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Teorema de Thevenin

1. Introdução teórica
Muitas vezes, quando estamos fazendo análise de circuitos, temos interesse em saber a
resposta do circuito em relação a apenas um trecho, como por exemplo, uma instalação
industrial, onde precisamos dimensionar a carga a ser instalada. Para saber o comportamento
do circuito com a instalação daquela carga, podemos usar o Circuito Equivalente de Thévenin.
O Teorema de Thévenin estabelece que qualquer circuito linear visto de um ponto
pode ser representado por uma fonte de tensão (Vth) em série com uma impedância (Zth). Esta
configuração é muito útil para reduzir circuitos maiores a um circuito equivalente e
extremamente aplicável quando o interesse é obter os valores das grandezas como corrente,
tensão e potência na carga a ser analisada. Segue abaixo a ilustração do Circuito Equivalente
de Thévenin:

Figura 1. Circuito equivalente de Thévenin

Na Figura 1, é observado o circuito equivalente de Thévenin em relação aos pontos A-


B de um circuito qualquer. Para se fizer a análise da resposta do circuito em relação ao trecho
A-B, basta conectarmos o elemento a ser analisado aos terminais em aberto. Vale ressaltar,
que mesmo variando a carga a serem instalados, os parâmetros de Thévenin calculados jamais
serão alterados.

2. Descrição do experimento
2.1 Objetivo
Este relatório busca apresentar os resultados obtidos em laboratório nos experimentos
referentes aos Teoremas de Thévenin e Norton, afim de consolidar conhecimentos
teóricos sobre a equivalência desse método, possibilitando a aplicação mais natural
desses conceitos na resolução de circuitos elétricos
Este relatório busca apresentar os resultados obtidos em laboratório no experimento
referente ao Teorema de Thévenin, a fim de consolidar conhecimentos teóricos sobre a
equivalência desse método, possibilitando a aplicação mais natural desses conceitos na
resolução de circuitos elétricos.

2.2 Resultados esperados.


Para encontrar os nos resultados, vamos realizar alguns cálculos, com isso utilizando a
transformação Triângulo / Estrela.
𝑅4 ∗ 𝑅7 𝑅2 ∗ 𝑅4 𝑅1 ∗ 𝑅6
𝑅𝑎 = 𝑅𝑐 = 𝑅𝑒 =
𝑅2 + 𝑅4 + 𝑅6 𝑅2 + 𝑅4 + 𝑅7 𝑅1 + 𝑅3 + 𝑅6
𝑅2 ∗ 𝑅7 𝑅1 ∗ 𝑅3 𝑅3 ∗ 𝑅6
𝑅𝑏 = 𝑅𝑑 = 𝑅𝑓 =
𝑅2 + 𝑅4 + 𝑅7 𝑅1 + 𝑅3 + 𝑅6 𝑅1 + 𝑅3 + 𝑅6

Figura 2. Transformação Triângulo / Estrela.

Substituindo os valores, e realizando os cálculos das transformações:

1,8 𝑘Ω ∗ 3,3 𝑘Ω 1 𝑘Ω ∗ 1,5 𝑘Ω


𝑅𝑎 = = 942,85 Ω 𝑅𝑑 = = 288,46 Ω
1,2 𝑘Ω + 1,8 𝑘Ω + 3,3 𝑘Ω 1 𝑘Ω + 1,5 𝑘Ω + 2,7 𝑘Ω

1,2 𝑘Ω ∗ 3,3 𝑘Ω 1 𝑘Ω ∗ 2,7 𝑘Ω


𝑅𝑏 = = 628,57 Ω 𝑅𝑒 = = 519,26 Ω
1,2 𝑘Ω + 1,8 𝑘Ω + 3,3 𝑘Ω 1 𝑘Ω + 1,5 𝑘Ω + 2,7 𝑘Ω

1,2 𝑘Ω ∗ 1,8 𝑘Ω 1,5 𝑘Ω ∗ 2,7 𝑘Ω


𝑅𝑐 = = 342,85 Ω 𝑅𝑓 = = 778,84 Ω
1,2 𝑘Ω + 1,8 𝑘Ω + 3,3 𝑘Ω 1 𝑘Ω + 1,5 𝑘Ω + 2,7 𝑘Ω

Com isso, analisando a figura 2, e utilizando associação de resistores para encontrar a


resistência equivalente (𝑅𝑇𝐻 ):

𝑅𝑇𝐻 = 𝑅𝑑 + [(𝑅𝑓 + 𝑅𝑏 ) // (𝑅𝑒 + 𝑅8 +𝑅𝑐 )] + 𝑅𝑎

𝑅𝑇𝐻 = 288,46 + [(778,84 + 628,57//519,26 + 3900 + 342,85)] + 942,85 = 2,31 𝑘Ω

Para malha 1:
−𝑉1 + 𝑅7 𝐼1 + 𝑅2 (𝐼1 − 𝐼2 )𝑅4 𝐼1 = 0
(𝑅7 + 𝑅2 + 𝑅4 )𝐼1 − 𝑅2 𝐼2 = 𝑉1
Para malha 2:
𝑅2 (𝐼2 − 𝐼1 ) + 𝑅𝑐 (𝐼2 − 𝐼3 ) + 𝑅8 𝐼3 = 0
−𝑅2 𝐼1 + (𝑅2 + 𝑅6 + 𝑅8 )𝐼2 − 𝑅6 𝐼3 = 0

Para malha 3:
𝑉2 + 𝑅3 𝐼3 + 𝑅1 𝐼3 + 𝑅6 (𝐼3 − 𝐼2 ) = 0
−𝑅6 𝐼2 + (𝑅3 + 𝑅1 + 𝑅6 )𝐼3 = −𝑉2

Logo:
𝑅7 + 𝑅2 + 𝑅4 − 𝑅2 0 𝐼1 𝑉1
[ − 𝑅2 𝑅2 + 𝑅6 + 𝑅8 − 𝑅 6 ] ∗ [ 2] [ 0 ]
𝐼
0 − 𝑅6 𝑅3 + 𝑅1 + 𝑅6 𝐼3 − 𝑉2

3,3 𝑘Ω + 1,2 𝑘Ω + 1,8 𝑘Ω − 1,2 𝑘Ω 0 𝐼1 12


[ − 1,2 𝑘Ω 1,2 𝑘Ω + 2,7 𝑘Ω + 3,9 𝑘Ω − 2,7 𝑘Ω ] . [𝐼2 ] = [ 0 ]
0 − 2,7 𝑘Ω 1,5 𝑘Ω + 1 𝑘Ω + 2,7 𝑘Ω 𝐼3 −6

Resolvendo, vamos encontrar os valores da corrente:

𝐼1 = 1,87 𝑚𝐴 𝐼2 = − 0,13 𝑚𝐴 𝐼3 = − 1,22 𝑚𝐴


𝑉𝐴 = 𝑉1 = 12 𝑉
𝑉𝐵 = 𝑅3 𝐼3 = 1,5 𝑘Ω ∗ 1,22 𝑚𝐴 = 1830 𝑉
𝑉𝑇𝐻 = 𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 = 12 − 1,830 = 10,17 𝑉

2.3 Simulações
A seguir realizamos as devidas simulações do circuito que foi proposta para turma no
roteiro para realizar o experimento para obter comparações de valores dos experimentais.

Figura 3. Circuito experimental


Figura 4. Medição de 𝑽𝑻𝑯 Figura 6. Tensão do 𝑹𝟓 Figura 8. Corrente de 𝑹𝟓

Figura 5. Medição de 𝑹𝑻𝑯


Figura 7. Tensão do 𝑹𝟔 Figura 9. Corrente de 𝑹𝟔
2.4 Lista de material
 1 Multímetro Digital
 1 Proto Board
 1 Fonte de Tensão DC
 Resistores:
𝑅1 = 1 𝑘Ω 𝑅2 = 1,2 𝑘Ω 𝑅3 = 1,5 𝑘Ω 𝑅4 = 1,8 𝑘Ω
𝑅5 = 2,2 𝑘Ω 𝑅6 = 2,7 𝑘Ω (2) 𝑅7 = 3,3 𝑘Ω 𝑅8 = 3,9 𝑘Ω

3 Resultados
Para iniciar o experimento, foi realizado a montagem do circuito obtido no roteiro.
Após a montagem, verificou-se se tudo foi conectado corretamente, e em seguida foi medida a
tensão (d.d.p) e corrente no RL.

Figura 10. Montagem do circuito


Tabela 1.

Carga [Ω] 𝑽𝑺 [𝑽] 𝑰𝑺 [𝒎𝑨]


𝑹𝟓 = 𝑹𝑳 5,02 V 2,26 mA
𝑹𝟔 = 𝑹𝑳 5,57 V 2,03 mA

Com os valores preenchidos, o RL do circuito foi retirado para a medir o d.d.p em


vazio, assim, sem Vth, nos terminais onde o RL estava conectado. Depois foi retirado a
fonte de alimentação do circuito, substituída por um jumper, causando com curto, para que
fosse medido a resistência total, o Rth entre os terminais onde estava do RL

Tabela 2.
𝑽𝑻𝑯 [𝑽] 𝑹𝑻𝑯 [Ω]
Medido 10,33 V 2,29 𝑘Ω
Calculado 10,17 V 2,31 𝑘Ω
Através da análise das tabelas 1 e 3 e possível perceber que os valores obtidos
experimentalmente se aproximam bem dos valores calculados através da teoria vista em sala
de aula. Os valores obtidos se mostram adequados, dentro de uma margem de erro, uma vez
que apesar de possíveis imprecisões nos aparelhos de medição os resultados obtidos se
mostram bem semelhantes.
4 Questões.
4.1 Simule em programa computacional o circuito equivalente de Thévenin utilizando uma
fonte de tensão (como VTH) e um resistor (como RTH). Meça a tensão e a corrente entre os
pontos A e B do circuito equivalente, utilizando como carga (RL) os valores existentes na
tabela 1. Anote os resultados e compare com os valores medidos (tabela 1).

Figura 11. Tensão de 𝑹𝟓


Figura 12. Corrente de 𝑹𝟓

Figura 13. Tensão de 𝑹𝟔 Figura 14. Corrente de 𝑹𝟔

Tabela 3

Carga [Ω] 𝑽𝑺 [𝑽] 𝑽𝑻𝑯 [𝑽] 𝑰𝑺 [𝒎𝑨] 𝑰𝑻𝑯 [𝒎𝑨]


𝑹𝟓 = 𝑹𝑳 5,02 V 5,19 V 2,26 mA 2,27 mA
𝑹𝟔 = 𝑹𝑳 5,57 V 4,67 V 2,03 mA 2,04 mA

É possível perceber que a tensão existe uma certa diferença de valores, já a corrente é
praticamente a mesma.
5 Conclusão
Analisando os valores medidos encontramos valores que são próximos, isso ocorre
devido ao valor da resistência dos resistores com sua margem de erro, assim como, no
equipamento para medir a fonte de tensão variável.
Concluindo que observando todo o experimento, melhorou a percepção do teorema de
Thévenin, assim, o validando. Outra observação foi que qualquer circuito pode ser
simplificado pelo teorema, mesmo circuitos com vários elementos como resistores e fontes de
tensão, sendo que só basta substituir esses equipamentos por apenas uma fonte (fonte de
Thévenin) com uma resistência equivalente de Thévenin ligando a Série.

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