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Conceitos Demográficos
A demografia – ou Geografia da População – é a área da ciência que se preocupa em estudar as dinâmicas
e os processos populacionais. Para entender, por exemplo, a lógica atual da população brasileira é
necessário, primeiramente, entender alguns conceitos básicos desse ramo do conhecimento.
População absoluta: é o índice geral da população de um determinado local, seja de um país, estado,
cidade ou região. Exemplo: a população absoluta do Brasil está estimada em 180 milhões de habitantes.
Densidade demográfica: é a taxa que mede o número de pessoas em determinado espaço, geralmente
medida em habitantes por quilômetro quadrado (hab/km²). Também é chamada de população relativa.
Superpovoamento ou superpopulação: é quando o quantitativo populacional é maior do que os recursos
sociais e econômicos existentes para a sua manutenção.
Qual a diferença entre um local, populoso, densamente povoado e superpovoado?
Um local densamente povoado é um local com muitos habitantes por metro quadrado, enquanto que um
local populoso é um local com uma população muito grande em termos absolutos e um lugar
superpovoado é caracterizado por não ter recursos suficientes para abastecer toda a sua população.
Exemplo: o Brasil é populoso, porém não é densamente povoado. O Bangladesh não é populoso, porém
superpovoado. O Japão é um país populoso, densamente povoado e não é superpovoado.
Taxa de natalidade: é o número de nascimentos que acontecem em uma determinada área.
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Taxa de fecundidade: é o número de nascimentos bem sucedidos menos o número de óbitos em
nascimentos.
Taxa de mortalidade: é o número de óbitos ocorridos em um determinado local.
Crescimento natural ou vegetativo: é o crescimento populacional de uma localidade medido a partir da
diminuição da taxa de natalidade pela taxa de mortalidade.
Também chamado de crescimento natural da população ou crescimento demográfico, o crescimento
vegetativo é um índice utilizado nos estudos demográficos, que tem como objetivo mostrar o crescimento
populacional de uma cidade, estado, país ou região.
No Brasil, o crescimento vegetativo é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Como é calculado
Pra fazer o cálculo do Crescimento Vegetativo (CV), de uma determinada região, é necessário termos dois
dados importantes: Taxa de Natalidade (TN) e Taxa de Mortalidade (TM). A Taxa de Natalidade é a
quantidade de nascimentos que ocorreram em um ano numa determinada região ou país. Já a Taxa de
Mortalidade representa a quantidade de pessoas que morreram nesta mesma região.
Portanto, o cálculo é feito a partir da seguinte fórmula: CV = TN - TM
Crescimento vegetativo do Brasil
Atualmente, o crescimento vegetativo da população brasileira é de 0,79% (de 2018 para 2019 - estimativa)
- Fonte: IBGE
O crescimento vegetativo da população brasileira vem caindo nas últimas décadas. Isto ocorre, pois a taxa
de natalidade vem diminuindo.
O crescimento vegetativo do Brasil nas últimas décadas:
- De 1950 a 1960: 3,2%
- De 1960 a 1970: 2,8%
- De 1970 a 1980: 2,5%
- De 1980 a 1991: 1,9%
- De 1991 a 2000: 1,6%
- De 2000 a 2005: 1,4%
O crescimento vegetativo em outros países de regiões do mundo.
No geral, os mais países mais desenvolvidos (países da Europa, Japão, EUA, Austrália e Canadá, por
exemplo) possuem crescimentos vegetativos baixos. Em alguns casos, pode ser até mesmo negativo, fator
que revela o preocupante envelhecimento da população, em função dos baixos índices de natalidade. Já
nos países mais pobres do mundo, o crescimento demográfico é elevado, em função das altas taxas de
natalidade.
A população mundial vem se urbanizando cada vez mais. Segundo a Organização das Nações Unidas, em
2010, pela primeira vez na história da humanidade, havia mais pessoas vivendo nas cidades do que no
meio rural, fato que deve intensificar-se ainda mais, principalmente em razão da intensiva urbanização dos
países emergentes e subdesenvolvidos. O Brasil, por exemplo, já possui quase 90% de seus habitantes
residindo em áreas urbanas, acompanhando, portanto, uma tendência internacional.
Espera-se, assim, que a população do mundo inteiro continue aumentando, porém em um ritmo menor do
que o anterior, com uma contínua desaceleração. Alguns demógrafos chegam a afirmar que, em 2050, a
população mundial parará de crescer, atingindo os nove bilhões de pessoas, o que, no entanto, não é um
consenso, pois há quem afirme que, em 2100, chegaremos a 12 bilhões de habitantes. De todo modo, a
necessidade principal é a de melhorar as condições de vida e o desenvolvimento humano em todo o globo
terrestre.
Teorias Demográficas
As principais teorias demográficas são: malthusianismo, reformismo, neomalthusianismo e transição
demográfica.
Os índices de crescimento populacional são, há muito tempo, alvo de estudos e preocupações por parte de
demógrafos, geógrafos, sociólogos e economistas. Há, assim, diversos estudos e apontamentos sobre o
crescimento, a diminuição e a estabilização dos quantitativos populacionais em todo o mundo. Para
explicar, de uma forma sistemática, essas dinâmicas, existem as teorias demográficas.
A primeira entre as teorias demográficas, ou a mais conhecida dentre elas, foi elaborada por Thomas
Robert Malthus, um pastor protestante e economista inglês que, em 1798, publicou uma obra
chamada Ensaio sobre o princípio da população. O seu trabalho refletia, de certa forma, as preocupações
de sua época, e é preciso melhor entender o contexto histórico sobre o qual as premissas malthusianas
foram elaboradas.
A Inglaterra do século XVIII havia iniciado o processo de Revolução Industrial, o que contribuiu para um
rápido crescimento das populações das cidades industrializadas, notadamente Londres. O número de
habitantes dobrava em algumas dezenas de anos, o que, somado aos baixos salários e às precárias
condições de trabalho e moradia, contribuía para o aumento da miséria e da pobreza nos centros urbanos
europeus.
Diante disso, Malthus, em sua teoria demográfica, considerou que os problemas sociais estavam
relacionados com o excesso de população no espaço das cidades. Além disso, Malthus previu que a
população tendia a crescer ainda mais rapidamente do que outrora, o que o fez concluir que o crescimento
demográfico seria superior ao ritmo de produção de alimentos.
A teoria malthusiana preconizava que o número de pessoas aumentava conforme uma progressão
geométrica (2,4,8,16, 32, 64, …), enquanto a produção de alimentos e bens de consumo crescia conforme
uma progressão aritmética, portanto, mais lenta (2, 4, 6, 8, 10, 12, …). Assim, para evitar a ocorrência de
grandes tragédias sociais, Malthus defendia o “controle moral” da população. Dessa forma, os casais só
deveriam possuir filhos caso tivessem condições para sustentá-los. Nesse sentido, para o malthusianismo,
os casais mais pobres não deveriam casar-se e procriar, pois gerariam apenas miséria para o mundo.
As refutações à teoria malthusiana no contexto das teorias demográficas não tardaram em aparecer. A
principal delas atribui-se às derivações do pensamento de Karl Marx e recebeu o nome de teoria
reformista ou marxista. Para essa concepção, não era o excesso populacional o responsável pelas
condições de miséria e pobreza no espaço geográfico, mas sim as desigualdades sociais, como a
concentração de renda no contexto da produção capitalista.
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Com o tempo, o que também se percebeu foi que Malthus errou por subestimar a capacidade de produção
de alimentos. Apesar do acelerado crescimento populacional que ocorreu na Europa até a década de 1970,
a produção de alimentos foi superior em razão das sucessivas transformações tecnológicas proporcionadas
pela segunda e pela terceira revolução industrial.
No entanto, após a Segunda Guerra Mundial (1949-1956), o pensamento de Malthus foi retomado, naquilo
que ficou conhecido como teoria neomalthusiana. A popularização dessa teoria demográfica aconteceu
porque, no pós-guerra, houve um rápido crescimento da população, o que foi chamado de explosão
demográfica ou baby boom, um período em que o número de nascimentos foi muito superior ao número
de mortes.
Nesse sentido, dotados das mesmas preocupações de Malthus, os neomalthusianos afirmaram que era
necessário estabelecer um controle do crescimento populacional. No entanto, diferentemente do
malthusianismo, o neomalthusianismo defendia o uso de métodos contraceptivos, o que não era
preconizado anteriormente em função da formação religiosa de Malthus. Com isso, o neomalthusianismo
foi amplamente adotado como política de governo por parte de inúmeros países, incluindo o Brasil, que
passaram a estabelecer políticas de controle sobre o aumento de seus habitantes.
No entanto, uma nova teoria surgiu para diagnosticar o erro do neomalthusianismo, a teoria da transição
demográfica, que acusa os neomalthusianos de não considerarem o contexto histórico e social relacionado
com os fatores demográficos.
Em geral, as populações tendem a crescer à medida que as condições sociais melhoram e o número de
mortes diminui, elevando o crescimento vegetativo. No entanto, as melhorias sociais também ocasionam
uma maior consciência da população, que passa a adotar em maior escala o planejamento familiar,
diminuindo a taxa de natalidade. Por esse motivo, a transição demográfica demonstra que, com o tempo,
as populações que crescem em um período tendem a estabilizar-se posteriormente, à medida que as
sociedades modernizam-se.
Atualmente, na Europa e em muitos países desenvolvidos, o problema é justamente o contrário do
imaginado por Malthus: o baixo crescimento vegetativo. Com uma taxa de natalidade baixa e uma
expectativa de vida longa, as populações tendem a envelhecer, sobrecarregando a chamada População
Economicamente Ativa (PEA), responsável pelo trabalho e pelos processos produtivos, além de manter as
contas previdenciárias. Países como a Alemanha e a França já adotam políticas de incentivo aos
nascimentos, com financiamento de educação para o segundo filho e oferta de bolsas remuneradas aos
seus pais.
A Distribuição Da População Mundial
De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Fundo de População das Nações Unidas (Fnuap), a
população mundial atingiu a marca de 6,908 bilhões de habitantes. Esse total se encontra disperso pelo
planeta de forma irregular, isso quer dizer que em determinados lugares há uma enorme concentração
populacional enquanto outros são pouco povoados.
Nesse sentido, o continente mais populoso é a Ásia que responde por cerca de 60% do total da população
mundial, somente a China, a Índia e a Indonésia representam um elevado contingente, cerca de 2,8 bilhões
de habitantes. Por outro lado, a Oceania responde por apenas 0,5% da população mundial.
Em uma análise acerca da distribuição populacional, independentemente da escala (cidade, estado, país
etc.), é preciso conhecer o número da população absoluta, ou seja, o número total de habitantes, além da
população relativa que é concebida por meio do seguinte cálculo: Número total de habitantes dividido pela
área territorial em quilômetros quadrados.
A partir da obtenção dos números da população relativa torna-se possível identificar a intensidade do
povoamento de um determinado lugar. Quando os dados apontam mais de 100 pessoas por quilômetro
quadrado o lugar é considerado povoado. Quando o número varia entre 50 e 100 é considerado mediano
povoado e, por fim, quando o número é menor que 50 o lugar é pouco povoado.
Pirâmide Etária é um gráfico que permite analisar a distribuição da população por idade.
Pirâmide etária é um gráfico organizado para classificar a população de uma determinada localidade
conforme as faixas de idade, dividindo-as por sexo. Esse gráfico é formado por barras superpostas que se
concentram em torno de um eixo. As barras inferiores representam a população mais jovem e as barras
superiores representam a população mais velha. Do lado direito do eixo, sempre se quantifica a população
feminina e, do lado esquerdo, a população masculina, conforme o exemplo acima ilustrado.
As pirâmides populacionais são importantes no sentido de elaborarem um planejamento público a médio e
longo prazo. Por exemplo, se a estrutura etária da população apontar que há uma grande quantidade de
jovens, com elevados índices de natalidade, alerta-se para a necessidade de implantação de políticas que
atendam à inclusão das faixas etárias no futuro, com medidas que visem, por exemplo, à ampliação e
melhoria de creches e escolas.
Outra importância da observação e análise das pirâmides etárias é conhecer a evolução da população,
avaliando as taxas de natalidade em comparação à população adulta, aferindo sobre a existência de uma
política de controle de natalidade no país ou se ela precisa ser adotada.
Observe o gráfico abaixo, demonstrativo da pirâmide etária brasileira de acordo com o Censo de 2010:
Pirâmide Adulta: possui uma base também larga, porém com uma taxa de natalidade menor em face da
população infantil e jovem. A pirâmide brasileira acima representada é um exemplo de pirâmide adulta.
O Brasil corre o risco de ser a primeira cobaia de um experimento econômico nada recomendável: ser o primeiro país que
envelheceu antes de enriquecer. Outros países já passaram por processos de envelhecimento, como Japão, Espanha e
Alemanha, mas eles possuem uma situação social e econômica bastante diferente da brasileira.
O Bônus demográfico não acontece se não há oportunidades para as pessoas em idade produtiva. São como diamantes
brutos enterrados no fundo da terra, que ninguém jamais vai descobrir.
No Brasil, dez milhões de jovens são nem nem, ou seja, nem trabalham e nem estudam. Os indicadores econômicos são
negativos há vários anos e a política tem sido uma usina de más notícias.
A janela do bônus demográfico no Brasil e na América Latina como um todo ainda está aberta, mas não por muito tempo.
Breve essa tendência vai se inverter e teremos uma proporção menor de pessoas em idade produtiva. É necessário investir
em Educação, Inovação e no principal ativo da Economia do Futuro: o capital humano, porque o bônus demográfico é um
fenômeno histórico que não se repete.
Que a Revolução da Educação seja mais do que retórica política vomitada ao vento e que o Brasil faça sua lição de casa,
ainda que tardia, para que o bônus de hoje não vire o ônus de amanhã.
As trabalhadoras de baixa renda enfrentam problemas devido à falta de creches e berçários públicos, não
tendo possibilidade de custear creches particulares elas são obrigadas a deixar seus filhos sozinhos ou aos
cuidados do filho mais velho que muitas vezes é criança também.
Alguns dados apontam que as mulheres se casam mais cedo que os homens e que depois dos 30 anos,
aquelas que não se casaram, muitas vezes acabam ficando sozinhas, isso se dá pelo fato dos homens
procurarem parceiras fixas mais jovens.
Até os dias atuais, ocorre ainda discriminação profissional com relação às mulheres, mesmo exercendo a
mesma função que os homens o seu salário é geralmente inferior.
Assim sendo, as mulheres buscam e lutam pela igualdade profissional.
Participação Feminina No Mercado De Trabalho
A participação feminina no mercado de trabalho tem se ampliado nos últimos anos, contudo, as condições
de trabalho e a remuneração ainda precisam melhorar.
No Brasil, é crescente a participação da mulher no mercado de trabalho e é notório o aumento de sua
importância na economia. É progressiva também a responsabilidade feminina no sustento da família e
destaque profissional em diversos setores. Entretanto, as funções exercidas, os cargos e as remunerações
dessas mesmas mulheres ainda se encontram em defasagem considerável quando comparados com os dos
homens.
As mulheres brasileiras ainda recebem em média 70% do salário que os homens ganham para executar as
mesmas tarefas, nos mesmos postos de trabalho. Além disso, as condições de trabalho e a hierarquia nas
instituições ainda desfavorecem as mulheres em relação aos seus colegas do sexo masculino. Os cargos de
chefia ainda são exercidos, na maioria dos setores, por homens, mesmo em profissões tidas como
historicamente femininas.
Profissões femininas
As ocupações socialmente associadas às mulheres são aquelas que derivam do histórico papel social da
“mulher cuidadora”. Essas profissões possuem status sociale remunerações inferiores. Na saúde, por
exemplo, as auxiliares e técnicas de enfermagem (cargos com menor remuneração) são em sua maioria
mulheres. Já os médicos cirurgiões são em sua maior parte homens e possuem valorização social e
remuneração infinitamente superiores. Essa discrepância ocorre em quase todos os setores.
Acúmulo de tarefas
Um dos fatores preponderantes para a conservação desse quadro desigual envolve aspectos históricos,
culturais e sociais. As mulheres continuam sendo as principais responsáveis pelas tarefas domésticas,
cuidado com os filhos e demais responsabilidades familiares. A mulher continua acumulando papéis,
mesmo quando inserida com sucesso no mercado profissional. Conciliar a vida profissional e as atividades
da vida pessoal ainda é um desafio muitas vezes impossível para as mulheres trabalhadoras.
A questão da dupla jornada feminina não está apenas na sobrecarga, muitas vezes, insuportável. Reside
também no problema real da rejeição do mercado de trabalho à mulher com responsabilidades familiares.
A mulher que possui filhos, muitas vezes, é preterida em seleções de emprego ou para cargos de chefia.
Alternativas para a diminuição do abismo que ainda separa homens e mulheres no mercado de trabalho
podem vir de políticas públicas que priorizem abertura de vagas e ampliação do número de pré-escolas,
creches e escolas de tempo integral. Além disso, é necessário e inadiável nutrir o debate e a desconstrução
dos papéis sociais de gênero a fim de edificar um mercado de trabalho e uma sociedade mais igualitários
em condições e oportunidades para homens e mulheres.
Desafios Demográficos Do Século XXI
Atualmente, a população mundial ultrapassou a marca dos sete bilhões de habitantes. Entretanto, as
maiores preocupações e desafios demográficos existentes não se referem ao quantitativo populacional,
mas à distribuição de recursos alimentares, às questões étnicos-sociais, aos movimentos migratórios, à
idade média da população, entre outros.
Diante dessas preocupações, podemos enumerar abaixo os principais desafios demográficos do mundo
para o século XXI:
1) Questões alimentares: fome e obesidade;
2) Migrações em massa;
3) Racismo, machismo, homofobia e preconceitos de toda forma;
4) Envelhecimento da população.
Problemas alimentares
Há alguns séculos, estimava-se que o elevado aumento populacional seria gerador de grandes catástrofes e
problemas relacionados com a falta de recursos naturais para a população. No entanto, o que se observou
foi a expansão da produção de alimentos para além dos crescimentos populacionais.
Todavia, muitas pessoas ainda sofrem com a fome ou subnutrição no mundo. Essas pessoas são vítimas
diretas da concentração de riquezas e da consequente má distribuição dos recursos alimentares pelo
mundo. Eis a problemática da fome.
Existem dois tipos principais de fome no mundo: a do tipo endêmica ou fechada e a do tipo epidêmica ou
aberta.
A fome do tipo endêmica é também chamada de subnutrição e refere-se ao tipo de fome resultante da
pobreza extrema de uma pessoa ou de uma população inteira. A estimativa atual é de que mais de 800
milhões de pessoas no mundo sofram com a subnutrição, que consiste no consumo médio inferior a 2500
calorias por dia por parte de um indivíduo.
A fome do tipo epidêmica acontece mais raramente, porém costuma ser mais catastrófica. Ela ocorre em
períodos de guerra, longas secas, epidemias ou pandemias e até como resultado do abandono da
população por parte do governo.
Outro problema alimentar existente no mundo e que se coloca como um desafio a ser superado é a
acentuada expansão da obesidade. Ao contrário da fome e da subnutrição, que vêm registrando
decréscimos, a obesidade vem aumentando a cada ano. As estimativas são de que o número de obesos
seja igual ou superior ao número de pessoas com fome.
A obesidade é o excesso de gordura corporal que uma pessoa possui. Tal problema ocasiona uma
diminuição da expectativa de vida em função das diversas doenças por ele causadas, como problemas
cardíacos e cânceres.
As principais causas da obesidade no mundo estão relacionadas com o padrão de vida da sociedade global
capitalista, como o sedentarismo geral da população e a má alimentação resultante do crescimento do
consumo das comidas rápidas ou fast-food.Em países da Europa e do Japão, esse problema já abrange mais
de 20% da população e, nos Estados Unidos, 30%.
Comparação entre a participação social da mulher e a do homem, em 1980 e 2014, de acordo com o IBGE
Essa maior participação social da mulher tem colaborado para a redução das taxas de fecundidade e
natalidade no país. É cada vez mais comum que as mulheres diminuam a quantidade de gestações e
deixem para ter filhos mais tarde para dedicar-se ao mercado de trabalho.
Desigualdade de gênero e violência contra a Mulher
Apesar dessa significativa melhora na situação da mulher no país, a desigualdade de gênero e a violência
contra a mulher ainda estão presentes no país. Para se ter uma ideia, estima-se que atualmente o salário
médio da população feminina no Brasil corresponda a apenas 85% do salário médio da população
masculina. Com relação à violência contra a mulher, de acordo com uma notícia veiculada no Estadão, o
Brasil ocupa o 7º lugar em um ranking de 84 países sobre a quantidade de homicídios de mulheres,
apresentando cerca de 4,4 assassinatos a cada grupo de 100 mil mulheres.
Assim, embora a mulher tenha conseguido conquistar espaço no mercado de trabalho e no acesso à
educação e profissionalização, a luta pela igualdade de oportunidades entre os gêneros e pelo fim da
violência contra a mulher ainda está longe de acabar. Por essa razão, é necessário intensificar as medidas
de proteção para reverter esses números tão assustadores com relação à violência contra a mulher no país.
População Atual Do Brasil
Afinal, qual a população atual do Brasil? De acordo com dados do Censo Demográfico de 2010, realizado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil apresenta atualmente uma população
de 190.755.799 habitantes. Essa quantidade faz do país a quinta nação mais populosa do planeta, ficando
atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia, respectivamente.
O Brasil é um país populoso, porém é uma nação pouco povoada, com baixo índice de densidade
demográfica. A densidade demográfica é o resultado da divisão da população de um determinado lugar por
sua extensão territorial. São 190.755.799 pessoas em uma extensão territorial de 8.514.876 Km²,
apresentando aproximadamente 22,4 habitantes por Km², bem distante dos 881,3 habitantes por Km² de
Bangladesh.
O primeiro censo demográfico realizado no Brasil foi em 1872. Nessa ocasião, a população totalizava
9.930,478 habitantes; em 1900 era de 17.438.434; já em 1950 a população era de 51.944.397. No ano
2000, a quantidade de habitantes do Brasil registrada foi de 169.590.693.
Conforme estimativas do IBGE, a população brasileira em 2050 será de aproximadamente 260 milhões de
pessoas, apresentando um aumento populacional de quase 70 milhões de habitantes em relação à
população atual.
Cidades Mais Populosas Do Brasil
O território brasileiro apresenta extensão territorial de 8.514.876 Km2, é o quinto maior país do planeta,
sendo considerado um país com dimensões continentais. Sua área está dividida em 26 Estados e um
Distrito Federal. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de
municípios brasileiros atualmente é de 5.565, sendo vários deles pouco populosos, no entanto, outros
apresentam grandes concentrações populacionais. As cidades mais populosas do Brasil, que apresentam
mais de 1 milhão de habitantes, são:
São Paulo: Capital do Estado de São Paulo, sua extensão territorial é de 1.523 Km2. A população é
composta por 11.253.503* habitantes, está entre as cidades mais populosas do mundo.
Rio de Janeiro: É a capital do Estado do Rio de Janeiro, possui 1.182 Km2. A população é composta por
6.320.446* habitantes.
Salvador: Capital da Bahia, sua extensão territorial é de 707 Km2. A população é de 2.675.656* habitantes.
Brasília: É a capital do Brasil, localizada na Região Centro-Oeste, Brasília possui extensão territorial de 5.802
Km2. E população de 2.570.160* habitantes.
Fortaleza: Capital do Estado do Ceará, sua extensão territorial é de 313 Km2. Possui 2.452.185* habitantes.
Belo Horizonte: Capital do Estado de Minas Gerais, sua extensão territorial é de 331 Km2. Apresenta
população de 2.375.151* habitantes.
Manaus: Capital do Estado do Amazonas, sua extensão territorial é de 11.401 Km2. A população é
composta por 1.802.014* habitantes.