CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL CIANORTE

PRODUÇÃO DE DETERGENTE NEUTRO

Disciplina: Química Aplicada ao Meio Ambiente

Professor: Fernanda Kopczynski

Turma: 3º ano do ensino médio, curso técnico de química.

Aluno (a): Julia Kristoschik Noronha, nº 13;
Guilherme de Oliveira, nº 10;
Camilly Kepe de Souza, nº 6;
Leticia Amaral de Lima, nº 15;
Maria Rafaela Matias de Oliveira, nº 17;
Maria Vitoria Braz Silva, nº 18;
Pedro Henrique da Silva, nº 23;
Nathalia Fernanda Sardi, nº 21.

Cianorte 2024
1. Introdução

A indústria dos sabões e detergentes hoje em dia é um dos ramos mais

importantes da indústria química, utilizado em larga escala, é de extrema importância
para hospitais, lavanderias, grandes centros industriais e comerciais, gerando
emprego. Sabões e os detergentes são espécies químicas que contêm grandes
grupos hidrocarbônicos, os grupos hidrofóbicos e um ou mais grupos hidrofílicos, que
interagem, respectivamente, com a gordura e a água. Os sabões e detergentes
possuem a capacidade de formar emulsões no processo de limpeza, que são
constituídas de íons dos mesmos capazes de envolver a sujeira, formando assim a
micela, solúvel em água.

Nos últimos anos, os detergentes domésticos apresentaram um

desenvolvimento rápido, assim como várias mudanças em suas composições. Além
dos tensoativos a inclusão de diversos aditivos contribuiu para aumentar o
desempenho dos detergentes. Do mesmo modo que os sabões, os detergentes,
também conhecidos como tensoativos, são substâncias que reduzem a tensão
superficial de um líquido. Tais são produtos sintéticos, produzidos a partir de
derivados do petróleo.

A viscosidade do detergente é um dos pontos de marketing mais requerido no

mercado, pois os consumidores entendem que, quanto mais viscoso ele for maior
será sua concentração e consequentemente mais rendimento ele terá,
proporcionando uma maior economia ao produto. Esta se obtém através do
mecanismo de espessamento utilizando sais, este interage com a água e com as
micelas do tensoativo, ao qual dificulta a mobilidade das moléculas, tendo um efeito
visual do aumento da viscosidade. Porém em muitos casos esse aumento de
viscosidade acarreta alguns problemas, sendo entre eles o elevado ponto de
turvação, que é causado por um excesso de sal. O sistema possui um limite de
saturação e caso esse limite seja ultrapassado, o eletrólito causa a desestabilização
das micelas, acarretando perda de viscosidade e turvação com posterior precipitação
desses sais. Para corrigir esse problema deve-se aumentar a quantidade de
tensoativo no sistema ou diminuir a quantidade de sais ou ainda adicionar hidrótopos
à formulação.

2. Objetivos
 O presente estudo tem como objetivo de reproduzir o processo de fabricação de
sabão líquido neutro. Na qual foi feita uma análise da qualidade do sabão líquido
neutro através do pH.

3. Procedimento experimental

3.1. Materiais e reagentes:

 1 béquer de 1000 ml;

 1 béquer de 100 ml;

 3 béquer de 50 ml;

 1 bastão de vidro;

 1 espátula;

 1 pipeta de Pasteur;

 1 agitador magnético;

 1 balança eletrônica digital;

 1 pHmetro ou fita de medir pH;

 1 pisseta de água destilada;

 Hidróxido de sódio 50%;

 Ácido sulfônico (LASNa);

 Amida 60;

 Cloreto de sódio.

3.2. Procedimentos:

No laboratório a professora, nos dividiu em grupos de 3, para realizarmos a

prática. Em seguida, deu uma explicação breve do que iria ocorrer nesse experimento
sobre os sabão líquido.
 Após ter introduzido a explicação, demos início ao experimento. A
professora nos conduziu ao béquer de 1000 ml, em seguida adicionamos água destilada
nele, até atingir 150 ml. Após isso, com auxílio de um papel toalha colocamos ele em
cima da balança eletrônica digital para facilitar a limpeza e depois posicionaremos um
béquer de 100 ml na balança e tarar a mesma. Com precaução para evitar desperdício
de reagente, medir 20 g de ácido sulfônico e então separar o béquer próximo ao de
1000 ml.

Colocaremos um béquer de 50 ml na balança e pesaremos 5 g de hidróxido

de sódio, logo após, separar o béquer próximo ao de 1000 ml. Em seguida colocaremos
um béquer de 50 ml na balança e pesaremos 10 g de amida 60, separar o béquer
próximo ao de 1000 ml. Após com um béquer de 50 ml na balança e com auxílio de
uma espátula pesar 1,25 g de cloreto de sódio e posicionar o béquer próximo ao de
1000 ml.

Direcionaremos o hidróxido de sódio do béquer de 50 ml para o de 1000 ml

utilizando uma pisseta e um bastão de vidro, lavando o béquer de 50 ml com água
destilada para aproveitar todo o reagente. É importante não utilizar muita água nessa
etapa, uma vez que outros béqueres precisarão ser lavados e a quantidade é para
produzir 500 ml de detergente. Pode-se utilizar a água do béquer de 1000 ml para
lavagem, seguida pela água da pisseta.

Posicionar o béquer de 1000 ml sobre uma bancada, e com auxílio de um

bastão de vidro mexerem calmamente para não interferir nos regentes colocados neles,
aumentando a velocidade conforme necessário após adição de outros reagentes.

Transferir o ácido sulfônico do béquer de 100 ml para o de 1000 ml e limpar o

resíduo remanescente com um bastão de vidro, seguido de lavagem com água destilada
e agitação para aproveitar todo o reagente aderido à parede do béquer. Após isso
transferimos a amida 60 para o béquer de 1000 ml usando a mesma técnica para lavar o
ácido sulfônico. Observação: a amida 60 é bastante viscosa, portanto, o béquer deve ser
lavado 3 ou 4 vezes para aproveitar todo o reagente.

Nesta etapa da produção, será necessário ajustar o pH da solução de sabão

líquido neutro. Se estiver utilizando fita de pH, cortá-la em 3 partes com uma tesoura,
pois podem ser necessárias várias medições de pH até atingir o pH neutro, que é 7.
Analisar a primeira leitura para determinar se o pH está ácido ou básico e adicionar
ácido ou base conforme necessário para atingir a neutralidade. Se o pH estiver ácido,
utilizar uma pipeta de Pasteur para adicionar hidróxido de sódio concentrado (fazendo a
separação no mesmo béquer usado para a pesagem). Observação: se o pH estiver em
torno de 4 ou 5, adicionar 1 ml de hidróxido de sódio e verificar o pH novamente. Se
estiver alcalino, a correção pode ser feito adicionando pequenas quantidades de ácido
sulfônico e verificando novamente o pH após a solubilização.

Após corrigir o pH, adicionar água destilada ao béquer contendo cloreto de

sódio e, com auxílio do bastão de vidro, solubilizar todo o sal. Em seguida, transferir a
solução para o béquer de 1000 ml. Adicionar água destilada suficiente para obter 500
ml de detergente neutro.

4. Resultados e discussão

5. Conclusão

Após a realização das análises físico-químicas do detergente, verificou-

se que o mesmo apresenta resultados satisfatórios, apresentando características
adequadas para finalidade proposta. No decorrer do processo produtivo deste produto,
observou-se que as operações efetuadas para a obtenção do mesmo, encontram-se nos
padrões e não houve a ocorrência de desvios de qualidade. O detergente formulado
também apresentou bons resultados, obtendo-se em um pH aceito para esse tipo de
produto. A viscosidade também foi alcançada bem, como seu ponto de turvação
adequado. Com isso, pode-se dizer que o acompanhamento e desenvolvimento do
controle de qualidade foi uma grande conquista.

6. Bibliografia:

Apostila de Química Analítica Farmacêutica Experimental II – IQA-234

Leite, F. Práticas de Química Analítica. 2a Ed. Editora Átomo e Alínea. Campinas.

2006.

Mendham, J.; Denney, R.C.; Barnes, J.D.; Thomas, M.J.K. Vogel Análise Química
quantitativa.Rio de Janeiro: LTC, 2008.
Mol, G. Apostila do laboratório de Química Fundamental. UnB, 2021.

Pires, J. M. M. Notas de Aula de Química Analítica. FAFISM. Muriaé. 2007.