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INTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO

Campus de Piracicaba
Curso de Engenharia Mecânica
TCAE6 – Transferência de Calor e Massa TCAE-6
Prof. Angelo Reami Filho

Nome: Prontuário:

Assinatura: Nota:

AVALIAÇÃO (P2A) - 01 DE NOVEMBRO DE 2023

INSTRUÇÕES

1. Material necessário: lápis, caneta, borracha, calculadora;


2. Leia atentamente as questões antes de resolvê-las;
3. Todas as informações necessárias para a resolução das questões estão na folha de avaliação;
4. RESPOSTAS SEM JUSTIFICATIVAS NÃO SERÃO CONSIDERADAS;
5. A RESOLUÇÃO DA PROVA PODE SER FEITA A LÁPIS;
6. PROIBIDA A COMUNICAÇÃO ENTRE OS ALUNOS;
7. CONSULTA APENAS À FOLHA PREPARADA PELO ALUNO CONFORME ORIENTAÇÃO.
8. BOA SORTE!

1) [2,5 pontos] 6.7 O coeficiente convectivo local na superfície de uma placa plana de
comprimento 𝐿 = 3 𝑚, foi obtido em laboratório para um dado valor de 𝑣 e 𝑇𝑆 > 𝑇∞ .
Sabe-se que o escoamento paralelo de ar atmosférico é perturbado por uma série de
bastões estacionários posicionados na trajetória do escoamento. Os resultados são
correlacionados por uma expressão na forma ℎ𝑥 = 0,7 + 13,6𝑥 − 3,4𝑥 2 , onde ℎ𝑥 é
dado em 𝑊/𝑚2 𝐾 e 𝑥 está em metros. Calcule o coeficiente convectivo médio sobre
toda a placa e a razão ℎ̅𝐿 /ℎ𝐿 na aresta traseira (𝑥 = 𝐿).

1 𝐿 1 𝐿 1
ℎ̅𝐿 = ∫ ℎ𝑥 𝑑𝑥 = ∫ (0,7 + 13𝑥 − 3,4𝑥 2 )𝑑𝑥 = (0,7𝐿 + 6,8𝐿2 − 1,13𝐿3 )
𝐿 0 𝐿 0 𝐿
̅
ℎ𝐿 = 0,7 + 6,8𝐿 − 1,13𝐿 = 0,7 + 6,8. (3) − 1,13(3)2 = 10,9 𝑊/𝑚2 𝐾
2

O coeficiente local é:
ℎ𝐿 = 0,7 + 13,6(3) − 3,4(3)2 = 10,9 𝑊/𝑚2 𝐾
̅𝐿
ℎ 10,9
Então: ℎ𝐿
= 10,9
=1
Avaliação – TCAE6 – 01 de novembro de 2023

2) [2,5 pontos] 7.43 Ar escoa em escoamento cruzado em relação a um elemento


aquecedor elétrico em formato cilíndrico longo, cujo diâmetro é 𝐷 = 10 𝑚𝑚, colocado
em um duto. O ar está a uma temperatura de 27 °C e a uma velocidade de 10 m/s.
Desprezando a radiação, calcule a temperatura superficial em regime estacionário por
unidade de comprimento do aquecedor, quando a energia elétrica está sendo
dissipada a uma taxa de 1000 W/m. Assumir a temperatura do filme 𝑇𝑓 ≅ 450 𝐾 e
verificar se é adequado. Usar a equação de Churchill e Bernstein.
𝑚2 𝑊
Da tabela A.4 para ar à 𝑇𝑓 ≅ 450 𝐾: 𝜈 = 32,39.10−6 , 𝑘 = 0,0373 , 𝑃𝑟 = 0,686
𝑠 𝑚𝐾
𝑞𝑐𝑜𝑛𝑣 = ℎ̅(𝜋𝐷)(𝑇 − 𝑇∞ ) = 𝑃𝑒
′ ′

𝑣𝐷 10(0,01)
𝑅𝑒𝐷 = = = 3087
𝜈 32,39.10−6
4 4
1 1 5 5 1 1 5 5
0,62𝑅𝑒𝐷2 𝑃𝑟 3 𝑅𝑒𝐷 8 0,62(3087)2 (0,686)3 3087 8
̅̅̅̅
𝑁𝑢𝐷 = 0,3 + 1 [1 + ( ) ] = 0,3 + 1 [1 + ( ) ]
2 4 282000 2 4 282000
[1 + (0,4/𝑃𝑟)3 ] 0,4 3
[1 + ( ) ]
0,686
̅̅̅̅
𝑁𝑢𝐷 = 28,17
𝑘 0,0373
ℎ̅ = ̅̅̅̅
𝑁𝑢𝐷 = 28,17 = 105,09 𝑊/𝑚2 𝐾
𝐷 0,01
Voltando na equação da troca de calor:
𝑃′ 𝑒 1000
ℎ̅(𝜋𝐷)(𝑇 − 𝑇∞ ) = 𝑃𝑒′ → 𝑇 = + 𝑇∞ = + 27 = 329,89 °𝐶
ℎ̅(𝜋𝐷) 105,09(𝜋0,01)

3) [2,5 pontos] 8.31 Um tubo de plástico (𝑘 = 0,15 𝑊/𝑚𝐾, 𝐷𝑖 = 0,15 𝑚, 𝐷𝑒 = 0,17𝑚),


está submerso em um corpo de água cuja temperatura é 𝑇∞ = 17°𝐶, é utilizado para
refrigerar o ar de uma casa. Sabendo-se que o ar passa por dentro do tubo vindo da
casa com uma temperatura 𝑇𝑚𝑒 = 29°𝐶 e uma vazão volumétrica de 0,025 𝑚3 /𝑠, qual
o comprimento de tudo necessário para que o ar em sua saída esteja a 𝑇𝑚𝑖 = 21°𝐶.
Dado o coeficiente convectivo na superfície do tubo ℎ𝑒 = 1500 𝑊/𝑚2 𝐾.

4/5 𝑇 −𝑇 ̅𝐴
𝑈
𝑁𝑢𝐷 = 0,023. 𝑅𝑒𝐷 𝑃𝑟 𝑛 , 𝑇∞−𝑇𝑚𝑠𝑎𝑖 = 𝑒𝑥𝑝 (− 𝑚̇𝑐𝑠 )
∞ 𝑚𝑒𝑛𝑡 𝑝
𝑘𝑔
Da tabela A.4 para ar à 𝑇𝑚𝑒 = 302 𝐾: 𝜌𝑖 = 1,155 𝑚3 e ar à 𝑇̅ = 298 𝐾: 𝑐𝑝 =
𝐽 𝑁𝑠 𝑊
1007 𝑘𝑔𝐾 , 𝜇 = 183,6.10−7 𝑚2 , 𝑘 = 0,0261 𝑚𝐾 , 𝑃𝑟
= 0,707
𝐷
1 1 ln 𝐷𝑒 1
𝑖
= 𝑅𝑡𝑜𝑡 = + +
̅𝐴𝑠
𝑈 ℎ̅𝑖 𝜋(𝐷𝑖 𝐿) 2𝜋𝐿𝑘 ℎ̅𝑒 𝜋(𝐷𝑒 𝐿)
̅
Para calcular ℎ𝑖 , é necessário calcular Reynolds para determinar se o escoamento é
laminar ou turbulento:
𝑘𝑔
𝑚̇ = 𝜌𝑖 ∀̇𝑖 = 1,155(0,025) = 0,0289
𝑠
4𝑚̇ 4(0,0289)
𝑅𝑒𝐷 = 𝜋𝐷 𝜇 = 𝜋0,15(183,6.10−7 ) = 13350 (turbulento – assumindo condições plenamente
𝑖
desenvolvidas através do tubo):
4 4
𝑁𝑢𝐷 = 0,023. 𝑅𝑒𝐷5 𝑃𝑟 𝑛 = 0,023(13350)5 0,7070,3 = 41,39
𝑘 0,0261
ℎ̅𝑖 = 𝑁𝑢𝐷 = 41,39 = 7,20 𝑊/𝑚2 𝐾
𝐷𝑖 0,15
Voltando na equação da resistência:

2
Avaliação – TCAE6 – 01 de novembro de 2023

𝐷 0,17
1 1 ln 𝐷𝑒 1 1 ln 1
𝑖 0,15
= 𝑅𝑡𝑜𝑡 = + + = + +
̅
𝑈𝐴𝑠 ̅ ̅
ℎ𝑖 𝜋(𝐷𝑖 𝐿) 2𝜋𝐿𝑘 ℎ𝑒 𝜋(𝐷𝑒 𝐿) 7,20𝜋(0,15)𝐿 2𝜋𝐿0,15 1500𝜋(0,17)𝐿
1 0,294 0,133 0,0012
= + + →𝑈 ̅𝐴𝑠 = 2,333𝐿 𝑊/𝐾
̅
𝑈𝐴𝑠 𝐿 𝐿 𝐿
Como:
𝑇∞ − 𝑇𝑚𝑠𝑎𝑖 ̅𝐴𝑠
𝑈 17 − 21 2,333𝐿
= 𝑒𝑥𝑝 ( )→ = exp (− )
𝑇∞ − 𝑇𝑚𝑒𝑛𝑡 𝑚̇𝑐𝑝 17 − 29 0,0289(1007)
1,099
→ 0,333 = exp(−0,0802𝐿) → ln 0,333 = −0,0802𝐿 ∴ 𝐿 = − = 13,71 𝑚
−0,0802

4) [2,5 pontos] 11.21 A área de transferência de calor de um trocador de calor


bitubular que opera em contracorrente e resfria óleo de motor, é de 5 𝑚2 e o valor de
projeto do coeficiente global de transferência de calor é 𝑈 = 38 𝑊/𝑚2 𝐾. Durante um
teste, o óleo que escoa a 0,1 𝑘𝑔/𝑠, é resfriado de 110 °C para 66 °C por água
fornecida a 25 °C e a uma vazão de 0,2 𝑘𝑔/𝑠. Determine se houve deposição durante
o período de serviço. Se, positivo, calcule o fator de deposição, 𝑅"𝑑 (𝑚2 𝐾/𝑚). Assumir
a temperatura de saída do óleo 𝑇𝑐𝑜 ≅ 36 °𝐶
𝐽
Da tabela A.5 para óleo de motor à 𝑇̅𝑜 = 361 𝐾: 𝑐𝑝𝑜 = 2166
𝑘𝑔𝐾
𝐽
Da tabela A.6 para água à 𝑇̅𝐻2 𝑂 = 304 𝐾: 𝑐𝑝𝐻2 𝑂 = 4178 𝑘𝑔𝐾
Para o óleo:
𝑞̇ = 𝑚̇𝑜 𝑐𝑝𝑜 ∆𝑇𝑜 = 0,1.2166. (110 − 66) = 9530,4 𝑊
Para a água:
𝑞̇ = 𝑚̇𝐻2 𝑂 𝑐𝑝𝐻2 𝑂 ∆𝑇𝐻2 𝑂 → 9530,4 = 0,2.4178. (𝑇𝑠𝐻2 𝑂 − 25) → 𝑇𝑠𝐻2 𝑂 = 36,41 °𝐶
A temperatura adotada para a saída da água está coerente e agora é possível usar a
equação global para o trocador:
𝑞̇ = 𝑈𝐴∆𝑇𝑚𝑙

∆𝑇1 − ∆𝑇2 (110 − 36,41) − (66 − 25)


∆𝑇𝑚𝑙 = = = 55,72 °𝐶
ln(∆𝑇1 /∆𝑇2 ) (110 − 36,4)
ln [ ]
(66 − 25)
Portanto o coeficiente global será:

𝑞̇ 9530,4 𝑊
𝑈= = = 34,21 2
𝐴∆𝑇𝑚𝑙 5(55,72) 𝑚 𝐾
Que é menor que o valor do coeficiente de projeto, identificando que há deposição:
1 1 1 1
= + 𝑅"𝑓 → 𝑅"𝑓 = − = 0,0029 𝑚2 𝐾/𝑊
𝑈 𝑈𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜 34,21 38

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