Você está na página 1de 11

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO


CURSO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

CALOR ESPECÍFICO E CAPACIDADE TÉRMICA

LONDRINA
2018
MAYK MASAYUKI YANO TANIYAMA
FELIPE AUGUSTO CECILIO

CALOR ESPECÍFICO E CAPACIDADE TÉRMICA

Relatório apresentado à docente do curso


de Engenharia da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná como
requisito para obtenção da nota parcial da
disciplina de Física 2.

Prof. Fernando da Silva Alves

LONDRINA
2018
Introdução:
O calor especifico de um material indica o quanto de energia é necessária para
que haja variação de temperatura em uma determinada massa de um material.
Relacionado a ela, tem se a capacidade térmica, que indica a variação de
energia de um material de acordo com a variação de temperatura.

O objetivo deste experimento se é utilizar formulas existentes na literatura que


correlacionam variação de temperatura, massa e variação de energia e atestar
sua eficiência na prática.
Procedimento experimental:
Materiais:

01 calorímetro

01 béquer de 250ml

02 béquer de 1L

01 balança digital

01 termômetro digital

01 aquecedor elétrico

03 amostras de metal

Papel toalha

Métodos:

Para a Prática 1, mediu se a temperatura ambiente com um termômetro com


precisão de 0,5ͦ°C e verificou se a temperatura de 23°C. Após isto, pesou se o
béquer de 1L vazio na balança digital, com erro de 0,01g, e depois cheio com
aproximadamente 1L e plotou se os dados na Tabela 1. Com o béquer cheio de
água e em cima do papel toalha, mediu se a temperatura inicial e depois
aqueceu se a água com um aquecedor elétrico com potencia de 860W e erro
de 5% por aproximadamente 1 minuto, utilizando se de um cronometro para
auxiliar na contagem do tempo e deduzindo que seu erro seria de 0,2 segundo,
que é o tempo entre ligar e desligar o cronômetro, e então mediu se a
temperatura novamente. Ambas as temperaturas iniciais e finais da água foram
plotadas na Tabela 1 e foram aferidas com o auxilio de um termômetro com
erro de 1°C.

Para a Prática 2, mediu se novamente a temperatura ambiente, após isto,


pesou se o calorímetro vazio na banca digital e mediu se a temperatura de seu
interior, ambas as medidas foram plotadas na Tabela 2. Após isto, aqueceu se
aproximadamente 1L de água no béquer com o auxilio do aquecedor elétrico
até aproximadamente 60°C e despejou se aproximadamente 150ml no béquer
de 250ml, medindo imediatamente a temperatura (62,2°C) e despejando
imediatamente no calorímetro. Com o auxílio de um termômetro foi possível
monitorar a temperatura até chegar ao equilíbrio térmico. O sistema calorímetro
com água foi pesado na balança digital e o valor foi plotado na Tabela 2.

Para a Prática 3, aferiu se as massas das amostras metálicas e do calorímetro


vazio na balança digital. Após isto, monitorou se a temperatura do calorímetro
vazio e com as amostras por 1 minuto e plotou se as medidas encontradas na
Tabela 3. Aqueceu se aproximadamente 1L de água no béquer com auxilio do
aquecedor elétrico até a temperatura de aproximadamente 60°C, despejando
150ml no béquer pequeno, medindo sua temperatura e despejando
imediatamente no calorímetro. Com o auxiliou de um termômetro, monitorou-se
a temperatura do sistema até cegar em um equilíbrio. Ao final, pesou se o
sistema na balança digital.
Análise e resultado dos dados:
Prática 1:

Tabela 1
béquer(kg) ±0,00001(kg) béquer+água(kg) ±0,00001(kg)
0,06350 1,03677
T inicial(°C) ±1(°C) T final(°C) ±1(°C)
22,8 35,0

A partir da Tabela 1, acima, foi possível encontrar os valores de calor cedido


para água, a diferença entre a temperatura inicial e final da água na béquer, e
massa de água que o béquer continha. A abaixo estão as equações utilizadas
para calcular os respectivos valores:

𝑚𝐴 = 𝑚𝑏é𝑞+𝐴 − 𝑚𝑏é𝑞 = 0,97327𝑘𝑔

2 2
𝜕𝑚𝐴 2 𝜕𝑚𝐴 2
𝜎𝑚𝐴 = √( ) ∗ (𝜎𝑚𝑏é𝑞+𝐴 ) + ( ) ∗ (𝜎𝑚𝑏é𝑞 )
𝜕𝑚𝑏é𝑞+𝐴 𝜕𝑚𝑏é𝑞
= √(1)2 ∗ (0,00001)2 + (−1)2 ∗ (0,00001)2 = 0,00001℃

𝑄 = 𝑃 ∗ ∆𝑡 = 860𝑊 ∗ 60,0𝑠 = 5,16𝑒4𝐽

𝜕𝑄 2 𝜕𝑄 2
𝜎𝑄 = √( ) ∗ (𝜎𝑃)2 + ( ) ∗ (𝜎∆𝑡)2 = √(∆𝑡)2 ∗ (𝜎𝑃)2 + (𝑃)2 ∗ (𝜎∆𝑡)2 = 2,5𝑒3𝐽
𝜕𝑃 𝜕∆𝑡

𝑄 = 5,16𝑒4𝐽 ± 0,25𝑒4𝐽

∆𝑇 = 𝑇𝑓 − 𝑇0 = 35,0℃ − 22,8℃ = 12,2℃

2
𝜕∆𝑇 2 𝜕∆𝑇 2 2
𝜎∆𝑇 = √( ) ∗ (𝜎𝑇𝑓 ) + ( ) ∗ (𝜎𝑇0 )2 = √(1)2 ∗ (𝜎𝑇𝑓 ) + (−1)2 ∗ (𝜎𝑇0 )2
𝜕𝑇𝑓 𝜕𝑇0
= √(1)2 ∗ (1)2 + (−1)2 ∗ (1)2 = 1,4℃

Os valores encontrados acima foram necessários para calcular o calor específico da água
através das equações abaixo:
𝑄 5,16𝑒4𝐽
𝑐𝐴 = = = 4,33𝑒3𝐽/℃
∆𝑇 ∗ 𝑚 12,2℃ ∗ 0,97327𝑘𝑔

𝜕𝑐𝐴 2 𝜕𝑐𝐴 2 𝜕𝑐𝐴 2


𝜎𝑐𝐴 = √( ) ∗ (𝜎𝑄)2 + ( ) ∗ (𝜎∆𝑇)2 + ( ) ∗ (𝜎𝑚)2
𝜕𝑄 𝜕∆𝑇 𝜕𝑚
2 2 2
1 −𝑄 −𝑄
= √( ) ∗ (𝜎𝑄)2 + ( 2 ) ∗ (𝜎∆𝑇)2 + ( 2 ) ∗ (𝜎𝑚)2
∆𝑇 ∗ 𝑚 ∆𝑇 ∗ 𝑚 𝑚 ∗ ∆𝑇
= 0,4𝑒3𝐽/𝑘𝑔℃

𝑐𝐴 = 4,33𝑒3𝐽/℃ ± 0,4𝑒3𝐽/𝑘𝑔℃

Métodos e procedimentos:

Prática 2:

Tabela 2
calorímetro(kg) ±0,00001(kg) calorímetro+água(kg) ±0,00001(kg)
0,15409 0,29084
T inicial cal(°C) ±1(°C) T inicial água(°C) ±1(°C) T equilibrio(°C) ±1(°C)
28,0 62,2 59,2

A Tabela 2 acima auxiliou no cálculo da massa de água dentro calorímetro e no


cálculo da capacidade térmica do mesmo:

𝑚𝐴 = 𝑚𝑐𝑎𝑙+𝐴 − 𝑚𝑐𝑎𝑙 = 0,13675𝑘𝑔

𝜕𝑚𝐴 2 𝜕𝑚𝐴 2

𝜎𝑚𝐴 = ( 2
) ∗ (𝜎𝑚𝑐𝑎𝑙+𝐴 ) + ( ) ∗ (𝜎𝑚𝑐𝑎𝑙 )2
𝜕𝑚𝑐𝑎𝑙+𝐴 𝜕𝑚𝑐𝑎𝑙
= √(1)2 ∗ (𝜎𝑚𝑐𝑎𝑙+𝐴 )2 + (−1)2 ∗ (𝜎𝑚𝑐𝑎𝑙 )2 = 0,0004𝑘𝑔

−𝑚𝐴 ∗ 𝑐𝑎 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴 )


𝐶𝑐𝑎𝑙 = = 56,9𝐽/℃
(𝑇𝑒 − 𝑇0𝑐𝑎𝑙 )
𝜕𝐶𝑐𝑎𝑙 2 𝜕𝐶𝑐𝑎𝑙 2 𝜕𝐶𝑐𝑎𝑙 2 𝜕𝐶𝑐𝑎𝑙 2
𝜎𝐶𝑐𝑎𝑙 = [( ) ∗ (𝜎𝑚𝐴 )2 + ( ) ∗ (𝜎𝑐𝑎 )2 + ( ) ∗ (𝜎𝑇𝑒 )2 + ( ) ∗ (𝜎𝑇0𝐴 )2
𝜕𝑚𝑎 𝜕𝑐𝐴 𝜕𝑇𝑒 𝜕𝑇0𝐴
1
𝜕𝐶𝑐𝑎𝑙 2 2
+( ) ∗ (𝜎𝑇0𝑐𝑎𝑙 )2 ] =
𝜕𝑇0𝑐𝑎𝑙

−𝑐𝐴 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴 ) 2 −𝑚𝐴 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴 ) 2


[( ) ∗ (𝜎𝑚𝐴 )2 + ( ) ∗ (𝜎𝑐𝐴 )2 + (0)2 ∗ (𝜎𝑇𝑒 )2
(𝑇𝑒 − 𝑇0𝑐𝑎𝑙 ) (𝑇𝑒 − 𝑇0𝑐𝑎𝑙 )
1
𝑚 ∗ 𝑐𝐴 2 −𝑚𝐴 ∗ 𝑐𝐴 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴 ) 2 2
+( ) ∗ (𝜎𝑇0𝐴 )2 + ( ) ∗ (𝜎𝑇0𝑐𝑎𝑙 )2
]
(𝑇𝑒 − 𝑇0𝑐𝑎𝑙 ) (𝑇𝑒 − 𝑇0𝑐𝑎𝑙 )2
= 2𝑒1𝐽/℃

𝐶𝑐𝑎𝑙 = 56,9𝐽/℃ ± 2𝑒1𝐽/℃

Prática 3:

Tabela 3
amostras ±0,0000 calorímetro ±0,0000 calorímetro+água+ ±0,0000
(kg) 1(kg) (kg) 1(kg) amostras(kg) 1(kg)
0,05262 0,15435 0,34851
T inicial T inicial T equil. ±1
cal.(°C) ±1(°C) cal.+amo.(°C) ±1(°C) T inicial água(°C) ±1(°C) (°C) (°C)
25,1 25,1 59,6 54,7

A Tabela 3 auxiliou no cálculo da massa de água dentro do calorímetro, que,


diferente do anterior, possui 3 amostras metálicas em seu interior.

Ela também auxiliou no cálculo do valor específico da amostra, juntamente com


os valores de calor específico da água e capacidade térmica do calorímetro,
calculado nas práticas anteriores:

𝑚𝐴 = 𝑚𝑐𝑎𝑙+𝐴+𝐴𝑚 − 𝑚𝑐𝑎𝑙 − 𝑚𝐴𝑚 = 0,14154𝑘𝑔

2
𝜕𝑚𝐴 𝜕𝑚𝐴 2 𝜕𝑚𝐴 2
𝜎𝑚𝐴 = √( ) ∗ (𝜎𝑚𝑐𝑎𝑙+𝐴+𝐴𝑚 )2 + ( ) ∗ (𝜎𝑚𝑐𝑎𝑙 )2 + ( ) ∗ (𝜎𝑚𝐴𝑚 )2
𝜕𝑚𝑐𝑎𝑙+𝐴+𝐴𝑚 𝜕𝑚𝑐𝑎𝑙 𝜕𝑚𝐴𝑚

= √(1)2 ∗ (𝜎𝑚𝑐𝑎𝑙+𝐴+𝐴𝑚 )2 + (−1)2 ∗ (𝜎𝑚𝑐𝑎𝑙 )2 + (−1)2 ∗ (𝜎𝑚𝐴𝑚 )2 = 0,00002𝑘𝑔

−𝑚𝐴 ∗ 𝑐𝐴 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴 ) − 𝐶𝑐𝑎𝑙 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝑐𝑎𝑙 )


𝑐𝐴𝑚 = = 846𝐽/𝑘𝑔°𝐶
𝑚𝐴𝑚 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴𝑚 )
𝜕𝑐𝐴𝑚 2 𝜕𝑐𝐴𝑚 2 𝜕𝑐𝐴𝑚 2 𝜕𝑐𝐴𝑚 2
𝜎𝑐𝐴𝑚 = [( ) ∗ (𝜎𝑚𝐴 )2 + ( ) ∗ (𝜎𝑐𝐴 )2 + ( ) ∗ (𝜎𝑇𝑒 )2 + ( ) ∗ (𝜎𝑇0𝐴 )2
𝜕𝑚𝐴 𝜕𝑐𝐴 𝜕𝑇𝑒 𝜕𝑇0𝐴
𝜕𝑐𝐴𝑚 2 2
𝜕𝑐𝐴𝑚 2 2
𝜕𝑐𝐴𝑚 2
+( ) ∗ (𝜎𝐶𝑐𝑎𝑙 ) +( ) ∗ (𝜎𝑇0𝑐𝑎𝑙 ) +( ) ∗ (𝜎𝑚𝐴𝑚 )2
𝜕𝐶𝑐𝑎𝑙 𝜕𝑇0𝑐𝑎𝑙 𝜕𝑚𝐴𝑚
1
𝜕𝑐𝐴𝑚 2 2
+( ) ∗ (𝜎𝑇0𝐴𝑚 )2 ] =
𝜕𝑇0𝐴𝑚
2 2
−𝑐𝐴 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴 ) −𝑚𝐴 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴 )
[( ) ∗ (𝜎𝑚𝐴 )2 + ( ) ∗ (𝜎𝑐𝐴 )2
𝑚𝐴𝑚 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴𝑚 ) 𝑚𝐴𝑚 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴𝑚 )
2
−𝑚𝐴 ∗ 𝑐𝐴 − 𝐶𝑐𝑎𝑙 ∗ 𝑇0𝑐𝑎𝑙 + 𝐶𝑐𝑎𝑙 ∗ 𝑇0𝐴𝑚 + 𝑚𝐴 ∗ 𝑐𝐴 ∗ 𝑇0𝐴𝑚
+ (𝑇0𝐴 ∗ ) ∗ (𝜎𝑇𝑒 )2
𝑇𝑒 2 ∗ 𝑚𝐴𝑚 + 𝑚𝐴𝑚 ∗ 𝑇0𝐴𝑚 2 − 2 ∗ 𝑇𝑒 ∗ 𝑚𝐴𝑚 ∗ 𝑇0𝐴𝑚
𝑚𝐴 ∗ 𝑐𝐴 2
+( ) ∗ (𝜎𝑇0𝐴 )2 + (0)2 ∗ (𝜎𝐶𝑐𝑎𝑙 )2
𝑚𝐴𝑚 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴𝑚 )
2
𝐶𝑐𝑎𝑙
+( ) ∗ (𝜎𝑇0𝑐𝑎𝑙 )2
𝑚𝐴𝑚 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴𝑚 )
2
−𝑚𝐴 ∗ 𝑐𝐴 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴 ) − 𝐶𝑐𝑎𝑙 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝑐𝑎𝑙 )
+ (− ) ∗ (𝜎𝑚𝐴𝑚 )2
𝑚𝐴𝑚 2 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴𝑚 )
1
2 2
−𝑚𝐴 ∗ 𝑐𝐴 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴 ) − 𝐶𝑐𝑎𝑙 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝑐𝑎𝑙 ) 2
+( ) ∗ (𝜎𝑇0𝐴𝑚 ) ]
𝑚𝐴𝑚 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇0𝐴𝑚 )2
= 148𝐽/𝑘𝑔°𝐶

𝑐𝐴𝑚 = 846𝐽/𝑘𝑔°𝐶 ± 148𝐽/𝑘𝑔°𝐶

Verificou se que, pelo calor específico das amostras, o material que as compõe
é o alumínio.
Conclusão:
Apesar dos instrumentos utilizados no experimento não apresentarem boas
precisões, com exceção da balança, os valores encontrados de calor específico
da água e das amostras metálicas foram próximos ao encontrados na literatura.
Quanto à capacidade térmica do calorímetro, supõe se que o resultado também
foi fiel pois não houve anomalia nos resultados em que o mesmo influenciava,
como no cálculo do calor específico da amostra, por exemplo.

Para conseguir resultados com um erro menor, deveria se utilizar instrumentos


com melhor precisão para aferir medidas, além de instrumentos que ajudassem
a evitar o contato direto das mãos com os matérias do experimento,
principalmente no caso das amostras metálicas.
Referências bibliográficas:
HALLYDAY, David, Resnick, Robert, Walker, Jearl; ‘’Física 2’’. 8. Ed. Rio de
Janeiro: LTC 2v.

Você também pode gostar