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Fisioterapia na

Saúde do Idoso
Princípios, Abordagens e Implicações
do Envelhecimento Humano

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Danilo Cândido Bulgo

Revisão Textual:
Prof.ª M.ª Sandra Regina Fonseca Moreira
Princípios, Abordagens e Implicações
do Envelhecimento Humano

• Processo de Envelhecimento Humano;


• A Pessoa Idosa como Sujeito de Direitos.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Conhecer o perfil do idoso e seu processo de evolução social, além de perceber o idoso na
sociedade contemporânea.
UNIDADE Princípios, Abordagens e Implicações do Envelhecimento Humano

Processo de Envelhecimento Humano


Você perceberá que a área de Geriatria e Gerontologia é um campo crescente na
sociedade contemporânea e necessita de profissionais capacitados para atuar com
esse grupo populacional, nesse sentindo, destaca-se a fisioterapeuta.

O processo de envelhecimento humano é um fenômeno mundial, definido pela


Organização Mundial da Saúde (2005) como sendo idoso o indivíduo com 60 anos
ou mais em países em desenvolvimento, como o Brasil, e com 65 anos ou mais em
países desenvolvidos.

Esse processo é caracterizado como uma ação espontânea, inerente e irreversível


aos seres vivos. Nos seres humanos, esse processo se caracteriza pela influência de
aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais. As mudanças fisiológicas na terceira
idade estão relacionadas às limitações advindas das funções celulares, mecânicas,
físicas e bioquímicas dos indivíduos. As alterações psicológicas, por sua vez, surgem
a partir de alterações afetivas, mentais e dificuldades no enfrentamento de situações
que requerem apoio, bem como baixa autoestima, depressão e outros efeitos dele-
térios comuns no processo de envelhecimento. Já as alterações de cunhos sociais
estão relacionadas às diminuições das relações dos indivíduos da terceira idade com
a sociedade em que estão inseridos (GANDRA, 2012).

Figura 1 – Envelhecimento humano


Fonte: Getty Images

Nesse sentido, pode-se dizer que o processo de envelhecimento não é considerado­


um processo homogêneo, pois cada indivíduo vivenciará essa etapa do ciclo vital de
uma maneira, considerando sua história particular e todos os aspectos estruturais
que acercam esse sujeito (classe, gênero e etnia), bem como saúde, educação e con-
dições econômicas.

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O envelhecimento é um processo complexo, cujas alterações vivenciadas durante
a trajetória de vida causam interferência na maneira individual do sujeito. Assim,
as particularidades irão influenciar no estilo de vida de cada um, e, com isso, a
repercussão do envelhecer é compreendida pelos idosos de diferentes maneiras, a
considerar a história e o estilo de vida, as redes sociais, a disponibilidade de suporte
afetivo e os valores entendidos por eles como importantes para a qualidade de vida
(FREITAS; QUEIROZ; SOUSA, 2010).

Em relação às perdas progressivas em vários sistemas corporais, conforme ex-


posto por vários autores, não se pode deixar que o idoso absorva tudo isso de forma
pessimista, ou mesmo que a sociedade encare o idoso como um indivíduo em fase de
declínio. Pelo contrário, a sociedade deveria modificar a forma de pensar a vida após
os sessenta anos de idade, por meio da cobrança e do desenvolvimento de ações e
intervenções que favoreçam a saúde, de modo que o idoso possa alcançar idades
avançadas sentindo-se bem, com boa condição para executar suas atividades diárias,
tendo boas relações sociais, ou seja, buscando na promoção da saúde, diferentes
estratégias para alcançar melhor qualidade de vida em sua rotina de vida diária.

O processo de transição demográfica está se tornando uma das principais trans-


formações vivenciadas pela sociedade. Ao se estudar parte desse contexto histórico,
a partir do século XVIII, com a Revolução Industrial e o início da modernização da
sociedade europeia, bem como com os avanços no campo científico, urbanos, cam-
po da medicina e os novos saberes sobre a saúde e qualidade de vida de um modo
geral, todos esses aspectos vão ao encontro do início do processo de transição.

Nascer, crescer, reproduzir-se e morrer são fatos indissociáveis da espécie hu-


mana, ainda que muitas pessoas não cumpram a terceira parte do ciclo da vida, a
reprodução. Em cada país, estado ou cidade esse ciclo ocorre com uma intensidade
diferente, dependendo de alguns indicadores - as taxas de fecundidade, natalidade,
migração e mortalidade - e da influência, sobre esses indicadores, da economia, das
variações climáticas e das mudanças culturais.

A demografia – ciência que estuda as modificações que ocorrem nesses indicado-


res – definiu “transição demográfica” como as mudanças dessas taxas no transcorrer
do tempo. Ou seja, as sociedades sofrem continuamente, e em diferentes ritmos,
processos de transição demográfica.

Mas há outros conceitos importantes para se entender a transição demográfica:


• Natalidade: relação entre o número de nascidos vivos e o total da população
em um dado lugar, num dado período de tempo. Calcula-se a taxa de natalidade
dividindo-se o número de nascidos vivos em um ano pelo número de habitantes
(do país, região ou cidade);
• Mortalidade: número de pessoas que morrem em determinada época ou em
determinada região, país etc. A taxa de mortalidade é calculada dividindo-se o
número de pessoas mortas pelo número de habitantes;

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• Fecundidade: é a capacidade de reprodução de determinada sociedade. A taxa


de fecundidade é calculada dividindo-se o número de filhos nascidos pelo número­
de mulheres entre 15 e 49 anos, numa determinada população.

Para o demógrafo Warren Thompson, a transição demográfica ocorre em 4 fases:

Quadro 1 – Fases da transição demográfica

Fase 1 Ocorre oscilação rápida da população, dependendo de eventos


naturais (secas prolongadas, doenças etc.). Existe uma grande
(ou pré-moderna) população jovem.

Taxas de mortalidade caem rapidamente devido à maior oferta de


Fase 2 alimentos e de melhores condições sanitárias. Existe um aumento da
(ou moderna) sobrevida e redução de certas doenças. Ocorre aumento da taxa de
nascimento e da população.

Urbanização, acesso a métodos contraceptivos, melhora da renda,


redução da agricultura de subsistência, melhora da posição femi-
Fase 3 nina na sociedade e queda da taxa de nascimentos. Há um nú-
mero inicial grande de crianças, cuja proporção cai rapidamente
(ou industrial) porque ocorre aumento na proporção de jovens concentrados em
cidades, com o decorrente aumento da violência juvenil. Tendên-
cia de estabilização da população.

Taxas baixas de natalidade e mortalidade. Taxas de fecundidade


Fase 4 ficam abaixo da taxa de reposição populacional. Há aumento da
(ou pós-industrial) proporção de idosos; encolhimento da população e necessidade de
imigrantes para trabalhar nos empregos de mais baixo salário.

Fonte: Adaptado de THOMPSON (1929)

No Brasil, esse processo fica mais evidenciado a partir de meados do século pas-
sado, dando-se de forma rápida, expressiva e progressiva, com alterações severas
em curtos espaços de tempo. Esse fenômeno provoca transformações expressivas na
estrutura etária da população, com relevantes impactos estruturais para indivíduos,
famílias e sociedade.

Nasri (2008) destaca que a urbanização auxiliou nessa transformação, segundo


o autor:
É necessário também mencionar a urbanização característica a este grupo:
na década de 1940, apenas 20% viviam em regiões urbanas, o que sig-
nifica uma população predominantemente rural. Em menos de 40 anos,
ela passa a ser eminentemente urbana. Atualmente, cerca de 80% da
população brasileira vive em centros urbanos. A rápida urbanização da
população altera de modo intenso as estruturas trabalhistas, o que gera
maior custo de vida, maiores jornadas de trabalho e, principalmente,
maior incorporação da mulher como força produtiva. Estes fatos tornam
os familiares menos disponíveis para cuidar dos idosos mais dependentes.­
O segundo diferencial provém do fato de que a expectativa de vida média
dos brasileiros aumentou em quase 25 anos, nos últimos 50 anos, sem
que tenhamos observado melhoras significativas nas condições de vida e
de saúde da população. (NARSI, 2008, p. 2)

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O Brasil, com toda mudança advinda do perfil demográfico populacional, vem
adquirindo características específicas que o tornará um país de pessoas envelhecidas.
Um aspecto que ganha destaque no que tange a transição demográfica é o elevado
índice da população feminina, se comparada à população masculina. Esse cresci-
mento da população idosa brasileira pela variável sexo vem ocorrendo de maneira
mais acentuada em um recorte temporal entre os anos de 1960 e 2000, principal-
mente, a partir dos anos 1980. A predominância do sexo feminino nesse grupo
populacional pode ser visualizada também no cenário internacional, dando origem
ao termo “feminização da velhice”.

Figura 2 – Feminização da velhice


Fonte: Getty Images

Explore mais sobre a “feminização da velhice” com a finalidade de conhecer o processo de


envelhecimento. Saiba mais no vídeo disponível em: https://youtu.be/wioaF33HUcA

A feminização da velhice, ou seja, a prevalência de mulheres idosas, traz inúmeros


fatores positivos e/ou negativos, tanto para as próprias, quanto para seu núcleo fami-
liar, uma vez que pode estar relacionada a um maior risco social e, ao mesmo tempo,
a uma reestruturação do espaço relacional, por ser a mulher idosa importante elo
para a rede de apoio familiar. Ao se pensar na feminização da velhice, índices de
mortalidade masculina apontam taxas mais elevada que a feminina, principalmente
entre a população adulta jovem. Uma variação nesse componente afeta a razão de
um dos fatores que acentuam a alta incidência de mulheres idosas.

A feminização da velhice no cenário nacional pode ser compreendida também


pela maior expectativa de vida associada ao público feminino, por fatores como: me-
nor consumo de álcool, drogas e tabaco. Além disso, as mulheres buscam mais por
cuidados com a saúde e identificam de forma precoce sinais e sintomas de alterações
corporais e possíveis doenças, o que faz com que o grupo feminino seja a maior
demanda dos serviços de saúde em todas as áreas.

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E, ao se pensar na transição demográfica, esse aspecto corrobora para com a


transição epidemiológica, o que constitui que o perfil de patologias da população
transforma de maneira significativa, pois tem-se que buscar estratégias a fim de con-
trolar as doenças deste grupo populacional, caracterizado como grupo vulnerável.
Em um país com a predominância de indivíduos na faixa etária jovem, as patologias
são caracterizadas por eventos causados por doenças infectocontagiosas, cujo mo-
delo de atenção resolutivo é baseado no dualismo: cura e morte. O perfil de doenças
geriátricas modifica-se para o padrão de doenças crônicas, dessa maneira, o contex-
to também sofrerá mudanças.

O elevado índices de doenças crônicas faz com que os idosos sejam dependentes
de medicamentos e procurem auxílio médico com mais frequência, porém, essas
condições podem ser fatores que não limitam a qualidade de vida quando tratados de
maneira adequada. Ao terem empoderamento frente a essas doenças, muitos idosos
levam uma vida independente e produtiva. A ausência de doença é uma premissa
verdadeira para poucos. Nessa perspectiva, envelhecer, para a maioria, é conviver
com uma ou mais doenças crônicas. O conceito de envelhecimento ativo pressupõe
a independência como principal marcador de saúde e a capacidade funcional surge,
portanto, como um novo paradigma de saúde, o que corrobora para com um enve-
lhecimento ativo na sociedade contemporânea.

O número de idosos no mundo teve seu maior avanço em meados do século XX. Em
1950, a população idosa nos países em desenvolvimento era cerca de 108 milhões, e
no ano de 2013 esse número se tornou cinco vezes maior, sendo composto por 554
milhões de idosos.

No cenário brasileiro, segundo o último senso apresentado pelo Instituto Brasilei-


ro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, a população brasileira era composta
por 190.755.799 habitantes, dos quais 20.590.599 eram considerados idosos (idade
≥ 60 anos), o que correspondia a 10,8% da população nacional. Os principais fatores
que acarretam esse aumento na transição demográfica no Brasil envolvem a redução
na taxa de fecundidade, adjunta à expressiva redução da taxa de mortalidade infanto-
-juvenil e também ao aumento da expectativa de vida. Outros determinantes como o
aumento de recursos no campo da medicina, qualidade de vida, promoção da saúde,
tecnologia e farmacologia corroboram para o aumento da população idosa, pois no
cenário atual os indivíduos estão vivendo mais e com maior qualidade.

É estimado que, em 2025, o Brasil será o sexto país com maior número de ido-
sos, alcançando cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Em 2050, as
crianças de 0 a 14 anos representarão apenas 13,15% dos indivíduos, ao passo que
a população idosa alcançará os 22,71% da população total. (IBGE, 2012)

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Figura 3 – Pirâmide etária brasileira
Fonte: Adaptado de IBGE, 2019

A qualidade de vida da população idosa está ligada a elementos que não se restrin-
gem apenas aos aspectos físicos, estendendo-se aos psicológicos e sociais. O bem-
-estar físico e mental, a inserção social, bem como a produtividade e uma boa estru-
turação familiar cooperam fortemente para um envelhecimento saudável (SPOSITO;
NERI; YASSUDA, 2016).

O aumento da expectativa de vida, os avanços da tecnologia digital, da medicina e


dos benefícios que podem ser aproveitados por esse grupo populacional, a globaliza-
ção e o acesso democrático às informações modificaram o perfil do idoso do século
XXI, bem como suas percepções na sociedade contemporânea (KALACHE, 2008).

Figura 4 – Idoso no cenário contemporâneo: o uso da tecnologia


Fonte: Getty Images

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Os idosos estão cada vez mais inseridos na tecnologia digital, e para aprimorar seu conheci-
mento acerca dessa temática, o vídeo a seguir elucida o empoderamento digital por pessoas
idosas. Disponível em: https://youtu.be/i1feIpV3QlI

A busca por políticas, estratégias, ações e ferramentas que auxiliem o aumento da


qualidade de vida dos indivíduos vem ganhando espaços cada vez maiores nos pilares
que tangem a terceira idade. O interesse pelo conceito de qualidade de vida decorre, em
parte, dos novos modelos que têm influenciado as políticas e as práticas intersetoriais
nas últimas décadas. Os determinantes e condicionantes do processo saúde-doença
são multifatoriais e complexos. Nessa perspectiva, saúde e doença conformam proces-
sos relacionados aos aspectos econômicos, socioculturais, à experiência pessoal e ao
estilo de vida. Consoante essa transformação de paradigma, a melhoria da qualidade
de vida elenca estudos tanto das práticas assistenciais quanto das políticas públicas que
envolvem o setor nos campos da promoção da saúde e da prevenção de doenças.

Ao se abordar os conceitos de qualidade de vida, esse aspecto pode ser considerado­


subjetivo, dinâmico, mudável pelos aspectos da vida do indivíduo, “uma vez que a
­satisfação com a vida e a sensação de bem-estar podem, muitas vezes, ser sentimentos
transitórios” (KURCGANT, 2012). O autor ainda destaca que este é um conceito que
abarca a qualidade de saúde no âmbito individual e coletivo, a satisfação das necessidades
basais como: moradia, educação, alimentação, trabalho, lazer, relações sociais e aspectos
recorrentes no que tange o andamento da rotina dos indivíduos (KURCGANT, 2012).

Pensando na qualidade de vida como um conceito amplo e que atinge todos os


grupos populacionais, na terceira idade o idoso pode ser acometido por alterações
biológicas, psicológicas e sociais que surgem de maneira mais evidente durante o
processo de envelhecimento. Assim, esse processo modifica a vida dos indivíduos,
as estruturas familiares, a demanda por políticas públicas e a distribuição de recursos
na sociedade (SANTOS, 2010).

A boa qualidade de vida do idoso está relacionada com a capacidade funcional,


o que se relaciona com a autonomia, idade, classe social, renda, escolaridade, con-
dições de saúde, cognição, ambiente, história de vida e recursos de personalidade.
Dessa maneira, identificar as condições favoráveis para a qualidade de vida da pes-
soa idosa é relevante para subsidiar condutas, tratamentos, políticas e ações que
auxiliem o manejo nesta etapa da vida.

É possível envelhecer e ainda se sentir feliz, saudável? O filme a seguir mostra histórias de
pessoas que passaram dos 60 anos, moram em uma instituição de longa permanência e ain-
da assim têm seus momentos felizes, não deixaram de viver, nem sonhar, praticam ativida-
des, passeiam, dançam, namoram, têm suas visões sobre a vida e mostram como ter um bom
envelhecer. Assista ao vídeo e amplie seu conhecimento sobre o processo de envelhecimento.
Documentário Feliz Idade! Disponível em: https://youtu.be/BPQcOjN9cpo

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A Pessoa Idosa como Sujeito de Direitos
Em 1982, a Organização das Nações Unidades (ONU) organizou a Assembleia
Mundial sobre o Envelhecimento, da qual resultou o “Plano Internacional de Ação
sobre o Envelhecimento”, aprovado pela Assembleia Geral por meio da resolução
37/51, de 03 de dezembro de 1982.

O Plano aponta recomendações referentes a sete áreas basais para o proces-


so de envelhecimento: saúde e nutrição; proteção ao consumidor idoso; moradia e
meio ambiente; bem-estar social; previdência social; trabalho e educação e família.
Apoiado no referido documento, no ano de 1991 foram aprovados na Assembleia
Geral da ONU, os Princípios das Nações Unidas em prol das Pessoas Idosas, por
meio da Resolução no 46/91, sendo fundamental para a consolidação do nortea-
mento das políticas para o idoso e que se apoiam em cinco aspectos: independência,
participação, cuidados, auto satisfação e dignidade (ONU, 2007).

Em 1992, a Conferência Internacional sobre o Envelhecimento realizou um novo


encontro para dar seguimento ao Plano de Ação, dando início à Proclamação do
Envelhecimento. Com o passar dos anos, seguindo as propostas idealizadas na Con-
ferência, a Assembleia Geral da ONU declarou o ano de 1999 como o Ano Interna-
cional do Idoso. A esses encontros e planos gerados, sucedeu uma transformação
da representação do sujeito idoso, que deixou de ser visto como dependente e vulne-
rável, passando a ganhar notoriedade com uma imagem ativa e mais saudável.

Novos paradigmas acerca da população idosa foram elencados com a chegada


do novo milênio. Em 2002, foi realizada a Segunda Assembleia Mundial das Nações
Unidas sobre o Envelhecimento, em Madrid, com o objetivo de desenvolver uma
política internacional para o envelhecimento no século XXI. O Plano de Ação idea-
lizado nesse encontro sugeriu transformações de atitudes, políticas e práticas em to-
dos os níveis para atender às necessidades do envelhecimento no século XXI. Como
prioridade, visou-se ampliar o conceito de saúde e bem-estar, respaldando direitos
como habilitação e ambientes de apoio:
Uma sociedade para todas as idades possui metas para dar aos idosos a
oportunidade de continuar contribuindo com a sociedade. Para trabalhar
neste sentido, é necessário remover tudo que representa exclusão e dis-
criminação contra eles (ONU, 2002, p. 49)

A incorporação das questões referentes ao envelhecimento populacional nas po-


líticas brasileiras foi fruto de pressões e influências da sociedade civil. Destacam-se a
criação da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, em 1961, e os grupos
de convivência do SESC, em 1963 (RIBEIRO, 2007).

Amplie seu conhecimento assistindo ao vídeo “Saiba mais sobre os direitos dos idosos”
Disponível em: https://youtu.be/L7-rAFiSCMc

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A década de 70 foi um marco revolucionário para a terceira idade, pois iniciativas


do Governo Federal começaram a ser formuladas. Antes desse período, as ações
governamentais eram voltadas exclusivamente para os aspectos filantrópicos e pro-
tetivos (TEIXEIRA, 2002).

No ano de 1976, aconteceu em Brasília, o I Seminário Nacional de Estratégias


de Política Social para o Idoso, que corroborou para a formalização de aspectos
relacionados ao direito e à proteção deste grupo populacional. Ainda que principiante,
o movimento tornou-se pioneiro desses direitos, tendo reflexos importantes na Polí-
tica Nacional e no Estatuto do Idoso (GÓES, 2007).

No ano seguinte, em 1977, foi criado o Sistema Nacional de Previdência e Assis-


tência Social (Lei nº 6.439) integrando o Instituto Nacional de Previdência Social, o
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, a Fundação Legião
Brasileira de Assistência, a Empresa de Processamento de Dados da Previdência
Social e o Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social,
para unificar a assistência previdenciária (BRASIL, 1977).

Em 1988, o cenário de saúde brasileiro tem um marco importante no seu processo­


histórico, dando início à concepção do Sistema Único de Saúde (SUS). A Constitui-
ção Federal de 1988 definiu a saúde como:
[...] direito de todos e dever do Estado, garantida mediante políticas so-
ciais e econômicas que visam à redução do risco de doença e de outros
agravos e possibilitando o acesso universal e igualitário às ações e servi-
ços para promoção, proteção e recuperação. (BRASIL, 1988 p. 33-34)

O SUS foi resultado de uma política social e universal, que tem a Constituição
­Federal e as Leis nº 8.080 e nº 8.142, ambas do ano de 1990, como sua base
jurídica,­constitucional e infraconstitucional (BRASIL, 2007).

A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 – Lei Orgânica da Saúde –, aborda


em sua concepção acerca das condições para a promoção, proteção e recuperação
da saúde, organização e funcionamento dos serviços correspondentes, mostrando
de forma clara os objetivos do SUS, suas competências e atribuições, assim como as
funções nos âmbitos da União, dos Estados e dos Municípios (BRASIL, 1990).

Assim, já com a criação do SUS, em 1988, foi promulgada a Constituição Cidadã­–


Constituição Federal, que destacou no texto constitucional referência à pessoa idosa.
Nesse ano, de fato, foi a primeira vez que uma constituição brasileira garantiu ao
idoso o direito à vida e à cidadania com respaldo legal:
A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas
idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua
dignidade e bem-estar e garantindo-lhe o direito à vida. - § 1º Os progra-
mas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus
lares. - § 2º Aos maiores de 65 anos é garantida a gratuidade dos trans-
portes coletivos urbanos (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, art. 230, 1988)

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Porém, mesmo com esses avanços no campo de saúde, apenas no ano de 1994
foi instituída uma política nacional destinada para a pessoa idosa. Foi aprovada a Lei
nº 8.842/1994, que estabelece a Política Nacional do Idoso (PNI), posteriormente
regulamentada por meio do Decreto Nº 1.948/96.6, dando início ao Conselho Na-
cional do Idoso. Essa Lei visa garantir direitos sociais que corroborem para a promo-
ção da autonomia, a integração e a participação de maneira efetiva à pessoa idosa
na sociedade, de modo a desempenhar sua cidadania (BRASIL, 1997).

Assim, foi estabelecida a idade de 60 anos ou mais para um indivíduo ser conside-
rado idoso. Como elemento das estratégias e diretrizes dessa política, ganha ênfase a
descentralização de ações, estreitando laços com os Estados e municípios, em parce-
ria com entidades governamentais e não governamentais. A Lei aponta determinan-
tes aspectos, tais como: assegurar à pessoa idosa todos os direitos de cidadania, com
a família, a sociedade e o Estado como os responsáveis em garantir sua participação
no meio social, proteger sua dignidade, bem-estar e direito à vida (BRASIL, 1994).

Respaldado pela Lei, o idoso não deve sofrer discriminação de nenhuma natureza,
bem como deve ser o principal ator e o destinatário das mudanças indicadas por essa
política. E, por fim, é obrigação dos poderes públicos e da sociedade em geral a aplica-
ção dessa lei, ponderando as diferenças sociais e econômicas, bem como as regionais.

Em 1999, criou-se a Política Nacional da Saúde do Idoso, pela Portaria 1.395/1999


do Ministério da Saúde, que constitui as diretrizes basais que norteiam a definição
e redefinição de planos, programas, projetos e ações no campo de atenção integral
às pessoas em processo de envelhecimento e aos idosos. Destacam-se nas diretri-
zes: a busca pela promoção do envelhecimento ativo e saudável, preconização com
foco na prevenção de doenças, a manutenção da capacidade funcional, a assistência
às necessidades de saúde da pessoa idosa, a reabilitação da capacidade funcional
comprometida, a capacitação de recursos humanos, auxílio no desenvolvimento de
cuidados informais, e fomento para novas pesquisas e estudos, garantindo primor-
dialmente sua permanência no meio social desempenhando as atividades da maneira
mais autônoma possível (BRASIL, 1999).

Conheça a Política Nacional da Pessoa Idosa. Disponível em: https://bit.ly/2TxCvAz

No ano de 2003, entra em vigor a Lei nº 10.741, que aprova o Estatuto do Idoso,
que surge com a finalidade de regular os direitos assegurados aos idosos. O Estatuto
corrobora os princípios que orientaram as discussões sobre os direitos humanos da
pessoa idosa. Este documento aponta os direitos fundamentais do idoso relacionados
à vida, à liberdade, ao respeito e à dignidade, a alimentos, saúde, educação, cultura,
esporte e lazer, profissionalização do trabalho, previdência social, assistência social,
habitação e ao transporte. Ademais, discorre sobre medidas de proteção, política de
atendimento ao idoso, acesso à justiça e crimes (BRASIL, 2003).

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UNIDADE Princípios, Abordagens e Implicações do Envelhecimento Humano

Você conhece o Estatuto do Idoso? Leia o documento disponível em: https://bit.ly/3e3Efep

Outro documento que evidencia o avanço da legislação brasileira na defesa dos


­direitos da pessoa idosa é a Portaria nº 2.528, que trata da Política Nacional de
Saúde­da Pessoa Idosa (PNSPI), aprovada em 19 de outubro de 2006. A PNSPI obje-
tiva permitir um envelhecimento ativo e saudável, atenção integral à saúde da pessoa
idosa, provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da
pessoa idosa, estímulo à participação e fortalecimento do controle social, estímulo às
ações setoriais, visando a saúde de maneira integral (BRASIL, 2006).

Nesse mesmo ano, foi realizada a I Conferência Nacional dos Direitos da Pes-
soa Idosa, em Brasília, a qual visou garantir e ampliar os direitos da pessoa idosa e
construir a Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa (BRASIL, 2006).

Mesmo com direitos conquistados, o idoso pertence aos chamados grupos minori-
tários ou grupos vulneráveis (mulheres, indígenas, imigrantes, crianças e adolescentes,
idosos, população em situação de rua, pessoas com deficiência ou sofrimento mental
e comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros.

Junges (2007) conceitua vulnerabilidade como um conceito amplo, complexo e


multidimensional, o que inclui dimensões relacionadas ao funcionamento biológi-
co, pelo progressivo desequilíbrio das funções biológicas; psicológico, desponta pe-
las funções psíquicas do indivíduo e aportada pelos recursos emocionais e afetivos;
espiritual, focalizando-se em diferentes recursos simbólicos no enfrentamento de
d­esafios e dos limites impostos pela realidade; cultural, social e ambiental, produzi-
das pelo e­ ntorno sociocultural e agenciadas pelas condições de desigualdade social,
econômica­e política.

Maia (2011), por sua vez, aponta que vulnerabilidade se refere tanto a um grupo
de indivíduos incapazes de exercer sua liberdade de expressão por uma contingên-
cia física ou como consequências de sua trajetória de vida, como a grupos também
incapazes por consequências sociais ou políticas. Desse modo, assistir à pessoa vul-
nerável significa assegurar-lhe proteção de vida para além da proteção de sua inte-
gralidade moral, dignidade humana e autonomia.

Ao se pensar nos aspectos que envolvem o processo de envelhecimento, Teixeira


e Neri (2008) descrevem esse processo como sendo a teoria do declínio. Nesse con-
texto, o envelhecimento é caracterizado por uma lentidão que abarca diferentes do-
mínios do comportamento humano, sendo esse declínio uma redução da capacidade
de regeneração das células e do envelhecimento dos órgãos e sistemas fisiológicos.

O ato de envelhecer pode ser divido em duas fases: a primária se dá por um


processo individual, natural, gradativo e que se caracteriza por uma diminuição das
aptidões e capacidades no que tange os aspectos físicos e mentais. Na fase secun-
dária, esse processo é o “patológico”, cujas alterações físicas e/ou mentais ocor-
rem de forma imprevisível e as causas são diversas (determinadas por doenças ou

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lesões, fortemente relacionadas com alterações ambientais), sendo suas manifesta-
ções vivenciadas de forma distinta pelo ser humano.

Ao se estudar e atuar na saúde do idoso, diversos aspectos devem ser alvos de


estudos, enfatizando a atenção biopsicossocial e espiritual. Assim, tem-se a senes-
cência, caracterizado como o envelhecer em um processo progressivo de diminuição
de reserva funcional, e também a senilidade, que é compreendida como o desenvol-
vimento de uma condição patológica por estresse emocional, acidente ou doenças.
Ambos aspectos supracitados demandam atenção e exigem intervenções de profis-
sionais compostos por uma equipe multiprofissional.

Vale ressaltar que, segundo o Relatório Mundial sobre Envelhecimento e Saúde


(RMES) da Organização Mundial de Saúde (OMS), o perfil do idoso não deve ser
considerado único e padronizado, pois as diversidades e especificidades nas capaci-
dades e nas necessidades de saúde são singulares para cada idoso, tendo sua relação
fatos decorrentes das vivências do seu percurso vital. Embora existam diversas possi-
bilidades do acometimento dos problemas deletérios do processo de envelhecimento,
esses aspectos não implicam necessariamente em declínios obrigatórios das capaci-
dades que permeiam esses indivíduos.

Figura 5 – Atenção integral à saúde do idoso


Fonte: Getty Images

Para Irigaray, Schneider e Gomes (2011), a funcionalidade cognitiva da pessoa


idosa se interliga à sua saúde, aos aspectos sobre a qualidade de vida e ao bem-estar
mental, sendo considerada um pilar indispensável no processo do envelhecimento
ativo e longínquo. O processo de envelhecimento pode corroborar com alterações
que permeiam desde o nível mental, da personalidade do idoso, dos anseios e moti-
vações pessoais, da participação social, da autoestima, das aptidões físicas, ou seja,
o envelhecimento, do sistema psicológico, vai depender de fatores de ordem genética
e patológica (doenças e/ou lesões), de potencialidades individuais (processamento de
informação, memória, desempenho cognitivo, entre outras), com interferência do
meio ambiente e do contexto sociocultural.

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UNIDADE Princípios, Abordagens e Implicações do Envelhecimento Humano

BIOLÓGICO
(físico)

SOCIAL
PSICOLÓGICO (relacional)
(mental) (ambiental)

ESPIRITUAL
(fé)

Figura 6 – Aspectos biopsicossociais e espirituais

Com o avançar da vida, os indivíduos começam a repensar e ressignificar ­alguns


momentos dela, fazendo uma reflexão de tudo o que fizeram ou deixaram de ­fazer,
refletindo acerca de suas realizações e de seus significados. Vale ressaltar que esse
processo é vivenciado de maneira diferente, podendo desencadear sentimentos
­positivos e/ou surgir sentimentos negativos, levando o idoso a perdas significativas
no que tange aos aspectos psicológicos. A depressão é frequentemente diagnostica-
da nesse grupo populacional, sendo considerada algo que necessita de bastante aten-
ção, pois, embora todo ser humano em qualquer fase de sua vida pode experimentar
sintomas depressivos, na pessoa idosa a probabilidade de padecer desta doença é
ainda maior (ZIMERMAN, 2009).

Por isso, é fundamental que o idoso seja assistido por uma equipe multiprofissio-
nal zelando por cuidados específicos, além do elo com familiares, pessoas próximas
ou cuidadores, caso esse idoso seja pertencente a instituições de longa permanência,
pois, aliado a casos de depressão, pode-se encontrar a solidão como um fator que
tem em sua essência o desencadeamento de sentimentos negativos, o que corrobora
com a diminuição da qualidade de vida, agravando ainda mais os quadros de tristeza,
depressão e distúrbios mentais.

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Figura 7 – Idosos e atividade física
Fonte: Getty Images

Outro aspecto que merece um olhar específico é que, com o avanço da idade, os
idosos diminuem suas redes de relações sociais, o que corrobora com os aspectos
de solidão, depressão e isolamento social, gerando assim, agravos no processo de
envelhecimento.

Outros fatores que ganham destaque no processo de envelhecimento e nos as-


pectos que envolvem o cuidar por parte dos familiares é a viuvez e o divórcio, esses
fatos podem inserir o idoso no tocante da vulnerabilidade. A morte de um membro
familiar também pode acarretar prejuízos aos aspectos mentais e sociais, tendo re-
percussão negativa para a saúde, predispondo o idoso ao isolamento social, princi-
palmente entre as mulheres, por isso, a viuvez é considerada um estressor psicosso-
cial. É importante salientar que a maneira de reduzir as repercussões negativas da
solidão causadas pela viuvez e/ou divórcio é a oferta de uma rede de suporte social
estruturada, que estimule a participação coletiva, o aprendizado de novas capacida-
des e o alcance dos desejos pessoais.

O envelhecimento então ocorrerá em diversas dimensões (biológica, social, psico-


lógica, econômica, jurídica, política) e diversos fatores vivenciados nas fases anterio-
res do envelhecimento, como as experiências no seio familiar, na vida acadêmica, na
vida laboral, nos relacionamentos amorosos e nas redes sociais poderão ter ligação
com a qualidade de vida nesse momento do ciclo vital.

O Ministério da Saúde preconiza a atenção com a saúde da pessoa idosa, bem como aspec-
tos de prevenção e promoção à saúde integral a esse grupo populacional.
O site a seguir evidencia pontos importantes sobre o idoso nos pilares da saúde pública
nacional. Disponível em: https://bit.ly/3mC1vDj

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UNIDADE Princípios, Abordagens e Implicações do Envelhecimento Humano

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
A atenção multidisciplinar junto a idosos Institucionalizados
https://youtu.be/NYOiVAOTFeo
Saúde dos idosos: qualidade de vida não é uma questão de idade
https://youtu.be/rjEsW504ryA
Idosos na Sociedade (Documentário: O Lugar do Idoso na Sociedade)
https://youtu.be/s1mdB4gD0rw
Como Envelhecer?
https://youtu.be/zcj5DVTciIw

Leitura
O desenvolvimento de políticas públicas de atenção ao idoso no Brasil
https://bit.ly/37OYIlT
Ações multidisciplinares/interdisciplinares no cuidado ao idoso com Doença de Alzheimer
https://bit.ly/3mtKrzi

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Referências
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sobre a Política Nacional do Idoso, e dá outras providências. Diário Oficial da União,
Brasília, v. 3, 2003.

________. Gabinete do Ministro de Estado da Saúde (BR). Portaria No 1.395 de


9 de dezembro de 1999: aprova a Política Nacional de Saúde do Idoso e dá outras
providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 13 Dez 1999. Seção
I, n.237-E, p.20-4.

________. Lei n. 6.439, de 1º de setembro de 1977. Institui o Sistema Nacional


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Disponível em: <http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf>. Acesso
em: 11/08/2020.

________. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições


para a promoção, proteção e recuperação da Saúde, a organização e o funcio-
namento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 20 set. 1990a. Seção 1, p. 18055-18059

________. Ministério de Saúde. Portaria n. 2528/GM, de 19 de outubro de


2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa [Internet]. Brasília;
2006 [citado 2009 out. 19]. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saude-
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Sites Visitados
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ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000>. Acesso em: 11/08/2020.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Censo


­Demográfico 2010. Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em 11/08/2020.

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