Transição Demográfica – queda da mortalidade precoce, queda na
taxa de fecundidade, aumento da expectativa de vida e incremento da população idosa. Reflete a mudança na estrutura de uma população.
Transição Epidemiológica – queda das doenças infectoparasitárias e
aumento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Mudanças nos padrões de saúde e doença das populações entre estes padrões e os determinantes econômicos, demográficos e sociais.
Transição Nutricional – queda da desnutrição e aumento de
sobrepeso e obesidade. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA • DINÂMICA POPULACIONAL CRESCIMENTO VEGETATIVO
O crescimento natural ou vegetativo é
a diferença entre os nascimentos e os óbitos, ou seja, entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade, geralmente ele é expresso em porcentagem. O crescimento vegetativo pode ser: Positivo: quando o nº de nascimentos é maior que o de mortes. Negativo: quando o nº de nascimentos é menor que o de mortes. Nulo: quando o nº de nascimento é igual ao de mortes. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA • FASES 1. Fase pré-industrial ou primitiva: natalidade e mortalidade elevadas; população estável; expectativa de vida baixa. 2. Fase intermediária de divergência de coeficientes (países em processo de industrialização: alta natalidade, com queda da mortalidade; alto crescimento populacional; explosão populacional. 3. Fase intermediária de convergência de coeficientes: baixa natalidade de forma mais acelerada que a mortalidade. Envelhecimento da população. 4. Fase moderna ou de pós-transição: aproximação dos coeficientes em níveis mais baixos. Nível de fecundidade: apenas reposição; aumento da esperança de vida, envelhecimento da população; população estável, ou até queda. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA • ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER Nº médio de anos que um indivíduo viverá a partir do nascimento, considerando o nível e estrutura de mortalidade por idade observados naquela população. Para o cálculo leva-se em consideração não apenas os riscos de morte na o1ª idade (mortalidade infantil), mas para todo o histórico de mortalidade de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. É uma síntese da mortalidade ao longo de todo o ciclo de vida. Indicador empregado para mensurar as dimensões humanas no índice de desenvolvimento. • O total de mortes no país passou de 1.332.466 óbitos em 2019 para 1.524.949 óbitos em 2020 (o maior aumento anual em toda a série das estatísticas vitais) – 18/11/21. • O artigo “Reduction in life expectancy in Brazil after COVID- 19” (Castro et. al. 2021), publicado na em Nature Medicine, mostra uma redução da expectativa de vida ao nascer de 1,3 anos em 2020, sendo que o declínio foi maior para os homens (queda de 1,6 anos) do que para as mulheres (queda de 1 ano). No Amazonas, a diminuição chegou a 3,5 anos em 2020. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA Envelhecimento da população
Maior proporção de mulheres na população
Aumento da expectativa de vida
População mais urbana e mais alfabetizada
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA • Modificação dos padrões de morbidade, invalidez e morte.
• Engloba três mudanças básicas:
1. Substituição das doenças transmissíveis por doenças não transmissíveis e causas externas. 2. Deslocamento da maior carga de morbi-mortalidade dos grupos mais jovens aos grupos mais idosos. 3. Mudança de predomínio de mortalidade para morbidade. TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA • PERÍODOS 1. Período das pragas e da fome: níveis de mortalidade e fertilidade elevados, predomínio de doenças infecciosas e parasitárias, desnutrição. 2. Período de declínio das pandemias: níveis de mortalidade diminuem progressivamente, melhora geral do padrão de vida, aumento da esperança de vida. 3. Período das doenças degenerativas e provocadas pelo homem: estabilização da mortalidade em níveis baixos. 4. Período de declínio da mortalidade por doenças cardiovasculares (“revolução cardiovascular”): envelhecimento populacional, modificações no estilo de vida, doenças emergentes e ressurgimento de doenças. 5. Período de longevidade paradoxal, emergência de doenças ainda consideradas enigmáticas: capacitação tecnológica para assegurar a atenção às necessidades especiais de indivíduos com limitações permanentes, através de próteses e órteses químicas e físicas (expectativa de vida acima de 85 anos de vida). TRANSIÇÃO NUTRICIONAL • É um processo de mudança do padrão alimentar e hábitos de vida que, somado a outros fatores socioambientais, resulta numa mudança da epidemiologia dos problemas nutricionais da população. • Essas mudanças vem acompanhando, embora não obrigatoriamente de maneira simultânea, as Transições Demográficas e Epidemiológicas. • Como resultado observa-se uma progressiva elevação da prevalência de sobrepeso e da obesidade, as vezes acompanhadas de deficiências mais específicas (como as de micronutrientes e vitaminas), que se instalou de maneira mais nítida a partir da segunda metade do século 20. • Eleva-se o consumo de alimentos já preparados, processados industrialmente. • Quanto aos hábitos de vida, a principal mudança é no sentido de um maior sedentarismo por redução de atividade física tanto no trabalho quanto nas atividades de lazer. TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
Epidemia de sobrepeso e obesidade.
Surgimento das doenças crônicas
não transmissíveis.
Envelhecimento com piora da
qualidade de vida e redução da longevidade. TRANSIÇÃO NUTRICIONAL