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DEMOGRAFIA: ESTUDOS DEMOGRÁFICOS MUNDO E BRASIL (3° ANO):

- A demografia ESTUDA O DINÂMICA E A EVOLUÇÃO DAS POPULAÇÕES


HUMANAS NO TEMPO E NO ESPAÇO POR MEIO DE ESTATÍSTICAS, e a
relação com a sociedade. A importância da análise dessas variáveis está atrelada
ao estabelecimento de considerações sobre o perfil da população e, por
conseguinte, ao desenho de políticas públicas que possibilitem a qualidade de
vida dos indivíduos que formam os grupos populacionais.

- INDICADORES E CONCEITOS DEMOGRÁFICOS:


- POPULAÇÃO: É o número de pessoas que habitam uma determinada
localidade.
POPULAÇÃO ABSOLUTA: Número total de habitantes.
POPULAÇÃO RELATIVA: Também chamada de DENSIDADE
DEMOGRÁFICA, é o número total de habitantes dividido pela área espacial. A
população relativa é expressa em habitantes por quilômetro quadrado
(hab./km²).

Exemplo - (ENEM 2011- adaptada) Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na


região coberta pela caatinga, em quase 800 mil km² de área. Quando não chove, o
homem do sertão e sua família precisam caminhar quilômetros em busca da água
dos açudes. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida
do sertanejo. Segundo esse levantamento, a densidade demográfica da região
coberta pela caatinga, em habitantes por km², é de?

Densidade demográfica = população / área


População: 20 milhões de habitantes
Área: 800 mil km²
20.000.000 / 800.000 = 25 hab/km²
- País Populoso: Número elevado de habitantes, ou seja, uma grande
população absoluta, mesmo que seu território seja grande ou pequeno.
- País Povoado: representa a distribuição da população pelo território, sendo,
portanto, a relação entre o número de habitantes e a área deste espaço.

- TAXA DE NATALIDADE: É o número de nascimentos que acontecem em uma


determinada área.

- Óbitos 1° ano vida: 360


-
- Nascimentos: 6.000
TMI = 360*1.000/6.000
TMI = 60 ‰ (morreram 60 crianças para
cada mil habitantes).

MORTALIDADE INFANTIL: A taxa de


mortalidade infantil é um indicador social
representado pelo número de crianças que morreram antes de completar um ano
de vida a cada mil crianças nascidas vivas no período de um ano. É um importante
indicador da qualidade dos serviços de saúde, saneamento básico e
educação de uma cidade, país ou região.
- TAXA DE MORTALIDADE: É o número de óbitos anuais ocorridos em uma
determinada região em relação à população local.
[Capture a atenção do leitor com uma ótima citação do documento ou use este espaço para enfatizar um ponto-
chave. Para colocar essa caixa de texto em qualquer lugar na página, basta arrastá-la.]

- Número de óbitos: 6400


- Número de habitantes: 800.000
TM = 6.400*1.000/800.000
TM = 8 ‰ (morreram 8 indivíduos para cada mil
habitantes).

- CRESCIMENTO VEGETATIVO:
Crescimento vegetativo é a diferença entre o número de nascimentos e o
número de mortes de uma população. Esse cálculo resulta em um crescimento
vegetativo positivo ou negativo.

Exemplo: Em uma cidade, onde habitam 200 mil pessoas, houve em um ano uma incidência de
2750 nascimentos, além de 1830 óbitos. Calcule as taxas de natalidade, mortalidade e
crescimento vegetativo (dados em permilagem).
Taxa de natalidade
TN = 2750 x 1000
200000
TN = 13,75‰ – ou seja, nasceram cerca de 13 crianças para cada mil habitantes

Taxa de mortalidade
TM = 1830 x 1000
200000
TM = 9,15‰ – ou seja, faleceram cerca de 9 pessoas para cada mil habitantes

Crescimento vegetativo

CV = TN – TM
CV = 13,75 – 9,15

CV = 4,6‰ – ou seja, houve um aumento natural de pouco mais de 4 habitantes para cada
mil pessoas residentes na cidade.

- TAXA DE FECUNDIDADE: A taxa de fecundidade consiste em uma estimativa do


número médio de filhos que uma mulher tem ao longo da vida.

-Considerando que em uma região:


- ESTUDO PIRÂMIDE ETÁRIA: - População: 1.784.327 habitantes
- Nascimentos em 1 ano: 42.327
nascidos vivos
- Conceito: PIRÂMIDE ETÁRIA é TN = 42.327*1.000/1.784.327
um gráfico organizado para classificar a TN = 23,72 ‰ (nasceram aproximadamente
população de uma determinada 23 crianças para cada 1.000 habitantes).
localidade conforme as faixas de idade,
dividindo-as por sexo. Esse gráfico é
formado por barras superpostas que
se concentram em torno de um eixo. As barras inferiores representam a
população mais jovem e as barras superiores representam a população mais
idosa. Do lado direito do eixo, sempre se quantifica a população feminina e, do
lado esquerdo, a população masculina.


- TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA: Entende-se por TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA a
oscilação das taxas de crescimento e variações populacionais. Esse conceito foi
elaborado no ano de 1929 por Warren Thompson (1887-1973). Decorrente dos
avanços da medicina, urbanização, desenvolvimento de novas tecnologias.

Fase 1
Fase com elevadas taxas de natalidade compensadas por altas taxas de
mortalidade. Muitas crianças morreram antes de atingir a idade adulta, e as
doenças e fomes foram generalizadas. A expectativa de vida foi menor do que hoje,
mas, em média, mais crianças nasceram para cada mãe. Esta etapa ocorre antes
do processo de industrialização/urbanização. O crescimento vegetativo é
equilibrado. Nessa época não existiam métodos contraceptivos e as condições de
saúde eram precárias.
Fase 2
Os índices de mortalidade iniciam uma importante descida motivada por diferentes
razões: a melhoria nas condições sanitárias, a evolução da medicina, e a
urbanização, aumentando a expectativa de vida. Os problemas são: explosão
demográfica, superpopulação e aumento do desemprego. Hoje em dia, muitos
países subdesenvolvidos vivem essa fase. A taxa de natalidade sofre um pequeno
declínio.
Fase 3
Ocorre um declínio na taxa de natalidade devido ao acesso à métodos
anticoncepcionais, o elevado custo de vida nas cidades, e à educação (fazendo
com que o planejamento familiar fique mais difundido). O resultado é um
crescimento vegetativo reduzido em relação à segunda fase.
Fase 4
As taxas de natalidade e mortalidade se encontram muito baixas, é criada uma
estabilização no crescimento vegetativo, tendo por consequência uma taxa de
crescimento natural nula ou negativa.
Para uma fase 5?
Enquanto o modelo original de Transição Demográfica descrito por Warren
Thompson apresenta só quatro fases, atualmente se aceita uma quinta fase, onde a
mortalidade superará a natalidade, devido ao alto custo de se criar filhos
(principalmente em países desenvolvidos), famílias optam por ter um número muito
reduzido (entre 1 e nenhum) de filhos para manter o padrão de vida.

- TEORIAS DEMOGRÁFICAS:

❶ TEORIA MALTHUSIANA:
- Teoria demográfica formulada pelo economista inglês Thomas Robert Malthus
(1776-1834) foi publicada em 1798, no livro Ensaio sobre o princípio da
população.
- Segundo Malthus, a população mundial cresceria em um ritmo rápido,
comparado por ele a uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64...), e a
produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma
progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6...).
- Assim, segundo a visão de Malthus, ao final de um período de apenas dois
séculos, o crescimento da população teria sido 28 vezes maior do que o
crescimento da produção de alimentos. Dessa forma, a partir de determinado
momento, não existiriam alimentos para todos os habitantes da Terra,
produzindo-se, portanto, uma situação catastrófica, em que a humanidade morreria
de inanição.
- Malthus chegou a propor como única solução - para o problema da defasagem
entre população e alimentos - o que ele chamou de "SUJEIÇÃO MORAL", ou seja,
a própria população deveria adotar uma postura de privação voluntária dos
desejos sexuais, com o objetivo de reduzir a natalidade, equilibrando o
crescimento demográfico com a possibilidade de expansão da produção de
alimentos.
- Na realidade, ocorre grande concentração de alimentos nos países ricos e,
consequentemente, má distribuição nos países pobres. Porém, em nenhum
momento a população cresceu conforme o cálculo de Malthus.

❷TEORIA NEOMALTHUSIANA:

- Teoria que começa a se desenvolver nas primeiras décadas do século 20,


baseada no pensamento de Malthus, razão pela qual passou a ser denominada
de NEOMALTHUSIANA.
- O neomalthusianismo somente se firmou entre os estudiosos da demografia
após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em função da explosão
demográfica ocorrida nos países subdesenvolvidos. Esse fenômeno foi
provocado pela disseminação, nos países subdesenvolvidos, das melhorias
ligadas ao desenvolvimento da medicina, o que diminuiu a mortalidade sem,
no entanto, que a natalidade declinasse.
- Os neomalthusianos analisam essa aceleração populacional segundo uma ótica
alarmista e catastrófica, argumentando que, se esse crescimento não for impedido,
os recursos naturais da Terra se esgotarão em pouco tempo.
- Para conter o avanço populacional, esses teóricos utilizam várias propostas,
principalmente a da adoção de políticas visando o controle de natalidade, que
se popularizaram com a denominação de Planejamento Familiar (são exemplos
de políticas de controle de natalidade: esterilização em massa de populações
pobres (como foi feito na Índia e na Colômbia); distribuição gratuita de
anticoncepcionais; assistência médica para uso de dispositivos intrauterinos
(DIUs); divulgação de um modelo de família bem-sucedida, com no máximo
dois filhos, em programas de televisão, na publicidade e no cinema.

❸TEORIA REFORMISTA:

- As ideias básicas desta teoria são todas contrárias às de Malthus: sua principal
afirmação nega o princípio malthusiano, segundo o qual a superpopulação é a
causa da pobreza. Para os reformistas, é a pobreza que gera a superpopulação.
- De acordo com a teoria reformista, se não houvesse pobreza as pessoas
teriam acesso à educação, saúde, higiene, etc., o que regularia, naturalmente,
o crescimento populacional. Portanto, é exatamente a falta dessas condições o
que acarreta o crescimento desenfreado da população.
- Neste caso, é necessário explicar a origem da pobreza: OS REFORMISTAS
ATRIBUEM SUA ORIGEM À MÁ DIVISÃO DE RENDA NA SOCIEDADE,
ocasionada, sobretudo, pela exploração a que os países desenvolvidos submetem
os países subdesenvolvidos. Assim, a má distribuição de renda geraria a pobreza -
e esta, por sua vez, geraria a
superpopulação.
- Outra crítica dos estudiosos reformistas aos malthusianos diz respeito ao
CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO. Como vimos, para Malthus esta crescia em
ritmo inferior ao da população. Para os reformistas, contudo, isso também não é
verdadeiro, pois, com o início da revolução industrial e a consequente
revolução tecnológica, tanto a agricultura quanto a indústria aumentaram sua
capacidade produtiva, resolvendo, dessa forma, o problema da produção.
- Os reformistas defendem que os governos deveriam implantar uma política
de reformas sociais - na tecnologia, para aumentar a produção e resolver
definitivamente o problema da sobrevivência humana, e na distribuição da
renda, visando o acesso da maioria às riquezas produzidas. Só assim o
problema da pobreza se resolveria. E, resolvendo o problema da pobreza, se
resolveria também o problema da superpopulação. Ou seja, não haveria mais
desequilíbrio entre uma e outra.

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