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Crescimento da população humana e sustentabilidade

A evolução humana começou há 5 milhões de anos. Humanos modernos surgiram em


África há pelo menos 1,2 milhões de anos.

Desde o seu aparecimento, a espécie humana registou um crescimento populacional que


se tornou mais acelerado nos últimos dois séculos.

Durante muitos milénios, o crescimento foi muito lento, devido ao facto da taxa de
mortalidade (número de óbitos durante um período de tempo – normalmente um ano,
por mil habitantes) ser muito elevada devido a doenças e pobre qualidade de vida.

Todos os dados demográficos estudados apontam para que durante este século a
população irá aumentar para cerca de 10 biliões de pessoas, ou seja, alcançaremos a
superpopulação.

A superpopulação é quando o número de pessoas excede a capacidade de carga de um


território ou meio para sustentar a vida humana. danificando o meio ambiente mais
rapidamente do que este pode ser reparado pela natureza, potencialmente levando a um
colapso ecológico e social. Existem diversas desvantagens como o dano ao meio
ambiente mais rapidamente do que este pode ser reparado pela natureza, potencialmente
levando a um colapso ecológico e social. A única vantagem pode ser um aumento de
população em países onde se espera um decrescimento de pessoas.

A população aumentou bastante nos últimos dois séculos devido à Revolução industrial.
A partir da revolução industrial, a taxa de mortalidade diminuiu devido ao aumento da
qualidade de vida, resultante das melhores condições económicas, sociais, inovações
tecnológicas e científicas e descoberta de antibióticas, vacinas, meios de diagnóstico e
prevenção de doenças, etc. o que fez aumentar o número de pessoas.

O crescimento ou o declínio de uma população depende da relação entre três fatores:


natalidade (nº de nascimentos), mortalidade (nº de mortes) e migração.

Evolução da população = (Nascimentos + Imigração) – (Mortes + Emigração).


(normalmente um ano). Quando a soma dos nascimentos e da imigração é superior à
soma de mortes e emigração, a população aumenta; quando se verifica o contrário, a
população diminui.

A nível global, tanto a taxa de natalidade como a taxa de mortalidade têm diminuído, no
entanto, a taxa de mortalidade apresenta uma descida mais acentuada do que a taxa de
natalidade.

A mortalidade e a natalidade evidenciadas por uma população estão condicionadas por


uma série de fatores, tais como: a reprodução e a fertilidade, características genéticas e
imunológicas da população, tipo de alimentação, incidência de certas doenças, etc.

Na grande maioria dos países desenvolvidos (hemisfério norte), as taxas de fertilidade


são baixas (inferiores a 2 nascimentos por mulher), devido ao planeamento familiar e
custos adicionais por ter crianças.

Pelo contrário, nos países em desenvolvimento (hemisfério sul) esta taxa é muito
superior (mais de 5 nascimentos por mulher), especialmente nos países africanos, pois
não há tanto planeamento familiar e proteção de gravidez.
A esperança média de vida e a taxa de mortalidade infantil são dois indicadores do
estado geral de saúde de uma dada população. A esperança média de vida exprime o nº
de anos de vida esperado para uma criança.

A taxa de mortalidade infantil (nº de mortes durante o primeiro ano de vida em cada mil
bebés nascidos) reflete o nível geral de nutrição e de cuidados de saúde, pelo que é um
dos mais importantes indicadores da qualidade de vida de uma população.

Entre 1965 e 2002, a taxa de mortalidade infantil baixou de 20‰ para 7‰ em países
desenvolvidos e de 118‰ para 60‰ em países em desenvolvimento, devido ao aumento
da qualidade de vida no mundo.

A estrutura etária é uma característica determinante na caracterização de uma população


e é, geralmente, representada por pirâmides etárias.

Nas pirâmides etárias é comum considerar-se três classes de idades:

 Pré-reprodutivas (até aos 14 anos);


 Reprodutiva (dos 15 aos 44 anos);
 Pós-reprodutiva (a partir dos 45 anos).

O tipo de crescimento populacional está relacionado com a forma de pirâmide etária.

Pirâmides com bases largas caracterizam populações com predominância de indivíduos


jovens e preveem um crescimento populacional (ex. países em desenvolvimento).

Pirâmide “invertidas”, isto é, com bases estreitas e com o vértice alargado, caracterizam
populações com predominância de indivíduos mais velhos, prevendo-se um decréscimo
populacional (ex. alguns países desenvolvidos)
A pirâmide etária de Portugal apresenta uma base estreita, meio largo e topo estreito, ou
seja, mais adultos, jovens e idosos iguais, que resulta numa tendência para uma descida
de população.

A sustentabilidade é a capacidade que um sistema tem de sobreviver durante um


período de tempo.

Alguns cientistas acreditam que a chave para a resolução dos problemas resultantes do
aumento populacional está em saber qual será a população sustentável ótima, tendo em
conta a capacidade de suporte cultural do planeta.

Uma sociedade sustentável aponta para um desenvolvimento sustentável, entendido


como a forma de incentivo de desenvolvimento económico e social ambientalmente
sustentáveis, para além disso, tem o objetivo de não utilizar os recursos renováveis
acima da capacidade de regeneração natural dos mesmos e excesso de poluição.

O que pode afetar a sustentabilidade é, por exemplo, uma guerra, pois prejudica a
economia, as pessoas e o ambiente.

Em 1996, William Rees e Mathis Wackernegel propuseram o conceito de pegada


ecológica (área biologicamente produtiva, terrestre e aquática, quês está a ser utilizada
para sustentar o atual estilo de vida dos humanos).

Associado a este conceito surge o de biocapacidade, que é o contrário da pegada


ecológica (área biologicamente produtiva – zonas de cultivo, pastos, floresta e pesca,
disponível para responder às necessidades da Humanidade).
Área biologicamente produtiva é uma área que pode ser utilizada pelo ser humano para
o que seja.

A pegada ecológica é normalmente calculada em relação a um país, embora também se


possa calcular para apenas uma pessoa.

A pegada ecológica é maior nos países desenvolvidos e a biocapacidade nos países em


desenvolvimento.

A pegada ecológica põe em evidência os impactes ecológicos gerados pelos humanos,


pois determina se os nossos hábitos conduzem ou não à sustentabilidade. Estes impactes
resultam da procura de recursos ecológicos e de serviços, por exemplo alimentos, fibras,
madeira, terreno para construção e terrenos para a absorção de CO2 emitido pela
combustão de combustíveis fósseis.

Atualmente, a percentagem de terras com capacidade produtiva utilizadas é muito


elevada e continua a aumentar. Investigadores referem que a utilização destas terras
produtivas utilizadas excedeu a capacidade sustentável do planeta por volta de 1978.

O passivo ecológico de um país é determinado calculando a diferencia entre o valor da


pegada ecológica e o da biocapacidade.

Se o valor do passivo ecológico for positivo, significa que há sobreutilização dos ativos
ecológicos (solos, mar, etc.) desse país, ou seja, não está a ser promovido um modelo de
desenvolvimento que visa a sustentabilidade.

O valor referente à pegada ecológica de Portugal torna evidente que são consumidos
mais recursos do que aqueles que é possível repor, ou seja, o nosso país é insustentável.
Para alcançar passivo ecológico negativo é necessário aumentar a biocapacidade, logo,
temos de tomar medidas como melhorar os sistemas produtivos, mudança nos padrões
de consumo de energia, minerais, água, etc. e haver maior controlo demográfico, de
modo a diminuir a pegada ecológica e, ao mesmo tempo, haver uma maior proteção,
gestão equilibrada e recuperação dos ecossistemas.

Concluindo a parte da sustentabilidade, acho que o mundo não estava preparado para o
aumento brusco da população, originando assim, ao longo do tempo, e lentamente, os
problemas que temos de lidar com nos dias de hoje.

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