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Transição epidemiológica e perfil das doenças infecciosas e crônicas na atualidade

Taxa de Fecundidade: número de crianças nascidas menores que 5 anos / número de


mulheres em idade reprodutiva 19 a 49 anos

Taxa de natalidade: Essa taxa diz respeito a estrutura de uma sociedade, como: número de
pré-natal, nascidos vivos, etc.

A taxa de mortalidade é um indicador de saúde e desenvolvimento de um país.

Com o avanço da tecnologia houve uma inversão da relação morbidade e mortalidade, ou


seja, a população agora passa mais tempo doente e morre menos. Aumento da morbidade
e redução da mortalidade.

Fases da transição demográfica

1. Pré- industrial ou primitivas: alta taxa de natalidade; alta taxa de mortalidade e


consequentemente uma baixa expectativa de vida, pois ao mesmo tempo em que
nascia gente, elas morriam. Essa fase também é caracterizada pela baixa
morbidade.
2. Divergente: acontece pós revolução industrial, época do iluminismo. Nessa fase há
uma redução brusca na taxa de mortalidade e na taxa de natalidade, o que leva a
um crescimento da população.
3. Convergente: Início do século XX. A taxa de natalidade cai, porém a taxa de
mortalidade se mantém em queda. Isso leva a um envelhecimento da população e
crescimento populacional lento. Um dos fatores que podem explicar essa fase é a
mulher no mercado de trabalho.
4. Pós- transição: é a fase atual, onde há quedas na taxa de natalidade e mortalidade,
o que leva a uma expectativa de vida maior e a um envelhecimento da população.

Transição Demográfica no Brasil:

Na primeira república, a expectativa de vida era baixa e a mortalidade alta, isso pode estar
ligado ao fato do grande número de doenças infecciosas que acarretavam esse período.

A partir dos anos 20, era Vargas, havia uma queda na taxa de mortalidade e uma
manutenção na taxa de natalidade. Foi nessa época que também houve a descoberta de
antibióticos.

Dos anos 1945 a 1985 houve uma modificação social no papel da mulher, ou seja, ela
passou a sair de casa, ser inserida no mercado do trabalho, entre outras coisas, como
também o uso da pílula anticoncepcional. Isso levou a quedas na taxa de natalidade e
mortalidade.

Na ditadura houve o movimento de esterilização feminina, onde as mulheres eram


esterilizadas na mesa de parto sem o seu próprio consentimento.
Nos anos 2000, a taxa de natalidade e mortalidade também sofrem redução e a população
se mantém, não apresenta crescimento.

A taxa de fecundidade teve uma queda a partir de 1960.

Transição Epidemiológica

Conceito: descreve as mudanças ocorridas no perfil de morbi mortalidade e invalidez de


uma população ao longo das transições demográficas.

Morbimortalidade é a quantidade de pessoas que morreram devido a determinada doença.

Houve uma substituição das doenças transmissíveis por doenças não transmissíveis e
causas externas. Como por exemplo: doenças crônicas, violência urbana, etc. As
morbidades e mortalidade agora passaram a atingir mais a população idosa do que a
jovem, diferente de antigamente.

MORTALIDADE PARA MORBIDADE: ou seja, as pessoas agora morrem menos, porém


ficam mais tempo doentes.

Atualmente, a nossa taxa de morbidade é alta.

Transição Nutricional

É a modificação no estado nutricional da população decorrente de uma mudança no padrão


de consumo alimentar e padrão de atividade física. Ela pode acontecer de forma lenta,
como nos tempos primitivos onde eram praticamente imperceptíveis, ou rápida, que ocorre
a partir dos anos 50.

Houve uma queda nas doenças infectocontagiosas e desnutrição, porém houve um


aumento nas DCNT´s. Isso está associado a um padrão de vida mais urbanizado e
industrializado.

1. Padrão 1: Coletores de comida: eram as populações caçadoras, que tinham uma


alimentação rica em carboidratos e fibras e pobre em gorduras e proteínas. Nessa
época havia também uma prática de atividade física intensa e a prevalência de
obesidade era baixa.
2. Padrão 2: Fome: época das pestes, onde havia um grande déficit nutricional na
população. Nessa fase houve um aumento da população, o que levou a uma
escassez de alimentos e consequentemente a carência e déficit nutricionais.
3. Padrão 3: Redução da fome: Houve um aumento no consumo de frutas, verduras,
legumes e proteínas e também um aumento do sedentarismo.
4. Padrão 4: DCNT (Doenças crônicas não transmissíveis): Nesse padrão a dieta
passa a ser rica em açúcares e gordura colesterol. Há também um aumento da
obesidade e sedentarismo.
5. Padrão 5: Mudanças Comportamentais: neste padrão há uma tentativa de resgate
de hábitos alimentares mais saudáveis, através de políticas e ações
governamentais.
Como mensurar? Através da vigilância alimentar, que pode ser feita a partir dos seguintes
indicadores:

1. indicadores de consumo alimentar


2. indicadores bioquímicos de ferro
3. indicadores bioquímicos de vit A
4. indicadores bioquímicos de iodo
5. indicadores antropométricos

Indicadores antropométricos do SISVAN

Criança: estatura / idade: representa crescimento linear. Uma criança que não está com a
altura adequada para a idade pode apresentar desnutrição crônica. É um indicador de
grande importância, pois mensura a desnutrição infantil.

Peso / idade: rápido


Peso / altura: a longo prazo, pode indicar um problema de desnutrição.

As publicações de Josué Castro em relação à fome levaram a ideia de que a fome não
deveria ser combatida apenas em seu contexto biológico. Havia no Brasil nessa época
(década de 30), grandes carências nutricionais.

1993 a 2007 houveram políticas públicas que levaram a diminuição da pobreza no Brasil.
Porém, no norte e nordeste ainda existiam pessoas que viviam ainda abaixo da linha da
pobreza.

Um dos fatores que mais contribuiu para o declínio no déficit de altura foi o aumento da
escolaridade materna.

Atualmente, temos programas de suplementação e fortificação como:

1. Vitamina A: Vitamina A+
2. Ferro: Suplementação de sulfato ferro e a farinha fortificada
3. Iodo: Sal Iodado
4. Ácido fólico

A desnutrição não ocorre apenas por questões biológicas, mas também por causas sociais,
como pobreza, renda, saneamento básico, nível de instrução, assistência à saúde.

Atualmente, em nosso país temos uma queda da desnutrição, mas em compensação há um


aumento no excesso de peso.

O Brasil, em 2014, saiu do mapa da fome, com redução de 82%. Isso se deu devido a
políticas públicas que foram tomadas pelo governo, como:

1. aumento da oferta de alimentos: apoio à agricultura familiar, PAA: aquisição familiar,


ou seja, compra de alimentos do pequeno produtor.
2. aumento na renda dos mais pobres, através de programas como bolsa família,
criação de mais universidades, investimentos em PROUNI e Fies.
3. merenda escolar: PNAE

PNAN: Programa Nacional de Alimentação e Nutrição

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