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OPTOMETRIA GERIÁTRICA

Prof. Paulo Fávaro


Introdução
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial

Segundo dados do Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde, da Organização


Mundial de Saúde (OMS), pela primeira vez, a maioria das pessoas poderá esperar viver
até mais 70 anos

É um feito certo em nossas vidas e deve ser encarado sem medo nem receio, com
objetivo de manter a qualidade de vida e a saúde

Uma maneira de ajudar a conquistar este objetivo é o conhecimento teórico e prático de


como se desenvolvem os processos fisiológicos e patológicos.
Introdução

As atividades cotidianas, sobe níveis diferentes de luminosidade. Os


idosos serão sem dúvida o maior grupo de cegos e deficientes visuais
nos próximos anos, pois com o envelhecimento, o sistema visual passa
por inúmeras modificações, a saber
Redução da acuidade visual e do campo visual, diminuição da
sensibilidade ao contraste, alterações na absorção de luz e na
percepção de profundidade, chamada estereopsia
E além das alterações próprias do envelhecimento, as patologias
oculares como catarata, glaucoma, degeneração macular são muito
comuns nos idosos
A visão funcional pode ser definida como a capacidade de enxergar com
clareza e nitidez durante
Introdução
As principais funções visuais são: acuidade visual,
sensibilidade ao contraste e percepção de profundidade.

É de extrema importância detectar as condições visuais


da população idosa, avaliando suas funções visuais e o
quanto estas prejudicam e/ou influenciam na
funcionalidade e na qualidade de vida dos idosos,

A fim de intervir e melhorar a saúde ocular e a autonomia


e independência dos mesmos.
Breve histórico da
geriatria e gerontologia
O processo de envelhecimento sempre foi motivo de inquietação
desde os primórdios da civilização. O estudo sistematizado teve
início com Elie Metchnikoff, em 1903, que defendeu a criação de
uma nova área da ciência, a Gerontologia (Gero: velhice; logia:
estudo)
Na América do Norte, no início do século XX, Ignatz Leo Nascher,
médico generalista, dedicou-se ao estudo clínico da velhice, tendo
sido responsável pela criação da Geriatria como especialidade
médica.
Em 1914 publica o livro Geriatrics: the diseases of old age and their
treatment, including physiological old age, estabelecendo as bases da
abordagem clínica do idoso, sendo considerado o Pai da Geriatria.
Breve histórico da geriatria e gerontologia

Marjory Warren (1897 a 1960), médica inglesa, estabeleceu


os princípios básicos da intervenção gerontológica na sua
enfermaria para idosos, que se tornou a “meca” da Geriatria
(1935), onde defendia a importância da avaliação
multidimensional e interdisciplinar do idoso, demonstrando
os benefícios da reabilitação.
O estudo sistematizado do processo de envelhecimento é
fundamental para desmitificá-lo, evitando-se assim
condutas e comportamentos inadequados e iatrogênicos.
Diagnósticos como senilidade são demonstrações claras da
indiferença que os profissionais da área de saúde,
particularmente os médicos, tem em relação à abordagem
da comorbidades presentes nos idosos frágeis.
Geriatria e gerontologia
A geriatria e uma área que estuda a prevenção, o diagnóstico
e o tratamento precoce e os cuidados paliativos da saúde dos
idosos, com o objetivo de preservar sua saúde, funcionalidade
e independência
A gerontologia é o estudo do envelhecimento do ser humano.
Engloba a geriatria e se relaciona com as diversas ciências que
estudam os idosos e o processo de envelhecimento
O principal objetivo da intervenção da geriatria e
gerontologia é a preservação ou recuperação da qualidade de
vida. Autonomia de decisão e independência funcional são
variáveis fundamentais na capacidade de desempenhar os
papéis sociais.
Geriatria e gerontologia

A busca da felicidade, que é o principal objetivo da vida,


depende de outra variável difícil de ser conceituada.
Trata-se, talvez, do amadurecimento psíquico, que
depende do autoconhecimento, única forma de
atingirmos a verdadeira sabedoria na velhice. Qualidade
de vida, portanto, resulta da interação destas três
variáveis: autonomia, independência e sabedoria
Infelizmente, a minoria das pessoas atinge a velhice na
sua plenitude, usufruindo dos ganhos advindos do
passar dos anos.
Idoso
O conceito de idoso é variável. Cronologicamente, idoso é todo
indivíduo com 65 anos ou mais, nos países desenvolvidos, ou 60
anos ou mais, nos países em desenvolvimento, como o Brasil,
segundo a Organização Mundial da Saúde.
A idade cronológica não tem nenhuma consequência individual. É
fundamental para o planejamento das ações de saúde à nível
coletivo.
Deve ser diferenciada da idade biológica (órgãos e sistemas
fisiológicos principais), funcional (autonomia e independência) e
psíquica (grau de amadurecimento), que, por sua vez, são
extremamente variáveis e, por vezes, independem da idade
cronológica. Representam conquistas individuais e, portanto,
difíceis de serem mensuradas coletivamente.
Idoso
O Brasil está envelhecendo rapidamente.
De um país predominantemente jovem que, em 1940, tinha
42% de sua população com idade inferior a 15 anos
Um processo de envelhecimento, com a faixa etária jovem
declinando para 30,3% em 1999, e projetando-se para o ano
de 2020 uma proporção de apenas 24,3%.
Em contrapartida, a população de 60 anos ou mais passa de
4%, em 1940, para 8,6% em 2000, projetando-se para o ano
de 2020, uma proporção de 12%, correspondendo a uma
população superior a 25 milhões.
E mesmo dentro da população idosa existe grande
heterogeneidade. O grupo etário que mais cresce é aquele
constituído por idosos “muito idosos” (80 anos ou mais),
considerado mais frágil e com maior risco de comorbidades e
incapacidades.
Idoso
A expectativa de vida do brasileiro elevou-se de 34 anos, em
1900, para 68,6 anos, em 2000, e de 72 anos, em 2020. Nas
regiões mais ricas, a expectativa de vida é semelhante àquela
observada em países mais desenvolvidos.
Expectativa de vida no Brasil:
 1900 34 anos - 1950 43,3 anos - 2000 68,6 anos - 2020 74
anos
A transição demográfica no Brasil vem ocorrendo de forma
acelerada (60-70 anos). Nos países desenvolvidos, a mudança
da pirâmide etária foi mais lenta (200 anos) e paralela ao seu
enriquecimento.
Desta forma, o Brasil envelheceu, mas não enriqueceu,
impossibilitando o planejamento e a implantação de políticas
públicas específicas para a população idosa emergente.
Idoso
As consequências do envelhecimento da população brasileira são
inúmeras:
Socioculturais: marginalização social do idoso, insuficiência familiar e
institucionalização, discriminação, violência contra o idoso;
Econômicas: aposentadoria (reforma previdenciária), mercado de
consumo emergente (grupos de terceira idade, turismo, lazer);
Transição Epidemiológica: Mudança no perfil epidemiológico de
morbimortalidade da população.
As doenças infectocontagiosas predominam na população jovem e seu
controle depende, basicamente, da melhoria das condições sanitárias,
sendo, portanto, menos onerosas.
No idoso, predominam as doenças crônico-degenerativas (doenças
cardiovasculares, câncer), mais difíceis de serem prevenidas e
controladas, exigindo maiores investimentos.
Aspectos biológicos do envelhecimento
Conceito e Classificação

O envelhecimento representa a consequência ou os efeitos da


passagem do tempo

Estes efeitos podem ser positivos ou negativos e são


observados nas diversas dimensões do indivíduo: organismo
(envelhecimento biológico) e psiquismo (envelhecimento
psíquico)

Todas as dimensões são igualmente importantes, na medida


em que são coadjuvantes para a manutenção da autonomia e
independência.
Envelhecimento biológico

Todas as pessoas, animais e plantas passam por


transformações com o passar dos anos
Essas modificações podem ser consideradas como uma
involução morfológica e funcional que afeta a maioria dos
órgãos e leva a um gradual declínio no desempenho dos
indivíduos, culminando com a morte.
O termo envelhecimento é utilizado para indicar tais
transformações.
O envelhecimento biológico é inexorável, dinâmico e
irreversível, caracterizando- e pela maior
vulnerabilidade às agressões do meio interno e externo e,
portanto, maior susceptibilidade nos níveis celular,
tecidual e órgãos/aparelhos/sistemas.
Envelhecimento biológico
Entretanto, não significa adoecer. Senilidade não é
diagnóstico. Em condições basais, o idoso funciona tão bem
quanto o jovem.
A diferença manifesta-se nas situações em que se torna
necessário a utilização das reservas homeostáticas, que, no
idoso, são mais frágeis.
Além disso, cada órgão ou sistema envelhece de forma
diferenciada. A variabilidade é, portanto, cada vez maior na
medida em que envelhecemos.
O envelhecimento biológico pode ser fisiológico (senescência)
ou patológico (senilidade). Seus principais determinantes são:
hereditariedade e estilo de vida (fatores ambientais).
Envelhecimento biológico

A hereditariedade é responsável por cerca de


30% a 50% da qualidade do envelhecimento
dependendo de cada órgão e/ou sistema.
A história familiar poderá ser rica em doenças
com caráter herdo-familiar, como as doenças
cardiovasculares, diabetes mellitus, câncer,
depressão, doença de Alzheimer, etc,
A qualidade do envelhecimento dependerá de
um esforço maior na incorporação de hábitos de
vida mais saudáveis
Se a herança é favorável, o estilo de vida saudável
otimizará mais ainda a qualidade do
envelhecimento.
Senilidade e Senescência
Senescência:

é um fenômeno fisiológico e universal.


Arbitrariamente identificada pela idade cronológica,
pode ser considerada um envelhecimento sadio, normal,
uma fase da vida de um indivíduo, em que o declínio
físico e mental é lento e compensado de certa forma pelo
organismo;
geralmente inicia-se depois dos 65 anos de idade e não é
manifestação doentia; na senescência não ocorrem
distúrbios de condutas, amnésias, perda do controle de si
mesmo; em outras palavras, é o velho sadio.
Senilidade e Senescência
Senilidade:
Significa a presença de doenças crônicas ou outras
alterações biológicas ou psicológicas que podem acometer e
modificar a saúde dos idosos.
Caracteriza-se pelo declínio físico associado à
desorganização mental pela qual o idoso perde a capacidade
de memorizar, prestar atenção, não consegue mais se
orientar, falar com nexo.
A senilidade não é exclusiva da idade avançada, mas pode
ocorrer prematuramente, pois se identifica com uma perda
considerável do funcionamento físico e cognitivo,
observável pelas alterações na coordenação motora, a alta
irritabilidade, além de uma considerável perda de memória.
Senilidade e Senescência
Em relação à saúde visual, a catarata é a mais frequente
cirurgia em pessoas com mais de 60 anos de idade.
A perda visual tira o paciente da senescência e o leva para a
senilidade, com limitações das suas atividades físicas, mentais
e de qualidade de vida.
A disponibilidade nos últimos anos de cirurgia com excelentes
resultados possibilita que 10 milhões de pessoas por ano em
todo mundo saiam da condição de senilidade para a de
senescência.
“Esse número, apesar de crescente e expressivo é insuficiente
segundo a OMS, que considera serem necessária 20 milhões de
cirurgia/ano para acabar com a baixa visual por catarata”.
(KARA-JOSÉ; BICAS; CARVALHO, 2009).
Existe uma relação epidemiologicamente demonstrada
entre doença e envelhecimento, entretanto, não quer
dizer que todas as doenças aumentam em função da
idade.
Há dois grupos: doenças que se relacionam com a
idade, as quais se associam com mais frequência com
determinada idade (osteoporose e fratura de fêmur,
doença de Parkinson, etc)
Envelhecimento e
e doenças que dependem da idade, as quais aumentam
doença sua incidência de forma exponencial à medida que a
idade aumenta (polimialgia reumática, arterite
temporal);
Há certas desordens associadas com mudanças
específicas que acompanham o processo de
envelhecimento, as quais o idoso é particularmente
vulnerável, como por exemplo, os transtornos motores
do esôfago, a catarata e a osteoartrite;
Envelhecimento e doença
Algumas complicações de doenças ocorrem somente décadas após o início de
determinadas patologias e, portanto, mais observadas no idoso, como as lesões de órgãos-
alvo na hipertensão arterial e no diabetes mellitus.
Portanto, o envelhecimento aumenta a vulnerabilidade do organismo às agressões do meio
interno e externo, predispondo às doenças.
Praticamente todo idoso apresenta uma ou mais doenças/disfunções. O paciente pode
conviver bem com suas doenças, sem que elas afetem a sua qualidade de vida.
Daí o conceito de saúde como algo mais amplo do que simplesmente a ausência de doenças
(OMS, 1947): “Saúde representa o mais completo estado de bem-estar físico, psíquico e social e
não meramente ausência de doença ou enfermidade.”
Envelhecimento e doença
A Classificação Internacional de Limitação, Incapacidade e Deficiência (ICIDH), revista em 2001, define
melhor os determinantes do estado de saúde dos indivíduos.

Os termos funcionalidade e incapacidade são claramente definidos, em contraposição com o CID


(Código Internacional de Doenças), que valoriza apenas um lado da questão:

o da doença ou a situação que causou a sequela, mas não apresenta outros fatores como a capacidade
do indivíduo em se relacionar com seu ambiente de vida.

Funcionalidade: É um termo que abrange todas as funções do corpo, atividades e participação.

Incapacidade: É um termo que abrange deficiências, limitação de atividades ou restrição na


participação.
CIF
O Código Internacional de Classificação da Funcionalidade é um sistema que
organiza e padroniza as informações sobre a funcionalidade das pessoas com
deficiência, segundo uma nova abordagem, a da sua capacidade efetiva

Neste novo sistema de classificação do bem estar relacionado à saúde, é definido os


seguintes componentes:
• Componentes da funcionalidade e incapacidade
• Componentes dos fatores contextuais
Componentes da
funcionalidade e incapacidade
Componentes do Corpo (Funções e Estruturas do Corpo): representados pelos diversos
órgãos/sistemas (sistema cardiovascular, respiratório, etc) e suas respectivas funções (circulação,
respiração, etc);
• Atividades e Participação: representados pelas grandes funções do indivíduo (cognição/humor,
mobilidade, comunicação), principais determinantes da sua qualidade de vida, independência nas
atividades de vida diárias básicas e instrumentais, integração e participação familiar, comunitária e
social, de forma contextualizada e socialmente apropriada, acesso à educação, trabalho e lazer.
Componentes dos Fatores Contextuais:
• Fatores ambientais (do ambiente imediato ao indivíduo para o geral);
• Fatores pessoais: não são incluídos na CIF, mas considerados de fundamental importância na
determinação da qualidade de vida dos idosos (envelhecimento psíquico).
Peculiaridades do
processo de envelhecimento
As alterações fisiológicas do envelhecimento fazem com que haja uma diminuição da capacidade do
organismo de reagir satisfatoriamente às doenças e às situações em que ocorre aumento da
demanda do organismo.
Isso torna o paciente idoso menos capaz de manter a homeostase levando a ocorrência de múltiplas
patologias e ao aparecimento de sintomatologia atípica das doenças.
O envelhecimento e declínio da função dos órgãos ocorrem em tempos diferentes em um mesmo
indivíduo e muito variável nos diferentes indivíduos, ou seja, cada indivíduo apresentará declínio
funcional de seus órgãos em períodos diferentes e com sequência diferentes de perda funcional
(coração prévio ao pulmão seguido dos rins).
A tendência do ritmo de declínio é linear, com perda da função de aproximadamente 1% a cada ano
após os 30 anos.
O envelhecimento e suas limitações
O fenômeno do envelhecimento populacional, originalmente considerado apenas nos
países desenvolvidos, está caminhando a passos largos nos países em
desenvolvimento. Isso deve-se ao aumento da expectativa de vida, ao declínio da
taxa de natalidade e à redução da mortalidade prematura, principalmente por causa
das melhores condições gerais de vida após a Revolução Industrial
Em termos globais está transformando diversos aspectos da sociedade e muito do
sucesso da longevidade deve-se à tecnologia médica mais eficiente, novas vacinas,
novas drogas, novas técnicas cirúrgicas, melhor compreensão e prevenção de
aspectos do envelhecimento
O envelhecimento e suas limitações
O declínio do estado de saúde evidenciado no envelhecimento, traz consigo limitações que geralmente
são difíceis de ser aceitas por quem passa por esse processo e produz impacto social, econômico e
psicológico que não afetam só os idosos, mas suas famílias e a comunidade em que vivem.

A ONU prega a necessidade de promover uma abordagem positiva do envelhecimento e de superar os


estereótipos que estão associados ao idoso, através de recomendações, que abrangem três esferas
prioritárias:

a) pessoas idosas e desenvolvimento;

b) promover a saúde e o bem estar na velhice;

c) assegurar um ambiente propício e favorável.


Epidemiologia do
envelhecimento ocular
A população de idosos no mundo está aumentando em razão de vários fatores.
A mortalidade e a natalidade são os principais fenômenos demográficos
responsáveis da composição da população.
As mudanças nos padrões de natalidade reduzem a quantidade de nascimentos e
diminuem o número de indivíduos na base da pirâmide de população resultando no
crescimento de adultos e idosos.
A redução da mortalidade infantil possibilita que uma maior quantidade de
indivíduos chegue à idade adulta. A estabilização da mortalidade nas idades
intermediárias aumentou a expectativa de vida e o crescimento do número absoluto
de pessoas idosas
Epidemiologia doenvelhecimento ocular
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a
população idosa como aquela maior de 60 anos de
idade.
No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), em 200 se estimou que a
população de 60 anos ou mais era composta de
14.536.029 pessoas (8,6% da população) e que a
expectativa de vida era de 68,5 anos (64,8 para homens
e 72,6 para mulheres).
As estimativas para 2025 apontam que o Brasil terá a
sexta maior concentração de idosos do mundo (mais de
32 milhões, representando quase 13% da população
brasileira).
Epidemiologia do
envelhecimento ocular
A prevalência de enfermidades oculares aumenta com a idade.
Estima-se que a taxa global de cegueira e deficiência visual aumentará
marcadamente em consequência do prolongamento de vida da
população mundial e consequente aumento do número absoluto de
idosos.
A deficiência visual e a cegueira são consideradas pela OMS como
problemas de saúde pública em todo mundo.
As estimativas mais recentes da OMS apontam que no mundo existem
aproximadamente 37 milhões de cegos e 124 milhões de deficientes
visuais, a maior parte destes indivíduos tem mais de 50 anos e vivem nos
países em desenvolvimento.
O crescimento estimado da população anciã no Brasil implicará também
um aumento do número de cegos e deficientes visuais nos próximos
vinte anos.
Epidemiologia do envelhecimento ocular
A visão é um fator importante na qualidade de vida do idoso.
O impacto negativo causado pela deficiência visual é evidente dado que reduz a habilidade
para executar tarefas fundamentais para a vida independente como são a leitura, marcar
números de telefone, buscar um nome no guia, tomar um ônibus ou conduzir um automóvel.
Além disso, a deficiência visual no idoso pode incrementar o risco de quedas e
consequentemente, de fraturas e se associa a um maior risco de depressão.
Essas consequências da deficiência visual resultam na redução da produtividade e bem estar
e nos custos diretos e indiretos para a sociedade.
Informações sobre o estado visual dos idosos, a distribuição e as possíveis causas
relacionadas de cegueira e deficiência visual contribuem para a elaboração de programas de
detecção e tratamento precoce das principais enfermidades oculares e também da
distribuição dos recursos financeiros para a saúde ocular.
Prevalência de cegueira e deficiência visual no idoso

As estimativas de prevalência de cegueira e


deficiência visual nos idosos são realizadas
periodicamente pela OMS
Considerando principalmente dados de estudos
da população realizados com metodologia
rigorosa e critérios para os protocolos de exame
ocular, analise de dados e representatividade
As últimas avaliações estão disponíveis no site
da OMS.
Classificação moderna dos estudos epidemiológicos
em deficiência visual e cegueira
Cinco categorias de visão de acordo com a acuidade visual
• Visão normal ou próxima da normal: acuidade visual igual ou menor de 20/60
em ambos os olhos
• Deficiência visual: acuidade visual inferior a 20/60 em ambos os olhos a 20/200
no pior olho ou melhor ou igual a 20/200 no melhor olho.
• Cegueira unilateral moderada: acuidade visual inferior a 20/200 no pior olho e
melhor ou igual a 20/200 no melhor olho.
• Cegueira bilateral moderada: acuidade visual inferior a 20/200 no pior olho e
inferior a 20/200-20/400 no melhor olho.
• Cegueira bilateral grave: acuidade visual inferior a 20/400 em ambos os olhos
O idoso e a visão
Para a OMS a definição de qualidade de vida é um conceito amplo, que incorpora, de
maneira complexa, a saúde física, o estado psicológico, o nível de independência, as
relações sociais da pessoa e os aspectos proeminentes do seu ambiente.
O viver mais está associado ao viver com maior qualidade. Se a visão comprometo a
autonomia da pessoa e consequentemente prejudica sua qualidade de vida.
O idoso que enxerga mal acresce à sua condição natural de envelhecimento
dificuldades nas tarefas diárias, como cozinhar, ler, assistir televisão, ir ao cinema,
tomar ônibus.
Muitos, que ainda trabalham, tem menor rendimento ou até mesmo deixam de
exercer suas atividades.
O idoso e a visão

Aumentam os riscos de queda, atropelamento, uso trocado de medicação,


resultando complicações importantes.

A baixa visão acarreta o isolamento e a depressão, afastando a pessoa do convívio


social, transformando-a de aliado em fardo diante das necessidades da família.

A visão pode ser afetada em diferentes aspectos como percepção de cores, campo
visual, visão noturna, visão de perto e de longe.
O idoso e a visão
As principais etiologias são catarata, glaucoma e
degeneração macular relacionada à idade e, principalmente,
falta de correção óptica.

Podemos dizer que praticamente 100% dos idosos têm


problemas visuais.

Portanto, as avaliações optométricas de rotina, a correção


dos erros de refração e os tratamentos oftalmológicos,
melhoram a qualidade de vida da maioria dos idosos.
A visão
A presbiopia é caracterizada pela redução da capacidade de acomodação em
decorrência do enrijecimento do núcleo do cristalino e atrofia do músculo ciliar, com
dificuldade visual para perto.

Este processo inicia-se aos 40 anos, com o máximo aos 60 anos, quando a acomodação
é mínima ou ausente.

Em decorrência do envelhecimento fisiológico identificam-se também redução do


campo visual periférico, da acuidade visual, da discriminação de cores e dificuldade de
adaptação a estas e às mudanças de luminosidade, com limitação funcional em relação
ao ambiente.
Principais alterações no idoso

Aumento da pressão intraocular: embora


ocorra uma diminuição da produção de
humor aquoso com o envelhecimento, Diminuição da produção de lágrima
ocorre uma resistência a passagem do seu
fluxo da câmara anterior.

Arco senil: depósito de lípides na periferia


Espessamento de epitélio corneano da córnea. Está presente em todos os
idosos com mais de 80 anos.
Principais alterações no idoso
Espessamento do cristalino: resultado do crescimento
contínuo de suas fibras.

Liquefação do gel vítreo: formação de partículas de fibras


colágenas flutuando no vítreo

Opacificação do cristalino: esclerose do cristalino = catarata

Rigidez pupilar: miose pupilar


Alterações anatômicas e funcionais
mais prevalecentes no idoso
Anatômicas Funcionais
• Enoftalmia • Presbiopia
• Edema de pálpebra inferior (com ou sem • Catarata
hiperpigmentação) • Glaucoma
• Ptose • Rigidez Pupilar (miose senil)
• Entrópio (inversão da pálpebra e cílios) • Menor visão periférica e central,
• Ectrópio (eversão da pálpebra) • Menor visão espacial,
• Epífora (lacrimejamento excessivo) • Modificação da percepção de cores
• Halo senil • Degeneração macular: dificuldade de
• Esclera mais amarelada individualizar e distinguir detalhes e cores,
• Pterígio perda da visão central;
• Conjuntiva mais fina e friável (“sensação de • Maior risco de descolamento de Retina
areia nos olhos”).
Geriatria e gerontologia
na saúde visual
O objetivo é expor conceitos referidos a geriatria e gerontologia
apresentando informações básicas e descrições simples sobre o
envelhecimento ocular, uniformizando a linguagem entre as
diferentes especialidades e aprofundando a discussão sobre a
relevância do envelhecimento
Vários estudos indicam o impacto e a interferência negativa na
redução da visão na qualidade de vida e o sustento da saúde mental
do idoso, favorecendo o isolamento pela perda do controle sobre o
ambiente que o rodeia e por medo de sair de casa
Uma das principais queixas na consulta optométrica do idoso está
relacionada com sua vontade de retomar a leitura e escrita,
afirmando sua importância na comunicação e integração
socioeconômica.
Geriatria e gerontologia
na saúde visual
Trabalhos publicados sobre assistência aos idosos mostram que a qualidade de vida
está intimamente relacionada com a conservação da autonomia e que a redução da
visão influencia no modo de vida do indivíduo, afetando principalmente a leitura e a
capacidade de comunicação e de dirigir, além do risco de quedas, fraturas etc.
A redução da capacidade visual dobra o risco de quedas, triplica o risco de depressão
e cresce entre quatro a oito vezes o risco de fratura de fêmur e isso favorece a
internação precoce em asilos, aumentando a sua dependência social.
Em relação a promoção da saúde ocular para o idoso é importante compreender
como ocorre o processo de senescência do olho e seus anexos.
São alterações morfológica, metabólicas e funcionais que gradualmente alteram a
aparência do individuo e seu potencial de visão.
Geriatria e gerontologia
na saúde visual
Sobre o sistema nervoso central, alguns estudos registram
uma perda contínua, mas não homogênea, de neurônios a
medida que avança a idade
A redução do número de neurônios no sistema nervoso
central, nos nervos e no encéfalo resulta em atrofia do
córtex, especialmente no lóbulo frontal; o encéfalo aos 90
anos diminui em média 10% do seu peso total
Também se apresenta um declínio na capacidade de
raciocínio e memorização que pode variar desde uma leve
perda de memória a uma demência
Estes motivos fazem com que os órgãos dos sentidos dos
idosos sejam menos capazes de detectar informações
sensoriais, o qual deve ser considerado no contexto do
envelhecimento ocular
Envelhecimento ocular
Principais alterações ligadas com o envelhecimento ocular (Belfort Junior, 2010)
• Pele ao redor dos olhos: perda do tecido grosso e da elasticidade com o surgimento de rugas;
• Pálpebras: atrofia do músculo, afrouxamento palpebral com eventual exposição da córnea,
esclera e conjuntiva bulbar, com lagoftalmia, ceratite e úlcera de córnea;
• Córnea: redução da sua esfericidade, com aumento do astigmatismo;
• Arco senil: depósito de colesterol e sais de cálcio na periferia da córnea, com aspecto de
envelhecimento do olhar pela redução do brilho da córnea;
• Conjuntiva: mais fina, áspera e frágil, sensação de incomodo ou de areia;
• Lágrimas: menor quantidade e qualidade de lágrimas, sensação de olho seco;
• Vítreo: descolamento do vítreo posterior e eventual tração da retina com sensação de pontos
luminosos e opacidades;
• Cristalino: engrossamento e opacificação com o surgimento de catarata;
• Retina: redução da quantidade de foto pigmento e perda da eficácia de remoção de metabólitos
facilitando a degeneração macular.
Envelhecimento ocular
Aos 85 anos a retina é mil vezes menos sensível que de um
jovem.
A capacidade de distinguir perfeitamente os objetos diminui a
partir dos 50 anos e a acuidade visual está reduzida cerca de
85% aos 85 anos, assim como a velocidade do processamento
de informação visual pelo córtex diminui a partir dos 30 anos.
A redução da acuidade visual pode derivar de alterações
oculares ou lesões do sistema nervoso central.
Algumas perguntas simples durante a anamnese podem
ajudar: tem dificuldades para orientar sua caminhada por
causa da sua visão?
Ou tem alguma dificuldade para ler ou conversar com os
amigos por causa da visão?
Envelhecimento ocular
Na avaliação optométrica muitos pacientes negam a
perda da acuidade visual, por isso que a avaliação
objetiva é importante.
O idoso deve ser examinado regularmente e observado
de perto mediante o exame optométrico anual ou mais
frequente em caso de algumas enfermidades sistêmicas
ou oculares.
Já que uma pessoa de 60 anos é diferente de outra de 90
anos, em consequência dos seus olhos e a maneira de
tratá-los também.
Outro ponto a considerar, além da idade, é que o idoso
apresenta outras patologias na maioria das vezes.
Envelhecimento ocular
A expectativa de uma enfermidade que justifique todas as alterações no individuo, não
se aplica ao idoso que com frequência apresenta comorbidade, efeitos de polifarmácia
e maior sensibilidade aos medicamentos tópicos e sistêmicos.
Se por um lado o idoso precisa atenção especial em alguns aspectos, por outro, como
qualquer pessoa, requer contato social e afeto para manter-se ligado ao que acontece
ao seu redor.
Estudar o envelhecimento não é só importante porque o número de idoso está
aumentando significativamente, mas também porque a sua inclusão na sociedade
permite a convivência entre gerações, elemento fundamental da nossa cultura, pois sua
presença proporciona benefícios de várias ordens, principalmente para as novas
gerações como seus netos.
Envelhecimento ocular
Em relação a visão, permitirá a qualidade de
vida e a possibilidade de um diagnóstico, de
políticas de prevenção e tratamento dirigidas e
a problemática geral e específica.
A perda da visão relacionada com a idade é um
aspecto normal do envelhecimento e é
irreversível. Portanto se deve evitar induzir um
sentimento de inutilidade e de depressão.
O ganho de uma ou duas linhas para a visão de
perto, contribui para a leitura, uma das
principais atividades e meio de interação social
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Anatomia do olho e anexos:
Alterações do envelhecimento

A presença de determinadas alterações na anatomia do


olho e seus anexos pode demonstrar que o indivíduo se
encontra numa etapa avançada da vida.
É a consequência de que o processo de envelhecimento
dos tecidos promove alterações ao longo dos anos que
afetam a conformação anatômica das estruturas de
todos os sistemas do organismo.
Como integrante deste conjunto, o olho e seus anexos
manifestam da mesma forma os efeitos deste processo
que determina modificações facilmente detectadas
durante um exame optométrico.
Anatomia do olho e anexos:
Alterações do envelhecimento

Vamos abordar de forma objetiva as principais


repercussões causadas pela senescência na anatomia do
globo ocular e nas estruturas ao seu entorno.

Além do que, também descrever aspectos microscópicos


indispensáveis para compreender completamente estas
alterações, que podem comprometer de forma
significativa o perfeito desempenho da função visual.
Tecido da pele periocular

Por ser uma área de maior exposição a ação dos raios


solares, a pele que recobre o rosto sofre de maneira mais
intenção a ação crônica do foto envelhecimento.
Ao envelhecer, a pele aparece ressecada, enrugada, sem
elasticidade, com vasos telangiectásicos e pigmentação
irregular.
As manchas amarronzadas conhecidas como sardas e
melanoses solar representam achados frequentes e
facilmente detectáveis durante uma avaliação.
Na região periocular as dobras cutâneas conhecidas
como rugas se desenvolvem de forma precoce
favorecido pela expressão facial
Tecido da pele periocular

Além da redução da elasticidade cutânea e do


afinamento das estruturas de sustentação da pele
pode ocasionar o desenvolvimento de ptoses
frontociliar, frequentemente observada nos idosos
Esse tipo de ptose por excesso de pele sem
elasticidade promove uma caída da sobrancelha,
passando esta estrutura a assumir uma posição
horizontal e inferior na área orbitária superior
Com relação aos pelos que formam as
sobrancelhas se tornam mais grossos e largos, ao
contrário do que se sucede na maioria de outras
áreas pelosas do corpo.
Tecido da pele periocular
Entretanto, como se observa em todos os pelos corporais, a pigmentação se reduz
com consequência da perda progressiva de melanócitos no bulbo piloso, resultando
no embranquecimento.
As manifestações cutâneas da senescência e da senilidade resultam de dois
fenômenos, sendo um intrínseco inevitável e atribuído ao passar do tempo e ao
longo da vida e o outro, denominado fotoenvelhecimento, consequência dos efeitos
de radiações ultravioleta (UV).
Estas alterações dermatológicas se estabelecem de forma crônica e acumulativa e
provocam uma deterioração fisiológica gradual da pele com compromisso da sua
função.
Pálpebras
Durante o envelhecimento, a flacidez é o processo de
atrofia que afeta aos componentes estruturais,
tendinosos e aponeuróticos da pálpebra determinando
modificações no seu correto posicionamento.
A flacidez e a atrofia podem ser comprovadas
clinicamente ao ser observado uma dificuldade no
retorno espontâneo da pálpebra inferior a sua posição
de origem depois da tração a partir do globo ocular
Outro fator que comprova de forma prática consiste na
constatação da redução da excursão da pálpebra
inferior do idoso ao olhar para baixo.
Com o avanço da idade, o componente
cutâneo principalmente da pálpebra
Dermatocalase superior perde progressivamente o
colágeno comprometendo as
propriedades elásticas e a aderência da
pele no plano muscular.
Como consequência, a pele se torna
redundante alterando marcadamente a
sua anatomia.
Este excesso de pele conhecido como
dermatocalase pode evoluir chegando a
comprometer a visão por bloqueio do eixo
visual como consequência da formação de
grandes pregas cutâneas
Entrópio Senil

Consiste na inversão da pálpebra em direção ao


globo ocular.
É a forma mais frequente de entrópio e pode
apresentar de forma uni ou bilateral
comprometendo frequentemente a pálpebra
inferior.
Seu desenvolvimento é atribuído a um conjunto
de alterações que favorecem a rotação da placa
tarsal inferior modificando o correto
posicionamento da margem palpebral.
Entrópio Senil
Entre as causas se destacam o afinamento dos
retratores da pálpebra inferior, a flacidez dos
ligamentos e a atrofia do tarso inferior

Entretanto, a redução e redistribuição da gordura


orbitária, também observada nos idosos, pode causar
uma discreta enoftalmia,

Com o globo ocular situado mais profundamente na


cavidade orbitária, dando a impressão de ser menor,
favorecendo a interiorização da margem palpebral.
Entrópio Senil
Além do que a superposição da posição pré septal do
músculo orbicular sobre a porção pré tarsal durante o
fechamento das pálpebras
impõe a borda superior do tarso um movimento em
direção ao globo ocular ao mesmo tempo que a borda
inferior é deslocado no sentido inverso
Acompanhando esta incursão da placa tarsal inferior os
cílios adotam uma direção posterior podendo alcançar a
superfície ocular e configurando um quando de
pseudotriquiasis secundária ao entrópio
Se não tratada essa alteração anatômica pode resultar
em irritação ocular, ceratoconjuntivite, úlcera de córnea
e até uma perfuração ocular.
Ectrópio Senil
Ao contrário do entrópio, é uma eversão das pálpebras.
Também afeta com maior frequência a pálpebra inferior
de forma uni ou bilateral.
Neste transtorno anatômico se observam as mesmas
alterações senis descritas no mecanismo do entrópio.
A acentuada debilidade da porção pré tarsal do músculo
orbicular, a redundância de longitude das pálpebras e a
ação da gravidade também contribuem para a eversão
da placa tarsal inferior
Histologicamente se evidencia degeneração focal do
músculo orbicular associada com alterações
ateroscleróticas das artérias marginais, o qual aponta a
isquemia muscular crônica como uma possível causa
etiológica.
Ectrópio Senil

A epifora crônica é o lacrimejamento


constante com extravasamento da lágrima
para fora do olho
É uma queixa frequente referida pelos
pacientes idosos portadores de ectrópio.
Isto se deve a eversão do ponto lacrimal
inferior provocada pela posição aberrante da
pálpebra em ectrópio.
Além da epífora, as falhas no filme lacrimal
podem acarretar conjuntivites crônicas,
hipertrofia conjuntival, queratinização
secundária e ceratite por exposição.
Ptose involucional
O termo ptose em grego significa caído de um órgão
como consequência do relaxamento de seus meios de
fixação ou do compromisso de sua inervação.
Em caso de uma blefaroptose senil ou ptose palpebral
relacionada com a idade (involucional) é ocasionada
pela desinserção (total ou parcial) da aponeurose do
músculo elevador
Tal alteração é consequência da atrofia da mencionada
estrutura como resultado de um processo
degenerativo senil que ali se estabelece.
Nesses casos, a margem palpebral superior
que normalmente atravessa o limbo nos
pontos de referência marcados em 2 e 10 horas
assume uma posição mais inferior
determinando uma redução da distância entre
a reflexão corneal e a margem palpebral
superior.
Ptose Involucional
Esta medida, que no indivíduo jovem e são é
de 3 a 4 mm, serve para avaliar o grau de ptose
e também como parâmetro para a
programação cirúrgica.
Como parte do quadro se pode observar outras
modificações, como a formação de pregas
palpebrais (12 mm ou mais) o afinamento
palpebral por cima da placa tarsal superior e
profundidade do surco superior
Ptose Involucional

As bolsas palpebrais observadas


com frequência nos pacientes de
idade avançada são hérnias de
gorduras infraorbitária através de
um septo atrófico e afinado.

A maioria das vezes esta alteração


afeta as pálpebras inferiores e está
acompanhada de um excesso de
pele flácida e relaxada.

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