Indústrias de

Sabão e
Detergente

Docente:
- Laura Fernanda do Rego Garcia
Discentes:
- José Guilherme Araujo Cury
- Karen dos Santos Nascimento
Contexto Histórico

▪ Primeiro produto de limpeza criado;

▪ Criado a base de mistura de cinzas
vegetais e gordura animal;
▪ No século XVIII, os sabões mais finos
vinham da Europa. No brasil, a difusão
dessa indústria demorou mais tempo. Foi
em 1860 as indústrias no Brasil já tomava
grande proporções.
 Antecedentes

Lenda Romana: Mulheres lavando roupa no rio Tibre, próximo ao templo Anúncio de Sabão:
do Monte Sapo. Jornal Estadão – SP
Data: 16 de dezembro de 1916
Origem da Palavra Sabão: Em várias línguas, é derivada do Monte
Sapo.
 Reação de Saponificação

O sabão é obtido pela reação de gorduras ou óleos com hidróxido de sódio ou de potássio, chamada:
Reação de Saponifcação.

Figura 1: Reação geral de saponificação.

 Subproduto - Glicerina

• A glicerina é o subproduto da reação de Saponificação

(mostrada anteriormente);
• Por processos especiais, a glicerina é recuperada, tendo
vários destinos de acordo com a sua qualidade, podendo
ser classificada como: Medicinal, industrial e dinamite;
• Em termos químicos, classifica-se como hidrofílica e
protege a pele contra a perda de umidade se ligando a
água por meio de pontes de hidrogênio (interação forte).
Figura 1: Interação da glicerina
 • O sal de sabão possui parte polar e apolar. A
primeira é hidrofílica e a outra é lipofílica
• As micelas (gotículas de gordura) são
Limpeza formadas ao lavar um prato sujo de óleo,
orientadas com a cadeia apolar para dentro
(interagindo com o óleo) e a cadeia polar para
fora (interagindo com a água)
 Tensoativos

▪ O sabão é chamado de substância tensoativa, pois

reduz a tensão superficial de um líquido;
▪ As micelas coloidais (partículas de óleos e gordura)
formadas se encontram de forma dispersa na água.
Este processo de formação de micelas chama-se de
emulsificação.
Ação dos Agentes
Tensoativos

• Água: Agente molhante e lavante mais

antigo e o mais utilizado;
• A água não é um bom agente de limpeza,
pois tende a se aglomerar formando gotas
esféricas, chamado de: Tensão Superficial;
• Tensoativo: Agente capaz de promover
este tipo de modificação na tensão
superficial da água, é o principal
componente dos detergentes e sabões
comercialmente conhecidos.
 Ação dos Agentes Tensoativos

Na Tabela 1, pode-se observar a redução da tensão superficial da água, devido a pequenas adições
de um tipo de tensoativo.

Tabela 1. Redução da tensão superficial da água, em função da quantidade empregada de um determinado tensoativo ( nonil fenol etoxilado).
Conclusão – Agentes Tensoativos
Na superfície do líquido, a
Motivo: Elevada afinidade parte hidrofílica da substância
Mesmo em concentrações
com as interfaces, ou seja, tensoativa adere as moléculas
baixíssimas, os tensoativos
tendem a se absorver nas da água, quebrando suas
reduzem de forma apreciável,
interfaces (líquido/gás) ou atrações intra-moleculares,
a tensão superficial da água.
líquido/líquido; reduzindo a tensão
superficial.

Funções importantes dos

tensoativos na lavagem:
Expande assim a área de
• Ajudam a deslocar a sujeira
contato com a superfície. • Dispersam as partículas de sujeira.
Ocorrendo um emudecimento
mais efetivo.
Detergentes

• A produção iniciou-se em 1890 pela

descoberta do químico Krafft, que
descobriu que pequenas cadeias de
moléculas ligadas ao álcool
funcionavam como sabão;
• O primeiro detergente sintético de uso
comercial produzido foi estimulado
pela falta de gordura para se produzir
sabões durante a 1° Guerra Mundial
• A partir de 1950 o detergente passou
a ser fabricado tendo o petróleo como
matéria-prima.
 Detergentes

• Assim como os sabões, detergentes também são formados a partir

de uma reação principal, chamada de Sulfonação.
• A Sulfonação para a obtenção de detergente ocorre geralmente em
alcanos de cadeias longas, tendo como principal reação a
Sulfonação de um alquilbenzeno:

Figura 6: Reação de Sulfonação de alquilbenzeno

Diferença: Sabão x Detergente

Tabela 2. Diferença: Sabão x Detergente

 • Conforme informações da Associação
Brasileira das Indústrias de Produtos de
Limpeza e Afins, os sabões em barra estão em
queda, sendo 70 mil toneladas sem serem

O mercado comercializadas.
• O consumo de sabão em barra no Brasil por
no Brasil pessoa é de aproximadamente 1,29 kg/ano
• O mercado brasileiro de sabão e detergente
em pó, movimenta cerca de R$ 3 bi. O
consumo anual desse produto é entre 3 a 4 kg
por habitante.
 • O Centro-Oeste é o maior consumidor de
produtos de limpeza no Brasil
• O Brasil é o 4° maior mercado mundial desse
tipo de produto, ficando atrás apenas de EUA,
China e Japão
• As marcas mais vendidas são:

O mercado 1) OMO (Unilever) com 47,9%;

no Brasil 2) Brilhante (Unilever) com 9,6%;

3) Surf (Unilever) com 8,1%;
4) Ace (Procter & Gamble ) 7,7%;
5) Assim e Assolan (Hypermarcas) e outras marcas
menos conhecidas com 26,7%
O mercado no Brasil
Processo de Produção do Sabão

Figura 2: Processo da fabricação do sabão

 Processo de produção do Sabão -
Simplificado

Soda cáustica e gordura

1) Aquecimento por 30 min 2) Adição de NaCl

5) Adição de água e
soda cáustica
3) Separação da solução em duas fases
- Superior: sabão
- Inferior: glicerina e impurezas
4) Eliminação da fase anterior

Figura 3: Esquema simplificado de um processo de produção de Sabão

Processo produtivo do Detergente

Figura 4: Processo produtivo do detergente

 Estudo de caso - ELABORAÇÃO DE DETERGENTE
SEM ADIÇÃO DE TRIETANOLAMINA 85%

• O objetivo do estudo de caso é a elaboração

de um detergente (lava-louças liquido) sem a
adição de trietanolamina 85% em sua
formulação. tendo em vista não prejudicar a
eficácia na ação do produto final.
• O não uso da trietanolamina 85% na
elaboração do detergente se dá pelo fato da
licença de compra da mesma ter um valor
muito alto e pela burocracia de seu uso na
indústria.
Estudo de caso - • PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
ELABORAÇÃO DE ✓ Análise de pH
DETERGENTE SEM ✓ Ponto de turvação
ADIÇÃO DE ✓ Viscosidade
TRIETANOLAMINA 85% ✓ Espumação
✓ Estabilidade
 Estudo de caso - ELABORAÇÃO DE DETERGENTE
SEM ADIÇÃO DE TRIETANOLAMINA 85%

• RESULTADOS E DISCUSSÕES:
- Após realizadas as análises físico-
químicas do
detergente desenvolvido, foi obtido
os resultados mostrados na
tabela ao lado:
Estudo de caso - ELABORAÇÃO DE DETERGENTE
SEM ADIÇÃO DE TRIETANOLAMINA 85%
1) pH
• É no controle de qualidade que o
conceito pH tem uma das suas mais
relevantes aplicações, em virtude da
importância na saúde humana. Para
se ter um manuseio seguro, optou-se
por um pH neutro (7) na formulação
do detergente.
2) Ponto de turvação
• Importante na aparência do mesmo,
uma vez que se espera que o produto
tenha uma aparência límpida. O
detergente formulado apresentou um
ótimo resultado quanto ao ponto de
turvação, começando a turvar à -1°C,
tendo em vista que no transporte e
nas prateleiras dos estabelecimentos,
é muito difícil alcançar temperaturas
negativas.
Estudo de caso - ELABORAÇÃO DE DETERGENTE
SEM ADIÇÃO DE TRIETANOLAMINA 85%
3) Viscosidade
• Nesta análise foi utilizado o Copo
Ford de n° 4, que resultou no
tempo de 3 minutos e 29
segundos, o que demonstrou um
ótimo resultado, mostrando um
produto viscoso para a utilização
como lava - louças doméstico
4) Espumação
• A espumação do produto
desenvolvido apresentou valores
bons, sendo que a percepção do
consumidor quanto a maior
espumação remete a ideia de
maior limpeza.
Estudo de caso - ELABORAÇÃO DE DETERGENTE
SEM ADIÇÃO DE TRIETANOLAMINA 85%

5) Estabilidade
• O estudo da estabilidade fornece indicações sobre o comportamento do
produto, em determinado intervalo de tempo. Para os testes de estabilidade,
utilizou-se uma geladeira comum (convencional), controlando a temperatura
em 0°C, e um forno industrial, controlando a temperatura em 40°C, no
período de 24 horas cada procedimento, não apresentando nenhuma
alteração no produto, o que é muito importante tendo em vista as
temperaturas tanto no transporte, quanto na estocagem do mesmo.
Estudo de caso - ELABORAÇÃO DE DETERGENTE
SEM ADIÇÃO DE TRIETANOLAMINA 85%

• Conclusão:
• A não utilização da trietanolamina
85% na formulação de detergentes
não tem impacto na qualidade do
produto final do produto, podendo –
se assim optar por produtos que
não incidam em burocracia e altos
custos para a indústria, buscando
sempre atingir bons resultados e
procurando melhor atender o
consumidor que está sempre em
busca produtos com melhor eficácia
e rendimento.
• A não utilização da
trietanolamina 85% na formulação
de detergentes não tem impacto na
qualidade do produto final do
produto, podendo – se assim optar
por produtos que não incidam em
burocracia e altos custos para a
indústria, buscando sempre atingir
bons resultados e procurando
melhor atender o consumidor que
está sempre em busca produtos
com melhor eficácia e rendimento.
Referências Bibliográficas

▪ Trabalhando a Química dos Sabões e Detergentes: Odone Gino Zago

Neto, José Claudio Del Pino -UFRS
▪ Processos Químicos Industriais II- Apostila USP SABÃO
▪ Preparo e Fabricação. Siviero Marcus
▪ THEVES, Anderson. ELABORAÇÃO DE DETERGENTE SEM ADIÇÃO DE
TRIETANOLAMINA 85%, Univates, 2017. Disponível em:
<://www.univates.br/tecnicos/media/artigos/Elaboracao_de_Detergente_s
em_Adicao_de_Trietanolamina_85_2017-A.pdf>. Acesso em: 03/11/2020
Referências Bibliográficas

• SOUZA, Líria Alves de; "Hidróxido de Sódio"; Brasil Escola. Disponível em:
http://brasilescola.uol.com.br/quimica/hidroxido-de-sodio.htm. Acesso em:
02/11/2020.
• KAWA, Luciane; A QUÍMICA DOS SABÕES E DETERGENTES QUÍMICA,
MEIO AMBIENTE E EDIFICAÇÕES. MBA- Master of business
administracion - Em petróleo e energias limpas, Estácio de Sá-RJ 09 de
setembro de 2014.
• MERCADANTE, Ricardo; ASSUMPÇÃO, Lucilaine; SABONETES
LIQUIDOS, SINTETICOS E NATURAIS Massa base para sabonetes
REVISÃO 2010.
Referências Bibliográficas

• CASTRO, Heizir F. de; SABÕES E DETERGENTES Processos

Químicos Industriais II UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola de
Engenharia de Lorena – EEL 2009.
• Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ)
TRIETANOLAMINA 85. Disponível em:
<http://kaliumchemical.com.br/imagens_arquivos/2017/08/0308201
7_173142.pdf:> . Acesso em: 03/11/2020