Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SITUAÇÃO NA ATUALIDADE.
DISTRIBUIÇÃO E CARACTERÍSTICAS parte, isso é justificado pelo grande tamanho do nosso território
e pela existência de áreas anecúmenas em solo brasileiro, como
GERAIS DA POPULAÇÃO MUNDIAL a Floresta Amazônica, o sertão nordestino e o pantanal, cujas
características naturais dificultam a ocupação humana.
NA ATUALIDADE
De acordo com projeções demográficas da ONU apresentadas em PAÍSES MAIS POPULOSOS DO MUNDO
dezembro de 2017, a população mundial atualmente é de 7,44 bilhões de
habitantes, número que chegará a 8,6 bilhões até 2030, o que representa EM 2016 E PROJEÇÃO PARA 2050 (EM
um aumento de 1 bilhão de pessoas em 13 anos. Esse número MILHÕES DE HABITANTES)
impressiona, pois somente em 1804 o mundo chegou ao seu primeiro
Os 7 países mais populosos do mundo: 2016 e 2050
bilhão de habitantes. Daí em diante, foram necessários apenas mais
123 anos (em meio a um processo de industrialização e urbanização)
para atingir o segundo bilhão. E em poucas décadas, influenciada por
diversas mudanças na sociedade mundial, a população rapidamente
chegou aos mais de sete bilhões que existem hoje.
As Nações Unidas esperam que a população mundial aumente
para aproximadamente 9,8 bilhões de pessoas em 2050 e que, para
2100, o mundo tenha quase 11,2 bilhões de habitantes. Portanto,
é evidente que a população mundial continua aumentando, o que
estimula preocupações relacionadas à disponibilidade de comida
e recursos naturais. Contudo, ao contrário do que pode parecer,
não há um crescimento populacional desenfreado em todos os
lugares do mundo. Afinal, a população tem características bastante PRB: http://www.prb.org/Publications/Datasheets/2016/2016-world-population-data-
distintas de acordo com a localidade analisada. sheet.aspx
A distribuição demográfica, o ritmo de crescimento e os Segundo os dados da ONU, mais da metade do crescimento
níveis de renda são muito desiguais entre os países, tendo em populacional entre 2018 e 2050 se concentrará em nove países: Índia,
vista a ocorrência de diferentes fatores que se apresentam como Nigéria, República Democrática do Congo, Paquistão, Etiópia, Tanzânia,
favoráveis e/ou desfavoráveis à ocupação humana - e que podem Estados Unidos, Uganda e Indonésia. Entre os dez países mais
ser de origem natural ou antrópica (transformações através da ação populosos do mundo, a Nigéria é onde a população cresce a um ritmo
dos seres humanos). De maneira geral, as áreas pouco ocupadas mais forte. Atualmente o sétimo país mais populoso, as projeções dizem
(ou seja, com baixa densidade demográfica) têm condições que a Nigéria superará os EUA como o terceiro país mais populoso
naturais adversas – tais como um clima muito seco ou frio, solos antes de 2050. Ou seja: a Ásia é o continente mais populoso do planeta,
pantanosos ou um relevo muito montanhoso. São chamadas de mas é na África que ocorre o maior crescimento vegetativo atualmente.
áreas anecúmenas. Temos como exemplo o território canadense
O relatório da ONU revela que, no Brasil, o crescimento
(muito frio) e australiano (muito seco), cujas condições naturais
demográfico será cada vez mais lento devido às taxas de
são bastante difíceis de enfrentar. Por isso, esses são locais onde
fecundidade, que baixaram em quase todas as regiões do mundo.
existem vazios demográficos, ou seja, áreas pouco habitadas.
O Brasil está entre os 10 países que registraram menor fertilidade
em relação ao nível de reposição entre 2010 e 2015. Porém,
é importante ter cuidado: isso não significa que a população
brasileira já está diminuindo; apenas que está crescendo cada
vez mais devagar. Enquanto isso, a Índia (que atualmente tem 1,3
bilhão de habitantes ou 18% da população mundial) passará em,
aproximadamente, sete anos a China (que agora tem cerca de 1,4
bilhão de habitantes) e se tornará o país mais populoso do planeta.
Assim, é fundamental entender que a população do mundo seguirá
aumentando, mas que isso acontecerá em um ritmo mais lento do
que nos últimos anos devido à redução da taxa de fertilidade em
praticamente todas as regiões – inclusive em lugares onde o número
médio de filhos por mulher segue sendo muito alto, como na África. De
fato, nos últimos anos a Europa foi o único continente onde o número
de filhos por mulher aumentou, passando de 1,4 no período 2000-2005,
para 1,6 no período 2010-2015 – e em boa parte por conta de políticas
A Ásia é o continente mais populoso do mundo. Além disso, de incentivo à natalidade. Apesar isso, a Europa será a única região onde
existem áreas muito povoadas no sul e sudeste asiático, pois os solos o número de habitantes se reduzirá entre 2017 e 2030, passando de 742
planos e férteis e a existência de importantes bacias hidrográficas milhões para cerca de 739 milhões, uma vez que a população de idosos
criaram condições favoráveis para a fixação dos seres humanos, já é bastante elevada e, mesmo com o ligeiro aumento da fecundidade
permitindo a formação de grandes civilizações. Ou seja, nas áreas nos últimos anos, o índice ainda é muito menor do que o necessário
ecúmenas costuma haver uma quantidade muito maior de habitantes. para que a população não diminua. Em comparação, a população da
Apesar de o Brasil ser o quinto país mais populoso do mundo, África aumentará nesse período, passando de 1,256 bilhão para cerca
sua densidade demográfica é baixa, com 23,8 hab/km² (2017). Em de 1,7 bilhão e a da Ásia de 4,5 bilhão para 4,94 bilhão.
Entre 188 países avaliados, o relatório das Nações Unidas participação feminina em diversos setores da vida em sociedade,
divulgado em 2017 coloca o Brasil na 79ª posição, com um IDH incluindo a política. Na Segunda Guerra Mundial, por exemplo, com
de 0,754. O número leva em consideração uma expectativa de vida milhões de homens lutando nas frentes de batalha, as mulheres
no país de 74,7 anos; 15,2 anos esperados de escolaridade; média passaram a trabalhar nas fábricas, substituindo-os na produção
de estudo de 7,8 anos (para população acima de 25 anos); e renda de aviões e armas. Com o fim do conflito, foi crescente o número
nacional bruta per capita de US$ 14.145, indicador que em 2017 de mulheres que entraram no mercado de trabalho, o que tem
ficou mais baixo, num reflexo da crise econômica – já que antes, colaborado para reduzir as taxas de fecundidade.
era de US$ 14.858. Em comparação aos demais países da América No século XXI, vemos as mulheres cada vez mais ocupando
do Sul, o Brasil ocupa a 5° posição no IDH, ficando atrás do Chile, espaços antes destinados apenas aos homens. De modo geral,
Argentina, Uruguai e Venezuela. Já em relação aos Brics (grupo de essas conquistas são mais perceptíveis no mundo ocidental,
emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), mas ainda há muitas sociedades onde os direitos femininos são
estamos na 2ª posição, atrás apenas da Rússia. restritos. Por conta disso, o empoderamento político das mulheres
é uma das seis prioridades da entidade ONU Mulheres. Em 1990, o
RANKING DO DESENVOLVIMENTO HUMANO Conselho Econômico e Social da ONU recomendou, para 1995, a
meta de 30% de participação das mulheres em cargos de liderança,
POR PAÍS (2017) e de 50% até o ano 2000. Com a ampliação da atuação feminina
na política, busca-se contribuir para o reconhecimento dos direitos
das mulheres no mundo, principalmente os que envolvem a
discriminação por gênero no trabalho, sua atuação como chefe de
família e a luta contra a violência de gênero, física e psicológica.
De maneira geral, as estatísticas mostram que grande parte
das mulheres que desempenham as mesmas funções que homens
recebem salários menores, ainda que tenham qualificação igual ou
maior que seus colegas de trabalho. Na maioria dos países, a entrada
das mulheres no mercado de trabalho fez com que elas tivessem
duas jornadas: uma no trabalho e outra em casa, cuidando da família
e dos afazeres domésticos. Isso ocorre porque a divisão do trabalho
doméstico entre homens e mulheres ainda não foi incorporada
em muitas culturas, e em outras tantas há um senso comum que
garante ao homem o benefício de apenas ajudar, ao invés de dividir
as tarefas de forma mais igualitária. Além disso, há também um
elevado número de mulheres que são chefes de família, ou seja, que
sustentam a si e a seus filhos sozinhas, sem contribuição financeira
dos ex-maridos ou companheiros.
Por tudo isso, a desigualdade brasileira também é muito alta
Por fim, cabe citar que apesar de ter diminuído expressivamente nas comparações de gênero. Embora as mulheres tenham maior
nas últimas décadas em função de políticas públicas sociais, a expectativa de vida e mais escolaridade, elas ainda recebem bem
desigualdade na distribuição de renda, saúde e educação entre os menos que os homens no Brasil. A renda per capita da mulher é 66,2%
brasileiros continua a ser elevada no Brasil. Um dos indicadores que inferior à de pessoas do sexo masculino. No índice de desigualdade
permite essa conclusão é o coeficiente de Gini, que consiste em de gênero, o país aparece na 92ª posição entre 159 países analisados,
um número entre 0 e 1, onde 0 corresponde à completa igualdade atrás de nações de maioria religiosa conservadora, a exemplo de Líbia
(no caso do rendimento, por exemplo, toda a população receberia (38ª), Malásia (59ª) e Líbano (83ª). Também é baixa a representatividade
o mesmo salário) e 1 corresponde à completa desigualdade (onde da mulher no Congresso Nacional. O comparativo entre número de
uma pessoa recebe todo o rendimento e as demais nada recebem). cadeiras em parlamentos indica que as mulheres brasileiras ocupam
Nenhum país tem índices tão extremos como 0 ou 1, porém, somente 10,8% dos assentos. O número é inferior à média mundial
quanto mais próximo de 0, melhor é a distribuição de renda; (22,5%) e até mesmo ao de países com IDH baixo, como a República
quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade. O último Centro Africana, última colocada do ranking, que tem 12,5% de seu
dado divulgado pela ONU (2017) aponta o Brasil como o 10º mais parlamento ocupado por representantes do sexo feminino.
desigual do mundo e o quarto da América Latina, à frente apenas Em algumas sociedades, muitas vezes, o acesso da mulher à
de Haiti, Colômbia e Paraguai. Segundo o levantamento da ONU, educação é muito limitado e o seu papel restringe-se a se casar,
o percentual de desigualdade de renda no Brasil (37%) é superior submeter-se ao marido e gerar filhos. O casamento arranjado entre
à média da América Latina, incluindo os países do Caribe (34,9%). famílias ainda é uma realidade em diversos lugares, e muitas vezes os
noivos se conhecem apenas no dia da cerimônia. Esses modelos se
repetem há gerações e tendem a valorizar mais o filho varão. Por conta
O PAPEL DAS MULHERES NAS DIFERENTES disso, o abandono ou feminicídio de crianças acaba sendo mais elevado
SOCIEDADES em muitos países, especialmente naqueles onde se aplica algum tipo de
controle de natalidade, como ocorreu na China por décadas.
Até o ano de 1910, as mulheres tinham direito ao voto em apenas
dois países do mundo: na Dinamarca, o voto foi instituído em 1908
e na Suécia, em 1909. Desde a segunda metade do século XIX até
a primeira metade do século XX, diversas manifestações populares
pelo direito ao sufrágio universal feminino foram desencadeadas,
como por exemplo a famosa passeata de maio de 1912 em Nova
York. De lá pra cá, ocorreram significativos avanços relacionados à
Área
(www.worldmapper.org)
População absoluta
De acordo com a tabela, o país mais povoado é a: 07. (FMABC) Observe o gráfico:
a) China. b) França. c) Holanda. d) Argentina.
Geograficamente, o desenvolvimento humano no Brasil apresenta (Fonte: Época Negócios. Como se formou a alma coreana. Editora Globo, Nº 55,
mudanças decorrentes dos seguintes fatores principais: setembro de 2011. p. 139.)
a) erradicação do analfabetismo – elevação do PIB
O gráfico foi publicado numa reportagem sobre o desenvolvimento
b) desaceleração do desemprego – incremento da industrialização
socioeconômico da Coreia do Sul. Considerando a relação dos
c) decréscimo da natalidade – crescimento da qualificação índices de fertilidade (taxa de fecundidade) com o desenvolvimento,
profissional pode-se concluir que
d) diminuição da mortalidade infantil – aumento da expectativa a) Como se nota pelo gráfico, a relação é direta: quanto menor o
de vida índice, mais o país será desenvolvido em termos econômicos.
b) Quanto menor a taxa de fecundidade, maior o desenvolvimento
06. (UNICAMP) social, como fica nítido na comparação dos países que
compõem o “bloco” denominado BRIC.
Distribuição da população pelas regiões brasileiras
c) Baixas taxas de fecundidade pesam negativamente no sistema
(em porcentagem)
produtivo que usa mão de obra intensiva, como no caso do
Regiões / Brasil, o que prejudica o desenvolvimento.
1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010
Anos d) Taxas de fecundidade declinantes são positivas para o
Centro- desenvolvimento, em especial nos países europeus que têm
3,0 3,8 4,9 5,8 6,4 6,9 7,4 abundância de mão de obra.
Oeste
e) Baixas taxas de fecundidade alargam a vida profissional das
Norte 3,9 4,1 4,4 5,6 7,0 7,6 8,3
mulheres, e isso pode favorecer o desenvolvimento econômico.
Sul 15,1 16,8 17,7 16,0 15,1 14,8 14,4
Nordeste 34,6 31,6 30,3 29,2 28,8 28,1 27,8 08. (ESPM) O gráfico abaixo está retratando a(o):
GABARITO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. D 03. A 05. D 07. E 09. C
02. A 04. C 06. A 08. B 10. A
ANOTAÇÕES