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CONVERSORES CC/CC
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 7
2. Parte I 8
3. Parte II 12
CONSIDERAÇÕES FINAIS 17
REFERÊNCIAS 18
7
1. INTRODUÇÃO
2. Parte I
Material Utilizado
Software LTSpice.
Estrutura
O conversor CC-CC é usado para obter uma tensão CC variável de saída a partir de uma
fonte de tensão CC constante. Para esta topologia de conversor, temos que, alterando a proporção
de tempo no qual a saída fica ligada à entrada, o valor médio da tensão de saída é variado. Essa
conversão é possível através de um dispositivo que opere no modo de chaveamento em alta
frequência (o PC817A atua nesse sentido para o circuito em análise). Essa técnica de
chaveamento utilizada em choppers CC é denominada de PWM. O princípio fundamental deste
tipo de circuito é uma chave ligada em série com uma fonte de tensão CC, essa chave pode ser
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um transistor de potência, SCR ou um GTO. Para o circuito foi pedido que se obtivesse a forma
de onda em R e no conjunto RL. Quando a chave for fechada, o diodo D1 ficará desligado, já que
está inversamente polarizado e continuará desta forma enquanto esta chave estiver desligada,
desse modo, a corrente na entrada flui através da carga RL, por consequência, a tensão nela é
igual a da fonte, o tempo que essa chave permanece ligada é determinada por Ton, que para o
caso inicial, foi de 9 ms, após esse período a chave passa ao estado desligado.
Quando a chave é aberta, a corrente no indutor começa a cair até o ponto em que é
anulada, já que como bem sabemos, o indutor não suporta variações bruscas de corrente. Sendo
assim, há no indutor uma tensão induzida de polaridade oposta, essa tensão polariza o diodo
diretamente e a corrente que flui pelo o indutor atua como retorno através do diodo D1 e da
resistência. Logo, é possível afirmar que o diodo tem por finalidade fornecer um caminho para a
corrente na carga quando a chave estiver desligada, caso essa chave se desligue, o diodo se
desliga também. Durante TOFF (o resto do ciclo) a tensão na carga será nula e a corrente cairá a
zero durante todo o tempo que a chave estiver em aberto, esse circuito há a presença de um
indutor atuando como um filtro simples, propiciando uma corrente CC linear satisfatória na
carga, pois essa indutância ajuda a reduzir a ondulação causada pelo chaveamento repetitivo. O
resultado das tensões no indutor e no conjunto RL podem ser vistos a seguir:
No primeiro cenário, temos um duty cycle de 90%, desse modo a tensão na carga, em
regime permanente, está entre os 45 V esperados tendo em vista que:
𝑉𝑜 = 𝑉𝑖 · 𝑑 (1)
⇒ 𝑉𝑜 = 50 · 0, 9 = 45 𝑉
Analisando os gráficos obtidos é possível notar que a tensão máxima e mínima obtidas
correspondem aos esperados analiticamente, de modo que:
𝑉𝑜 𝑉𝑜
𝑉𝑚á𝑥 = 𝑅 · ( 𝑅
+ 2𝐿
· 𝑇𝑜𝑓𝑓) (2)
45 45 −3
⇒ 𝑉𝑚á𝑥 = 100 · ( 100 + 2
· 10 ) = 47, 25 𝑉
𝑉𝑜 𝑉𝑜
𝑉𝑚𝑖𝑛 = 𝑅 · ( 𝑅
− 2𝐿
· 𝑇𝑜𝑓𝑓) (3)
45 45 −3
⇒ 𝑉𝑚𝑖𝑛 = 100 · ( 100 − 2
· 10 ) = 42, 75 𝑉
Fig. 4. Tensões para um duty cycle de 50%, com a tensão no conjunto em verde e tensão na carga em
azul.
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Fig. 5. Tensões para um duty cycle de 10%, com a tensão no conjunto em verde e tensão na carga em
azul.
𝑉𝑜 = 𝑉𝑖 · 𝑑
⇒ 𝑉𝑜 = 50 · 0, 5 = 25 𝑉
𝑉𝑜 𝑉𝑜
𝑉𝑚á𝑥 = 𝑅 · ( 𝑅
+ 2𝐿
· 𝑇𝑜𝑓𝑓)
45 45 −3
⇒ 𝑉𝑚á𝑥 = 100 · ( 100 + 2
· 5 · 10 ) = 31, 25 𝑉
𝑉𝑜 𝑉𝑜
𝑉𝑚𝑖𝑛 = 𝑅 · ( 𝑅
− 2𝐿
· 𝑇𝑜𝑓𝑓)
45 45 −3
⇒ 𝑉𝑚𝑖𝑛 = 100 · ( 100 − 2
· 5 · 10 ) = 18, 75 𝑉
𝑉𝑜 = 𝑉𝑖 · 𝑑
12
⇒ 𝑉𝑜 = 50 · 0, 1 = 5 𝑉
𝑉𝑜 𝑉𝑜
𝑉𝑚á𝑥 = 𝑅 · ( 𝑅
+ 2𝐿
· 𝑇𝑜𝑓𝑓)
45 45 −3
⇒ 𝑉𝑚á𝑥 = 100 · ( 100 + 2
· 9 · 10 ) = 7, 25 𝑉
𝑉𝑜 𝑉𝑜
𝑉𝑚𝑖𝑛 = 𝑅 · ( 𝑅
− 2𝐿
· 𝑇𝑜𝑓𝑓)
45 45 −3
⇒ 𝑉𝑚𝑖𝑛 = 100 · ( 100 − 2
· 9 · 10 ) = 3, 75 𝑉
Como supracitado, a indutância atua como um filtro simples, propiciando uma corrente
CC linear satisfatória na carga, dessa forma, aumentando essa indutância é possível reduzir essa
variação, um modo mais preciso de encontrar amortizar essas variações é através da relação:
𝑉𝑜·(1−𝑑)
∆𝑉 = 2 (4)
8·𝐿·𝐶·𝑓
A partir dessa relação, podemos indicar que não somente a indutância, como também a
adição de um capacitor e aumentando a frequência de oscilação do gerador.
𝑅·𝑇𝑜𝑛·(1−𝑑)
𝐿𝑚𝑖𝑛 = 2
(5)
−3
100·9·10 ·(1−0,1)
⇒ 𝐿𝑚𝑖𝑛 = 2
= 0, 405 𝐻
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3. Parte II
Material Utilizado
Software LTSpice.
Estrutura
O circuito acima é de um conversor boost, para este arranjo usa-se um indutor para
fornecer uma corrente linear na entrada. o Mosfet atua como uma chave, quando a chave passa
para o estado ligado o indutor ficará conectado à alimentação, mas a corrente nele aumentará de
maneira linear e armazenará energia no campo magnético. Quando a chave for aberta, a corrente
cairá de modo violento e a energia armazenada no indutor será transferida para o capacitor
através do diodo, a tensão induzida no indutor muda a polaridade e a tensão no indutor se soma a
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fonte de tensão, aumentando, dessa maneira, a tensão de saída. A tensão de saída, considerando
um duty cycle de 90% é dada pela Figura 8, vale ressaltar que o comportamento
exponencialmente crescente e só atingido a tensão de pico em aproximados 9 ms se deve ao
tempo de carregamento do capacitor e indutor, nota-se também que há um ripple, muito pequeno,
mesmo em regime permanente:
Temos que, o resultado obtido condiz com o valor esperado de 120 V com base na
Equação 6:
1
𝑉𝑜 = 𝑉𝑖 · 1−𝑑
(6)
1
⇒ 𝑉𝑜 = 12 · 1−0,9
= 120 𝑉
1
𝑉𝑜 = 𝑉𝑖 · 1−𝑑
1
⇒ 𝑉𝑜 = 12 · 1−0,5
= 24 𝑉
1
𝑉𝑜 = 𝑉𝑖 · 1−𝑑
16
1
⇒ 𝑉𝑜 = 12 · 1−0,1
= 13, 33 𝑉
As formas de onda obtidas para os dois casos se encontram a seguir, vê-se que com a
alteração do duty cycle o setpoint é atingido com mais rapidez, diminuindo o settling time com a
diminuição do duty cycle, até porque a tensão a ser atingida na carga acaba sendo menor, mas
por consequência temos um overshoot considerável até o tempo de estabelecimento e
dependendo da aplicação, esse fenômeno pode causar problemas.
𝑉𝑜·𝑑
∆𝑉 = 2 (7)
𝑅·𝐶·𝑓
A partir dessa relação, podemos indicar que um modo de reduzir essa variação sem
alteração da carga é aumentando o valor da capacitância ou da frequência de oscilação do
gerador de onda quadrada. Outro ponto relevante analisado nesta parte do experimento foi a
obtenção do menor valor de indutância para a operação em modo contínuo, considerando um
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𝑅·𝑇𝑜𝑛·(1−𝑑)
𝐿𝑚𝑖𝑛 = 2
(5)
−6
100·9·10 ·(1−0,1)
⇒ 𝐿𝑚𝑖𝑛 = 2
= 4 𝑚𝐻
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
[1] BOYLESTAD, Robert; NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria dos Circuitos. [S. l.:
s. n.], 2013.
[2] RASHID, M.H. Eletrônica de Potência, circuitos, dispositivos e aplicações.Makron Books, 1999.