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TÉCNICO EM QUÍMICA

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE TÉCNICAS LABORATORIAIS


DOCENTE: Miony Costa
Ementa:
1) Segurança Laboratorial: Normas internas de segurança (laboratório
didático e da empresa);
2) Normas de saúde e Segurança vigentes: NR 6- EPI e EPC; NR 15-
Riscos Químicos , biológicos e Físicos; NR 26 – Sinalização de segurança.
3) Manuseio e Armazenamento de produto químico: Fichas Técnicas
de produtos (FISPQ) e fichas de emergência (FE).
4) Boas práticas laboratoriais (BPL): Termos técnicos laboratoriais;
higienização e limpeza de vidrarias, materiais e utensílios.
Ementa:
5) Desinfecção e esterilização: Organização do local de trabalho;
Leiaute do ambiente de trabalho; manuseio de vidrarias, materiais e
utensílios.
6) Equipamentos, materiais, utensílios e reagentes: Identificação,
operação, manuseio e limpeza dos equipamentos, materiais, utensílios
e reagentes.
7) Procedimentos e Técnicas Laboratoriais: Procedimentos e técnicas
laboratoriais (importância, conceito, tipos e roteiros) ; Execução dos
procedimentos; resíduos (conceitos, tipos, disposição e descartes)
1) SEGURANÇA LABORATORIAL

• Qualquer laboratório onde se manipule substâncias químicas é


potencialmente perigoso. Portanto, tenha o máximo de cautela e
atenção ao realizar um experimento, evitando conversas e
brincadeiras que dispersem a concentração.
• As substâncias químicas, principalmente os solventes, são
normalmente, voláteis, corrosivos e combustíveis. Desta forma, o
uso de chama deve ser evitado, quando utilizado, deve-se cercar de
todas precauções.
1) SEGURANÇA LABORATORIAL

• Muitas das operações de laboratório necessitam de instruções


específicas que os alunos devem seguir para a sua segurança e de
seus colegas. Embora as normas aqui assinaladas devam se estender
a todos os ambientes onde se manipulem substâncias químicas.
• Diversas operações são desenvolvidas na rotina de um laboratório de
Química. Entretanto algumas práticas gerais devem ser sempre
obedecidas:
1) SEGURANÇA LABORATORIAL
PRÁTICAS GERAIS:
• Não trabalhe sozinho no laboratório. Um companheiro, ao menos, sempre será
uma ajuda ou testemunha em caso de acidente.

• Use o guarda-pó ou avental para proteger a roupa

• Use sapato fechado (nunca sandálias!)

• Não fume no laboratório.


1) SEGURANÇA LABORATORIAL
• Evite brincar no laboratório.

• Se algum ácido ou outro produto químico for derramado, lave local com bastante água.

• Leia com atenção o rótulo dos reagentes para se ter certeza de que pegou frasco correto.

• Não jogue material sólido na pia.

• Observe a limpeza dos materiais antes de utilizá-los.


BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS (BPLs)
Podemos definir as BPLs como sendo um sistema de qualidade
implantado no laboratório com o intuito de planejar, organizar,
monitorar e registrar a rotina dos procedimentos ali realizados.

Também podemos considerar que as BPLs dizem respeito ao uso


correto e seguro de métodos e/ou substâncias que interfiram
negativamente na saúde humana ou no meio ambiente.
OBJETIVOS DA BPLs
• Promover a elevação do nível de qualidade do trabalho realizado no
ambiente de laboratório;

• Aumentar a confiabilidade nos resultados obtidos em experimentos


e testes realizados no laboratório;

• Aumentar a eficácia dos reagentes, produtos, kits e substâncias


utilizadas;
OBJETIVOS DA BPLs
• Melhorar a qualificação dos técnicos e auxiliares de laboratório;

• Homogeneizar as práticas de laboratório, com fins de garantir a


reprodutibilidade dos resultados obtidos;

• Implantar um sistema e controle de qualidade laboratorial;


Higienização e Limpeza de vidrarias, materiais e
Utensílios.

São chamadas de vidraria todos os instrumentos fabricados


em vidro e que são utilizados para medições e experiências
dentro de um laboratório, tais como bureta, Almofarizes,
cálices e condensadores, cubas para coloração, frascos e
pipetas.
Por se tratarem de
instrumentos aplicados em
análises que exigem precisão
e clareza, sua higienização é
fundamental para que os
resultados estejam corretos.

A lavagem de vidrarias é muito


importante para as práticas realizadas
em laboratório, pois impurezas podem
comprometer os resultados de todo
ensaio
Limpeza: Água destilada
Água destilada é a água obtida por meio do processo de destilação.
A destilação da água consiste na evaporação seguida pela
condensação (fazer voltar ao estado líquido) da água.
Objetivos:
Esse processo proporciona a separação de uma quantidade dos sais
presentes na água comum, também chamada de água mineral.
Entretanto, a água destilada não é totalmente pura (livre de sais
minerais), pois a destilação não é suficiente para fazer a separação
completa desses sais.
Água destilada
Aplicações da água destilada:
• É utilizada como reagente ou solvente nos laboratórios de química;
• Ela é usada nos laboratórios devido a ausência de alguns sais, sendo
não interrompe no final dos resultados;
• Ela diminui a produção de calcário;
Destiladores

Destilação fracionada
Destilador Pilsen
MATERIAIS E UTENSÍLIOS

1) MUFLA: ou Forno é um tipo de estufa para altas temperaturas


usada em laboratórios, principalmente de química, sendo
utilizada na calcinação de substâncias. As muflas mais comuns
possuem faixas de trabalho que variam de 200°C a 1400°C.
CENTRÍFUGA:
Usado em química, biologia e
bioquímica, a centrífuga
laboratório serve para fazer a
separação de amostras. No aparelho
são colocados os tubos de ensaio
que contém o material que passará
por análise clínica.
Expressa em Rpm, rotações por
minuto, é o nome que recebe a
velocidade usada em laboratório.
BALANÇA: é um equipamento de laboratório que mede a massa de um corpo

ANALÍTICA: Maior grau de precisão SEMI ANALÍTICA: menor grau de precisão


CAPELA
Uma capela de laboratório, capela
laboratorial, capela de
exaustão ou hotte é um equipamento
de proteção coletiva (EPC) em todos os
laboratórios que tenham algum tipo de
trabalho com manipulações de
produtos químicos, tóxicos, vapores
agressivos, partículas ou líquidos em
quantidades e concentrações
perigosas, prejudiciais para a saúde.
VIDRARIAS
1) PROVETA: É UM INSTRUMENTO
DE CILÍNDRICO DE MEDIDA, QUE
POSSUI UMA ESCALA GRADUADA E
SERVE ESSENCIALMENTE PARA
MEDIR LÍQUIDOS
BURETA:
VIDRARIA CALIBRADA PARA
MEDIDA PRECISA DE VOLUME
LÍQUIDO. Permite o escoamento
controlado de líquido através de
torneira e é muito utilizado em
titulações.
PIPETA
A PIPETA VOLUMÉTRICA é
um instrumento em vidro que
permite a medição e
transferência rigorosa de
volumes de líquidos.
PIPETA GRADUADA
POSSUI GRADUAÇÕES AO
LONGO DO SEU CORPO,
POSSIBILITANDO A SUCÇÃO
DE VARIADAS QUANTIDADES
DE LÍQUIDO
BALÃO DE FUNDO REDONDO
DESTINA-SE A DESTILAÇÕES QUÍIMICAS
E O SEU USO É SEMLHANTE AO BALÃO
DE FUNDO CHATO, PORÉM MENOS
APROPRIADO AOS AQUECIMENTOS SOB
REFLUXO.
BALÃO DE FUNDO CHATO
Além de ser usado para aquecer líquidos
ou soluções o balão de fundo chato pode
ser utilizado para fazer reações com
desprendimentos gasosos. Seu
aquecimento pode ser feito sobre o tripé
com tela de amianto.
TRIPÉ, TELA DE AMIANTO E BICO DE BUNSEN
VIDRO DE RELÓGIO
É um pequeno recipiente côncavo
de vidro com formato circular. Sua
principal função é a pesagem de
pequenas quantidades de sólidos,
entretanto pode ser usado também
em análises e evaporações de
pequena escala.
kitasato
Frasco Kitasato ou mais
simplesmente Kitasato é um tipo de
vidraria de laboratório. É normalmente
usado junto com o funil de Büchner
em filtrações (sob sucção) a vácuo.
Uma das utilizações do kitasato seria
para verificar a presença de umidade
em gases.
FUNIL DE BUCHNER
É UM TIPO
DE VIDRARIA DE LABORATÓRIO,
CONSISTINDO EM UM FUNIL FEITO
DE PORCELANA E COM VÁRIOS ORIFÍCIOS,
COMO UMA PENEIRA. ELE É USADO JUNTO
COM O KITASATO PARA FILTRAÇÃO DE
MISTURA A VÁCUO.
FUNIL DE DECANTAÇÃO
O funil separador, ou funil de
separação, ou ainda ampola de
decantação, é uma peça de vidraria
de laboratório usada para separar
líquidos imiscíveis de diferentes
densidades.
Gral com Pistilo
São utensílios de laboratório que
servem para moer pequenas
quantidades de amostras utilizados
em laboratórios químicos.
PISSETA
Normalmente utiliza-se a pisseta para se
por água destilada ou água
desmineralizada e destina-se a
descontaminação, lavagem de materiais
ou utensílios de laboratório em geral e
também para aplicações em outros
recipientes quando a quantidade a ser
aplicada não interfere no resultado.
DESSECADOR
é um recipiente fechado que
contém um agente de secagem
chamado dessecante. A tampa é
engraxada (normalmente com graxa
de silicone) para que feche de
forma hermética. É utilizado para
guardar substâncias em ambientes
com baixo teor de umidade.
PERA DE SUCÇÃO
é um instrumento usado para fins laboratoriais.
Geralmente feito de borracha, serve para sugar
produtos químicos e biológicos em outros
instrumentos (geralmente usa-se pipeta
graduada ou pipeta volumétrica) sem, assim, ter
contato direto com o usuário.
MANTA AQUECEDORA
EQUIPAMENTO UTILIZADO PARA AQUECER
SOLUÇÕES, POSSUI FUNDO CIRCULAR
REVESTIDO POR LÃ ACRÍLICA PERMITINDO UM
AQUECIMENTO EFICAZ E EVITANDO A
DISPERSÃO DE CALOR.
BASTÃO DE VIDRO
é um instrumento feito
em vidro alcalino, maciço, utilizado em
transportes de líquidos e agitação de
soluções. No transporte de líquidos ele
é utilizado para não respingar líquidos
fora do recipiente.
ESPÁTULA PIPETA DE PAUSTER
SUPORTE
GARRA
MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE PRODUTO QUÍMICO

O QUE SÃO FICHAS TÉCNICAS (FISPQ) ?


• Fichas técnicas são documentos, claro, de ordem técnica, produzidas
pelas indústrias responsáveis pela fabricação de determinado produto.

• Basicamente todos que produzem algum item de uso para terceiros


devem produzir uma ficha técnica.
• A Ficha fornece informação sobre diversos aspectos dos produtos
químicos, quanto à segurança, saúde, proteção e meio ambiente.
FISPQ
• Elas não podem ser consideradas “FISPQ” quando não forem elaboradas em
conformidade integral com a Norma Técnica NBR-14.725 da ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
• Segue o link : Produtos químicos - Informações sobre segurança, saúde e
meio ambiente
Parte 2: Sistema de classificação de perigo
• https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=418238
FISPQ
Para cada produto há uma ficha de informação bastante detalhada,
com as seguintes informações:
• Identificação do produto;
• Medidas de segurança;
• Riscos ao fogo;
• Propriedades físico-químicas;
• Informações ecotoxicológicas;
• Dados gerais.
FISPQ:
Além das informações usuais de uma Ficha de Segurança de Produto
Químico (FISPQ), estão também disponíveis:
• informações ecotoxicológicas;
• métodos de coleta;
• neutralização e disposição final;
• potencial de concentração na cadeia alimentar;
• demanda bioquímica de oxigênio, entre outras.
FICHA DE EMERGÊNCIA (FE)
• A ficha de emergência é obrigatória apenas no caso de transporte de
produtos e resíduos perigosos ou equipamentos relacionados.

• A FE servirá de orientação ao motorista ou às equipes de socorro,


informando como estes devem proceder em casos de vazamento,
riscos de explosão, contato de produto químico com seres vivos e
mais.
A FE deve conter informações básicas como:
• Dados do expedidor
• Aspecto do produto
• Equipamento de proteção individual (EPIs) a serem usados pela
equipe de atendimento em caso de emergência
• Riscos que o produto possa causar
• Inflamabilidade do produto
• Medidas a serem tomadas em caso de vazamento
• Medidas a serem tomadas em caso de incêndio
A FE deve conter informações básicas como:

• A ficha deve conter o telefone da corporação de bombeiros e dos


órgãos de policiamento de trânsito, da defesa civil e do meio
ambiente e do meio ambiente que atendem à região por onde o
veículo realizará o transporte.
A importância da FISPQ E FE
• A FE deve ser elaborada por um profissional que possua
conhecimentos técnicos específicos do produto e do resíduo químico
perigoso que está sendo transportado.
• O relator da ONU Baskut Tuncak- diz que a exposição de
trabalhadores a químicos tóxicos pode ser considerada uma crise de
saúde global.
• Estima-se que um trabalhador morre a cada 30 segundos devido á
exposição a produtos químicos tóxicos, pesticidas, radiação e outras
substâncias prejudiciais.
Procedimentos e Técnicas Laboratoriais

O laboratório é um ambiente extremamente hostil. Convivem no


mesmo espaço equipamentos, reagentes, soluções, microrganismos,
pessoas, papéis, livros, amostras, entre outros elementos. Para que
esse sistema funcione de forma adequada e segura, torna-se
adequado:
• disciplina;
• Respeito às normas e legislação pertinente;
• Trabalhar no contexto da qualidade e Biossegurança;
• Consciência ética;
Procedimentos e Técnicas Laboratoriais

O ambiente laboratorial deve ser entendido como um sistema


complexo, onde existem interações constantes entre os fatores
humanos, ambientais, tecnológicos, educacionais e normativos. Essas
interações, muitas vezes, favorecem a ocorrência de acidentes. Um
instrumento que pode contribuir para a minimiza-lo dessas
ocorrências, é a Biossegurançaa, definida como:
BIOSSEGURANÇA:

Conjunto de estudos e áreas destinados a prevenir, controlar,


reduzir ou eliminar riscos inerentes as atividades que possam
comprometer a saúde humana, animal, vegetal e o meio ambiente.
No Brasil, a Biossegurança possui duas vertentes:
1) A legal , que trata das questões envolvendo a manipulação de
Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) e pesquisas com
células-tronco embrionárias, e que tem uma lei, a de no 11.105,
chamada Lei de Biossegurançaa, sancionada pelo governo brasileiro em
24 de março de 2005 (SILVA, PELAEZ e VALLE, 2009; VALLE, 2009; VALLE
e BARREIRA, 2007).
BIOSSEGURANÇA:

2) A praticada, aquela desenvolvida, principalmente, nas instituições


de saúde e laboratórios em geral, que envolve os riscos por agentes
químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais, presentes
nesses ambientes, que se encontra no contexto da segurança
ocupacional (COSTA e COSTA, 2009; COSTA e COSTA, 2005, 2006;
VALLE e TELLES, 2003; CARVALHO, 1999)
Técnicas laboratoriais

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