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POPULAÇÃO

PROFESSOR XXXXXXXXXXXXX
2022
POPULAÇÃO

Conceitos Básicos
População Absoluta: número total de habitantes de um território (país, estado, município, etc).
Quando um país possui uma grande população absoluta, chamamos ele de superpopuloso.
População Relativa ou Densidade Demográfica: número total de habitantes/área (Km²).
Quando um país tem uma elevada população relativa, usamos o termo superpovoado.
Taxa de Natalidade (TN): número de nascimentos por ano para cada 1000 habitantes.
Taxa de Mortalidade (TM): número de óbitos por ano para cada 1000 habitantes.
Crescimento Vegetativo (CV): Diferença entre a Taxa de Natalidade e Taxa de Mortalidade.
Quando a Natalidade é maior que a Mortalidade temos uns Crescimento Vegetativo positivo,
porém alguns países hoje possuem a Mortalidade maior que a Natalidade, com isso o
Crescimento Vegetativo é negativo, logo, sua população está diminuindo.
CV = TN – TM
Crescimento Populacional: CV + Saldo Imigratório (Diferença entre a entrada e saída de
migrantes no país).
Taxa de Fecundidade: número médio de filhos por mulher.
Expectativa de Vida: Idade média de vida de indivíduos nascidos naquele ano em determinado
território.

TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
Fenômeno ligado ao processo de urbanização. Consiste em queda nas taxas de Natalidade,
Fecundidade e no Crescimento Vegetativo, acompanhado de um aumento da Expectativa de
Vida. Assim alterando a estrutura da população, aumentando a porcentagem de idosos e
reduzindo a porcentagem de jovens.
Em resumo:
• Queda das TN, TF e CV – leva a redução da porcentagem de jovens.
• Aumento da Expectativa de Vida – leva ao aumento da porcentagem de idosos.

Queda das Taxas de Natalidade, Fecundidade e Crescimento de Vida


Ocorre devido a:
• Aumento do custo de vida familiar.
• Ampliação do uso de anticonceptivos.
• Ingresso da mulher no mercado de trabalho.
• Redução da mortalidade infantil.
Aumento da Expectativa de Vida
• Saneamento Básico
• Avanços na medicina
• Campanhas de Vacinação
• Melhor nutrição e educação.

GRÁFICO DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

Consequências da transição demográfica


• Redução da força de trabalho, pela diminuição dos jovens.
• Aumento do gasto com previdência pública, já que haverá mais idosos.
• Aumento do gasto com saúde, os idosos são os que mais utilizam os serviços de saúde.
PIRÂMIDES ETÁRIA
Pirâmide etária é um gráfico que mostra a distribuição da população por faixas etárias e por
gênero. No eixo vertical temos a idade, quanto mais alto, maior a idade. No eixo horizontal temos
a quantidade, quanto mais largo, maior a quantidade de pessoas naquela faixa etária. De um lado
ficam os homens e no outro as mulheres.

Pirâmide de “País Subdesenvolvido”: Base larga e topo estreito


Base Larga: grande número de jovens.
Alta TN e TF.
Alto CV

Topo estreito: poucos idosos.


Baixa expectativa de vida

Pirâmide de País Desenvolvido: Base afinando e topo alargando


Base mais estreita: redução na
porcentagem de jovens.
Baixa TN e TF.
CV é aproximadamente zero.

Topo alargado: aumento da porcentagem


de idosos.
Alta expectativa de vida, característica de
país desenvolvido.
TEORIAS DEMOGRÁFICAS

TEORIA MALTHUSIANA
Criada por Thomas Malthus em 1798 no livro, Ensaio sobre as Populações e a Natureza dos
Recursos Limitados.
Malthus viveu durante o início do processo de Urbanização e da transição demográfica – a
Explosão Populacional – e isso interferiu na sua forma de pensar.
Segundo Malthus:
Produção de recursos cresce em Progressão Aritmética
População cresce em Progressão Geométrica
RESULTADO: excesso de população leva a uma crise de fome e miséria.
Malthus ainda fala que as guerras e pestes ajudam no controle populacional e propõe a
abstinência sexual como forma de controle demográfico.
Teoria Malthusiana NÃO SE CONFIRMA!
• Malthus não leva em conta o crescimento da produção de alimentos
• Não prevê a queda das taxas de natalidade

TEORIA NEOMALTHUSIANA
Surge no pós 2ª Guerra, período de urbanização e crescimento vegetativo elevado nos países
subdesenvolvidos. Partem da seguinte ideia:
País desenvolvido, baixa taxa de natalidade, País subdesenvolvido alta taxa de natalidade.

Para eles, a alta taxa de natalidade prejudica o desenvolvimento pois consome muitos recursos
do governo.
PROPÕE: controle da natalidade como caminho para o desenvolvimento.

TEORIA REFORMISTA
Também surge no pós Guerra para contrapor a Teoria Neomalthusiana.
Acredita que o desenvolvimento econômico e social faz com que naturalmente as famílias
reduzam seu número de filhos.
DESENVOLVIMENTO LEVA A QUEDA DA NATALIDADE.

É a mais aceita, basta observar que não tivemos políticas de controle de natalidade no Brasil e a
nossa Taxa de Fecundidade caiu gradativamente com o desenvolvimento do país.
ESTRUTURA OCUPACIONAL

CONCEITOS
POPULAÇÃO ECONOMICAMENTO ATIVA (PEA): Todos os que exercem atividade
remunerada.
POPULAÇÃO INATIVA: Não exercem atividade remunerada. Composto principalmente por
jovens e idosos.
POPULAÇÃO EM IDADE ATIVA (PIA): Pessoas entre 15 e 65 anos. Idade considerada apta ao
trabalho.

TIPOS DE DESEMPREGO
Estrutural: Causado pela extinção de um posto de trabalho. Normalmente ligado a tecnologia.

Conjuntural: Ligado a períodos (contexto) de crise econômica.Redução da capacidade produtiva


existente, quando a crise passar, volta a usar a capacidade produtiva que está ociosa.
Setor Primário: Atividades ligadas ao meio natural como Pecuária, Agricultura, Extrativismo
Vegetal e Mineral (pequena escala).
Esse setor passa por uma redução da porcentagem de ocupados devido a mecanização.

Setor Secundário: Setor de Transformação.Composto pelos trabalhadores da Indústria e


Construção Civil.
Esse setor passa por uma redução da porcentagem de ocupados devido a automação.

Setor Terciário: Comércio e Serviços. Setor extremamente amplo e que é o maior empregador
na maior parte dos países urbanizados.
Principais áreas do setor de serviço são: saúde, educação, transporte, turismo, setor financeiro,
etc.
Esse setor passa por uma AUMENTO da porcentagem de ocupados por estar ligado ao meio
urbano e muito amplo.

Observação:
Setor Quaternário: Atividades ligadas a desenvolvimento, pesquisa e inovação tecnológica.

NÃO CONFUNDA
Primeiro Setor: Setor público/estatal.
Segundo Setor: Setor privado ou livre iniciativa.
Terceiro Setor: Atividades sem fins lucrativos. ONG’s, igrejas, movimento estudantil, sindicados,
etc.
MIGRAÇÕES EXTERNAS NO BRASIL
Migrações: Na concepção tradicional, é um movimento de pessoas, grupos ou povos de um lugar
para outro com a finalidade de estabelecer-se ou de trabalhar naquele local. No fenômeno da
migração há o emigrante (pessoa que deixa a sua pátria ou a região para residir em outro país ou
região), e o imigrante (pessoa que ingressa em outra região, cidade ou país diferente, para aí
viver).
Podemos dividir em migrações internas, dentro do próprio país, ou migrações externas, isto é,
de um país para o outro.
Podemos falar também em migrações espontâneas e migrações forçadas.

MIGRAÇÕES EXTERNAS – IMIGRAÇÕES


Brasil é um país formado por imigrantes, População original foi dizimada e representa apenas
uma parte muito pequena da nossa composição étnica.
Imigração dividida em 3 fases:

1ª Fase: 1530 – 1850


Período colonial e início do império.
Economia canavieira, mineradora e início do
café.
Principais grupos: Portugueses e Africanos
Nordeste – cana-de-açúcar
Sudeste – início do café
1850 – Lei Eusébio de Queiróz: Proibição do
tráfico negreiro
1888 – Lei Áurea

Com a Lei Eusébio de Queiróz e a Lei Áurea reduz drasticamente a chegada de negros africanos
ao Brasil e põe fim a 1ª fase.
2ª Fase: 1850 – 1934
Crescimento da cafeicultura gera a necessidade de mãõ de obra. Período de grande entrada de
imigrantes europeus: portugueses, espanhóis, alemães, italianos, etc.
Economia cafeeira concentrada em São Paulo, que acaba sendo o grande polo de atração.
Datas importantes
1908 – chegada dos primeiros japoneses: Vão se concentrar no Pará, Vale do Paraíba (SP),
Oeste Paulista e norte do Paraná.
1929 – crise de 29. Afeta a economia brasileira e com a entrada de Vargas no poder é adotada
várias políticas restritivas a imigração.
1934 – Lei das Cotas para imigração: Em 1934 foi aprovada a lei de cotas, que impunha novos
limites, por nacionalidade, à entrada de estrangeiros no Brasil. Segundo a nova legislação, só
poderiam fixar residência o equivalente a 2% do fluxo de entrada de cada nacionalidade nos 50
anos anteriores.
A Lei das cotas põe fim a 2ª fase e gera um hiato entre a nova onda de imigrantes.
OBS: até 1945 você tinha europeus saindo para outras áreas do mundo. Pós 1945 a lógica da
migração internacional é: Subdesenvolvido para desenvolvido.

3ª Fase: pós 1990


Atrai imigrantes de países menos desenvolvidos que o Brasil, com destaque para países da
América do Sul, devido a proximdade geográfica:
Principais paísesBolívia, Peru, Equador, África e Haiti.
Fatores de atração:
 Plano real (valorização da moeda)
 Maior economia da América Latina
 Proximidade geográfica
Subemprego: muitos desses imigrantes acabam em trabalhos análogos a escravidão. Destaque
para os bolivianos na indústria têxtil em São Paulo.

Década 1980: EMIGRAÇÃO


Conhecida como “Década Perdida”, é um período de grande crise econômica no Brasil e
Ditadura. Falta de liberdade política e poucas perpectivas econômicas inaugura um período de
Emigração que dura até hoje. Principais destinos:
• Estados Unidos 1,4 milhões
• Paraguai 330 mil “brasiguaios”
• Japão 200 mi
• Europa 250 mil
Perfil do Imigrante: Pessoas da classe média com bom nível de instrução e vão para fora do
Brasil e ocupam empregos de baixo status.
IDH – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
Criado pela ONU para medir a qualidade de vida nos países.
O Indicador varia de 0 (nenhum desenvolvimento) até 1 (desenvolvimento pleno). Nenhum
país é 0 e nenhum país é um. São apenas tipologias ideais.

PPC – Paridade de poder de compra. Forma de equalizar os diferentes custo de vida entre países

IDH MUITO ALTO: A partir de 0,800


IDH ALTO: ENTRE 0,700 A 0,799
IDH MÉDIO: de 0,555 a 0,699
IDH BAIXO: abaixo de 0,555

BRASIL E O IDH
Avanços na expectativa de vida (pré pandemia), porém, ainda muito mal no critério educação.
Problemas
• Avanços na renda até 2015 depois recessão econômica e empobrecimento da população
• Concentração de renda
• Educação ponto mais fraco
Índice de Gini
Índice que mede a desigualdade (ou concentração de renda).
Quando mede a desigualdade social, indica se há muita ou pouca diferença entre os mais pobres
e os mais ricos, em uma região ou país.
Os valores deste coeficiente são representados entre 0 e 1, em que quanto mais próximo de
zero menor é a desigualdade social. Sendo 1 a desigualdade atinge máximo possível.

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