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POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA

SOCIAL E A PESSOA IDOSA


P R I S C Y L L A C AVA L C A N T E
ASSISTENTE SOCIAL/ESPECIALISTA EM GERONTOLOGIA
O QUE É
ENVELHECIMENTO????
DINÂMICA
O QUE É ENVELHECIMENTO
HUMANO?

O envelhecimento humano é um fenômeno que pode


ser percebido não somente no Brasil mas, em todas
as partes do planeta. Porém, é importante
destacarmos que este envelhecimento se dá de
forma diferenciada entre a classe trabalhadora e
deve ser compreendido na totalidade do ser social.
No Brasil são consideradas Idosas, pessoas com
idade cronológica igual ou superior a 60 anos
O QUE É ENVELHECIMENTO
HUMANO?

O envelhecimento como um fenômeno


multidimensional, complexo, heterogêneo, mas
com possibilidades de homogeneizações pelas
condições comuns de vida e trabalho
( TEIXEIRA, 2019).
O QUE É ENVELHECIMENTO
HUMANO?

O envelhecimento pode ser entendido como um


processo dinâmico e progressivo, caracterizado
tanto por alterações morfológicas, funcionais e
bioquímicas, quanto por modificações psicológicas
(CARVALHO FILHO e PAPALÉO NETTO, 2006).
O QUE É ENVELHECIMENTO
HUMANO?
Mesmo que ocorra de forma díspar em diferentes
países, aumento progressivo da expectativa de vida
do/a idoso/a, não pode ser relacionado exclusivamente
a uma melhora nas condições da qualidade de vida.
Esse aumento se deve, também, a mudança
epidemiológica das doenças que antes eram de
infecciosas e hoje a transição é de doenças crônicas.
Um avanço significativo que podemos considerar está
relacionado as condições de higiene: saneamento
básico.
O QUE É ENVELHECIMENTO
HUMANO?

Neste Sentido, Kalache (1987, p.2)


argumenta que
Até a Segunda Guerra Mundial, o impacto médico-tecnológico, na redução da
mortalidade, estava limitado a um mínimo. Foi só a partir daí que se tornou
possível prevenir e tratar diversas enfermidades, cujo desfecho, anteriormente,
era, frequentemente, fatal: tuberculose, poliomielite, sarampo, gastroenterites e
pneumopatias na infância entre muitas outras. No entanto, muito antes disso, a
expectativa de vida na Europa, como exemplo, já havia alcançado valores tão
altos como os do Brasil de agora. Isso se deveu a uma melhoria das condições de
vida para as populações daquele continente como um todo: melhor nutrição,
condições habitacionais, saneamento, etc. Atualmente, mesmo que as condições de
vida, sob o ponto de vista socioeconômico, não tenham melhorado,
significativamente, para uma parcela apreciável da população dos países
subdesenvolvidos, as taxas de mortalidade vêm experimentando substanciais
diminuições.
O QUE É ENVELHECIMENTO
HUMANO?

Sobre as condições existentes no Brasil:


O Brasil, com um duplo encargo na área da saúde: por um lado a
importância crescente de doenças crônicas entre as causas de mortalidade
(desde o início da década de 60 que as doenças cardiovasculares passaram a
ser o primeiro grupo entre as causas de mortes no Brasil, seguido,
atualmente, por neoplasias). Por outro lado, as marcas do
subdesenvolvimento permanecem presentes, sobretudo, em termos de
morbidade por doenças infecciosas e parasitárias ou pela importância que a
subnutrição continua ocupando entre nós (KALACHE, 1987, p.2).
O QUE É ENVELHECIMENTO HUMANO?

No Brasil, é tardia a discussão ligada ao protagonismo


da população idosa, bem como seus direitos.

Começamos a tratar do assunto apenas nas duas últimas décadas, de um lado por
causa do aumento do número da população idosa no país que tornou irreversível a
sua presença em todos os âmbitos da sociedade. De outro, essa visibilidade não é
uma inércia decorrente do aumento numérico. Ela se deve, principalmente, ao
protagonismo dos movimentos realizados pela própria população idosa ou por
instituições aliadas, seja em associações de aposentados, nos conselhos específicos e
em movimentos políticos, sociais e de direitos. Essas ações repercutiram tanto na
promulgação da Política Nacional do Idoso em 1994 como no Estatuto do Idoso em
2003. Em ambos os documentos estão declarados que os maus-tratos contra esse
grupo de brasileiros constituem violações de seus direitos (MINAYO, 2014, p. 37).
O QUE É ENVELHECIMENTO
HUMANO?
• DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS
HUMANOS:

Foi assinada em 10 de dezembro de 1948 e pauta-se pelos


princípios maiores de direito à VIDA, à DIGNIDADE e à
PROTEÇÃO da pessoa: Direito à Vida; Direito à Liberdade;
Direito à Segurança Pessoal; Direito à Liberdade de
Pensamento e de Expressão; Direito à Remuneração justa, que
assegure uma existência compatível com a Dignidade
Humana; Direito à Proteção Social; Direito à Saúde, à
Educação, ao Alimento, à Habitação e ao Lazer; Direito à
Proteção no desemprego, na doença, na velhice, na viuvez.
O QUE É ENVELHECIMENTO
HUMANO?
O Estatuto do idoso, criado em 2003, é um grande avanço e
constitui um marco legal para a proteção da pessoa idosa
pois consolida os direitos deste seguimento da população.
relacionados à: direito à vida; do direito à liberdade, ao
respeito e à dignidade; dos alimentos; do direito à saúde; da
educação, cultura, esporte e lazer; da profissionalização e do
trabalho; da previdência social; da assistência social; da
habitação; do transporte; das medidas de proteção; das
medidas especificas de proteção [...]
O QUE É ENVELHECIMENTO
HUMANO?

[...] da política de atendimento ao idoso; das entidades de


atendimento ao idoso; da fiscalização das entidades de
atendimento; das infrações administrativas; da apuração
administrativa de infração às normas de proteção ao idoso;
da apuração judicial de irregularidades em entidade de
atendimento; do acesso à justiça; do ministério público; da
proteção judicial dos interesses difusos, coletivos e
individuais indisponíveis ou homogêneos; dos crimes; dos
crimes em espécie.
VIOLÊNCIA CONTRA A
PESSOA IDOSA
VIOLÊNCIA CONTRA A
PESSOA IDOSA
A violência está enraizada na sociedade e muitas vezes é
naturalizada. Porém argumentamos que não é natural
cometer qualquer ato que viole a integridade física,
emocional e moral de um ser humano.

“Violência” é um conceito referente aos processos, às relações sociais


interpessoais, de grupos, de classes, de gênero, ou objetivadas em instituições,
quando empregam diferentes formas, métodos e meios de aniquilamento de
outrem, ou de sua coação direta ou indireta, causando-lhes danos físicos,
mentais e morais. (MYNAIO, 2003, pág. 785)
VIOLÊNCIA CONTRA A
PESSOA IDOSA

O conceito de Violência contra a Pessoa Idosa que consta no


Manual de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa

São ações ou omissões cometidas uma vez ou muitas vezes, prejudicando a


integridade física e emocional da pessoa idosa, impedindo o desempenho de seu
papel social. A violência acontece como uma quebra de expectativa positiva por
parte das pessoas que a cercam, sobretudo dos filhos, dos cônjuges, dos parentes,
dos cuidadores, da comunidade e da sociedade em geral (BRASIL, 2014, pág.38).
VIOLÊNCIA CONTRA A
PESSOA IDOSA
As formas de abuso ou violência para Minayo (2005, pág.15)
são:
• Abuso físico, maus tratos físicos ou violência física – são expressões que se
referem ao uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não
desejam, para feri-los, provocar-lhes dor, incapacidade ou morte.
• Abuso psicológico, violência psicológica ou maus tratos psicológicos –
correspondem a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar os
idosos, humilhá-los, restringir sua liberdade ou isolá-los do convívio social.
• Abuso sexual, violência sexual – são termos que se referem ao ato ou jogo
sexual de caráter homo ou hetero- relacional, utilizando pessoas idosas. Esses
abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio
de aliciamento, violência física ou ameaças [...]
VIOLÊNCIA CONTRA A
PESSOA IDOSA
• Abandono - é uma forma de violência que se manifesta pela ausência ou
deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares
prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção.
• Negligência – refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e
necessários aos idosos, por parte dos responsáveis familiares ou institucionais.
A negligência é uma das formas de violência contra os idosos mais presente no
país. Ela se manifesta, frequentemente, associada a outros abusos que geram
lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para as que se
encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade.
• Abuso financeiro e econômico - consiste na exploração imprópria ou ilegal dos
idosos ou ao uso não consentido por eles de seus recursos financeiros e
patrimoniais. Esse tipo de violência ocorre, sobretudo, no âmbito familiar.
• Auto-negligência - diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua
própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si
mesma.
VIOLÊNCIA CONTRA A
PESSOA IDOSA
A compreensão de enfrentamento é algo que deve ser
compreendido como algo que permeia a sociedade com lutas,
com a divulgação das políticas, a fiscalização por partes dos
órgãos de proteção. É desafiador para o assistente social,
compreender para além da violência praticada que é
expressão da questão social.

O Serviço Social é requisitado para intervir nas tensões oriundas da relação


entre capital e trabalho, e tem como objeto de intervenção a “questão
social”. Dessa forma, situações de pobreza, conflitos e violências envolvendo
os velhos da classe trabalhadora apresentam-se como expressivas demandas
à intervenção profissional que, despidas de mediações, aparecem como um
fim em si mesmas (ARRUDA e PAIVA, 2014, pág. 11).
INTERVALO
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL E A PESSOA IDOSA
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

• Contexto Histórico anterior a CF 88;

• O marco regulatório dos direitos sociais é a


Constituição Cidadã de 1988;

• O Tripé da Seguridade Social : Assistência Social,


Saúde e Previdência Social;
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Título VIII
Da Ordem Social
Capítulo II
Da Seguridade Social
Seção IV
Da Assistência Social

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,


independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a
promoção de sua integração à vida comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Com a Constituição vigente, promulgada em 1988, a


Assistência Social também ganhou nova
institucionalidade, que a fez pautar-se pelo paradigma
da cidadania ampliada e a funcionar como política
pública concretizadora de direitos sociais básicos
particularmente de crianças, idosos, portadores de
deficiência, famílias e pessoas social e economicamente
vulneráveis (PEREIRA, 2002).
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

A história da criação da Política da Assistência


Social está relacionada a Constituição Federal/1988
e se torna uma política com a criação da Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), em 1993,
que rege o direito a cidadania e garante o
atendimento as necessidades básicas dos
seguimentos populacionais fragilizados pela
exclusão social
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS),Lei nº 8742, de 7


de dezembro de 1993, conferiu as características que a
fizeram a Assistência Social distanciar-se de práticas
“assistencialistas” com que sempre foi identificada. Isso quer
dizer que a partir da Constituição de 1988 e da LOAS,
estabeleceu-se, a partir plano legal, a diferença marcante
entre a Política Pública de Assistência Social e
“assistencialismo” vulgar praticado indiscriminadamente
como um desvio ou doença da Assistência (PEREIRA, 2002).
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Em 2003, houve a implantação do Sistema Único de


Assistência Social (SUAS), um sistema articulador e
provedor de ações divididas em diferentes níveis de
complexidade: proteção social básica e especial.
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Em 2004, com a aprovação da política nacional de


assistência social (PNAS), fica estabelecido os
princípios e diretrizes para a implementação do
SUAS. Este processo é resultado de amplos debates
realizados no país.
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

A proteção social é divida em proteção social básica e


proteção social especial.

A Proteção Social Básica é desenvolvida no CRAS (Centro


de Referencia da Assistência Socia) como sendo uma
unidade pública do estado, de âmbito municipal, com o
objetivo de apoiar as famílias e desenvolver ações
preventivas, na busca ativa de famílias em situação de
pobreza e vulnerabilidade social (Benefício do Programa
Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada).
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Outra proteção social básica desenvolvida pela política de


Assistência Social que indiretamente beneficia os idosos é o
Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), realizado
nos Municípios, em unidades locais de Assistência Social,
denominadas Casa das Famílias, com vistas ao acolhimento,
convivência, socialização e estímulo à participação social das
família e seus membros. (PEREIRA, 2002).
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Benefício de Prestação Continuada: trata-se de benefício não


contributivo, isto é, que não requer contribuição de seus
destinatários, previsto na Constituição Federal vigente,
regulamentado pela LOAS e endossado, com alterações, pelo
Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003).
Nessa alteração, consta que, aos idosos, a partir de 65 anos - e
não de 67 como prevê a LOAS - que não possuam meios para
prover sua subsistência e nem de tê-la provida por sua
família, é assegurada um provento mensal de 1 (um) salário
mínimo (art.33).
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

A Proteção Social Especial composta pela média e alta


complexidade é desenvolvida no CREAS (Centro de
Referência Especializados de Assistência Social ) de
âmbito municipal e regional, com o objetivo de
acompanhamento especializado por equipe
multiprofissional por famílias e indivíduos por violação
de direitos decorrentes de abandono, abuso físico e
outros.
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Proteção social básica e especial à pessoa idosa:

constitui apoio financeiro federal a serviços, programas e projetos executados por


governos de Estados, Municípios e Distrito Federal, bem como por entidades
sociais, tendo em vista o atendimento de pessoas idosas pobres, a partir dos 60 anos
de idade. Seu objetivo é contribuir para a promoção da autonomia, integração e
participação do idoso na sociedade e fortalecer seus vínculos familiares. Para fazer
jus a esse apoio financeiro, os Municípios terão de comprovar: implantação de
Conselho e Fundo de Assistência Social, bem como a existência de Plano
devidamente aprovado pelo Conselho; alocação de recursos do tesouro municipal
nos seu respectivo Fundo de Assistência Social; implantação de um Centro de
Referência da Assistência Social (Casa das Famílias); solicitação à Secretaria
Estadual de Assistência Social, por meio de ofício, de inclusão do Município no
critério de partilha do Serviço de Ação Continuada (SAC), informando o número
de beneficiários por modalidade de atendimento; e co-financiamento da atividade
(PEREIRA, 2002).
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Quem são os beneficiários do Serviço de Convivência e


Fortalecimento de Vínculos-SCFV para á Pessoa Idosa (o)?

• Os idosos (as) com 60 anos ou mais;


• Pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada-BPC;
• Os idosos que tenham famílias beneficiarias de Programas de
Transferência de Renda;
• Os idosos que estão em vivência de isolamento devido à ausência
do acesso aos serviços e oportunidades dos convívios familiares e
comunitários.
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Quais os critérios para acessar o SCFV?


• Precisa estar cadastrado no Cadastro Único para
Programas Sociais (CádÚnico)
• No Sistema de Informações do Serviço de Convivência e
Fortalecimento de Vínculos (SISC)

Onde são ofertados os serviços socioassistenciais do SCFV?


• Os idosos (as) devem procurar o CRAS dos respectivos
territórios de abrangência.
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Quais são as atividades planejadas no SCFV para á Pessoa


Idosa?

• Esporte, lazer, arte, cultura, estudos, reflexões, debates,


visitas a equipamentos institucionais públicos ou privados
do território ou fora dele, ações nas comunidades, também
são ofertadas palestras e confraternizações eventuais.
• As atividades elaboradas para o segmento velho devem
estar pautadas de acordo com as faixas etárias;
• E devem ser consideradas as limitações de cada um desses
segmentos.
PARA REFLETIR...

A grande maioria dos trabalhadores idosos, no Brasil, vive


de mínimos sociais (64,9% dos benefícios pagos por mês na
previdência social corresponde a um salário mínimo), sendo
alta a incidência de pobres e de indigentes; esses ainda estão
inseridos em atividades produtivas, mesmo que marginais,
depois de aposentados, principalmente entre os mais pobres;
chefiam suas famílias; têm baixo nível de escolaridade e
maior incidência de doenças e dificuldades funcionais
(TEIXEIRA, 2007, p.6)
PARA REFLETIR...

A configuração da problemática social do envelhecimento do


trabalhador, mesmo com a existência das políticas públicas,
pelo resgate de suas condições de vida, a partir de indicadores
sociais como: renda, trabalho, educação, situação familiar,
condições de saúde, aponta um perfil diferente se tomado o
grupo etário como um todo homogêneo e definido apenas pelo
critério da idade. Abstraindo-se apenas as condições
socioeconômicas dos “possivelmente” pertencentes às classes
subalternas, esse perfil se altera, constituindo duas classes de
idosos.
PARA REFLETIR...

Uma delas dos trabalhadores idosos, que mesmo


aposentados (87,0% entre os idosos do sexo masculino, e
78,0% entre idosas mulheres são cobertos pela
aposentadoria e assistência social), ainda estão com suas
famílias, ou as famílias nucleares com filhos, ou as famílias
extensas, em estado de pobreza (18,3% e 23,2%
respectivamente), somadas às que estão em estado de
indigência (9,3% e 12,6% respectivamente), encontramos
graus de desigualdades extremas que se reproduzem na
velhice dos trabalhadores que tiveram piores condições de
vida e trabalho ao longo do ciclo da vida. ( TEIXEIRA, 2007,
p. 6)
E-MAIL:
PRISCYLLACAVALCANTEE@HOTMAIL.COM

TELEFONE:
81 998383860
REFERÊNCIAS
ARRUDA, Fernanda Tavares; PAIVA, Sálvea de Oliveira Campelo e. A velhice vítima de negligência: omissão do Estado e
rebatimentos ao Serviço Social. Acesso em 29 dez. 2016. Disponível em:
http://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/viewFile/21197/15494 > .

BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Ministério da Justiça e Cidadania. Dados do Disque 100
mostram que mais de 80% dos casos de violência contra idosos acontece dentro de casa. Acesso em 29 dez. 2016
Disponível em : http://www.sdh.gov.br/noticias/2016/junho/dados-do-disque-100-mostram-que-mais-de-80-dos-casos-de-violencia-
contra-idosos-acontece-dentro-de-casa

BRASIL. Lei nº 10.741, de 1 de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso, e dá outras providências. Diário Oficial [da
República Federativa do Brasil], Brasília, DF, 3 out. 2003. Acesso em 29 dez. 2016. Disponível em
:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm

BRASIL. POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Secretaria
Nacional de Assistência Social. 2004. Disponível em: https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/
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BRASIL. Ministério do Estado da Saúde. Política de Saúde do Idoso. Portaria n. 1395/GM, de 10 de dez de 1999. > Acesso em 29
dez.2016. Disponível em :<http://www.ufrgs.br/3idade/?page_id=117
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Violência contra idosos: O avesso do respeito à experiência e à sabedoria. Texto
de Maria

Cecília De Souza Minayo. Disponível em: < http://www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz.br/biblioteca/_livros/18.pdf> Acesso em: 29 dez. 2016.

BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Manual de enfrentamento à violência contra a pessoa idosa. Texto de Maria
Cecília de Souza Minayo. — Brasília, DF: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, 2014. Acesso em: 29 dez. 2016.
Disponível em: <http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-idosa/publicacoes/violencia-contra-a-pessoa-idosa>.

CARVALHO, Alexsandra Maria S. C. & CAMPOS, Marília Siqueira. Violência contra idoso: dilema social e grave problema de saúde pública. IN
PAIVA, Sálvea de Oliveira Campelo (Org.). Escola do Estatuto: livro de apoio. Recife: EDUPE, 2010. Cap.9, p.121 - 135 .

KALACHE, Alexandre. Envelhecimento populacional no Brasil: uma realidade nova. Cad. Saúde Pública vol.3 n.3, Rio de Janeiro ,jul/set. 1987. Acesso
em: 29 dez. 2016. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1987000300001

PEREIRA, P. A. P. Política de assistência social para a pessoa idosa. DISPONÍVEL EM :<


http://www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz.br/biblioteca/_eixos/4.pdf>

TEIXEIRA. S. M . As condições de vida dos velhos trabalhadores aposentados no brasil. DISPONÍVEL EM :<
http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinppIII/html/Trabalhos/EixoTematicoD/049ff0a4836f644bfd89SOLANGE%20MARIA_TEIXEIRA.pdf>

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