INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE

PERNAMBUCO - Campus Recife

COORDENAÇÃO ACADÊMICA DO CURSO TÉCNICO DE QUÍMICA - CACTQ

FONE: (81) 3484-6288

CURSO TÉCNICO DE QUÍMICA INDUSTRIAL

DISCIPLINA DE PROCESSOS QUÍMICOS INDUSTRIAIS

DOCENTE: Paulo Ricardo da Silva

TURMA: SUBSEQUENTE - TARDE

RELATÓRIO DE PROCESSOS QUÍMICOS INDUSTRIAIS

DISCENTES

Kauã Pedro Ramos de Lima (N°- 20211C31RC0494)

Luciana Cosmo de Albuquerque (N°- 20311C31RC0079)

Melissa Mendes dos Santos Silva (N°- 20201C31RC0462)

Paula Eduarda Correia de Queiroz (N°- 20201C31RC0470)

Recife, 16 de janeiro de 2023

INTRODUÇÃO

Sanitizantes São quaisquer compostos que possuem a capacidade de combater a proliferação

de microorganismos. Diferente dos desinfetantes, que instigam irreversivelmente fungos e
bactérias, os sanitizantes atuam no sentido de manter o nível em um teor reduzido,
considerando seguro para a saúde ou para o processo industrial. Sanitizantes São
especialmente importantes na indústria de alimentos, seja para utilização em equipamentos,
utensílios,instalações ou as mãos de quem manuseia os produtos. Alguns exemplos São o
hipoclorito de sódio, o ácido peracético, incidir e o mais conhecido de todos: álcool 70%
(álcool etílico).
Purificação de óleo residual de frituras

O resíduo do óleo de cozinha, gerado diariamente nos lares, indústrias e comércio, é

despejado diretamente nas águas, como em rios e riachos ou simplesmente em pias e vasos
sanitários, indo parar nos sistemas de esgoto causando danos diversos. Esse resíduo poderia
ser usado como matéria-prima na fabricação de biodiesel, tintas, óleos para engrenagens,
sabão, detergentes, entre outros. Considerando a importância do método de purificação de
um produto com enorme potencial de reutilização, como o óleo em questão, iremos destacar
suas principais etapas.

Para a análise do método, utilizou-se dados de experimentos diversos, que possuem a mesma
finalidade. As operações que visam promover uma melhor recuperação e reaproveitamento
do resíduo de óleo de fritura são descritas a seguir: Coleta e armazenamento ; Para adequar
o óleo coletado às condições de trabalho para fins de padronização, desemulsificação,
purificação e desenvolvimento de processos de produção de ésteres, foi obtida uma amostra,
com um volume de 20 L, a qual foi submetida a um pré tratamento. As principais etapas
envolvidas no pré-tratamento são: aquecimento do óleo residual de fritura à,
aproximadamente, 40 o C, para tornar a amostra pastosa totalmente líquida, facilitando dessa
forma a segunda etapa; Esse resíduo foi filtrado em papel de filtro qualitativo para a remoção
dos sedimentos pesados e de sólidos em suspensão. Utilizou-se também, um Kitassato, no
qual foi adaptado um funil de Büchner e um sistema de vácuo (bomba de vácuo).
Caracterizou-se físico-quimicamente esse resíduo pré-tratado, sempre com todos os
parâmetros em triplicatas. O pH da amostra do óleo de fritura foi medido em um aparelho
pHmetro. A análise de densidade foi realizada usando um densímetro. A determinação do
teor de umidade foi realizada em estufa com temperatura de 105 °C durante 24 h.

Conclui-se que a purificação é de extrema importância para o uso posterior do mesmo

material em diferentes produtos, observou-se a necessidade da filtração para retirar as
impurezas do óleo, o aquecimento e em alguns casos o armazenamento do óleo em
recipientes opacos, já que após processos como filtração, aquecimento e adição de reagentes
desinfectantes o óleo perde seus aditivos que inibem a degradação do mesmo. Para
exemplificar ainda mais o método de purificação e reutilização do óleo, pode-se observar as
figuras 1 e 2:

Figura 1 - Esquema simplificado da reutilização do óleo residual de frituras

Figura 2 - Esquema sistemático do pré-tratamento ou purificação do óleo residual de
frituras.
PARTE EXPERIMENTAL
Produção de detergente sanitizante multiuso

Materiais e reagentes:

● Ácido Sulfônico 90% ● Água destilada

● Soda cáustica líquida 50% ● Béquer 1L
● Lauril éter sulfato de sódio ● Agitador magnético
● Amida 80% ● Bastão magnético
● Água sanitária comercial ● Bastão de vidro
● Álcool etílico 96°GL ● Proveta 10ml
● Oléo de eucalipto ● Fita de Ph
● Mentol ● Pisseta

Iniciou-se a produção de detergente seguindo o procedimento operacional padrão, ligando o

reator e em um béquer de 1L adicionou-se 500 ml de água destilada, em seguida foi
acrescentado 30 ml do ácido sulfonico na solução, com bastante cautela para evitar a
formação de espumas, depois de homogeneizado a solução mediu-se o Ph, o ph ideal buscado
é 5 e para obtê lo foi necessário ajustá lo adicionando uma solução de soda cáustica
dissolvida. Com o ph em 5, acrescentou-se a solução 10 ml do Lauril sulfato de sódio e 10 ml
da amida, sempre homogeneizando suavemente para evitar a formação de espumas. Em um
béquer menor a parte, misturou se 20 ml de álcool etílico, juntamente a 5 ml de essência de
óleo de eucalipto e 0,5g do mentol, uniformizando o e dissolvendo. A mistura
homogeneizada foi levada a solução no reator e acrescentada suavemente. 10 minutos depois,
foi acrescentado 200 ml de hipoclorito (água sanitária) e logo em seguida completou-se 1L de
produto com água destilada. Posteriormente adicionou-se um corante para melhor
apresentação visual do produto.
RESULTADOS E DISCUSSÕES

Em comparação ao detergente comum, o modelo sanitizante produzido no laboratório

apresentou mais utilidade por ser um produto que funciona como desinfetante e
desengordurante, além de ter alto poder de limpeza e de eliminação de microorganismos.
Quando utilizado na lavagem de utensílios apresentou eficácia semelhante e quanto às
características organolépticas, o cheiro do mentol foi predominante.
O resultado da produção de detergente sanitizante multiuso foi bem sucedido.
CONCLUSÃO

Inicialmente, conclui-se que os objetivos pretendidos com esse trabalho foram alcançados, já
que foi possível realizar experimentalmente, com sucesso, o processo de fabricação do
detergente e através da prática foi possível analisar todas as etapas e chegar a resultados
satisfatórios.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

● CHRISTOFF, P., “Produção de Biodiesel a partir do Óleo Residual de Fritura

Comercial. Estudo de caso: Guaratuba, Litoral Paranaense”. Dissertação de
Mestrado apresentada ao Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento –
LACTEC e Instituto de Engenharia do Paraná – IEP, área Desenvolvimento de
Tecnologia, 2006.

● ECÓLEO – Associação Brasileira para sensibilização, coleta e reciclagem de

resíduos de óleo comestível. Disponível em:<
http://www.ecoleo.org.br/reciclagem.html>. Acesso em: 23 out. 2018.

● INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos Físicos e Químicos para Análise de

Alimentos. 4ª Edição. 1ª Edição Digital. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008.

● PRODUTO MULTIUSO
https://uauingleza.com.br/blog/produto-de-limpeza-multiuso/#:~:text=Saiba%20o%20
que%20%C3%A9%20um%20produto%20de%20limpeza%20multiuso&text=%C3%
89%20considerado%20um%20produto%20%E2%80%9Ccoringa,de%20elimina%C3
%A7%C3%A3o%20de%20micro%2Dorganismos.