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LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA ANALÓGICA

PRÁTICA 07: O TBJ OPERANDO COMO AMPLIFICADOR DE SINAIS

Alunos:
Yago Castro dos Reis

Turma: 2C

Professor:

Demercil de Souza Oliveira Junior

Wilkey Bezerra Correia

Fortaleza, 31 de Maio de 2022


O TBJ OPERANDO COMO AMPLIFICADOR DE SINAIS
1. OBJETIVOS

O objetivo principal desta prática é o projeto e a análise do TBJ tipo NPN operando como
amplificador de sinais mediante simulação e experimentação.

2. RESUTADOS DE PRE-LABORATÓRIO

2.1. Projeto do Circuito

Figura 1. (a) Circuito amplificador configuração emissor-comum, (b) circuito utilizado


para análise de polarização CC, e (c) circuito utilizado para análise CA.

Fonte: Eletrônica Analógica: Práticas de Laboratório.


Figura 02 - Esquemático a ser montado durante o experimento.

Fonte: Eletrônica Analógica: Práticas de Laboratório.

2.2. Materiais e Instrumentos a serem utilizados.

1. Especificações
• Polarizar o TBJ BC546 para que opere como amplificador de sinal.
Considerações para Montagem e Cálculos
• Vcc = 20 [V] [Tensão contínua da fonte]
Para realizar a análise de polarização CC, assumir o ponto de operação “Q” mostrada
naFigura 3, e que proporciona os seguintes dados:
• IcQ = 27 [mA] (Corrente de coletor no ponto de operação “Q”)
• IbQ = 100 [A] (Corrente de base no ponto de operação “Q”)
• VceQ = 8 [V] (Tensão coletor-emissor no ponto de operação “Q”).
Dimensionar o resistor R4 para que a tensão de entrada do amplificador fique com
umaamplitude de 20 mV considerando uma onda senoidal vinda do gerador de sinais:
• vipk = 20 [mV] (Amplitude da tensão de entrada senoidal).
• f = 10 [kHz] (Freqüência do pequeno sinal com formato senoidal).
Para dimensionar os resistores Rb, Rc, Re, R1 e R2, usar o método aproximado do livro
Boylestad. Um dos critérios indica que a tensão no terminal emissor do TBJ, que chega
a ser nos terminais do resistor Re, deve ser um décimo da tensão Vcc, ou seja, Ve=2 V.
Materiais
• Q1: BC546 (TBJ tipo NPN)
• Rb = ??? [k]/ 0,25 [W] (Resistor)
• Rc = ??? []/ 0,25 [W] (Resistor)
• Re = ??? []/ 0,25 [W] (Resistor)
• R1 = ??? [k]/ 0,25 [W] (Resistor)
• R2 = ??? []/ 0,25 [W] (Resistor)
• R3 = 47 []/ 0,25 [W] (Resistor)
• R4 = ??? [k]/ 0,25 [W] (Resistor)
• RL = 10 [k]/ 0,25 [W] (Resistor)
• C1 = 10 [F]/ 35 [V] (Capacitor eletrolítico)
• C2 = 10 [F]/ 35 [V] (Capacitor eletrolítico)
• Ce = 100 [F]/ 35 [V] (Capacitor eletrolítico)
Instrumentos de Medição e Fontes
Os instrumentos e os equipamentos utilizados nesta prática são listados a seguir:
• Voltímetro (1)
• Fonte de tensão CC (1)
• Gerador de sinais (1)
• Osciloscópio (1)
2.3. Questões do Pré-laboratório

(a) Usando os dados fornecidos no item anterior, dimensionar os componentes indicados.


Calculando o valor de 𝛽:
𝐼𝐶𝑄 27𝑚
𝛽= = = 270
𝐼𝐵𝑄 100𝜇
𝜷 = 270
Determinando a resistência 𝑅𝐸 :
𝐼𝐸𝑄 = (𝛽 + 1) ⋅ 𝐼𝐵𝑄 = 27,1 𝑚𝐴
𝑉𝐶𝐶
𝑉𝑅𝐸 = = 2𝑉
10
𝑽𝑬𝑸
𝑹𝑬 = = 𝟕𝟑, 𝟖 𝛀
𝑰𝑬𝑸
Calculando 𝑉𝐵 :
𝑉𝐵 = 𝑉𝐸 + 𝑉𝐵𝐸 = 2 + 0,7 𝑉 = 2,7 𝑉
𝑽𝑩 = 𝟐, 𝟕 𝑽
Determinando a resistência 𝑅2 :
𝛽 ⋅ 𝑅𝐸 ≥ 10 ⋅ 𝑅2
𝑅𝐸 73,8
𝑅2 = 𝛽 ⋅ → 270 ⋅
10 10
𝑹𝟐 = 𝟏𝟗𝟗𝟐 𝛀
𝑉𝐵 2,7
𝐼𝑅2 = = = 1,36 𝑚𝐴
𝑅2 1992

Determinando a resistência 𝑅1 :
𝑅1 𝑉𝐶𝐶 ⋅𝑅2 −𝑉𝐵 ⋅𝑅2
𝑉𝐵 = 𝑉𝐶𝐶 ⋅ 𝑅 → 𝑉𝐵 ⋅ 𝑅1 + 𝑉𝐵 ⋅ 𝑅2 = 𝑉𝐶𝐶 ⋅ 𝑅2 → 𝑅1 =
1 +𝑅2 𝑉𝐵

𝑅2 (𝑉𝐶𝐶 − 𝑉𝐵 ) 1992( 20 − 2,7)


𝑅1 = → 𝑅1 =
𝑉𝐵 2,7
𝑅1 = 12763 𝛀

𝐼𝑅1 = 𝐼𝑅2 + 𝐼𝐵𝑄 = 1,46 𝑚𝐴

Determinando Rc:
𝑉𝐶𝐶 − 𝑉𝐶𝐸𝑄 − 𝑉𝐸
𝑅𝐶 = = 370 Ω
𝐼𝐶𝑄
Realizando a análise CA:
𝑉𝑇 26 𝑚
𝑅𝛑 = 𝐼 → 𝑅𝛑 = 100 µ = 260 Ω
𝑏𝑄

𝐼𝑐𝑄 27 𝑚
𝑔𝑚 = → 𝑔𝑚 = 26 𝑚 = 1.038 𝑆
𝑉𝑇

𝑅1 ∙𝑅2 ∙𝑅𝛑
𝑍𝑖 = = 266,03 Ω
𝑅1 ∙𝑅2 +𝑅1 ∙𝑅𝛑 +𝑅2 ∙𝑅𝛑

𝑅𝟒 = 10 ∙ 𝑅𝟑 = 470 Ω
𝑍0 = (𝑅𝟒 //𝑅𝐋 ) = 357,14 Ω
(𝑅𝟒 //𝑍𝑖 )+𝑅𝟑
𝑉𝑝𝑘 = 𝑉𝑖𝑝𝑘 = 26,16 mV
(𝑅𝟒 //𝑍𝑖 )

(b) Usando os valores calculados e simulando o circuito da Figura 1(b), verificar os


parâmetros do ponto de operação “Q”. As grandezas devem ser próximos aos dados
fornecidos no Item 4.
Figura 02 – Simulação do circuito da Figura (b) no software multisim.

Fonte: Elaborado pelo autor.


(c) Caso exista muita divergência de resultados, refazer o projeto usando as curvas da
característica de saída Ic=f(Vce) geradas mediante simulação.

Realizado a simulação do circuito utilizando o software Multisim e comparando os resultados,


pode-se concluir que os valores obtidos foram aproximados.

(d)
Após a verificação do ponto de operação correspondente a análise de polarização CC,
fazer a análise teórica para determinar os parâmetros de pequeno sinal, que são, ganho
de tensão, ganho de corrente, impedância de entrada e impedância de saída.
Utilizando o modelo Pi-Híbrido

𝑍𝑖 = (𝑅𝟏 //𝑅𝟐 //𝑅𝐩 ) = 226 Ω


𝑍0 = (𝑅𝐜 //𝑅𝐨 //𝑅𝐋 ) = 357 Ω
𝐴𝑉 = −𝑔𝑚 ∙ 𝑍0 = 168 V/V
𝑍
𝐴𝑖 = 𝐴𝑉 ∙ 𝑅 𝑖 = 8.3 A/A
𝐋

(e) Logo, montar o circuito completo incluindo a fonte de pequeno sinal, vi, os
capacitores eletrolíticos com as polaridades indicadas e a resistência de carga.
Posteriormente, anotaros valores na Tabela 1.

Figura 03 – Circuito completo da prática simulado no software multisim.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Tabela 1. Resultados: teórico, simulado.
Valores de tensão (pico a pico teórico, simulado e experimental) [mV]

Teórico Simulado

Ponto 1 20 [mV] 20.2 [mV]

Ponto 2 4000 [mV] 3720) [mV]

Parâmetros do modelo de pequenos sinais

Teórico Simulado

Av (ganho de tensão) -168[V/V] -182.3[V/V]

8.3 7.0[A/A]
Ai (ganho de corrente)

Zi (impedância de
226 383.3[Ω]
entrada)
357 326.8[Ω
Zo (impedância de saída)
Fonte: Elaborado pelo autor.
(f) Fazer uma análise comparativa entre os resultados teóricos e simulados.

A partir dos resultados obtidos para os dois métodos utilizados para a elaboração do pré-
laboratório pode-se identificar uma semelhança visto que os resultados foram aproximados.
3. RESUTADOS EXPERIMENTAIS

3.1. Circuito de Montagem

Figura 04 – Configuração do circuito para análise CC

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 05 – Circuito Amplificador montado em laboratório

Fonte: Elaborado pelo autor.


3.2. Resultados Experimentais

Para montagem do circuito foi utilizado os resistores apresentados na figura 05,


inicialmente foi montado o circuito com a polarização CC da Figura 1b requerimento referente a
essa prática conforme a figura 06, com essa montagem foi ajustado a fonte Vcc para 20 V,
conforme pode ser visto na figura 07. Dessa forma, foi ajustado a frequência no gerador de função,
assim como a tensão especificada para o gerador de função é muito baixa, durante essa parte do
procedimento foi identificado muitos ruídos no sinal conforme foi ilustrado na figura 12, porém
foi possível realizar e obter uma medição aproximada, utilizando os cursores do osciloscópio para
verificar a amplitude da onda senoidal sem a interferência dos ruídos presentes no ambiente ou no
material utilizado. Em suma, utilizando o valor comercial mais aproximado para o valor de R4
obtendo uma tensão muito baixar, o que foi considerado um valor aproximado. Dessa forma, com
a construção do circuito completo foi possível medir as tensões nos pontos 1e 2 e obter o principal
objetivo dessa prática.

Pode-se verificar que a tensão de saída tem o sinal oposto ao de entrada e amplitude
ampliada, mas mantém a mesma fase e frequência, observando a figura 13. Assim, observando de
forma prática a funcionalidade do TBJ NPN operando como um amplificador de sinais, conforme
foi apresentado na figura 13, na figura 14 também foi identificado a saída amplificado porém com
valores mais distantes dos resultados simulados.

Obtendo Zo e Ao:

𝑉𝑜 6,64 [𝑉] 𝑉𝑜 6,64 [𝑉]


𝐼𝑅𝐶 = = = 27,03 [mA] 𝐼𝑅𝐿 = = 10 [𝑘𝛀] = 0,664 [mA]
𝑅𝐶 390 [𝛀] 𝑅𝐿

𝑉𝑜
𝑍𝑜 = = 375,4 [𝛀]
𝐼𝑅𝐶 + 𝐼𝑅𝐿

𝑉𝑜 6,64 [𝑉]
𝐴𝑣 = = 40 [𝑚𝑉] = 166 [V/V]
𝑉𝑖
Figura 06 – Resistores utilizados no procedimento experimental.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 07 – Polarização CC do TBJ, montagem do circuito da Figura 1b.

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 08 – Ajuste da tensão Vcc para 20 V.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Figura 09 – Ajuste da frequência no gerador de função e configurações.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 10 - Regulação da tensão Vg.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 11 – Ajuste do gerador de função para 20 mV.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Figura 12 – Ruídos na medição de 20 mV.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 13 –Tensão de entrada (amarelo) e tensão de saída (Azul).

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 14 –Tensão de entrada (amarelo) e tensão de saída (Azul)

Fonte: Elaborado pelo autor


Tabela 2.- Resultados: teórico, simulado e experimentais.
Valores de tensão (pico a pico teórico, simulado e experimental) [mV]

Teórico Simulado Experimental

Ponto 1 20) [mV] 20.2) [mV] 40.0) (Vpp)[mV]

Ponto 2 4000) [mV] 3720) [mV] 6640 (Vpp)[mV]

Parâmetros do modelo de pequenos sinais

Teórico Simulado Experimental

Av (ganho de tensão) -168[V/V] -182.3[V/V] -166 [V/V]

8.3 7.0[A/A] -
Ai (ganho de corrente)
226 383.3[Ω] -
Zi (impedância de
entrada)
357 326.8[Ω 375.36[Ω]
Zo (impedância de saída)
Fonte: Elaborado pelo autor.
4. QUESTIONÁRIO DA PRÁTICA

Questão (1): Apresente as formas de onda de tensão experimentais nos pontos 1 e 2 conforme a
Figura 2, e comente os resultados. Saiba que o sinal de saída é invertido em relação ao sinal de
entrada.
Figura 15 – Formas de onda de tensão experimentais nos pontos 1 e 2.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 16 – Medição da amplitude das formas de onda nos pontos 1 (amarelo) e 2(Azul)
utilizando os cursores.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Na figura 16 é possível visualizar as formas de onda de tensão obtidas em cada ponto, no
ponto 1 em amarelo e no ponto 2 em azul, a partir dessa imagem é possível identificar que elas
estão defasadas de 180°, ou seja, o ponto 2 de operação estar invertido em referencia ao ponto 1,
comportamento que é esperado para esse circuito, se comportando como um porta NOT.
Ademais, na figura 00, é apresentado a medição das formas de onda de tensão para cada ponto
desejado, utilizando a função “cursors” do osciloscópio para atingir uma medição aproximada
do valor resultante no procedimento experimental, visto que na opção mesure o valor apresentado
leva em consideração a presença de ruídos na medição.

Questão (2): Apresente o equacionamento em forma literal referente aos parâmetros do modelo
de pequenos sinais para o circuito proposto na Figura 1(c).
Para o circuito da figura 1(c)
Figura 17 – Circuito para o modelo de pequenos sinais do TBJ NPN.

Fonte: Eletrônica Analógica - Práticas de Laboratório.

I. Determinar o ponto de operação do TBJ (Ponto Q)


II. Calcular 𝑔𝐦 , 𝑅𝛑 , 𝑅𝐞 e 𝑅𝐨 (se necessário)
III. Anular todas as fontes CC (Fontes de tensão tornam-se curto-circuito e fontes de
corrente, circuitos abertos)
IV. Substituir o TBJ pelo modelo mais conveniente (𝛑 ou T)
V. Determinar as grandezas de interesse através do circuito resultante (ganho, impedância
de entrada e de saída, etc)
𝑅𝛑 ∙ 𝑅𝟏 ∙ 𝑅𝟐
𝑍𝑖 =
𝑅𝟏 ∙ 𝑅𝟐 + 𝑅𝟏 ∙ 𝑅𝛑 + 𝑅𝛑 ∙ 𝑅𝟐

1 1 −1
𝑍𝑜 = ( + )
𝑅𝑐 𝑅𝐿

𝐴𝑣 = −𝑔𝑚 ∙ 𝑍𝑜

𝐴𝑣
𝐴𝑖 = 𝑍𝑖 ∙ (𝑔𝑚 + )
𝑅𝑐
Questão (3): Após uma pesquisa, mostrar pelo menos 5 (cinco) circuitos de amplificadores de
áudio de diferentes classes.

Figura 18 – Características das classes de amplificação mais comuns em áudio

Classe A:
Figura 19 – Amplificador Classe-A.

Fonte: MARQUES, 2022.

Esse tipo de amplificador utiliza um transistor de comutação de saída (Bipolar, IGBT, FET
entre outros) para projetar. Os amplificadores de classe A, são considerados uma boa opção para
aparelhos de alta fidelidade, pois apresentam em seu funcionamento uma alta linearidade, também
apresentam excelentes ganho e níveis baixos de distorção de sinal. Porém, devido a perda contínua
de potência, esses amplificadores esquentam consideravelmente, por isso apresentam uma
eficiência energética de 30 % quando estão operando em potência máxima.
Classe B:

Figura 20– Amplificador Classe-B

Fonte: MARQUES, 2022.

Conforme foi comentando referente ao funcionamento do amplificador de classe A em


máxima potência apresenta uma eficiência baixa, os amplificadores de classe B foram
desenvolvimento como solução para garantir uma eficiência energética evitando o aquecimento
excessivo no estado de alta potência. Esse tipo de amplificador geralmente é montado utilizando
dois transistores como na figura 00, que são complementares ou bipolares de FET para operar em
cada metade da saída da onda, o que significa que cada um conduz em seu momento com ângulo
de 180°, sua saída é configurada para operar como um sistema de “push-pull”, ou seja,

Os amplificadores classe B foram desenvolvidos como uma forma de solução para a


eficiência energética e o aquecimento excessivo dos projetos de classe "A". Geralmente, em
amplificadores B utiliza-se dois transistores complementares ou bipolares de FET para cada
metade da onda, onde seu estágio de saída é configurado para funcionar com um sistema de "push-
pull". Desta forma, cada transistor irá amplificar somente metade da onda do sinal de saída.

Quando o sinal de entrada fica positivo, o transistor polarizado positivamente conduz


enquanto o negativo é desligado. Desta forma, cada transistor fica metade do tempo desligado, ou
seja, possui um ângulo de condução de 180°. Com isso, os amplificadores de classe B são
aproximadamente 50% mais eficientes comparado aos de classe A.
Embora os amplificadores classe B sejam mais eficientes e esquentam menos que os classe
A, pode haver uma distorção no ponto de cruzamento zero da onda, momento onde o sinal "pula"
de um transistor para o outro. Para superar essa distorção, também chamada de distorção de
crossover), foi desenvolvido o amplificador classe AB.

Classe AB:
Figura 21 - Amplificador Classe-AB

Fonte: MARQUES, 2022.

Esse tipo de amplificador combina o amplificador de classe A com o amplificador de classe


B. Esse amplificador é basicamente um meio termo entre esses amplificadores, tendo uma
diferença no funcionamento onde ambos os transistores da sua montagem podem conduzir ao
mesmo tempo no ponto de cruzamento de onda, assim, eliminando o problema da distorção de
crossover do amplificador classe B
A grande vantagem do projeto de um amplificador classe AB está na solução do problema
de distorção que o amplificador classe B. Além disso, ele mantém a superioridade que a
amplificador classe B tinha comparado ao amplificador classe A na eficiência energética e no
aquecimento, como pode ser verificado na tabela da figura 18. A eficiência energética de um
amplificador classe AB chega a ser de 50% a 60% em média.
Nesse tipo de amplificador, o transistor ficará ligado por mais de meio ciclo, assim, ele terá
um ângulo de condução de mais de 180°. Porém, como existe uma associação ele não ficará ligado
o tempo inteiro como um transistor do tipo A, então seu ângulo de condução será menor que 360°
Classe: C

Figura 22 – Amplificador Classe-C

Fonte: MARQUES, 2022.

Os amplificadores de áudio da classe C tem uma maior eficiência, porém a linearidade


não estar presente no funcionamento desses amplificadores, as classes anteriores (A, B e AB) são
considerados amplificadores lineares, pois a amplitude e fase dos sinais de saída estão linearmente
relacionadas à amplitude e fase dos sinais de entradas. Existe uma forte polarização nos
amplificadores de classe C de modo que a corrente de saída seja zero por tempo que ultrapassa
metade um ciclo de sinal senoidal da onda de entrada com transistor ocioso em seu ponto de corte.
Dessa forma, o ângulo de condução dos transistores de classe C é menor do que 180° e geralmente
está em torno da área de 90° graus

Como esse tipo de amplificador de áudio possui uma característica de forte distorção de
áudio, esses amplificadores são utilizados em osciladores de onda senoidal de alta frequência e
certos tipos de amplificadores de frequência de rádio, onde os pulsos de corrente produzidos na
saída do amplificador podem ser convertidos em ondas senoidais completas de uma determinada
frequência pelo uso de circuitos ressonantes LC em seu circuito coletor.
Classe H :

Figura 23 – Amplificador da classe H

Fonte: MARQUES, 2022.

Esse tipo de amplificador é uma versão de um amplificador da classe-G, porém com um


método de aumentar de forma dinâmica através de alimentação n(ao invés de mudar para outro
bloco de alimentação), o mecanismo usual é uma forma de bootstrapping. Alguns exemplos
clássicos de classe H são as Crest Audio CA-12 / CA-18 e as Ciclotron TIP3000 / TIP5000, que
utilizavam tensões linearmente variáveis (por métodos analógicos).
Esse tipo de amplificadores são projetados para trabalhar de forma bastante eficaz na faixa
dos graves, tendo a possibilidade de alta potência com segurança, qualidade, qualidade e
fidelidade. Referente à eficiência, segundo a tabela da figura 18 apresentam uma alta eficiência,
com resultados melhores que os da classe AB, chegando à marca dos 80%
Questão (4): Após uma pesquisa, explicar o princípio de funcionamento do amplificador classe
D. Recomendo buscar notas de aplicação de fabricantes de semicondutores ou referência
confiável.
Figura 24 – Amplificador classe D.

Fonte: MARQUES, 2022.

Esse tipo de amplificador digital também é denominado como amplificador digital, seu
princípio de funcionamento é baseado na técnica de modulação por largura de pulso (PWM).
Esse tipo de amplificador é utilizado em aplicações que exigem um rendimento como em
multimídia ou telefonia. Com o avanço tecnológico referente a fabricação de transistores de alta
velocidade, vem melhorando os resultados do áudio na aplicação desses amplificadores.

De acordo com a figura 18 é mostrado que a eficiência desse amplificador é alta,


porém por questões de funcionamento apresenta algumas dificuldades práticas, visto que seu
funcionamento só apresenta uma alta qualidade em frequências altas.
Questão (5): Após uma pesquisa, explicar como é feita a medição da potência dos
amplificadores de áudio e quê unidades de medição são usadas.

Figura 25 – Esquemático para medir a potência de um amplificador de áudio.

Fonte: SOMBOX, 2015

É importante conhecer o procedimento de como mensurar a potência real de um


amplificador de áudio para garantir a eficiência perante as especificações de potência descritas
sobre o produto. Para obter a potência de um amplificador de áudio deve-se seguir o esquemático
ilustrado como exemplo na figura 25, utilizando um resistor de 4 ou 8 ohms, importante ressaltar
que a dissipação da potência medida em Watts [W] segundo o Sistema Internacional de Unidades,
essa potência deve ser de 50 a 100 Watts, no caso de amplificadores que apresentarem uma
potência acima de 500 W deve-se usar resistores associados.

Seguindo o esquemático, injetando assim na entrada do amplificador um sinal de 400 Hz


ou 1 kHz que pode-se utilizar um gerador de função considerando seu funcionamento total para
obter a potência total. Assim, usando um multímetro na escala de tensões alternadas deve-se então
medir a tensão sobre o resistor que será alocado sobre a saída do amplificador de áudio. Dessa
forma, obtido as grandezas necessárias pode-se utilizar a equação 2 é obtido a potência rms, a
partir desse valor pode-se obter a potência pico a pico e a potência de pico com a equações 3 e 4
respectivamente.
𝑉 =𝑅 ∙𝑖 (1)

𝑉2
𝑃= (2)
𝑅

𝑃𝑃𝑃 = 𝑃 ∙ 2√2 (3)

𝑃𝑃 = 𝑃 ∙ √2 (4)

5. CONCLUSÕES

Em suma, advento da realização dessa prática foi possível ampliar os conhecimentos


referente ao TBJ tipo NPN, aprendendo referente o seu funcionamento operando como um
amplificador de sinais, efetuando inicialmente estudos teóricos que permitiram entender o circuito
que compõem essa prática e realizar o dimensionamento dos componentes dessa prática conforma
os parâmetros desejados para serem obtidos. Dessa maneira, para confirmar e comparar os dados
teóricos obtidos foram utilizados dois métodos apresentados (simulação e experimental), onde na
simulação foi utilizado o software Multisim, verificando a relação entre as grandezas envolvidas
(tensão e corrente) e os valores dimensionados para os componentes,

Por conseguinte, na parte experimental foram encontradas algumas conforma apresentado


na figura 12, apresentado alguns ruídos na medição da tensão de 20 mV do gerador de função, por
se tratar de uma tensão muito baixa então durante a medição teve a influência de ruídos externos
capturados pelo instrumento de medição, porém utilizando a função cursor do osciloscópio foi
possível medir a amplitude da onda e obter uma aproximação mais verídica e adquirir um valor
mais próximo da simulação e do valor teórico. Dessa forma, pode-se confirmar que o objetivo
principal da prática foi atingido, verificando de forma prática a funcionalidade do TBJ NPN
operando como um amplificador de sinais, conforme foi apresentado na figura 13, na figura 14
também foi identificado a saída amplificado porém com valores mais distantes dos resultados
simulados.

. Ademais, a partir do questionário dessa prática, foi possível aprender mais sobre os tipos
de TBJ’s, identificando também as classes dos amplificadores de áudio, compreendendo como
obter o cálculo para a medição da potência dos amplificadores. Assim, pode-se compreender as
diferentes aplicações do TBJ e suas funções, aprendendo também de forma e tendo conhecimento
da importância desses componentes para algumas aplicações dentro do mundo da eletrônica.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VALERI, Vitor. Oficina da net: O que é um amplificador classe A, B, A/B ou D?. 2022. Disponível
em: https://www.oficinadanet.com.br/headphones/40523-o-que-e-amplificador-classe-a-b-a-b-
ou-d. Acesso em: 04 jun. 2022.

BOYLESTAD, Robert L.; NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teorias de Circuitos.


11. ed São Paulo; Pearson, 2013, 783 p.

MARQUES, Jemerson. Classes de Amplificadores: As Principais Características dos


Amplificadores de Áudio!. 2022. Disponível em: https://www.fvml.com.br/2019/06/tipos-e-
classes-de-amplificadores-de.html. Acesso em: 04 jun. 2022.

JÚNIOR, Demercil de Sousa Oliveira; BASCOPÉ, René Pastor Torrico. Eletrõnica Analogica:
Práticas de Laboratório: Universidade Federal do Ceará, 2022.

SOMBOX: Aprenda a medir a potência de qualquer amplificador de áudio. 2015. Disponível


em: https://sombox.com.br/2015/09/aprenda-a-medir-a-potencia-de-qualquer-amplificador-de-
potencia/. Acesso em: 04 jun. 2022.

Notas de aula do professor Demercil

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