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1.

Introdução
A população de Moçambique, tem vindo a experimentar um ritmo de crescimento acelerado
no ultimo meio século. O ultimo censo realizado em 2017, onde registou uma população de
28.4 milhões de habitantes e os dados das projeções indicam uma população de 29.6 milhões
em 2021 (INE, 2019). Nos próximos anos a população continuará a crescer a uma taxa media
anual superior a 2%, podendo atingir cerca de 50 milhões de habitantes por volta de 2040
(INE, 2019). Este crescimento, fruto da dinâmica das suas principais componentes
(natalidade, mortalidade e migração).

É neste contexto que o trabalho de pesquisa irá abordar a respeito das teorias da dinâmica
populacional e por via disso fazer as relações entre elas.

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2. Objectivo

2.1. Objectivo Geral


 Conhecer as teorias da dinâmica populacional

2.2. Objectivo Especifico


 Conhecer as teorias demográficas;

 Identificar as relações existentes nas teorias demográficas;

 Avaliar as teorias demográficas no contexto actual da pandemia covid 19.

3. Metodologia

Conforme o Lakatos (2003), Todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos


científicos; em contrapartida, nem todos os ramos de estudo que empregam estes métodos são
ciências. Dessas afirmações podemos concluir que a utilização de métodos científicos não é
da alçada exclusiva da ciência, mas não há ciência sem o emprego de métodos científicos.

Assim, o método é o conjunto das actividades sistemáticas e racionais que, com maior
segurança e economia, permite alcançar o objectivo - conhecimentos válidos e verdadeiros -,
traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões dos cientistas.
Neste contexto o trabalho vai basear-se na pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias,
abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações
avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico
etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais:
filmes e televisão.

Suas finalidades colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito
ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham
sido transcritos quer publicadas, quer gravadas.

Ao pesquisar um conceito de ser humano em O Capital de Marx, deparei-me


com uma antropologia bem à frente de seu tempo. Apesar de não formular um
conceito de ser humano, Marx nos mostra um, analisando a relação entre homem e
natureza.
Relação esta que está intrinsecamente ligada ao trabalho, conforme tentarei
mostrar. Para entendermos realmente este conceito de homem na obra mais
2
madura de Marx, demandaria uma abordagem mais vertical no que respeita este
conceito de trabalho para o filósofo, que não farei aqui, deixando-a para outra
oportunidade.
Pretendo apenas apontar, em poucas palavras, o modo que Marx diz ser este
ser humano e como o capital é contrário à sua natureza. O capital é um sistema que
além de privar o homem do que ele é, transforma-o em outra coisa, assumindo
propriedades humanas, sendo fetichizado por seus mantenedores.
Ao pesquisar um conceito de ser humano em O Capital de Marx, deparei-me
com uma antropologia bem à frente de seu tempo. Apesar de não formular um
conceito de ser humano, Marx nos mostra um, analisando a relação entre homem e
natureza.
Relação esta que está intrinsecamente ligada ao trabalho, conforme tentarei
mostrar. Para entendermos realmente este conceito de homem na obra mais
madura de Marx, demandaria uma abordagem mais vertical no que respeita este
conceito de trabalho para o filósofo, que não farei aqui, deixando-a para outra
oportunidade.
Pretendo apenas apontar, em poucas palavras, o modo que Marx diz ser este
ser humano e como o capital é contrário à sua natureza. O capital é um sistema que
além de privar o homem do que ele é, transforma-o em outra coisa, assumindo
propriedades humanas, sendo fetichizado por seus mantenedores.

4. Referencial Teórico
4.1. População
Segundo Gomes (2013), População é um conjunto de pessoas que residem em determinado
território, que pode estar constituído em cidade, um estado, um pais ou mesmo planeta como
um todo.

População presente: todas pessoas presentes no domicílio em uma unidade geográfica, na


data de referência do levantamento (independente de serrem ou não moradores)

População residente: todos os que pertencem aquela unidade, estando presente ou não na
data de referência do levantamento.

Estudos populacionais Abrangem além das variáveis demográficas e características étnicas,


sociais e económicas da população ex: desemprego, educação, saúde, etc.

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• Multidisciplinar: economia, sociologia, antropologia, epidemiologia, direito…
• Amplia-se em função do interesse nas causas e consequências da dinâmica demográfica
• Estrutura da população inclui características étnicas, sociais (estado civil, escolaridade) e
económicas (renda/ocupação).
Idade para vários fenómenos demográficos deve-se considerar a faixa etária dos indivíduos
em questão
A idade de um indivíduo pode ser definida como o número de dias, meses e anos após seu
nascimento; Ou o número de anos completos: o grupo etário de 20 a 24 anos seria formado
por todos os indivíduos com idades entre 20 e 24 anos completos. Na data de referência de um
levantamento censitário, indivíduos nascidos em um mesmo ano podem ter idades diferentes
em termos de anos completos.

Ano calendário de 1o de Janeiro a 31 de Dezembro. Qual população incluir no denominador


para cálculo de taxas? O denominador deveria conter o número de pessoas-ano, que
corresponde à soma dos tempos vividos (em anos) por cada componente da população.

O tamanho e a composição são considerados aspectos estáticos de uma população. A


Demografia trata também dos aspectos dinâmicos das populações, ou seja, das mudanças e
inter-relações entre as variáveis demográficas básicas – fecundidade, mortalidade e migração.

4.2. Dinâmica Populacional


Para Carvalho (1998), Dinâmica Populacional é o estudo de variação na quantidade dos
indivíduos de determinada população.

Durante os séculos XVIII e XIX houve um acentuado crescimento demográfico devido à


consolidação do capitalismo e à revolução industrial que proporcionou a elevação da
produção de alimentos nos países em processo de industrialização diminuindo a taxa de
mortalidade  (principalmente na Europa e nos EUA). Isto fez com que os índices de
crescimento da população subissem provocando discussões que culminariam em diversas
teorias sobre o crescimento populacional, destacando-se o malthusianismo.
Lançada sob o título “Ensaio sobre o princípio de população e seus efeitos sobre o
aperfeiçoamento futuro da sociedade, com observações sobre as especulações de Mr. Godwin,
Mr. Condorcet e outros autores”, a teoria de Malthus caracteriza-se pelo grande pessimismo
em relação ao crescimento populacional.

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Malthus acreditava que o crescimento demográfico iria ultrapassar a capacidade produtiva da
terra gerando fome e miséria.
Segundo Malthus, as únicas formas de evitar que isso acontecesse seria reduzindo a taxa de
natalidade através da proibição de que casais muito jovens tivessem filhos, do controle da
quantidade de filhos por família nos países pobres, do aumento do preço dos alimentos e da
redução dos salários para forçar as populações mais pobres a ter menos filhos.
Entretanto, Malthus argumentava que a alta taxa de mortalidade e fecundidade seriam
praticamente impossíveis de reduzir uma vez que eram consequências de factores fora do
alcance da intervenção humana. Por isso, ele defendia que desastres como a fome, a epidemia
e a guerra eram benéficos no sentido de serem um controle para o crescimento populacional.
Dentre os que se opunham à teoria de Malthus destacou-se Jean-Antonio Nicholas Caritat, o
Marquês de Condorcet (1743-1794).
De acordo com Wazir, Goujon, & Lutz (2013), para maximizar o dividendo demográfico uma
adequada educação da força de trabalho que é produzida pela dinâmica demográfica é
fundamental. A magnitude e a natureza da participação da força de trabalho no sector
económico é fundamentalmente dependente da sua preparação intelectual e profissional bem
como do seu estado de saúde físico e mental.
Ainda, segundo Cleland (2012), o rápido crescimento urbano em curso nos países
subsaarianos acompanhado pelo florescimento duma indústria ligeira de mão-de-obra
intensiva pode ser outra alternativa para capitalizar o capital humano e toda a sua capacidade
produtiva.

4.3. Crescimento Populacional


Segundo Amaral (2015), Crescimento Populacional ou crescimento demográfico é a
mudança positiva do número de indivíduos de uma população. O termo população pode ser
aplicado a qualquer espécie viva, mas que refere-se aos humanos.
A população mundial em 1950 era de 2,5 bilhões de pessoas. Em 2000 já havia mais de 6
bilhões de humanos no planeta.
Para um estudo da população, é essencial a análise estatística acompanhada das características
históricas e geográficas da sociedade Número de anos para acrescentar cada bilhão de
população mundial (ano) existente no planeta.

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Alguns locais que apresentam elevadas taxas de densidades demográficas são: Sudeste
Brasileiro, nordeste dos Estados Unidos da América, leste da China e sul da África. Cada uma
dessas regiões tem as suas particularidades socioeconómicas, culturais e ambientais.
De acordo com os dados obtidos junto à Organização das Nações Unidas (ONU), no nosso
planeta vivem mais de 7 bilhões de pessoas. Dessas, mais de 75% vivem em países
subdesenvolvidos, 10% com menos de dois dólares por dia, 14% são analfabetos, metade
nunca utilizou um telefone e apenas 49% têm acesso à internet.
Histórico do crescimento da população mundial em milhares de pessoas.
A disponibilidade de cifras sobre o histórico populacional varia de região para região.

4.4. Taxa de Natalidade


Segundo Gomes (2013), Taxa de natalidade representa o número de crianças vivas no
período de um ano. Exclui deste calculo o número de crianças nascidas mortas ou que
morreram logo após o nascimento, esse indicador representa relação entre o número de
nascimentos e de habitantes de um determinado local.
Em demografia, por taxa de natalidade, ou ainda taxa bruta de natalidade, deve entender-se o
número de nados-vivos que nascem anualmente por cada mil habitantes, em uma determinada
área.
A taxa de natalidades de uma região é o número de nascimentos por 1000 habitantes (nesta
região) em um ano.
Dado que a fertilidade feminina ou masculina não é o único factor que determina o
aumento/diminuição desta taxa, deve-se ter em conta uma série de outros factores que estão
relacionados com esse aumento/diminuição: sociais, fisiológicos e outros. Desta maneira, a
taxa de natalidade nos países desenvolvidos é, em geral, mais baixa (devido a esta baixa
natalidade estes países tem tido prejuízos económicos e correm o risco de terem prejuízos
económicos ligados à previdência, desta forma, nações como a Dinamarca tem feito
campanhas para aumentarem a natalidade), enquanto que nos países em desenvolvimento a
taxa de natalidade é, em geral, superior face ao desconhecimento ou não-divulgação de
métodos contraceptivos e à tendência para seguir tradições familiares e religiosas.
Nos Estados Unidos observa-se que a fertilidade para mulheres com renda familiar entre os
10% mais ricos aumentou 46% nos últimos 30 anos e, tal fenómeno está sendo atribuído ao
fato destes segmentos sociais poderem pagar por serviços de assistência domiciliar - como

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refeições preparadas, babás e creches - devido ao aumento contínuo da desigualdade de renda.
A tendência da população brasileira nas últimas décadas tem sido, diminuir a natalidade.

4.5. Taxa de Mortalidade


Segundo Gomes (2013), Taxa de mortalidade é um índice utilizado na demografia, que se
refere ao número de mortes registadas geralmente por mil habitantes em determinada unidade
geográfica (países, unidades da federação, regiões metropolitanas ou municípios) em
determinado período de tempo.

Mortalidade é um componente importante do crescimento populacional. Por outro lado, a


mortalidade é um fenómeno natural e biológico, que está sujeito a intervenção humana.
Factores como estilo de vida (nutrição, hábitos de fumar, prática de actividades físicas, etc.),
grau de desenvolvimento da medicina, melhorias nas condições trabalhistas e sociais, nível de
poluição ambiental e ocorrência de guerras e epidemias, têm um forte impacto sobre o nível
de mortalidade. Como a mortalidade é um fenómeno biológico e cultural simultaneamente, o
nível de mortalidade expressa o estado sócios económico e demográfico da população.

Historicamente, o tamanho da população depende mais da mortalidade do que da fecundidade


ou da migração. Todas as pessoas estão sujeitas a morte, mas a idade em que ocorre tem fortes
consequências no tamanho e na estrutura da população.

A probabilidade de morrer cresce com a idade, excepto durante o primeiro ano de vida,
quando a probabilidade de morrer é alta nos primeiros instantes da vida e vai declinando até a
criança atingir um ano de idade. Os homens têm, em todas as idades, uma probabilidade de
morrer maior comparada com a das mulheres. O número de ocorrências de óbitos em uma
população depende da probabilidade de morrer, que varia por sexo e por idade; portanto, o
número de ocorrências de óbitos também depende da estrutura da população por sexo e idade.

A inter-relação estudada em mortalidade está presente similarmente na fecundidade. A


estrutura etária da população afecta o nível de fecundidade: o número de nascidos vivos
depende do número de mulheres, em cada grupo de idade.

4.6. Migração
Migração é o deslocamento populacional de um lugar para o outro bem como é o
deslocamento populacional pelo espaço geográfico, de forma temporária ou permanente,
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desde o inicio da humanidade tem contribuído para a sobrevivência do ser humano.
(Migrações no Mundo, 2018), noutro sim entende-se como movimento de uma população,
temporário ou definitivo, de uma área para a outra.

Migrações Externas quando as pessoas se deslocam de um país para outro.


Intercontinentais:
Migrações que se realizam entre continentes diferentes.
Intracontinentais:
Migrações que se realizam dentro do mesmo continente.
As Migrações Externas assumem duas formas: a Emigração e a Imigração.
Emigração saída de população do seu país para outro, para aí residir.
Imigração entrada da população de um país estrangeiro para aí residir.
Quanto à duração podem ser:
Migrações definitivas: quando as pessoas se deslocam por tempo indeterminado.
Migrações temporárias: quando as pessoas se deslocam por um determinado período de
tempo. Ex: migrações sazonais (vindimas, apanha da fruta, …)
Quanto à forma as migrações podem ser:
Migrações Voluntárias: quando a decisão da deslocação é feita por vontade própria.
Migrações Forçadas: quando as pessoas são obrigadas a sair da sua área de residência, por
razões que ultrapassam a vontade individual. Ex: Refugiados, deslocados,
Quanto ao controle as migrações podem ser:
Migrações Legais: quando são realizadas com o conhecimento e autorização das entidades
administrativas do país de destino.
Migrações Clandestinas: quando as pessoas entram e ficam num determinado país sem
efectuarem os registos legais.
Causas das Migrações
• Catástrofes Naturais ou Ambientais: o Sismos; o Inundações; o Erupções Vulcânicas; o
Secas prolongadas; o Etc.

As migrações podem contribuir positivamente para o futuro da humanidade e para o


desenvolvimento económico e social dos países. O fenómeno das migrações internacionais
aponta para a necessidade de repensar-se o mundo não com base na competitividade
económica e o fechamento das fronteiras, mas, sim, na cidadania universal, na solidariedade e

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nas acções humanitárias. Os países devem adoptar políticas que contemplem e integrem o
contributo positivo do migrante, vendo, assim, as migrações como um ganho e não como um
problema. As migrações são berços de inovações e transformações. Elas podem gerar
solidariedade ou discriminação; encontros ou choques; acolhida ou exclusão; diálogo ou
fundamentalismo. É dever da comunidade internacional e de cada ser humano fazer com que
o novo trazido pelos migrantes seja fonte de enriquecimento recíproco na construção de uma
cultura de paz e justiça. É esse o caminho para promover e alcançar a cidadania universal
(Migrações no Mundo, 2018).

Essas rápidas reflexões revelam a complexidade do fenómeno migratório e a inconsistência da


estigmatização dos migrantes como responsáveis pelas crises sociais dos países de chegada.
Para isso, devem ser questionadas também aquelas análises dos fluxos migratórios Sul-Norte
que interpretam a decisão de emigrar como uma opção exclusiva e autónoma de indivíduos,
isentando os países de recepção de qualquer responsabilidade. Essas análises, ideológicas e
descontextualizadas, na realidade, omitem as influências que as dinâmicas geopolíticas e
económicas planetárias exercem nos processos decisórios dos emigrantes do Sul.

Os principais destinos dos refugiados são os países vizinhos, o que explica as posições
cimeiras da Turquia e do Líbano (relativamente aos refugiados sírios) e do Paquistão
(relativamente à população afegã) enquanto países de acolhimento dos refugiados. O mesmo é
válido para vários países africanos, como o Uganda, a Etiópia, a República Democrática do
Congo ou o Quénia, que têm grandes populações refugiadas fruto da instabilidade nos países
vizinhos. O número de refugiados na Turquia era de 2.9 milhões em 2016, na sua maioria pro-
venientes da Síria, e no Paquistão era de 1.4 milhões, quase na totalidade oriundos do
Afeganistão. Em termos relativos, o Líbano é o país onde a população refugiada tem mais
peso na população total: cerca de 1 milhão de refugiados numa população de 4.5 milhões,
seguido da Jordânia (ACNUR, 2017).

5. Teorias Demográficas e as teses dos autores

5.1. Teoria populacional malthusiana Teoria malthusiana


A teoria populacional malthusiana é uma teoria desenvolvida por Thomas Robert Malthus
(1766–1834), um clérigo anglicano britânico, iluminista, além de intelectual influente em sua
época, nas áreas de economia política e demografia.

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Malthus percebeu que o crescimento populacional entre os anos 1785 e 1790 havia dobrado,
em razão do aumento da produção de alimentos, das melhores condições sanitárias, e do
aperfeiçoamento no combate às doenças — benefícios decorrentes da revolução industrial.
Esses melhoramentos zeram que a taxa de mortalidade diminuísse e a taxa de natalidade
aumentassem.
Preocupado com o crescimento populacional acelerado, Malthus publica, Esta página cita
fontes confiáveis, mas que não cobrem todo o conteúdo. Saiba mais anonimamente, em 1798,
An Essay on the Principle of Population, obra em que expõe suas ideias e preocupações
acerca do crescimento da população do planeta. Malthus alertava que a população crescia em
progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos crescia em progressão aritmética.
No limite, isso acarretaria uma drástica escassez de alimentos e, como consequência, a fome.
Portanto, inevitavelmente o crescimento populacional deveria ser controlado.
Uma praga biológica ocorre quando a população de uma dada espécie tem alta taxa de
natalidade e baixa taxa de mortalidade, de modo que o número de indivíduos cresce,
pressionando os recursos naturais a ponto de desequilibrar o meio ambiente. Essa
superpopulação pode ser reduzida por doenças ou predadores dessa população. Se os
predadores e parasitas (pestes) não aparecerem, o descontrole continua até que escasseiam os
alimentos disponíveis no ambiente, gerando competição intraespecífica, e o controle
populacional se dá pela fome. No caso da população humana, segundo Malthus, a peste, a
fome, e a guerra actuariam como dispositivos de controlo da explosão demográfica.

5.2.Teoria populacional Neomathusiana


A Teoria criada pelo demografo, economista e polimata iluminista Thomas Malthus, que
defende o crescimento populacional tanto através de métodos malthusianos como abstinência
sexual e casamentos tardios, quanto através do uso de métodos anticoncepcionais.
Para o neomalthusianos, intenso crescimento populacional seria responsável pelo avanço da
fome, da pobreza e da criminalidade (subdesenvolvimento de um pais).
Com a velha aceleração populacional, voltaram a surgir estudos baseados nas ideias de
Malthus, dando origem a um conjunto de formulações e propostas denominadas
Neomalthusianas.
Novamente os teóricos explicam o subdesenvolvimento e a miséria ou pobreza pelo
crescimento populacional, que estaria provocando a elevação dos gastos governamentais com

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os serviços de educação e saúde. Isso comprometeria a realização de investimentos nos
sectores produtivos e dificultaria consequentemente o desenvolvimento económico.
Para o neomalthusiano uma população numerosa seria um obstáculo ao desenvolvimento,
elevaria ao esgotamento dos recursos naturais, ao desemprego, e a pobreza.

5.3. Teoria populacional reformista


A Teoria Populacional Reformista, ao contrário da Neomalthusiana, afirma que a
superpopulação é consequência (e não causa) do subdesenvolvimento. Em países
desenvolvidos, onde há melhor qualidade de vida principalmente no contexto económico
sendo assim as famílias não se preocupam demasiadamente em gerar filhos. Devido

a isso, os reformistas propõem reformas nos investimentos, para que haja equilíbrio da
educação nesses países. As ideias reformalistas se opunham totalmente as ideias
Neomalthusianas.
Ao contrário do que pensam estas duas Neomalthusianas , os Reformistas acreditam que a
pobreza é a causa da superpopulação e não que a superpopulação é a causa da pobreza.
As bases deste pensamento do sociólogo Karl Marx. Segundo ela, o problema da pobreza do
mundo está relacionado com a má distribuição de renda: enquanto uma pequena parcela da
população tem muito, a parcela maior tem pouco. O problema da pobreza, logo, seria
resolvido com políticas públicas que proporcionassem a ascensão social da classe pobre.
Segundo os reformistas se há uma melhora na vida da população pobre, há mais acesso a
educação, saúde e informação, impedindo assim o rápido crescimento demográfico. No
Século XXI a ONU verificou que a o crescimento económico era associado ao aumento da
população ao longo da história humana.
Estudos mostram que nos séculos XX e XXI apesar de Hong Kong ter sido excluída da
política do controle de natalidade, lá era onde existia a menor natalidade da população
chinesa.

6. Estudo das teorias demográficas no contexto actual da pandemia covid 19


Como tem sido mostrado frequentemente através da mídia e dos sites e blogs de divulgação
científica, a pandemia é um evento que pode e deve ser encarado de forma multidisciplinar. É
isso que permite a sua compreensão por um maior número de pessoas, e é isso que possibilita
a tomada de decisões parcimoniosas e de mínimo impacto (dentro do possível) em diferentes

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áreas. Portanto, podemos encontrar várias intersecções entre esse assunto e as disciplinas
como é o caso dinâmica populacional.
O objectivo desse texto é relacionar a pandemia do COVID-19 com alguns pontos teóricos da
disciplina de ecologia do curso de engenharia de Biossistemas. A expectativa é de facilitar o
entendimento de alguns aspectos da pandemia através de uma visão da teoria ecológica, ou o
contrário, facilitar o entendimento da ecologia por meio de um exemplo prático, actual e de
grande relevância. Inicialmente é preciso deixar claro que quando falamos de COVD-19
estamos nos referindo à doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, um tipo de corona- vírus
que infectava, originalmente, animais silvestres e passou a infectar humanos. Essas
informações podem ser encontradas no artigo publicado na edição de Abril da Revista Nature
Medicine que pode ser acessado pelo link: https://www.nature.com/articles/s41591-020-0820-
9.pdf. É portanto um patógeno novo para a espécie humana, para o qual ainda não há vacina e
nem um tratamento específico. Como mencionado anteriormente, a ecologia é uma ciência
que possui muitas conexões com a presente pandemia, desde sua origem, relacionada ao
desequilíbrio das relações da espécie humana com a natureza, até as projecções do futuro pós
pandemia. Aqui vamos tratar especificamente de uma analogia entre a transmissão do vírus e
sua disseminação pelo planeta, e a teoria de dinâmica de populações.
Em ecologia, tratamos de dois tipos de crescimento populacional, o crescimento exponencial
e o logístico. O crescimento exponencial ocorre quando uma população se encontra em
condições óptimas de crescimento, com recursos ilimitados, o que resulta em uma taxa
reprodutiva per capita máxima e uma mortalidade mínima. Nessa situação, a taxa de
crescimento intrínseco (r) é máxima. O modelo de crescimento exponencial está ilustrado na
Figura 1, em que dN/dt representa a mudança no tamanho da população por unidade de tempo
(t); r representa a taxa de crescimento intrínseco; e N é o tamanho da população.
Podemos a partir desse modelo compreender que o tamanho da população em qualquer
instante depende da sua taxa de crescimento intrínseco e do tamanho da população naquele
instante. Assim, em condições óptimas, quanto maior o tamanho da população N, mais ela
cresce. As populações em crescimento, em algum momento, encontram limites ambientais
que causam a redução na taxa de crescimento. Com base nisso, construído sobre o modelo de
crescimento exponencial, está o modelo de crescimento logístico.
Nesse modelo, a população em crescimento encontra a capacidade de suportedo meio, K. O
modelo de crescimento logístico. A partir do modelo logístico podemos compreender que

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quando o número de indivíduos na população é muito inferior à capacidade de suporte, N/K
se aproxima de zero, e o crescimento se aproxima do exponencial. Por outro lado, quando o
tamanho populacional se aproxima da capacidade suporte do meio, N/K é próximo de 1, e a
taxa de crescimento se aproxima de zero.
Por fim, é importante reforçar que, infelizmente, não podemos esperar que essa estabilização
ocorra naturalmente, sem a nossa interferência e esforço, e certamente a estabilização
observada na China não é algo natural, mas fruto das medidas adoptadas para a redução da
taxa de contaminação. Isso porque, muitas pessoas doentes simultaneamente coloca o sistema
de saúde de qualquer país, por mais desenvolvido que seja, em colapso. Portanto, as medidas
tomadas pelos governantes, orientados pelo OMS, buscam o famoso “achatamento da curva”,
que significa frear o espalhamento do vírus e permitir que os sistemas de saúde se organizem.

7. Conclusão
Após o término do trabalho de pesquisa ilustram que as teorias malthusiana, neomalthusiana
defenderam que o crescimento da população proporcionará uma drástica escassez de
alimentos e fome, criando desta feita a criminalidade e gastos elevados na saúde e educação.
Enquanto a teoria reformista, foi contraria as anteriores ao acreditar, que a pobreza é a causa
da superpopulação, e não que a superpopulação é a causa da pobreza, sendo esta, resultante de
má distribuição de renda.

Contudo, pode-se concluir a pandemia de covid 19, contribui na dinâmica populacional, na


medida em que, aumentou a taxa de mortalidade, e reduzindo desta forma o capital humano,

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que poderia proporcionar um aumento exponencial da economia dos países, em particular
Moçambique.

8. Referência Bibliográfica
António Miguel V. Monteiro Silvana Amaral, Conceitos Básicos e Medidas em Demografia, 2015,

Carlos Arnaldo Director e investigador do Centro de Pesquisa em População e Saúde


(CEPSA), Dividendo Demográfico em Moçambique: Oportunidades e Desafios, 2015

José Alberto Magno de Carvalho, Introdução A Alguns Conceitos Básicos e Medidas em


Demografia 2ª edição 1998,

Manuel Carmo Gomes, Introdução à Dinâmica Populacional, Lisboa 2013

14
Maria de Andrade Marconi. Eva Maria Lakatos, Fundamentos de Metodologia Cientifica, 2003

Migrações e Desenvolvimento, 2015

Raíssa M. M. Gonçalves, A Teoria da Dinâmica de Populações e a Pandemia, 2020

Índice

1. Introdução...............................................................................................................................1

2. Objectivo.................................................................................................................................2

2.1. Objectivo Geral....................................................................................................................2

2.2. Objectivo Especifico............................................................................................................2

3. Metodologia............................................................................................................................2

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4. Referencial Teórico.................................................................................................................3

4.1. População.............................................................................................................................3

4.2. Dinâmica Populacional........................................................................................................4

4.3. Crescimento Populacional...................................................................................................5

4.4. Taxa de Natalidade..............................................................................................................5

4.5. Taxa de Mortalidade............................................................................................................6

4.6. Migração..............................................................................................................................7

5. Teorias Demográficas e as teses dos autores..........................................................................9

5.1. Teoria populacional malthusiana Teoria malthusiana.........................................................9

5.2.Teoria populacional Neomathusiana.....................................................................................9

5.3. Teoria populacional reformista..........................................................................................10

6. Estudo das teorias demográficas no contexto actual da pandemia covid 19........................11

7. Conclusão..............................................................................................................................13

8. Referência Bibliográfica.......................................................................................................14

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