza.
Com as mudanças demográficas pela qual o mundo vem passando, nas décadas recentes vimos o bônus demográfico chegar
aos países em desenvolvimento, como na América Latina.

Mas o Brasil não perde uma oportunidade de perder uma


oportunidade.
O bônus demográfico não traz dividendos automaticamente, pela mera configuração da pirâmide populacional. Ele requer
que o país faça sua lição de casa: invista nas populações mais jovens, tenha um sistema de ensino de qualidade, um
ambiente de negócios que fomente a inovação e o empreendedorismo e boa governança dos recursos públicos, atributos que
nem sempre estão presentes por aqui.
Alguns países asiáticos, como Coreia do Sul e Cingapura, fizeram essa lição de casa e colheram resultados expressivos.
Hoje são nações mais desenvolvidas, com empresas inovadoras, economia pujante e profissionais qualificados.

O Brasil corre o risco de ser a primeira cobaia de um experimento econômico nada recomendável: ser o primeiro país que
envelheceu antes de enriquecer. Outros países já passaram por processos de envelhecimento, como Japão, Espanha e
Alemanha, mas eles possuem uma situação social e econômica bastante diferente da brasileira.
O Bônus demográfico não acontece se não há oportunidades para as pessoas em idade produtiva. São como diamantes
brutos enterrados no fundo da terra, que ninguém jamais vai descobrir.
No Brasil, dez milhões de jovens são nem nem, ou seja, nem trabalham e nem estudam. Os indicadores econômicos são
negativos há vários anos e a política tem sido uma usina de más notícias.

A janela do bônus demográfico no Brasil e na América Latina como um todo ainda está aberta, mas não por muito tempo.
Breve essa tendência vai se inverter e teremos uma proporção menor de pessoas em idade produtiva. É necessário investir
em Educação, Inovação e no principal ativo da Economia do Futuro: o capital humano, porque o bônus demográfico é um
fenômeno histórico que não se repete.
Que a Revolução da Educação seja mais do que retórica política vomitada ao vento e que o Brasil faça sua lição de casa,
ainda que tardia, para que o bônus de hoje não vire o ônus de amanhã.

A Discriminação Da Mulher No Trabalho


Todas as propagandas são direcionadas a um público e cultura em um determinado período da história, um
exemplo disso são as propagandas que veiculavam nos anos 60 mostrando mulheres realizando as tarefas
de casa. 
Hoje os anúncios publicitários apresentam uma mulher dinâmica e decidida que exerce múltiplas funções. 
Estimativas revelam que as mulheres representam cerca de 41% do P.E.A. (população economicamente
ativa) e 25% das residências brasileiras são chefiadas por mulheres, isso significa que muitas se tornaram
provedoras do sustento do lar. 

As trabalhadoras de baixa renda enfrentam problemas devido à falta de creches e berçários públicos, não
tendo possibilidade de custear creches particulares elas são obrigadas a deixar seus filhos sozinhos ou aos
cuidados do filho mais velho que muitas vezes é criança também. 

Alguns dados apontam que as mulheres se casam mais cedo que os homens e que depois dos 30 anos,
aquelas que não se casaram, muitas vezes acabam ficando sozinhas, isso se dá pelo fato dos homens
procurarem parceiras fixas mais jovens. 

Até os dias atuais, ocorre ainda discriminação profissional com relação às mulheres, mesmo exercendo a
mesma função que os homens o seu salário é geralmente inferior. 
Assim sendo, as mulheres buscam e lutam pela igualdade profissional.
Participação Feminina No Mercado De Trabalho
A participação feminina no mercado de trabalho tem se ampliado nos últimos anos, contudo, as condições
de trabalho e a remuneração ainda precisam melhorar.
No Brasil, é crescente a participação da mulher no mercado de trabalho e é notório o aumento de sua
importância na economia. É progressiva também a responsabilidade feminina no sustento da família e
destaque profissional em diversos setores. Entretanto, as funções exercidas, os cargos e as remunerações
dessas mesmas mulheres ainda se encontram em defasagem considerável quando comparados com os dos
homens.
As mulheres brasileiras ainda recebem em média 70% do salário que os homens ganham para executar as
mesmas tarefas, nos mesmos postos de trabalho. Além disso, as condições de trabalho e a hierarquia nas
instituições ainda desfavorecem as mulheres em relação aos seus colegas do sexo masculino. Os cargos de
chefia ainda são exercidos, na maioria dos setores, por homens, mesmo em profissões tidas como
historicamente femininas.
Profissões femininas
As ocupações socialmente associadas às mulheres são aquelas que derivam do histórico papel social da
“mulher cuidadora”. Essas profissões possuem status sociale remunerações inferiores. Na saúde, por
exemplo, as auxiliares e técnicas de enfermagem (cargos com menor remuneração) são em sua maioria
mulheres. Já os médicos cirurgiões são em sua maior parte homens e possuem valorização social e
remuneração infinitamente superiores. Essa discrepância ocorre em quase todos os setores.
Acúmulo de tarefas
Um dos fatores preponderantes para a conservação desse quadro desigual envolve aspectos históricos,
culturais e sociais. As mulheres continuam sendo as principais responsáveis pelas tarefas domésticas,
cuidado com os filhos e demais responsabilidades familiares. A mulher continua acumulando papéis,
mesmo quando inserida com sucesso no mercado profissional. Conciliar a vida profissional e as atividades
da vida pessoal ainda é um desafio muitas vezes impossível para as mulheres trabalhadoras.
A questão da dupla jornada feminina não está apenas na sobrecarga, muitas vezes, insuportável. Reside
também no problema real da rejeição do mercado de trabalho à mulher com responsabilidades familiares.
A mulher que possui filhos, muitas vezes, é preterida em seleções de emprego ou para cargos de chefia.
Alternativas para a diminuição do abismo que ainda separa homens e mulheres no mercado de trabalho
podem vir de políticas públicas que priorizem abertura de vagas e ampliação do número de pré-escolas,
creches e escolas de tempo integral. Além disso, é necessário e inadiável nutrir o debate e a desconstrução
dos papéis sociais de gênero a fim de edificar um mercado de trabalho e uma sociedade mais igualitários
em condições e oportunidades para homens e mulheres.
Desafios Demográficos Do Século XXI
Atualmente, a população mundial ultrapassou a marca dos sete bilhões de habitantes. Entretanto, as
maiores preocupações e desafios demográficos existentes não se referem ao quantitativo populacional,
mas à distribuição de recursos alimentares, às questões étnicos-sociais, aos movimentos migratórios, à
idade média da população, entre outros.
Diante dessas preocupações, podemos enumerar abaixo os principais desafios demográficos do mundo
para o século XXI:
1) Questões alimentares: fome e obesidade;
2) Migrações em massa;
3) Racismo, machismo, homofobia e preconceitos de toda forma;
4) Envelhecimento da população.
Problemas alimentares
Há alguns séculos, estimava-se que o elevado aumento populacional seria gerador de grandes catástrofes e
problemas relacionados com a falta de recursos naturais para a população. No entanto, o que se observou
foi a expansão da produção de alimentos para além dos crescimentos populacionais.
Todavia, muitas pessoas ainda sofrem com a fome ou subnutrição no mundo. Essas pessoas são vítimas
diretas da concentração de riquezas e da consequente má distribuição dos recursos alimentares pelo
mundo. Eis a problemática da fome.
Existem dois tipos principais de fome no mundo: a do tipo endêmica ou fechada e a do tipo epidêmica ou
aberta.
A fome do tipo endêmica é também chamada de subnutrição e refere-se ao tipo de fome resultante da
pobreza extrema de uma pessoa ou de uma população inteira. A estimativa atual é de que mais de 800
milhões de pessoas no mundo sofram com a subnutrição, que consiste no consumo médio inferior a 2500
calorias por dia por parte de um indivíduo.
A fome do tipo epidêmica acontece mais raramente, porém costuma ser mais catastrófica. Ela ocorre em
períodos de guerra, longas secas, epidemias ou pandemias e até como resultado do abandono da
população por parte do governo.
Outro problema alimentar existente no mundo e que se coloca como um desafio a ser superado é a
acentuada expansão da obesidade. Ao contrário da fome e da subnutrição, que vêm registrando
decréscimos, a obesidade vem aumentando a cada ano. As estimativas são de que o número de obesos
seja igual ou superior ao número de pessoas com fome.
A obesidade é o excesso de gordura corporal que uma pessoa possui. Tal problema ocasiona uma
diminuição da expectativa de vida em função das diversas doenças por ele causadas, como problemas
cardíacos e cânceres.
As principais causas da obesidade no mundo estão relacionadas com o padrão de vida da sociedade global
capitalista, como o sedentarismo geral da população e a má alimentação resultante do crescimento do
consumo das comidas rápidas ou fast-food.Em países da Europa e do Japão, esse problema já abrange mais
de 20% da população e, nos Estados Unidos, 30%.

Migrações internacionais e xenofobia


As migrações internacionais ocorrem, principalmente, envolvendo habitantes do chamado mundo
subdesenvolvido que buscam melhores condições de emprego e renda no mundo desenvolvido. Tal
processo vem ocorrendo mais intensamente na história da humanidade desde o final da Segunda Grande
Guerra.  A maior parte dessas migrações ocorre por motivações econômicas.
Os países que recebem esse grande quantitativo populacional procuram estabelecer limites para essa
grande quantidade de pessoas que ingressam em seus territórios, a fim de evitar o inchamento
populacional e agradar a população interna que reivindica ações nesse sentido. No entanto, essas
migrações continuam a ocorrer de forma ilegal.
Ao chegar em um país, esses imigrantes costumam preservar as suas tradições culturais de origem, bem
como sua língua e o seu modo de falar, o que representa uma insegurança no que se refere à relação entre
Estado e nação. Tal risco materializa-se no fato de os imigrantes passarem a exercer direta influência sobre
os rumos político-econômicos nacionais.
Em razão disso, cresce no mundo o processo de xenofobia, que é a aversão que a população de um dado
lugar possui em relação a povos estrangeiros, que são vistos como uma ameaça e uma “concorrência
desleal” no mercado de trabalho, uma vez que uma pessoa estrangeira costuma receber menores salários.
Existiram e ainda existem diversos casos de xenofobia no mundo, o que vem causando a morte de milhares
de pessoas em todo o planeta.
Racismo e intolerância
Outro problema demográfico do mundo atual relaciona-se aos casos de racismo e outras formas de
intolerância a grupos como os homossexuais, mulheres e outros.
O racismo está fundamentado em discursos historicamente construídos sobre a superioridade de algumas
etnias – erroneamente chamadas de raças – sobre outras. Na maioria dos casos, tais discursos foram
previamente elaborados para justificar o domínio de alguns povos sobre outros, isto é, de um Estado sobre
outro.
Além disso, o racismo é fruto da hostilidade em relação às pessoas que destoam do padrão de uma dada
sociedade, por não se enquadrarem em uma determinada homogeneidade étnica que daria a um
determinado Estado o status também de nação, ou Estado-Nação, isto é, quando um território é formado
basicamente por uma única etnia.
Outros casos de intolerância também se revelam a partir de discursos históricos. O machismo advém da
herança da cultura da submissão feminina nas sociedades do período moderno da história (e até mesmo
antes). Casos de homofobia também são frutos desse processo, que coloca no topo da hierarquia social o
homem branco heterossexual.
Envelhecimento da população
Uma das questões demográficas que mais vêm gerando debates no contexto mundial é o envelhecimento
da população, resultado do controle do crescimento populacional e da elevação da expectativa de vida. Em
linhas gerais, nascem menos e morrem menos pessoas no mundo do que antes.
Alguns países da Europa, a exemplo da Alemanha, vêm incentivando a prática familiar de ter mais de um
filho por casal através de incentivos à própria família para a criação e manutenção dos padrões de vida de
seus filhos.
O grande temor é o de que não haja uma população economicamente ativa para sustentar a previdência e
a estrutura dos países.
População Feminina No Brasil
Apesar de haver uma grande desigualdade entre os gêneros, a participação social da população feminina
tem passado por grandes transformações no Brasil.
Nas últimas décadas, o perfil demográfico brasileiro tem apresentado diversas transformações,
principalmente no que diz respeito à diminuição do crescimento populacional. Essa diminuição resulta da
intensa redução das taxas de natalidade, envelhecimento da população, aumento da expectativa de vida
do brasileiro e maior participação social da mulher no país.
Desigualdade quantitativa entre mulheres e homens
Desde 2010 a população feminina é maior do que a população masculina. Estima-se que atualmente exista
cerca de quatro milhões a mais de mulheres em relação à quantidade de homens no país. De acordo com o
censo do IBGE, em 2010, o percentual de mulheres era 51%, enquanto o de homens era de 49% do total da
população brasileira.
Essa desigualdade quantitativa entre os gêneros ocorre principalmente em virtude da maior expectativa de
vida feminina e da maior mortalidade de jovens do sexo masculino. De acordo com o IBGE, as mulheres
vivem, em média, sete anos a mais do que os homens no país. Além disso, enquanto a expectativa de vida
das mulheres é de 78,6 anos, a expectativa de vida da população masculina é de 71,3 anos. Isso ocorre
porque as mulheres, na maioria das vezes, possuem hábitos mais saudáveis do que os homens, além de
procurarem com mais frequência acompanhamento médico, o que permite a identificação e o tratamento
de possíveis doenças.
Outro fator importante é o aumento da criminalidade no Brasil, que tem sido responsável pela redução da
população masculina, principalmente dos jovens com idade entre 18 e 29 anos. De acordo com um
relatório da ONU, no ano de 2012, o Brasil registrou cerca de 50 000 assassinatos, dos quais
aproximadamente 90% das vítimas eram do sexo masculino, fato que tem contribuído para o desequilíbrio
entre o número de homens e mulheres no país.
Participação social da Mulher
Outra mudança que afeta a população feminina do Brasil é a sua maior participação social. Nas últimas
décadas, como é possível verificar na tabela abaixo, a mulher tem conquistado uma maior autonomia
social, sendo cada vez mais comum mulheres chefiando famílias e o seu ingresso no mercado de trabalho.

Comparação entre a participação social da mulher e a do homem, em 1980 e 2014, de acordo com o IBGE
Essa maior participação social da mulher tem colaborado para a redução das taxas de fecundidade e
natalidade no país. É cada vez mais comum que as mulheres diminuam a quantidade de gestações e
deixem para ter filhos mais tarde para dedicar-se ao mercado de trabalho.
Desigualdade de gênero e violência contra a Mulher
Apesar dessa significativa melhora na situação da mulher no país, a desigualdade de gênero e a violência
contra a mulher ainda estão presentes no país. Para se ter uma ideia, estima-se que atualmente o salário
médio da população feminina no Brasil corresponda a apenas 85% do salário médio da população
masculina. Com relação à violência contra a mulher, de acordo com uma notícia veiculada no  Estadão, o
Brasil ocupa o 7º lugar em um ranking de 84 países sobre a quantidade de homicídios de mulheres,
apresentando cerca de 4,4 assassinatos a cada grupo de 100 mil mulheres.
Assim, embora a mulher tenha conseguido conquistar espaço no mercado de trabalho e no acesso à
educação e profissionalização, a luta pela igualdade de oportunidades entre os gêneros e pelo fim da
violência contra a mulher ainda está longe de acabar. Por essa razão, é necessário intensificar as medidas
de proteção para reverter esses números tão assustadores com relação à violência contra a mulher no país.
População Atual Do Brasil
Afinal, qual a população atual do Brasil? De acordo com dados do Censo Demográfico de 2010, realizado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil apresenta atualmente uma população
de 190.755.799 habitantes. Essa quantidade faz do país a quinta nação mais populosa do planeta, ficando
atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia, respectivamente.

O Brasil é um país populoso, porém é uma nação pouco povoada, com baixo índice de densidade
demográfica. A densidade demográfica é o resultado da divisão da população de um determinado lugar por
sua extensão territorial. São 190.755.799  pessoas em uma extensão territorial de 8.514.876 Km²,
apresentando aproximadamente 22,4 habitantes por Km², bem distante dos 881,3 habitantes por Km² de
Bangladesh.

No Brasil, o instrumento de coleta de dados demográficos é o recenseamento ou censo. O órgão


responsável pela contagem da população é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que
realiza a pesquisa por meio de entrevistas domiciliares.

O conhecimento quantitativo da população é de fundamental importância, pois esses dados possibilitarão


a realização de estimativas sobre mercado de consumo, disponibilidade de mão de obra, além de
planejamentos para a elaboração de políticas públicas destinadas à saúde, educação, infraestrutura, etc.

O primeiro censo demográfico realizado no Brasil foi em 1872. Nessa ocasião, a população totalizava
9.930,478 habitantes; em 1900 era de 17.438.434; já em 1950 a população era de 51.944.397. No ano
2000, a quantidade de habitantes do Brasil registrada foi de 169.590.693.

Conforme estimativas do IBGE, a população brasileira em 2050 será de aproximadamente 260 milhões de
pessoas, apresentando um aumento populacional de quase 70 milhões de habitantes em relação à
população atual.
Cidades Mais Populosas Do Brasil
O território brasileiro apresenta extensão territorial de 8.514.876 Km2, é o quinto maior país do planeta,
sendo considerado um país com dimensões continentais. Sua área está dividida em 26 Estados e um
Distrito Federal. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de
municípios brasileiros atualmente é de 5.565, sendo vários deles pouco populosos, no entanto, outros
apresentam grandes concentrações populacionais. As cidades mais populosas do Brasil, que apresentam
mais de 1 milhão de habitantes, são:

São Paulo: Capital do Estado de São Paulo, sua extensão territorial é de 1.523 Km2. A população é
composta por 11.253.503* habitantes, está entre as cidades mais populosas do mundo.
Rio de Janeiro: É a capital do Estado do Rio de Janeiro, possui 1.182 Km2. A população é composta por
6.320.446* habitantes.
Salvador: Capital da Bahia, sua extensão territorial é de 707 Km2. A população é de 2.675.656* habitantes.

Brasília: É a capital do Brasil, localizada na Região Centro-Oeste, Brasília possui extensão territorial de 5.802
Km2. E população de 2.570.160* habitantes. 

Fortaleza: Capital do Estado do Ceará, sua extensão territorial é de 313 Km2. Possui 2.452.185* habitantes.

Belo Horizonte: Capital do Estado de Minas Gerais, sua extensão territorial é de 331 Km2. Apresenta
população de 2.375.151* habitantes. 

Manaus: Capital do Estado do Amazonas, sua extensão territorial é de 11.401 Km2. A população é
composta por 1.802.014* habitantes.

Quando o IBGE foi criado?


A necessidade de coletar e difundir dados estatísticos sobre o território brasileiro existia desde o período
colonial. Essa função era desempenhada, no Brasil, pelo Departamento Nacional de Estatísticas (DNE), mas
de maneira restrita e fragmentada.
Segundo o site do IBGE, o processo de criação do atual Instituto foi resultado da junção de instituições que
se complementaram:
A carência de um órgão capacitado a articular e coordenar as pesquisas estatísticas, unificando a ação dos
serviços especializados em funcionamento no País, favoreceu a criação, em 1934, do Instituto Nacional de
Estatística - INE, que iniciou suas atividades em 29 de maio de 1936. No ano seguinte, foi instituído o
Conselho Brasileiro de Geografia, incorporado ao INE, que passou a se chamar, então, Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística.
Foi apenas no governo de Getúlio Vargas, em 1936, que efetivamente foi criado o IBGE.

Qual é a função do IBGE?


Com o decorrer dos anos, o leque de informações e atividades desse instituto diversificou-se e ampliou-se,
mas podemos dizer que sua função está centrada em:
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
 Identificar e analisar o território por meio de mapas e dados estatísticos;
 Contar e revelar o perfil da população;
 Fornecer subsídios para a análise econômica;
 Compreender o papel do trabalho e da produção das pessoas na economia e na dinâmica social;
 Divulgar as condições de vida da população;
 Criar e analisar mapas, gráficos, dados e outras informações geográficas;
 Disponibilizar informações sobre o meio ambiente.
A cada dez anos, o IBGE coordena uma força-tarefa importantíssima para a análise da população brasileira:
o censo demográfico, que é a pesquisa que tem por objetivo contar toda a população brasileira. Para isso,
os recenseadores – os pesquisadores do Censo – visitam todas as residências e empresas do país. Além de
fazer a contagem da população, esse levantamento tem por objetivo revelar características da população
brasileira, como renda, qualidade de vida, escolaridade, cor da pele, tipo de moradia etc.

Você também pode gostar