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WALLACE CALDEIRA PEREIRA

Situação de Aprendizagem 02 – RESPONDIDA

Situação de aprendizagem apresentada ao curso


Técnico em eletrotécnica S.E.N.A.I Bahia como
requisito parcial de avaliação da disciplina
Eletricidade - T3 sob à orientação dos docentes
Daniel Rabelo do Vale e Henrique Silveira

2023
Resumo

Este trabalho de situação de aprendizagem abordou a análise e correção do fator de potência de um


motor. Inicialmente, calculamos a corrente que envolvia a malha analisada pelo operador Marcos.
Após, a potência reativa e aparente, juntamente com o ângulo do fator de potência, com base na
potência ativa de 7,5 CV e fator de potência de 0,72. Em seguida, determinamos a potência reativa
e aparente para o novo fator de potência, que foi corrigido de 0,72 para 0,92 por meio da instalação
de capacitores. Com base nessas informações, elaboramos um parecer técnico indicando os pontos
de melhoria para a empresa. Destacamos a importância de corrigir o fator de potência dos
equipamentos, uma vez que baixos valores desse fator resultam em maior consumo de energia
reativa e podem levar prejuízos. Além disso, ressaltamos os ganhos obtidos com a correção do fator
de potência, como a redução nas perdas elétricas, o aumento na eficiência do sistema elétrico e a
economia de energia.

Palavras-chave: potência reativa, potência aparente, fator de potência, correção do fator de potência,
eficiência energética.
Etapa 1– Situação de Aprendizagem 2 – Estudo da malha

Bobina de Partida Bobina de Trabalho


Dado a malha acima, calcule a corrente:
1º Seja, 𝑅1 = 20𝛺; 𝐿1 = 100𝑚𝐻; 𝑅2 = 15𝛺; 𝐿2 = 80𝑚𝐻; 𝐶1 = 70𝜇𝐹
=>Toda bobina gera reatância indutiva que se opoe a passagem da corrente, então considerando essa premissa e a
relação de impedância que traz 𝑍 = 𝑅 ± 𝑋𝐿 , onde 𝑋𝐿 é a reatância indutiva e 𝑋𝐿 = 2π𝐹𝐿 . Temos a seguinte analise
após estabelecer as medidas nos parâmetros do SI a princípio.

𝑧 = 20𝑙̂ + (2𝜋 ⋅ 60 ⋅ 0,1)𝑗̂


𝑍 = 20𝑙̂ + 37,7𝑗̂ ⇒ |𝑍| = √202 + 37,72 ≈ 42,68𝛺
Com ângulo definido por:
37,7
𝑡𝑔 𝜃 = ≈ 1,885 ⇒ 𝜃 = 𝑡𝑔−1 (1,885) ≈ 62,50
20
Assim:
𝑍1 ≈ 𝟒𝟐, 𝟔𝟖𝜴 ∕ 𝟔𝟐, 𝟓𝟎
Retomando a lei de Ohm:
𝑉 = Ω ⋅ 𝐴, tem-se,
127𝑉 ∕ 00
𝐴= ≈ 2,98𝐴 ∕ −62,050
42,68𝛺 ∕ 62,50
𝑨𝟏 ≈ 𝟐, 𝟗𝟖𝑨 ∕ −𝟔𝟐, 𝟎𝟓𝟎

Analogamente, buscamos a impedância 2, na segunda parte da malha notando a presença não só de indutor, mas
ainda de capacitor, em analise:
𝑋𝐿2 = 2𝜋 ⋅ 60 ⋅ 0,08 ≈ 30,16𝑗̂
1
𝑋𝑐1 = ≈ −38,46𝑗̂
2𝜋 ⋅ 60 ⋅ 70𝑥10−6
-Lembrando que o indutor adianta a tensão e atrasa a corrente já o capacitor o oposto, importante para agora
calcular a impedância nessa parte da malha. – Assim:

𝑍2 = 15𝑙̂ + 30,16𝑗̂ − 38,46𝑗̂ ⇒ |𝑍| = √152 − 8,32 ≈ 17,14𝛺


Com ângulo definido por:
−8,3
𝑡𝑔 𝜃 = ≈ −0,553 ⇒ 𝜃 = 𝑡𝑔−1(−0,553) ≈ −28,940
15
𝑍2 ≈ 𝟏𝟕, 𝟏𝟒𝜴 ∕ −𝟐𝟖, 𝟗𝟒𝟎

Retomando a lei de Ohm:


𝑉 = Ω ⋅ 𝐴, tem-se,
127𝑉∕00
𝐴= 17,14𝛺∕−28,940
≈ 7,41𝐴 ∕ 28,940
(ângulo positivo em razão do algoritmo como ensinado na live)
𝑨𝟐 ≈ 𝟕, 𝟒𝟏𝑨 ∕ 𝟐𝟖, 𝟗𝟒𝟎

2º Assim, podemos agora obter o valor da corrente na malha levando em conta a lei de Kirchoff, ou seja, a corrente se
divide nos nós tal que a soma das correntes que entram deve ser igual as que saem. Em outras palavras, fazemos o
somatório uma a uma das correntes encontradas separadamente, para isso, voltamos com o modulo das respectivas
correntes encontradas e seus ângulos para a forma vetorial e realizamos a soma dos dois vetores que expressam a
corrente a partir de suas componentes em x e y, para tal temos em analise:
𝑨𝟏 ≈ 𝟐, 𝟗𝟖𝑨 ∕ −𝟔𝟐, 𝟎𝟓𝟎
𝑨𝟏𝒙 ≈ 𝟐, 𝟗𝟖𝑨 ⋅ cos(−𝟔𝟐, 𝟎𝟓𝟎 ) ≈ 1,40𝑙̂
𝑨𝟏𝒚 ≈ 𝟐, 𝟗𝟖𝑨 ⋅ sin(−𝟔𝟐, 𝟎𝟓𝟎 ) ≈ −2,63𝑗̂
𝑨𝟏 ≈ (𝟏, 𝟒𝟎𝒍̂ − 𝟐, 𝟔𝟑𝒋̂)
Analogamente temos:
𝑨𝟐 ≈ 𝟕, 𝟒𝟏𝑨 ∕ 𝟐𝟖, 𝟗𝟒𝟎
𝑨𝟐𝒙 ≈ 7,41𝑨 ⋅ cos(𝟐𝟖, 𝟗𝟒𝟎 ) ≈ 6,48𝑙̂
𝑨𝟐𝒚 ≈ 7,41𝑨 ⋅ sin(𝟐𝟖, 𝟗𝟒𝟎 ) ≈ 3,59𝑗̂
𝑨𝟐 ≈ (𝟔, 𝟒𝟖𝒍̂ + 𝟑, 𝟓𝟗𝒋̂)
Logo:

𝑨𝟏 + 𝑨𝟐 = [(𝟏, 𝟒𝟎 + 𝟔, 𝟒𝟖)𝑙̂ + (−2,63 + 3,59)𝑗̂]


=>
𝑨𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = [(𝟕, 𝟖𝟖)𝑙̂ + (0,96)𝑗̂]

|𝑨𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 | = √(𝟕, 𝟖𝟖)2 + (0,96)2 ≈ 7,94𝐴


Com ângulo definido por:
0,96
𝑡𝑔 𝜃 = ≈ 0,12 ⇒ 𝜃 = 𝑡𝑔−1 (0,12) ≈ 6,950
7,88
𝑨𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 ≈ 𝟕, 𝟗𝟒𝑨 ∕ 𝟔, 𝟗𝟓𝟎
Etapa 2 – Situação de Aprendizagem 2 – Parecer Técnico.

1) Calcule a potência reativa e aparente além do ângulo do fator de potência, sabendo que o motor
possui potência ativa de 7,5 CV e fator de potência 0,72.
Primeiramente, retomando as relações trigonométricas aplicadas no triangulo das potencias
apenas para esclarecer o cálculo solicitado e estabelecer as variáveis da análise nessa e na
próxima questão:
Seja,
PA=Potencia ativa ou trabalho;
PR=Potencia reativa ou reatância;
PD=Potencia dissipada ou aparente;
cosΘ=Fator de potência.
PA PR PR
cos θ = ; sin θ = ; tan θ =
PD PD PA
Agora, calculamos a potencia reativa e aparente solicitada aqui:

(Os valores das medidas entregues para cálculo já foram convertidos para seus parâmetros do SI- no caso
CV para W-)

PA 5512,5W
PD = => ≈ 𝟕𝟔𝟓𝟔, 𝟐𝟓𝐕𝐀
cos θ 0,72
𝐏𝐃 = 𝐏𝐨𝐭𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐢𝐬𝐬𝐢𝐩𝐚𝐝𝐚 𝐨𝐮 𝐚𝐩𝐚𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞 ≈ 𝟕𝟔𝟓𝟔, 𝟐𝟓𝐕𝐀

cos θ = 𝟎, 𝟕𝟐 => θ = cos −1(0,72°) ≈ 𝟒𝟑, 𝟗𝟓°

PR = sin θ ⋅ PD => sin(43,95°) ⋅ 7656,25 ≈ 𝟓𝟓𝟏𝟑, 𝟐𝟒𝐕𝐀
𝐏𝐑 = 𝐏𝐨𝐭𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐫𝐞𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚 𝐨𝐮 𝐫𝐞𝐚𝐭â𝐧𝐜𝐢𝐚 ≈ 𝟓𝟓𝟏𝟑, 𝟐𝟒𝐕𝐀
2) Calcule a potência reativa e aparente para o novo fator de potência. Considere que o motor da questão
anterior teve o fator de potência corrigido de 0,72 para 0,92 através da instalação de capacitores.

Analogamente, calculamos a potencia reativa e aparente solicitada aqui com a correção do fator
de potencia com a instalação do capacitor que como já vimos, deve adiantar a corrente e atrasar
a tensão na malha:
(Os valores das medidas entregues para cálculo já foram convertidos para seus parâmetros do SI-
no caso CV para W-)


PA 5512,5W
PD = => ≈ 𝟓𝟗𝟗𝟏, 𝟖𝟓𝐕𝐀
cos θ 0,92
𝐏𝐃 = 𝐏𝐨𝐭𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐢𝐬𝐬𝐢𝐩𝐚𝐝𝐚 𝐨𝐮 𝐚𝐩𝐚𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞 ≈ 𝟓𝟗𝟗𝟏, 𝟖𝟓𝐕𝐀

cos θ = 𝟎, 𝟗𝟐 => θ = cos −1(0,92°) ≈ 𝟐𝟑, 𝟎𝟕°

PR = sin θ ⋅ PD => sin(23,07°) ⋅ 5991,85 ≈ 𝟐𝟑𝟒𝟕, 𝟗𝟒𝐕𝐀
𝐏𝐑 = 𝐏𝐨𝐭𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐫𝐞𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚 𝐨𝐮 𝐫𝐞𝐚𝐭â𝐧𝐜𝐢𝐚 ≈ 𝟐𝟑𝟒𝟕, 𝟗𝟒𝐕𝐀
3) Elabore um parecer apontando os pontos de melhoria para a empresa, relacionando o fato dela
possuir equipamentos com baixo fator de potência e os ganhos com a correção do fator de potência.

Ref.: Análise e Correção do Fator de Potência de Equipamentos


Prezados “membros da diretoria”,
No âmbito desta análise técnica, tive a oportunidade de estudar a situação hipotética descrita por
Mario e apresentada a mim por meio de meus prezados professores Daniel Rabelo e Henrique
Silveira, na qual estive diante de avaliar a situação do fator de potência dos equipamentos utilizados
em na empresa. Com base nos cálculos realizados, identifiquei a importância de corrigir esse fator,
que se encontra em valores baixos, resultando em um maior consumo de energia reativa. O fator de
potência é uma medida da eficiência energética de um sistema elétrico, indicando a relação entre a
potência ativa (utilizada para realizar trabalho útil) e a potência aparente (a soma da potência ativa e
reativa). Baixos valores do fator de potência indicam que uma quantidade significativa de energia é
desperdiçada em forma de energia reativa, sem contribuir efetivamente para a realização do trabalho
desejado. No caso, a empresa utiliza motores elétricos com uma potência ativa de 7,5 CV e um fator
de potência de 0,72. Com base nesses dados, pude calcular a potência reativa e aparente, além do
ângulo do fator de potência. Os resultados obtidos evidenciam a necessidade de intervenção para
melhorar a eficiência energética e reduzir o consumo excessivo de energia reativa. Para solucionar
essa questão, recomendo fortemente a instalação de capacitores nos circuitos de alimentação dos
motores elétricos. Os capacitores têm a função de compensar a energia reativa excedente, elevando
o fator de potência a valores adequados. Com essa medida corretiva, seremos capazes de alcançar,
por exemplo, um fator de potência de 0,92, que representa uma significativa melhoria em relação ao
estado atual. Ao realizar a correção do fator de potência, colheremos diversos benefícios e ganhos
para a empresa. Destaco primeiramente a redução nas perdas elétricas, uma vez que a energia
reativa, ao invés de ser desperdiçada, será utilizada de maneira eficiente. Isso resultará em uma
diminuição nos custos de energia elétrica otimizando o consumo. Além disso, a correção do fator de
potência proporcionará um aumento na eficiência geral de nosso sistema elétrico. Com a utilização
adequada da energia, haverá um melhor aproveitamento dos equipamentos, reduzindo o desgaste e
prolongando sua vida útil. Também podemos esperar uma melhoria na qualidade da energia fornecida,
evitando flutuações e oscilações que possam prejudicar o processo produtivo. Por fim, é importante
ressaltar que a correção do fator de potência contribuirá para a sustentabilidade ambiental, ao
promover uma utilização mais eficiente dos recursos energéticos. Estaremos reduzindo nossa pegada
de carbono e contribuindo para a preservação do meio ambiente. Em vista dessas considerações,
recomendo que a empresa tome medidas imediatas para corrigir o fator de potência dos
equipamentos, por meio da instalação de capacitores nos circuitos de alimentação dos motores
elétricos. Essa ação irá resultar em uma melhoria substancial em nossa eficiência energética, redução
de custos e um impacto positivo no meio ambiente.
Atenciosamente,
Wallace Caldeira Pereira, Aluno Tec. Eletrotécnica.
Palavras-chave: fator de potência, eficiência energética, consumo de energia reativa, perdas
elétricas, capacitores, sustentabilidade ambiental.
Referências
Boylestad, Robert L.
Introdução à análise de circuitos / Robert L. Boylestad;
Revisão técnica Benedito Donizete Bonatto;
Tradução Daniel Vieira e Jorge Ritter. – 12. ed. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.

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