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Universidade Federal do Acre

Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas


Curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica

Sander Bryan Felicio da Cruz Brito

TRABALHO P4
Estabilidade Transiente

Rio Branco

2017
0
Sander Bryan Felicio da Cruz Brito

TRABALHO P4
Estabilidade Transiente

Exercícios e Simulações apresentados ao


Prof. Dr. José Humberto Araújo Monteiro,
Como parte integrante da nota da Disciplina de
Análise de Sistemas de Energia Elétrica.

Rio Branco
2017
1
QUESTÕES
11.1. Temos uma turbina trifásica de 60Hz, 500 MVA, 11,8 kV de 4 polos, com H = 6 pu-s.
(a) Queremos:
𝜔𝑠𝑦𝑛 = 2𝜋 ∙ 𝑓 = 2𝜋 ∙ 60 ≈ 377 𝑟𝑎𝑑/𝑠

2 2
𝜔𝑚𝑠𝑦𝑛 = 𝜔𝑠𝑦𝑛 = ∙ 2𝜋 ∙ 60 ≈ 188,5 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑝 4

(b) Vale que:

𝐾𝐸 = 𝐻 ∙ 𝑆𝑟𝑎𝑡𝑒𝑑 = 6 ∙ (500 ∙ 106 ) = 3 𝑇𝐽


2𝐻
(c) Temos que 𝜔 𝜔𝑝𝑢 (𝑡) é proporcional a (𝑡) = 𝑃𝑎𝑝𝑢 (𝑡)
𝑠𝑦𝑛

Tal proporção é dada pela constante:


500
𝑃𝑎𝑝𝑢 𝜔𝑠𝑦𝑛 500 ∙ 2𝜋 60
𝛼= = ≈ 31,416 𝑟𝑎𝑑/𝑠 2
2 𝐻 𝜔𝑝𝑢 2∙6∙1

Tal que:
2
𝛼𝑚 = 𝛼 ≈ 15,708 𝑟𝑎𝑑/𝑠 2
𝑃

2
11.4. Ainda relacionado ao Problema 11.1, vem que:
𝜔𝑝𝑢 (𝑡) 𝑑 2 𝛿(𝑡)
2𝐻 = 𝑃𝑚𝑝𝑢 (𝑡) − 𝑃𝑒𝑝𝑢 (𝑡) = 𝑃𝑎𝑝𝑢 (𝑡)
𝜔𝑠𝑦𝑛 𝑑𝑡 2
2𝐻 𝑑2 𝛿(𝑡)
Assumindo que 𝜔𝑝𝑢 (𝑡) ≈ 1 → 𝜔 = 𝑃𝑎𝑝𝑢 (𝑡). Portanto:
𝑠𝑦𝑛 𝑑𝑡 2

2 ∙ 5 𝑑 2 𝛿(𝑡)
= 0,7 − 0,40 ∙ 0,70 = 0,42
2𝜋60 𝑑𝑡 2
E as condições iniciais são:
𝑑 𝛿(0)
𝛿 (0) = 12° = 0,2094 𝑟𝑎𝑑 → =0
𝑑𝑡
Integrando duas vezes e usando as condições iniciais calculadas, vem que:
𝑑 𝛿 (𝑡 )
= 15,83 𝑡 + 0 → 𝛿 (𝑡) = 7,915 𝑡 2 + 0,2094
𝑑𝑡
Onde: 𝑡 = 5 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 = 0,08333 𝑠, de modo que:

𝛿 (𝑡) = 𝛿 (0,08333 ) = 7,915 0,08333 2 + 0,2094 ≈ 0,2644 𝑟𝑎𝑑 ≈ 15,15°

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11.8. Para este problema, consideramos o seguinte sistema:

Onde o gerador entrega 0,8 pu de potência ativa a 1,05 pu de tensão terminal.


(a) Simplificando o sistema para um sistema simples, vale que o ângulo pode ser calculado
por:
𝑉𝑡 𝑉𝑏𝑢𝑠 𝑃𝑋 0,8 ∙ 0,22
𝑃= sin 𝛿𝑡 → 𝛿𝑡 = arcsin ( ) = arcsin ( ) ≈ 9.65°
𝑋 𝑉𝑡 𝑉𝑏𝑢𝑠 1,05 ∙ 1,0

De modo que a corrente será:

𝑉̅𝑡 − ̅̅̅̅̅̅
𝑉𝑏𝑢𝑠 1,05∠9,65° − 1,0∠0°
𝐼̅ = = ≈ 0,81579∠ − 11,291°
𝑗𝑋 𝑗0,22

E a potência será:

𝑆̅ = 𝑉̅𝑡 𝐼 ∗ = (1,05∠9,65°) ∙ (0,81579∠ − 11,291°) ≈ 0,8 + 𝑗0,306 𝑝𝑢

∴ 𝑄 ≈ 0,306 𝑝𝑢

(b) Por análise de circuitos, vem que:


̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅
𝐸′ = 𝑉 ′ ̅
𝑏𝑢𝑠 + 𝑗(𝑋𝑑 + 𝑋 ) ∙ 𝐼 = 1,0∠0° + 𝑗 (0,3 + 0,22) ∙ (0,81579∠ − 11,291°)

̅̅̅
𝐸′ = 1,0∠0° + 0,4242∠78,709° ≈ 1,160∠21,01° 𝑝𝑢
(c) Seguindo a formulação utilizada no item (a), vem que:
𝐸′ 𝑉𝑏𝑢𝑠 1,160 ∙ 1
𝑃= ′ sin 𝛿 = sin 𝛿 = 2,231 ∙ sin 𝛿 𝑝𝑢
𝑋𝑑 + 𝑋 0,3 + 0,22

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11.9. Considerando o mesmo esquema de sistema do problema anterior, vale que:
̅̅̅
𝐸′ = 1,160∠𝛿

Aplicando o Teorema de Thévenin: ̅̅̅̅̅


𝑉𝑇ℎ = 0,333∠0°
̅̅̅
𝐸′ ∙ 𝑉𝑇ℎ 1,160 ∙ 0,333
𝑃= sin 𝛿 = sin 𝛿 ≈ 0,8279 sin 𝛿 𝑝𝑢
𝑋𝑇ℎ 0,4666

5
11.12. Para o mesmo sistema do problema anterior nestas novas condições, temos que:
̅̅̅
𝐸′ ∙ 𝑉𝑏𝑢𝑠 1,2812 ∙ 1,0
𝑃= sin 𝛿 = sin 𝛿 ≈ 1,8303 sin 𝛿 𝑝𝑢
𝑋𝑒𝑞 0,70

Pelo critério das áreas iguais, vale que:


1
𝛿0 = arcsin ( ) ≈ 0,4179 𝑟𝑎𝑑
2,4638
1
𝛿1 = arcsin ( ) ≈ 0,5780 𝑟𝑎𝑑
1,8303
𝛿1 𝛿2
𝐴1 = ∫ [1 − 1,8303 sin 𝛿] 𝑑𝛿 = ∫ [1,8303 sin 𝛿 − 1] 𝑑𝛿 = 𝐴2
𝛿0 𝛿1

Portanto: 1,8303 cos 𝛿2 + 𝛿2 = 2,0907

Utilizando do método iterativo de Newton-Raphson, vem que:

𝛿2 = 0,7439 𝑟𝑎𝑑 = 42,62°

6
11.13. Tal como calculado no problema anterior, vale que:

𝛿0 = 0,4179 𝑟𝑎𝑑
𝛿1 = 0,4964 𝑟𝑎𝑑
𝛿1 𝛿2
𝐴1 = ∫ [1] 𝑑𝛿 = ∫ [2,1353 sin 𝛿 − 1] 𝑑𝛿
𝛿0 𝛿1

∴ 2,1353 cos 𝛿2 + 𝛿2 = 2,2955

Utilizando o método iterativo de Newton-Raphson, para 𝛿2 (0) = 0,60 𝑟𝑎𝑑, em:

𝛿2 (𝑖 + 1) = 𝛿2 (𝑖 ) + [−2,1353 sin 𝛿2 (𝑖 ) + 1]−1 ∙ [2,2955 − 2,1353 cos 𝛿2 (𝑖 ) − 𝛿2 (𝑖 )]


As sucessivas iterações apontam:

𝛿2 (1) = 0,925 𝑟𝑎𝑑

𝛿2 (2) = 0,804 𝑟𝑎𝑑


𝛿2 (3) = 0,785 𝑟𝑎𝑑

𝛿2 (4) = 0,785 𝑟𝑎𝑑

Portanto: 𝛿2 = 0,785 𝑟𝑎𝑑 = 44,98°

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11.14. Ainda referido ao mesmo problema, porém com ambos ramos abertos, após três ciclos,
vale que:

1 − 2,1353 sin 𝛿𝑚𝑎𝑥 = 0 → 𝛿𝑚𝑎𝑥 = 2,654 𝑟𝑎𝑑 = 152,1°

De modo que, para resolver o valor do ângulo, partimos do mesmo princípio:


𝛿𝑐𝑟 𝛿𝑚𝑎𝑥
𝐴1 = ∫ [1] 𝑑𝛿 = ∫ [2,1353 sin 𝛿 − 1] 𝑑𝛿
𝛿0 𝛿𝑐𝑟

𝛿𝑐𝑟 = 1,4063 𝑟𝑎𝑑 = 80,58°

Desse modo, o tempo equivalente ao ângulo crítico é dado por:

4𝐻
𝑡𝑐𝑟 = √ (1,4063 − 0,4179) = 0,1774 𝑠 = 10,6 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠
2𝜋60 ∙ 1

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11.19. De acordo com o sistema descrito no enunciado, vale que:

𝐻 = 20 𝑠 − 𝑝𝑢
𝐷 = 0,1 𝑝𝑢

𝑆𝐵 = 100 𝑀𝑉𝐴

(a) Temos que:


𝑋𝑒𝑞 = 0,0375 + (0,09||0,09) = 0,0825

400
𝑃
𝐼= ∠ − arccos(𝑝𝑓 ) = 100 ∠0° = 4∠0°
𝑉𝑏𝑢𝑠 𝑝𝑓 1∙1
̅̅̅
𝐸′ = 𝐸′ ∠𝛿 = 𝑉𝑏𝑢𝑠 + 𝑗𝑋𝑒𝑞 𝐼 = 1∠0 + 𝑗0,0825 ∙ (4∠0)

̅̅̅
𝐸′ = 1,053∠18,2629°

(b) Vale que:


𝑑𝛿𝑡
= 𝜔𝑡 − 𝜔𝑠𝑦𝑛
𝑑𝑡
𝑑𝛿
𝑑𝜔𝑡 𝑃𝑎𝑝𝑢 𝜔𝑠𝑦𝑛 𝜔𝑠𝑦𝑛 − 𝐷 𝑑𝑡
= =
𝑑𝑡 2𝐻𝜔𝑝𝑢 2 𝐻𝑎𝑝𝑢

1 𝑑𝛿𝑡
𝑃𝑎𝑝𝑢 = 1 −
𝜔𝑠𝑦𝑛 𝑑𝑡

(c) Temos que:


𝑑𝛿
𝛿𝑡+Δ𝑡 = 𝛿𝑡 + Δ𝑡 = 𝛿𝑡 + Δ𝑡 ∙ (𝜔𝑡 − 𝜔𝑠𝑦𝑛 )
𝑑𝑡
De modo que:

𝑑𝜔𝑡 𝜔𝑠𝑦𝑛
𝜔𝑡+Δ𝑡 = 𝜔𝑡 + Δ𝑡 = 𝜔𝑡 + Δ𝑡 ∙ [ ]
𝑑𝑡 2𝐻𝜔𝑝𝑢
1
Dado que Δ𝑡 = 60 e que 𝜔0 = 𝜔𝑠𝑦𝑛 = 2𝜋60

Do item (a), também: 𝛿0 = 18,2629°

9
Desse modo, usando as equações mostradas anteriormente, vale que:

𝛿 1 ≈ 0,3187 𝑟𝑎𝑑
60

𝜔 1 ≈ 377,0157 𝑟𝑎𝑑/𝑠
60

𝛿 3 ≈ 0,3344 𝑟𝑎𝑑
99

𝜔 3 ≈ 377,1728 𝑟𝑎𝑑/𝑠
99

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SIMULAÇÕES
11.20. Tomando o problema no Power World, temos a Figura seguinte:

Seguindo as mesmas instruções do Exemplo 11.4, avaliando a estabilidade no transitório, temos


o seguinte resultado gráfico:

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11.21. O sistema estudado neste problema é o mesmo avaliado no Exemplo 11.4, o qual está
apresentado na figura a seguir:

Pelo mesmo processo, determinamos as características do transitório acessando os componentes


adicionais do programa, de modo a obter o seguinte resultado:

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11.24. O sistema avaliado neste problema é o tratado no Exemplo 6.9, o qual está mostrado na
figura a seguir:

Neste sistema, as características do transitório precisariam ser obtidas por simples cálculos,
dados que o modelo não pôde rodar o programa para transitório.

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11.25. Este problema é avaliado pelo modelo já previamente disponibilizado para simulação no
Power World, como se vê na figura a seguir:

O resultado pode ser avaliado nas figuras a seguir:, de acordo com a linha que está sendo
analisada.

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E a fase:

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