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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA QUÍMICA

Termodinâmica II – Lista II – Questões 1 a 6

Alunos:

David Jhonata Almeida Ferreira – 119110928

Gabriel Fialho de França Araújo Silva - 119110225


1) Um recipiente, dividido em duas partes por uma divisória, contém 4 mol de gás nitrogênio a 75°C e 30
bar de um lado e 2,5 mol de gás argônio a 130°C e 20 bar do outro. Se a partição for removida e os
gases se misturam adiabaticamente e completamente, qual será a variação da entropia? Suponha que o
nitrogênio seja um gás ideal com CV = (5/2)R e o argônio seja um gás ideal com CV = (3/2)R.

Dados: Sistema adiabático, fechado e de volume constante. R = 8,314 J/mol.K


Para o Nitrogênio: Para o Argônio:
nN2 = 4 mols n Ar = 2,5 mols
TN2 = 348,15 K T Ar = 403,15 K
PN2 = 30 bar P Ar = 20 bar

Calculando o número de mols total:


Calculando a fração molar da mistura:

Relação para concentração:

Temperatura da mistura:

Com isso, pode-se encontrar a temperatura de mistura por:


Pela equação dos gases ideais:

Dessa forma:
Por fim, o cálculo da entropia total:

• Para os componentes:

• Para a mistura:

A entropia total será:


2) Uma corrente de nitrogênio fluindo a uma taxa de 2 kg·s-1 e uma corrente de hidrogênio fluindo a uma
taxa de 0,5 kg·s-1 misturam-se adiabaticamente em um processo de fluxo constante. Se os gases são
considerados ideais, qual é a taxa de aumento de entropia como resultado do processo?

Dados fornecidos na questão:


 Número de espécies (n): 2.
 Fluxos mássicos:

 Massas molares: e

Com os dados fornecidos é possível calcular os fluxos molares por:


E o fluxo molar total é dado por:

Dessa forma, as frações molares serão:

Portanto, a taxa de aumento da entropia será:


3) Calcular a carga térmica que opera com o objetivo de elevar a temperatura de uma corrente equimolar
de propano-pentano de 75°C e 2 bar para 100°C e 1,9 bar. Nessas condições, considerar a fase vapor
ideal e usar como referência as condições de entrada do trocador.

Como a questão pede, apenas é considerada a idealidade, isto é, para a mistura, o cálculo de variação
de entalpia se dá por , onde , no qual e é definido pelas constantes A, B e C que são tabeladas (tabela C.1 – Van
Ness) e variam de acordo com a espécie.
Analisando a tabela C.1, podemos retirar os seguintes dados:

1 - Propano: 2 - Pentano:

Uma vez que não existe trabalho no sistema, o cálculo da entalpia ideal, considerando a temperatura de
entrada como referência, se dá por:
𝑖𝑔
∆ 𝐻 =𝐻 2 − 𝐻 1
𝐻 1= 𝑦 1 ,1 𝐻 1 ,1 + 𝑦 2 ,1 𝐻 2 ,1 𝐻 2 =𝑦 1 , 2 𝐻 1 , 2+ 𝑦 2 , 2 𝐻 2 , 2

𝑇1 𝑇2

𝐻 1 ,1 =𝐻 𝑅𝐸𝐹 + ∫ 𝐶𝑝 𝑖𝑔
1 𝑑𝑇 𝐻 1 , 2=𝐻 𝑅𝐸𝐹 + ∫ 𝐶𝑝 𝑖𝑔
1 𝑑𝑇
𝑇 𝑅𝐸𝐹 =𝑇 1 𝑇 𝑅𝐸𝐹 =𝑇 1

𝑇1 𝑇2

𝐻 2 , 1=𝐻 𝑅𝐸𝐹 + ∫ 𝑖𝑔
𝐶𝑝 𝑑𝑇
2
𝐻 2 , 2=𝐻 𝑅𝐸𝐹 + ∫ 𝐶𝑝 𝑖𝑔
2 𝑑𝑇
𝑇 𝑅𝐸𝐹 =𝑇 1 𝑇 𝑅𝐸𝐹 =𝑇 1
Logo, o cálculo de entalpia parcial é:

Calculando o termo é:

𝑇 2 =373, 15
𝑔𝑖
∆ 𝐻 =𝑅 ∫ ( 1,213+ 28,875 ∙10 −3 𝑇 − 8,824 ∙ 10−6 𝑇 2 ) 𝑑𝑇
𝑇 1 =348, 15

( )
−3 −6 37315
𝑔𝑖 28,875 ∙10 2 8,824 ∙ 10 3
∆ 𝐻 =8 3 , 14 ∙ 1,213 𝑇 + 𝑇 − 𝑇
2 3 348, 15

𝑔𝑖 𝑐𝑚3 𝑏𝑎𝑟
∆ 𝐻 𝑃𝑟𝑜𝑝 = 21779,740
𝑚𝑜𝑙
Calculando o termo :
𝑇 2 =373, 15

∆ 𝐻 =𝑅 𝑔𝑖
∫ ( 2,464 + 45,351∙ 10− 3 𝑇 −14,111∙ 10− 6 𝑇 2 ) 𝑑𝑇
𝑇 1 =348, 15

( )
448 ,15
𝑔𝑖 45,351∙ 10− 3 2 14,111∙ 10− 6 3
∆ 𝐻 =8 3 , 14 ∙ 2,464 𝑇 + 𝑇 − 𝑇
2 3 423 ,15
3
𝑔𝑖 𝑐𝑚 𝑏𝑎𝑟
∆ 𝐻 𝑃𝑒𝑛𝑡 =35300,636
𝑚𝑜𝑙

Uma vez calculadas as “entalpias parciais” de cada espécie, agora é calculada a entalpia ideal que
variou no processo, calculada da forma anteriormente mencionada:

Como a corrente é equimolar, , logo:

3
𝑖𝑔 𝑐𝑚 𝑏𝑎𝑟 𝐽
∆𝐻 = 28540,188 = 2854,019
𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑜𝑙
4) Calcular a carga térmica que opera com o objetivo de elevar a temperatura de uma corrente equimolar
de propano-pentano de 75°C e 2 bar para 100°C e 1,9 bar. Nessas condições, considerar a fase vapor
ideal e usar como referência 25°C e 1 bar.

Todo o cálculo é feito de forma similar à questão anterior, a diferença se dá no cálculo da entalpia
parcial, que agora será calculada pela diferença de entalpia para cada ponto, tomando como referência
a temperatura ambiente.
Analisando a tabela C.1, podemos retirar os seguintes dados:

1 - Propano: 2 - Pentano:

Uma vez que não existe trabalho no sistema, o cálculo da entalpia ideal, considerando a temperatura de
entrada como referência, se dá por:
𝑖𝑔
∆ 𝐻 =𝐻 2 − 𝐻 1
𝐻 1= 𝑦 1 ,1 𝐻 1 ,1 + 𝑦 2 ,1 𝐻 2 ,1 𝐻 2 =𝑦 1 , 2 𝐻 1 , 2+ 𝑦 2 , 2 𝐻 2 , 2

𝑇1 𝑇2

𝐻 1 ,1 =𝐻 𝑅𝐸𝐹 + ∫ 𝐶𝑝 𝑖𝑔
1 𝑑𝑇 𝐻 1 , 2=𝐻 𝑅𝐸𝐹 + ∫ 𝐶𝑝 𝑖𝑔
1 𝑑𝑇
𝑇 𝑅𝐸𝐹 𝑇 𝑅𝐸𝐹

𝑇1 𝑇2

𝐻 2 , 1=𝐻 𝑅𝐸𝐹 + ∫ 𝑖𝑔
𝐶𝑝 𝑑𝑇
2
𝐻 2 , 2=𝐻 𝑅𝐸𝐹 + ∫ 𝐶𝑝 𝑖𝑔
2 𝑑𝑇
𝑇 𝑅𝐸𝐹 𝑇 𝑅𝐸𝐹
Logo, o cálculo de entalpia parcial é:

Pela propriedade de integral e considerando e :

Esse termo é igual ao obtido na questão anterior, logo o cálculo é igual e o resultado o mesmo.
Calculando o termo é:

𝑇 2 =373, 15

∆ 𝐻 =𝑅
𝑔𝑖
∫ ( 1,213+ 28,875 ∙10 −3 𝑇 − 8,824 ∙ 10−6 𝑇 2 ) 𝑑𝑇
𝑇 1 =348, 15

( )
373, 15
𝑔𝑖 28,875 ∙10 −3 2 8,824 ∙ 10− 6 3
∆ 𝐻 =8 3 , 14 ∙ 1,213 𝑇 + 𝑇 − 𝑇
2 3 348, 15

3
𝑔𝑖 𝑐𝑚 𝑏𝑎𝑟
∆ 𝐻 𝑃𝑟𝑜𝑝 = 21779,740
𝑚𝑜𝑙
Calculando o termo :
𝑇 2 =373, 15

∆ 𝐻 𝑔𝑖= 𝑅 ∫ ( 2,464 + 45,351∙ 10− 3 𝑇 −14,111∙ 10− 6 𝑇 2 ) 𝑑𝑇


𝑇 1 =348, 15

( )
373 ,15
𝑔𝑖 45,351∙ 10− 3 2 14,111∙ 10− 6 3
∆ 𝐻 =8 3 , 14 ∙ 2,464 𝑇 + 𝑇 − 𝑇
2 3 348 ,15

𝑔𝑖 𝑐𝑚3 𝑏𝑎𝑟
∆ 𝐻 𝑃𝑒𝑛𝑡 =35300,636
𝑚𝑜𝑙
Uma vez calculadas as “entalpias parciais” de cada espécie, agora é calculada a entalpia ideal que
variou no processo, calculada da forma anteriormente mencionada:

Como a corrente é equimolar, , logo:

3
𝑖𝑔 𝑐𝑚 𝑏𝑎𝑟 𝐽
∆𝐻 = 28540,188 = 2854,019
𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑜𝑙
5) Calcular a carga térmica que opera com o objetivo de elevar a temperatura de uma corrente equimolar
de propano-pentano de 150°C e 27 bar para 175°C e 26,75 bar. Usar a equação de Van der Waals para
considerar a não idealidade da fase vapor.

Sabendo que dH = dQ – W e não existe trabalho nesse sistema, a carga térmica é definida unicamente
pela diferença de entalpia, calculada pela soma entre a entalpia residual e entalpia ideal, que se dá por ,
onde , similarmente às questões anteriores, é dado pela equação e definido pelas constantes A, B e C
que são tabeladas (tabela C.1 – Van Ness) e variam de acordo com a espécie.
Analisando a tabela C.1, podemos retirar os seguintes dados:

1 - Propano: 2 - Pentano:

Uma vez que não existe trabalho no sistema, o cálculo da entalpia ideal, considerando a temperatura de
entrada como referência, se dá por:
𝑖𝑔
∆ 𝐻 =𝐻 2 − 𝐻 1
𝐻 1= 𝑦 1 ,1 𝐻 1 ,1 + 𝑦 2 ,1 𝐻 2 ,1 𝐻 2 =𝑦 1 , 2 𝐻 1 , 2+ 𝑦 2 , 2 𝐻 2 , 2

𝑇1 𝑇2

𝐻 1 ,1 =𝐻 𝑅𝐸𝐹 + ∫ 𝐶𝑝 𝑖𝑔
1 𝑑𝑇 𝐻 1 , 2=𝐻 𝑅𝐸𝐹 + ∫ 𝐶𝑝 𝑖𝑔
1 𝑑𝑇
𝑇 𝑅𝐸𝐹 =𝑇 1 𝑇 𝑅𝐸𝐹 =𝑇 1

𝑇1 𝑇2

𝐻 2 , 1=𝐻 𝑅𝐸𝐹 + ∫ 𝑖𝑔
𝐶𝑝 𝑑𝑇
2
𝐻 2 , 2=𝐻 𝑅𝐸𝐹 + ∫ 𝐶𝑝 𝑖𝑔
2 𝑑𝑇
𝑇 𝑅𝐸𝐹 =𝑇 1 𝑇 𝑅𝐸𝐹 =𝑇 1
Logo, o cálculo de entalpia parcial é:

Calculando o termo é:

𝑇 2 =448 ,15
𝑔𝑖
∆ 𝐻 =𝑅 ∫ ( 1,213 +28,875 ∙10 −3 𝑇 − 8,824 ∙ 10− 6 𝑇 2 ) 𝑑𝑇
𝑇 1 =423 ,15

( )
−3 −6 448 ,15
𝑔𝑖 28,875 ∙10 2 8,824 ∙ 10 3
∆ 𝐻 =8 3 , 14 ∙ 1,213 𝑇 + 𝑇 − 𝑇
2 3 423 ,15

𝑔𝑖 𝑐𝑚3 𝑏𝑎𝑟
∆ 𝐻 𝑃𝑟𝑜𝑝 = 25185,640
𝑚𝑜𝑙
Calculando o termo :
𝑇 2 =448 ,15

∆ 𝐻 =𝑅 𝑔𝑖
∫ ( 2,464 + 45,351∙ 10− 3 𝑇 −14,111∙ 10− 6 𝑇 2 ) 𝑑𝑇
𝑇 1 =423 ,15

( )
448 ,15
𝑔𝑖 45,351∙ 10− 3 2 14,111∙ 10− 6 3
∆ 𝐻 =8 3 , 14 ∙ 2,464 𝑇 + 𝑇 − 𝑇
2 3 423 ,15
3
𝑔𝑖 𝑐𝑚 𝑏𝑎𝑟
∆ 𝐻 𝑃𝑒𝑛𝑡 = 4061 8,647
𝑚𝑜𝑙

Uma vez calculadas as “entalpias parciais” de cada espécie, agora é calculada a entalpia ideal que
variou no processo, calculada da forma anteriormente mencionada:

Como a corrente é equimolar, , logo:

𝑖𝑔 𝑐𝑚3 𝑏𝑎𝑟
∆𝐻 = 32902 , 143
𝑚𝑜𝑙
O cálculo de entalpia residual foi feito a partir da equação de estado de Van der Waals:

𝑅
𝑅𝑇 𝑎 𝑉 𝑎 𝐻 𝑎
𝑃= − 2 𝑍= − = 𝑍 − 1−
𝑉 −𝑏 𝑉 𝑉 − 𝑏 𝑅𝑇𝑉 𝑅𝑇 𝑅𝑇𝑉

Onde as constantes “a” e “b” são, para espécies puras, definidas por:

2
27 ( 𝑅 𝑇 𝑐 ) 𝑅 𝑇𝑐
𝑎= 𝑏=
64 𝑃 𝑐 8 𝑃𝑐

Entretanto para misturas, o cálculo de “a” e “b” deve ser feito pelas regras de mistura propostas por
Prausnitz:

𝜔𝑖 +𝜔 𝑗 𝑍 𝑐𝑖 + 𝑍 𝑐𝑗
𝜔 𝑖𝑗 = 𝑍 𝑐𝑖𝑗 =
2 2
𝑅 ∙ 𝑍 𝑐𝑖𝑗 ∙ 𝑇 𝑐𝑖𝑗
𝑃 𝑐𝑖𝑗 =
𝑉 𝑐𝑖𝑗

( )
3
√ 𝑉 𝑐𝑖 + √ 𝑉 𝑐𝑗
3 3

𝑇 𝑐𝑖𝑗= √𝑇 𝑐𝑖 ∙𝑇 𝑐𝑗 𝑉 𝑐𝑖𝑗 =
2
Os parâmetros “a” e “b” são calculados com os valores das fórmulas anteriormente mostradas:

a=∑ ∑ ( 𝑦 𝑖 ∙ 𝑦 𝑗 ∙𝑎𝑚 )
2 2
27 ∙ 𝑅 ∙ 𝑇 𝑐𝑖𝑗
𝑎𝑚 = 𝑖𝑗
𝑖𝑗
64 ∙ 𝑃 𝑐𝑖𝑗 𝑖=1 𝑗=1

𝑏𝑚 = 𝑖
𝑅 ∙ 𝑇 𝑐𝑖
8 ∙ 𝑃 𝑐𝑖
𝑏=∑ (𝑦 𝑖 ∙ 𝑏𝑚 )𝑖
𝑖=1

Analisando a tabela B.1 são retirados os valores de temperatura e pressão críticas do propano e
pentano:
Propano: Pentano:

𝑐𝑚3 𝑏𝑎𝑟
𝑅 =83 , 14
𝑚𝑜𝑙𝐾
Calculando os parâmetros com as regras de mistura:

(
𝜔 𝑖𝑗 = 0 , 152
0,202
0,202
0,252 ) 𝑍 𝑐𝑖𝑗 =
( 0 , 276
0,273
0,273
0,270 ) 𝑇 𝑐𝑖𝑗 =
( 3 69 , 8
416,324
416,324
468 ,7 )
𝑉 𝑐𝑖𝑗 =
( 2 00
252,298
252,298
313 ) 𝑃 𝑐𝑖𝑗 =
( 4 2,428
37,453
37,453
33,614 )
Calculando “am” e “bm”:

( )
6 7
9 , 399∙ 10 1,350 ∙ 10
𝑎𝑚𝑖𝑗
=
1,350∙ 107 1,906 ∙ 107 𝑏𝑚 = 𝑖 (144,539
9 0,470
)
Calculando “a” e “b”, considerando :

7 ( 𝑐𝑚 3 )2 𝑏𝑎𝑟 𝑐𝑚
3
𝑎=1,386 ∙ 10 2 𝑏=117,504
𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑜𝑙
Aplicando Fobj com o auxílio da ferramenta solver do Excel para descobrir a entalpia residual

Van der Waals - Ponto 1 Van der Waals - Ponto 2


R = 83,14 R = 83,14
P = 27 P = 26,75
T = 423,15 T = 448,15
V = 944,588865 V = 1084,22716
a = 13861773,9 a = 13861773,9
b = 117,504282 b = 117,504282
Z = 0,72494026 Z = 0,77841401
Função objetivo Função objetivo
Fobj = 6,2528E-12 Fobj = 4,5688E-12
Entalpia/Entropia residual Entalpia/Entropia residual
Hr = -24351,72 Hr = -21041,05

𝐽
∆ 𝐻 =3621,281
𝑚𝑜𝑙
6) Calcular a carga térmica que opera com o objetivo de elevar a temperatura de uma corrente equimolar
de propano-pentano de 150°C e 27 bar para 175°C e 26,75 bar. Usar a equação de RK para considerar
a não idealidade da fase vapor.

As questões 5 e 6 são resolvidas de forma semelhante, a grande diferença se dá que, ao calcular a


entalpia residual, agora é usada a equação de Redlich-Kwong, todo o resto se mantém igual ou análogo,
de forma que o resultado para a entalpia ideal calculada na questão anterior será reutilizada nesta.
O cálculo de entalpia residual foi feito a partir da equação de estado de Redlick-Kwong:

𝑅𝑇 𝑎
( 𝑉𝑉+ 𝑏 )
𝑅
𝑉 𝑎 𝐻 3𝑎
𝑃= − 𝑍= − = 𝑍 − 1− ln
𝑉 −𝑏 𝑉 (𝑉 +𝑏) √ 𝑇 𝑉 −𝑏 3
𝑅𝑇 3
2
𝑅 𝑇 (𝑉 + 𝑏)
2
2 𝑅𝑇 𝑏

Onde as constantes “a” e “b” são definidas por:

2 2 ,5
0,42748 𝑅 𝑇 0,08664 𝑅𝑇 𝑐
𝑎= 𝑏=
𝑃𝑐 𝑃𝑐

Similar ao que acontece na questão anterior, a equação de estado de Redlich-Kwong utiliza as mesmas
regras de estado que a equação de Van der Waals:

𝜔𝑖 +𝜔 𝑗 𝑍 𝑐𝑖 + 𝑍 𝑐𝑗
𝜔 𝑖𝑗 = 𝑍 𝑐𝑖𝑗 =
2 2
𝑅 ∙ 𝑍 𝑐𝑖𝑗 ∙ 𝑇 𝑐𝑖𝑗
𝑃 𝑐𝑖𝑗 =
𝑉 𝑐𝑖𝑗

( )
3
√ 𝑉 𝑐𝑖 + √ 𝑉 𝑐𝑗
3 3

𝑇 𝑐𝑖𝑗= √𝑇 𝑐𝑖 ∙𝑇 𝑐𝑗 𝑉 𝑐𝑖𝑗 =
2
Os parâmetros “a” e “b” são calculados com os valores das fórmulas anteriormente mostradas:

0,42748∙ 𝑅 2 ∙ 𝑇 2, a=∑ ∑ ( 𝑦 𝑖 ∙ 𝑦 𝑗 ∙𝑎𝑚 )


5
𝑐𝑖𝑗
𝑎𝑚 = 𝑖𝑗
𝑖𝑗
𝑃 𝑐𝑖𝑗 𝑖=1 𝑗=1

𝑏𝑚 = 𝑖
0,08664 ∙ 𝑅 ∙ 𝑇 𝑐𝑖
𝑃 𝑐𝑖
𝑏=∑ (𝑦 𝑖 ∙ 𝑏𝑚 )𝑖
𝑖=1

Analisando a tabela B.1 são retirados os mesmos valores de temperatura e pressão críticas do propano
e pentano:
Propano: Pentano:

𝑐𝑚3 𝑏𝑎𝑟
𝑅 =83 , 14
𝑚𝑜𝑙𝐾
Por consequência de serem calculados da mesma forma, os parâmetros, com exceção de “a” e “b” são
iguais:
𝜔 𝑖𝑗 = (
0 , 152 0,202
0,202 0,252
𝑍 𝑐𝑖𝑗
)
=
0,273 0,270 (
0 , 276 0,273 𝑇 𝑐𝑖𝑗 =
)
3 69 , 8 416,324
416,324 468 ,7 ( )
𝑉 𝑐𝑖𝑗 =
( 2 00
252,298
252,298
313 ) 𝑃 𝑐𝑖𝑗 =
( 4 2,428
37,453
37,453
33,614 )
Calculando “am” e “bm”:

( )
8 8
𝑎𝑚𝑖𝑗
=
1,831∙ 10
2,790 ∙10 8
2,790 ∙ 10
4,181∙ 108
𝑏𝑚 = 𝑖 ( 62,706
1 00,183 )
Calculando “a” e “b”, considerando :

( 𝑐𝑚 3 )2 𝑏𝑎𝑟 √ 𝐾
8 𝑐𝑚
3
𝑎= 2,898 ∙ 10 𝑏=81,445
2
𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑜𝑙
Redlich-Kwong - Ponto 1 Redlich-Kwong - Ponto 2
R = 83,14 R = 83,14
P = 27 P = 26,75
T = 423,15 T = 448,15
V = 902,183051 V = 1061,04431

a = 289811456 a = 289811455,9

b = 81,4445678 b = 81,44456785

Z = 0,6921031 Z = 0,761538877
Função objetivo Função objetivo
Fobj = 0,01139149 Fobj = 0,008117309
Entalpia/Entropia residual Entalpia/Entropia residual
Hr = -33258,54 Hr = -27531,6289

Calculando a entalpia real:

𝐽
∆ 𝐻 =3862 , 905
𝑚𝑜𝑙

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