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CONCEITOS E ASPECTOS

EPIDEMIOLÓGICOS E
DEMOGRÁFICOS DO
ENVELHECIMENTO

Profa. Tamires Ferreira


• A política nacional do idoso (PNI), Lei nº8.
842, de 4 de janeiro de 1994, e o estatuto do
Idoso,Lei nº 10.741,de 1º de outubro de
2003, define Idoso pessoas com 60 anos ou
mais.

IDOSO? • A Organização Mundial da Saúde (OMS)


(2002) define o idoso a partir da idade
cronológica - idosa é aquela pessoa com 60
anos ou mais, em países em
desenvolvimento e com 65 anos ou mais em
países desenvolvidos
• Existem diferenças significativas relacionadas
A idade ao estado de saúde, participação e níveis de
cronológica é independência entre pessoas que possuem a
um marcador mesma idade.
preciso para as
mudanças que •  Envelhecer é um processo natural que
acompanham o caracteriza uma etapa da vida do homem e
envelhecimento dá-se por mudanças físicas, psicológicas e
sociais que acometem de forma particular
? cada indivíduo com sobrevida prolongada.
• As alterações inerentes ao envelhecimento dependem de cada indivíduo,
da programação genética, fatores ambientais.

• Envelhecer é um processo multifatorial e subjetivo, ou seja, cada indivíduo


tem sua maneira própria de envelhecer.

• Sendo assim o processo de envelhecimento é um conjunto de fatores que


vai além do fato de ter mais de 60 anos, deve-se levar em consideração
também as condições biológicas, que está intimamente relacionada com a
idade cronológica
Senescência/Senectude
x
Senilidade

?
• Resulta do somatório de alterações
orgânicas, funcionais e psicológicas
SENESCÊN próprias do envelhecimento normal

CIA OU • Mudanças que ocorrem no organismo


SENECTUD apenas pela passagem dos anos,
correspondentes aos efeitos naturais
E do processo de envelhecimento
• É caracterizada por modificações
determinadas por afecções que
frequentemente acometem a
pessoa idosa
SENILIDA • É, por vezes, extremamente difícil
DE
ENVELHECIMENTO
POPULACIONAL
• É uma mudança na estrutura etária da
população que resulta em uma maior
proporção de idosos em relação ao
conjunto da população
• Reflete uma melhoria das condições de
vida
• Transição demográfica
• A participação de pessoas com sessenta
anos da população mundial em:
1950 - 8% 2010 -11%
2030 - 17% 2050 – 22%      
• das taxas de natalidade
FATORES QUE • das taxas de mortalidade
CONTRIBUEM • Melhores condições de saneamento
PARA O básico
ENVELHECIME • Domínio das doenças infecto-contagiosas
NTO • Vacinações sistemáticas
POPULACIONA • Terapêuticas avançadas no combate às
L doenças em geral
A transição demográfica originou-se na Europa

ENVELHECIME
NTO o aumento na expectativa de vida ocorreu de modo
insidioso e lento e foi possível graças às melhores
POPULACIONA condições sociais e de saneamento, além do uso de
antibióticos e de vacina.
L

aconteceram significativos desenvolvimento social e


aumento de renda.
ENVELHECIMENTO POPULACIONAL

Na America Latina, em especial no Brasil:

Se deu de modo rápido

ocorreu um processo de urbanização sem alteração da


distribuição de renda e sem melhoras significativas na
saúde e condições de vida da população.
Embora os países desenvolvidos tenham maior
proporção de idosos, a velocidade do
envelhecimento é maior para os países em
ENVELHECIME desenvolvimento.
NTO
POPULACIONA A França, por exemplo, levou mais de um
L século para que sua população com idade igual
ou superior a 65 anos aumentasse de 7% para
14% da população total. No Brasil, como em
alguns outros países de renda média, esse
crescimento ocorrerá em duas décadas
Estima-se que no ano de 2025:
O BRASIL SE
ENCAMINHA A • O Brasil venha a se tornar a sexta maior
PASSOS LARGOS população de idosos do mundo
PARA O • A faixa etária que terá maior crescimento
“ENVELHECIME será a dos “muito velhos” – mais de 80 anos
NTO”
Estimativas do Banco Mundial (2011) para o
Brasil em 2050:
O BRASIL SE
ENCAMINHA A • A população idosa brasileira crescerá a uma
PASSOS LARGOS taxa de 3,2% ao ano (sendo que a população
PARA O total crescerá a uma taxa de 0,3%) e atingirá
“ENVELHECIME 64 milhões de habitantes (30% da
NTO” população).
• A população de 65 anos ou mais será 13%
maior que a população até 19 anos.
O BRASIL SE ENCAMINHA PASSOS
LARGOS PARA O
“ENVELHECIMENTO”

A mudança no perfil
populacional tem
Transição
acarretado implicações Transição demográfica
epidemiológica
tão ampla quanto
complexas.

Atualmente, o Brasil Em 2050, será um


possui um idoso para idoso dependente para
cada dez pessoas em cada três pessoas em
idade ativa. idade ativa
Esse crescimento da população idosa gera
uma série de alterações na sociedade,
O BRASIL SE relacionadas ao:
ENCAMINHA • setor econômico
PASSOS LARGOS
PARA O • mercado de
“ENVELHECIME • Sistemas e serviços de saúde
NTO” • relações familiares.
Desafios:
• A manutenção do crescimento econômico
O BRASIL SE mesmo com o crescimento relativo da
ENCAMINHA população inativa
PASSOS LARGOS • A sustentabilidade fiscal;
PARA O
“ENVELHECIME • A provisão adequada de serviços essenciais,
NTO” em especial a assistência à saúde
• O desafio do envelhecimento frente à
A RELAÇÃO assistência à saúde ocorre em função da
estreita relação entre utilização de serviços
ENTRE de saúde e idade
ENVELHECIME
NTO • Com o rápido processo de envelhecimento
da população brasileira, haverá um
E GASTOS COM contingente maior de idosos no futuro,
SAÚDE causando um aumento agregado nas
despesas com serviços de saúde
• Estima-se que, em 2030, o quantitativo de
pessoas idosas no Brasil seja de 18,6%.
• O envelhecer mostra-se como um processo
A RELAÇÃO natural que se inicia no nascimento e avança
por toda a vida.
ENTRE
ENVELHECIME • Por isso, institui necessidades específicas em
NTO saúde em função da maior frequência de
patologias crônicas e possíveis limitações
E GASTOS COM que perduram por toda a vida do indivíduo.
SAÚDE
• Tal processo incide sobre a autonomia e a
qualidade de vida, de modo que carece de
atenção especial da família, da sociedade e
dos profissionais de saúde.
• Idosos que apresentam maior
expectativa de vida, acompanhada
A RELAÇÃO de melhor estado de saúde,
ENTRE apresentam menores despesas
ENVELHECIME com cuidados de saúde no
NTO acumulado de anos até a morte,
E GASTOS COM em comparação àqueles com pior
SAÚDE estado de saúde.
• O aumento na expectativa de vida provoca
também uma mudança no perfil de doenças que
acometem os idosos, o que tem efeito sobre o
A RELAÇÃO tipo de serviço utilizado:
ENTRE - Com o avanço da idade, as doenças crônicas se
ENVELHECIME tornem mais prevalentes na população e, essas
doenças, muitas vezes, exigem tratamentos
NTO contínuos e que, geralmente, podem vir
E GASTOS COM acompanhados de disfunções e/ou algum nível
de dependência - o envelhecimento tem efeitos
SAÚDE crescentes sobre os gastos com cuidados de
longa duração (long-term care), mas pouco efeito
sobre os cuidados agudos
Quanto aos leitos totais e internações (1998-2013):

O número total de leitos reduziu 34,1%


A RELAÇÃO
ENTRE Internações ocorreu decréscimo de 5,9%.

ENVELHECIM Na clínica médica constatou-se redução de 4,6% no número de

ENTO internações e queda de 28,2% no número de leitos

E GASTOS Aumentou a demanda por leitos de UTI em 86,1%.

COM SAÚDE As internações em clínica cirúrgica aumentaram 44,1%.

Houve crescimento do valor médio do custo das internações


• A redução das internações pode estar
relacionada à melhoria da qualidade de vida dos
idosos e, consequentemente, à redução das
necessidades por internação por essa
A RELAÇÃO população, porém com uma complexificação
ENTRE destas.
ENVELHECIME
NTO • Em 2013, a assistência hospitalar à população
E GASTOS COM idosa correspondeu a 31,6% dos gastos públicos
SAÚDE com internações (aumento de 45%)

• Os resultados corroboram a ampliação da


atenção primária no país.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
• Para um modelo de atenção à saúde do
idoso que pretenda apresentar
efetividade e eficiência é preciso
fortalecer todos os níveis da prevenção.
• Necessidade de espaços de atenção
integral, como residências ou centros
de recreação
• Investindo na força de trabalho e na
formação de profissionais que tenham
habilidades para atuar na prevenção, no
cuidado e na atenção integral à saúde
da população idosa.
• BRASIL. Dados sobre o envelhecimento no Brasil. Secretaria de
Direitos Humanos, 2012.

• NASRI, F. O envelhecimento populacional no Brasil. einstein. v.6,


REFERÊNCI s.1, 2008,s.4-6

AS • SANTOS, S.S.C. Concepções teórico-filosóficas sobre


envelhecimento, velhice, idoso e enfermagem gerontogeriátrica.
Rev Bras Enferm, Brasília, v. 63, n. 6, 2010, p.1035-9.

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