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Durante muitos milénios, o crescimento foi muito lento, devido ao facto da taxa de
mortalidade (número de óbitos durante um período de tempo – normalmente um ano,
por mil habitantes) ser muito elevada devido a doenças e pobre qualidade de vida.
Todos os dados demográficos estudados apontam para que durante este século a
população irá aumentar para cerca de 10 biliões de pessoas, ou seja, alcançaremos a
superpopulação.
A população aumentou bastante nos últimos dois séculos devido à Revolução industrial.
A partir da revolução industrial, a taxa de mortalidade diminuiu devido ao aumento da
qualidade de vida, resultante das melhores condições económicas, sociais, inovações
tecnológicas e científicas e descoberta de antibióticas, vacinas, meios de diagnóstico e
prevenção de doenças, etc. o que fez aumentar o número de pessoas.
A nível global, tanto a taxa de natalidade como a taxa de mortalidade têm diminuído, no
entanto, a taxa de mortalidade apresenta uma descida mais acentuada do que a taxa de
natalidade.
Pelo contrário, nos países em desenvolvimento (hemisfério sul) esta taxa é muito
superior (mais de 5 nascimentos por mulher), especialmente nos países africanos, pois
não há tanto planeamento familiar e proteção de gravidez.
A esperança média de vida e a taxa de mortalidade infantil são dois indicadores do
estado geral de saúde de uma dada população. A esperança média de vida exprime o nº
de anos de vida esperado para uma criança.
A taxa de mortalidade infantil (nº de mortes durante o primeiro ano de vida em cada mil
bebés nascidos) reflete o nível geral de nutrição e de cuidados de saúde, pelo que é um
dos mais importantes indicadores da qualidade de vida de uma população.
Entre 1965 e 2002, a taxa de mortalidade infantil baixou de 20‰ para 7‰ em países
desenvolvidos e de 118‰ para 60‰ em países em desenvolvimento, devido ao aumento
da qualidade de vida no mundo.
Pirâmide “invertidas”, isto é, com bases estreitas e com o vértice alargado, caracterizam
populações com predominância de indivíduos mais velhos, prevendo-se um decréscimo
populacional (ex. alguns países desenvolvidos)
A pirâmide etária de Portugal apresenta uma base estreita, meio largo e topo estreito, ou
seja, mais adultos, jovens e idosos iguais, que resulta numa tendência para uma descida
de população.
Alguns cientistas acreditam que a chave para a resolução dos problemas resultantes do
aumento populacional está em saber qual será a população sustentável ótima, tendo em
conta a capacidade de suporte cultural do planeta.
O que pode afetar a sustentabilidade é, por exemplo, uma guerra, pois prejudica a
economia, as pessoas e o ambiente.
Se o valor do passivo ecológico for positivo, significa que há sobreutilização dos ativos
ecológicos (solos, mar, etc.) desse país, ou seja, não está a ser promovido um modelo de
desenvolvimento que visa a sustentabilidade.
O valor referente à pegada ecológica de Portugal torna evidente que são consumidos
mais recursos do que aqueles que é possível repor, ou seja, o nosso país é insustentável.
Para alcançar passivo ecológico negativo é necessário aumentar a biocapacidade, logo,
temos de tomar medidas como melhorar os sistemas produtivos, mudança nos padrões
de consumo de energia, minerais, água, etc. e haver maior controlo demográfico, de
modo a diminuir a pegada ecológica e, ao mesmo tempo, haver uma maior proteção,
gestão equilibrada e recuperação dos ecossistemas.
Concluindo a parte da sustentabilidade, acho que o mundo não estava preparado para o
aumento brusco da população, originando assim, ao longo do tempo, e lentamente, os
problemas que temos de lidar com nos dias de hoje.