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EPIDEMIOLOGIA E

DEMOGRAFIA
Referências

Cap. 8 Transição
demográfica e
epidemiológica

https://www.youtube.com/watch?v=6Q5DWTY34Bg
A demografia é uma ciência importante
para a saúde pública, entre outras razões
por fornecer conceitos e medidas
fundamentais sobre a saúde em sua
dimensão populacional.
DEMOGRAFIA Alguns indicadores demográficos são
usualmente analisados para efeito de
avaliação direta das condições de saúde:
é o caso da mortalidade geral e infantil,
bem como da esperança de vida ao
nascer.
O crescimento de uma população é expresso
pelo número de “nascimentos” somado ao
de “imigrantes” ,descontando-se, do
resultado, o número de “óbitos” e de
DINÂMICA “emigrantes”.
POPULACIONAL
Recenseamento, ou censo, significa contagem
completa das unidades (domicílios, pessoas,
prontuários etc.) que compõem ou retratam um
dado universo. Nas pesquisas por amostragem, são
RECENSEAMENTOS
DEMOGRÁFICOS incluídas, apenas, as unidades que foram
selecionadas para constituir a amostra.
1. do domicílio: sua localização
(urbana ou rural), tipo de
Mercado de trabalho e construção, número de cômodos
da identificação do Fornece uma visão e situação de abastecimento de
perfil de deficientes geral das água;
2. das pessoas que residem no
físicos e autismo características das domicílio: sexo, idade, religião,
recentemente. pessoas a partir: instrução, nacionalidade,
condição migratória, rendimento
e ramo de atividade.
A precisão tende a variar, no interior do
País, pois as omissões não costumam ser
idênticas em todos os lugares. Há
também as fraudes, como a de 1991, no
Estado do Pará, em que alguns
PRECISÃO E USO municípios apresentaram uma
DAS ESTATÍSTICAS
DE POPULAÇÃO
população surpreendentemente alta, já
que com isto recebiam mais recursos do
Fundo de Participação dos Municípios.
Problemas como esse, quando
detectados, são objeto de medidas
corretivas, que permitem retificar os
dados da população.
Em épocas recentes, a Ao contrário, os países
mortalidade decresceu menos desenvolvidos, na
abruptamente, enquanto a sua maioria, têm,
fecundidade não o fez no comparativamente, taxas
mesmo ritmo. mais altas de fecundidade,
SITUAÇÃO de modo que o número de
DEMOGRÁFICA No momento presente, os seus habitantes cresce
países do Primeiro Mundo rapidamente.
ATUAL apresentam baixas taxas de
fecundidade, sendo as suas
populações relativamente
estáveis.
Assim, as nações atualmente incluídas na categoria de menos
desenvolvidas, que contam com cerca de dois terços da população mundial,
representarão, no futuro, uma proporção ainda maior.
A ideia da transição demográfica e a sua
transformação em uma teoria coerente, englobando
as mudanças no perfil da mortalidade e da
fecundidade, datam da primeira metade do século XX.
CARACTERÍSTICAS:

Transição • As taxas de mortalidade tendem a declinar bem antes das de


Demográfica natalidade;
• A população crescerá, enquanto houver diferenças entre os níveis das
taxas de natalidade e de mortalidade;
• Quando a natalidade começar a declinar, é sinal de que o final do
período de crescimento demográfico estará próximo e poderá ser
previsto;
• Na medida em que as taxas de natalidade e de mortalidade encontrem-
se novamente em níveis muito próximos umas das outras, a sociedade
atinge um nível de estabilidade demográfica em termos quantitativos.
Fases da
Transição
demográfica
Em 2022, o Brasil tenha uma mortalidade infantil de,
aproximadamente, 16-17 óbitos por 1.000 nascidos
vivos, uma esperança de vida ao nascer de 76 anos
Tendências (73 anos para o sexo masculino e 78 anos para o
feminino), uma taxa de fecundidade total de 1,8
demográficas nascido vivo por mulher e uma população de 200
no Brasil, em milhões de habitantes.
futuro No período 1980-2020, a proporção de crianças
próximo diminuiu, aumentou a do segmento economicamente
ativo e observar-se-á um processo de
envelhecimento contínuo da estrutura etária.
Menor proporção de crianças, na população
tornará menos necessários a construção de novas
maternidades e outros serviços de assistência
materno-infantil.
Impactos da
Transição Um impacto semelhante ocorrerá em outras áreas
como, por exemplo, na educação: não haverá
demográfica necessidade de construção de novas escolas — a
não ser por questões de facilidade de acesso — de
modo que a tendência será a de investir na
qualidade do ensino e não na sua quantidade.
Exigirá a criação de maior número de empregos.

A falta de oferta adequada de empregos, para a


PROPORÇÃO população em idade economicamente ativa, o que
ocorre em períodos de recessão econômica, gera
DE ADULTOS migração que, em geral, é exercida por jovens.
NA
POPULAÇÃO É possível que apenas esse fator faça envelhecer a
população de algumas regiões fornecedoras de mão-
de-obra. A saída de jovens, de uma comunidade, altera
também, indiretamente, a estrutura etária, já que eles
não mais contribuem para a geração de filhos, em seus
locais de origem.
DEMOGRAFIA E
EPIDEMIOLOGIA
A demografia apresenta varáveis
fundamentalmente ligadas às demandas por
serviços de saúde e determina necessidades
organizacionais e tecnológicas do sistema de
saúde como um todo.
Mudanças na estrutura etária
necessariamente ocasionam mudanças na
demanda por serviços de saúde.
Transição
Epidemiológica
Transição
epidemiológica
Teoria da
Transição
Epidemiológica
 https://www.ted.com/talks/hans_rosling_global_population_grow
th_box_by_box/transcript?language=es
 SOCIEDADES MODERNAS
 As doenças transmissíveis passam a ser relativamente menos
importantes, e a forma prevalente de má-nutrição muda de
características: a desnutrição protéico-calórica em crianças
cede lugar à obesidade, em crianças e adultos.
Impactos da
transição nas
 No padrão de morbidade, predominam as doenças crônico-
sociedades degenerativas e suas complicações, tais como, arteriosclerose,
modernas infarto do miocárdio, enfisema, diabetes e artrite. Essas
afecções, mais prevalentes em pessoas de meia idade e nos
idosos, são, em geral, incuráveis, se bem que muitas delas
mostrem-se controláveis, até certo ponto, pela aplicação da
tecnologia médica já disponível. A esperança de vida ao nascer,
nesses países, é elevada.
ALGUMAS SITUAÇÕES A DESTACAR
 Atente-se ao fato de que, durante o processo de transição
demográfica e epidemiológica, situações novas vão aparecendo
e outras vão se modificando. Eis algumas delas, para exame.
 1. DETERIORAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
 O mundo se industrializa, a população se urbaniza e as cidades
se modernizam. Essas tendências, apontadas como
corresponsáveis pela diminuição da mortalidade e pela
melhoria das condições de vida, também têm seus efeitos
deletérios, pelo maior uso de recursos naturais e a consequente
alteração ou deterioração do meio ambiente, onde as pessoas
vivem e trabalham, expondo-as a condições adversas para a
saúde.
 2. NOVAS EPIDEMIAS
 Um dos aspectos críticos para a gestão do
sistema de saúde é a preparação de quadros
profissionais inseridos em um modelo
organizacional que priorize a integralidade e a
Considerações qualidade das ações, nos diversos níveis de
Finais – O que atenção.
esperar para os  Depois, prevalecem as doenças crônicas e
degenerativas, tais como a hipertensão, as
próximos neoplasias, a artrose, o diabetes e a
anos? osteoporose; algumas delas a exigirem meios
de diagnóstico sofisticados e de aplicação
periódica, bem como recursos terapêuticos
especializados e medicamentos de uso
contínuo.
 Transição nutricional. O modo de alimentação ocidental está
a espalhar-se por todo o mundo. Regista-se uma diminuição
da diversidade alimentar e a população tem tendência para
diminuir a sua atividade diária.
 Transição biológica e ambiental. O processo de abate de
florestas. A criação de animais em cativeiro para consumo
Considerações humano a redução das espécies cultiváveis, estão a ter
impactos fortes na qualidade ambiental e estão a criar
Finais condições para que a biologia se oriente para novos caminhos.
 As alterações climáticas estão também elas a alterar as
condições ambientais que por sua vez vão produzir novos
micro organismos. É necessário conhecer o que está a
acontecer.
https://blogs.iadb.org/brasil/pt-br/33-portais-para-voce-ficar-
por-dentro-da-saude-publica-e-gestao-em-saude-no-brasil/

https://dados.gov.br/

1. Sobre a RIPSA –disponível em:


http://www.Ripsa.Org.Br/
• ripsa: indicadores básicos para a saúde no brasil: conceitos e
aplicações -
2008 - 2ª edição disponível em:
http://www.Ripsa.Org.Br/php/level.Php?Lang=pt&component=68&item=20
2.
•2. CDC - summary measures of population health – report of
findings on
methodologic and data issues. Hyattsville,ma,2003

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