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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS

ANA LUIZA COSTA MAGALHÃES


BIANCA DO SOCORRO DE SOUZA CARVALHEIRA
JULIANA LETICIA FERREIRA PINA

SISTEMA DE EVAPORADOR PARA SUCO DE LARANJA CONCENTRADO

BELÉM – PA
2022
ANA LUIZA COSTA MAGALHÃES
BIANCA DO SOCORRO DE SOUZA CARVALHEIRA
JULIANA LETICIA FERREIRA PINA

SISTEMA DE EVAPORADOR PARA SUCO DE LARANJA CONCENTRADO

Trabalho apresentado à Universidade Federal do


Pará e à Faculdade de Engenharia de Alimentos
como 2ª Avaliação da disciplina Operações
Unitárias na Engenharia de Alimentos II - Sob
orientação da Profª.: Dra. Nádia Cristina
Fernandes Corrêa. 

BELÉM - PA
2022
Informações adicionais para o estudo de caso:

● Calcular a área de troca térmica e a quantidade de vapor aquecido necessário


para concentrar a solução do estudo de caso, respectivo de cada equipe.

Com base nas informações da literatura e específicas para cada caso, construa a base de
dados necessária para os referidos cálculos necessários.

ESTUDO DE CASO

Concentram-­se 300 kg/h de suco de laranja a 11 % em açúcar até 65 % em um


evaporador, empregando-­se vapor d’água saturado a 1,5 bar e temperatura da alimentação de
112 ºC. A pressão absoluta no espaço de evaporação é de 0,1353 bar. Os calores específicos
das soluções podem ser admitidos como independentes da temperatura e expressos por: Cp =
4,186 − 0,025B, sendo B a concentração da solução em °Brix e Cp em kJ/Kg.K. Calcular o
consumo de vapor e a área de transferência de calor necessária.

Dados:

°Brix inicial: 11

°Brix final: 65

Pressão de vapor de aquecimento: O fluido de aquecimento é o vapor d'água saturado o


qual entra trocador de calor a 1,5 bar e 112 °C

Pressão no espaço de evaporação: 0,1353 bar

Quantidade inicial de matéria prima: 900kg/h

Vazão de alimentação: 300 kg/h ou 0,083 kg/s

Temperatura de entrada do suco: 25°C

Concentração
Para a produção do suco concentrado, o produto segue para um evaporador onde
acontece o processo de concentração. Nesta etapa, a água é retirada do produto por meio de
evaporação até que se atinja a concentração desejada. Esta é uma etapa muito importante uma
vez que o produto é submetido a elevadas temperaturas e, consequentemente, sua carga
microbiana é reduzida.
Após a pasteurização, o suco passa à etapa de concentração (remoção de água) através
de evaporadores. Estes funcionam sob vácuo e baixa temperatura, permitindo a obtenção de
um produto de alta qualidade com um mínimo consumo de energia.
Os evaporadores mais usados na concentração do suco de laranja são o TASTE
(Thermally Accelerated Short Time Evaporator).
Os evaporadores modelo TASTE utilizam tubos longos com diâmetros de 2,5 a 5,0 cm
e comprimento de 3 a 18 metros, a altura total de um desses evaporadores varia de 18 a 35
metros, e a alimentação de suco fresco é feito por bomba com pressão aproximada de 30
metros de coluna de água.

Esse tratamento térmico tem por finalidade principal promover a inativação dos
enzimas pectinolíticos. Na saída de cada evaporador, existe um equipamento com a função de
separar a água na forma de vapor do suco de laranja. A água evaporada do suco, depois de
condensada, é utilizada na indústria para a lavagem da fruta visando a economia de água.
Por ser um produto de alto valor comercial, todos os evaporadores têm sistemas
recuperadores de essências, que podem ser reincorporadas ao suco ou serem armazenadas
separadamente como produto a ser vendido.
Ficha Técnica do Evaporador TASTE
Material: Aço inox
Altura: 4,5 m
Diâmetro interno: 1,58 cm
Diâmetro externo: 2,134 cm
Espessura: 0,0034 m
Cálculos
EPE

EPE = 2,82 °C

Cálculo do coeficiente global (ana luiza)


Dados:

Propriedades Água (112°C) Suco de Laranja (25°C)

Massa específica (kg/m3) 949,5 1027,88

Calor específico (KJ/Kg.K) 4,231 3,94

Condutividade (W/m.K) 0,6851 0,57

Viscosidade (Pa.s) 248 𝑥 10


−6
2, 05 𝑥 10
−3

Coeficiente Global de Troca Térmica - Simples Efeito (1 tubo)


1 1 ϵ 1
𝑈
= ℎ𝑒
+ 𝐾𝑀
+ ℎ𝑖

ℎ𝑖 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝑒𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑎çã𝑜

ℎ𝑒 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛𝑠𝑎çã𝑜

𝐾𝑀 = 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜

ϵ = 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎
Balanço de massa

Durante a concentração, o suco de laranja passa de aproximadamente 11°Brix para


65°Brix.

Para definir a quantidade de vapor aquecido necessário para concentrar o suco de


laranja é necessário realizar o balanço de massa:

𝑚𝐹 = 𝑚𝑃 + 𝑚𝑉

𝑚𝐹 𝑋2𝐹= 𝑚𝑃 𝑋2𝑃

Vazão de alimentação: 300kg/h ou 0,083 kg/s

0,083 x 0,11= 𝑚𝑃 x 0,65

𝑚𝑃 = 0,014 kg/s

0,083= 0,014 + 𝑚𝑉

𝑚𝑉= 0,069 kg/s ou 248,4 kg/h

Água
Número de Reynolds

4 𝑥 0,069
𝑅𝑒 = −6 −2 = 16608,61
248 𝑥 10 𝑥 1 𝑥 3,14 𝑥 2,134 𝑥 10

Número de Prandtl
−6
4231 𝑥 248 𝑥 10
𝑃𝑟 = 0,6851
= 1,53

Coeficiente Convectivo

16608,61 0,6851
ℎ𝑒 = −0,5 0,75 𝑥 1/3
[8750 + 58 𝑥 1,53 𝑥 (16608,61 − 253) −7 2
((2,97 𝑥 10 ) /9,81)

ℎ𝑒 = 8234 𝑊/𝑚2𝐾

Suco de Laranja
Número de Reynolds

4 𝑥 0,083
𝑅𝑒 = −3 −2 = 3264,36
2,05 𝑥 10 𝑥 1 𝑥 3,14 𝑥 1,58 𝑥 10

Número de Prandtl
−3
3940 𝑥 2,05 𝑥 10
𝑃𝑟 = 0,57
= 14,17

Coeficiente Convectivo

ℎ 0,023 𝑥 3264,36
0,8
𝑥 14,17
1/3
𝑥 0,57
= 1299,49 𝑊/𝑚 𝐾
2

𝑖= −2
1,58 𝑥 10

Coeficiente Global de Troca Térmica


1 1 ϵ 1
𝑈
= ℎ𝑒
+ 𝐾𝑀
+ ℎ𝑖

1 1 0,0034 1 −3
𝑈
= 8234,37
+ 14,9
+ 1299,49
= 1, 12 𝑥 10

2
U = 892,86 𝑊/𝑚 𝐾

Coeficiente Global de Troca Térmica - Triplo Efeito (3 tubos)


*Considerando a vazão que a vazão em todos os evaporadores são iguais
1° Efeito
Dados:

Propriedades Água (82°C) Suco de Laranja (42°C)

Massa específica (kg/m3) 970,6 1023,56

Calor específico (KJ/Kg.K) 4,198 3,95

Condutividade (W/m.K) 0,6699 0,59

Viscosidade (Pa.s) 343, 2 𝑥 10


−6
0, 75 𝑥 10
−3

Água
Número de Reynolds
4 𝑥 0,069
𝑅𝑒 = −6 −2 = 4000,52
343,2 𝑥 10 𝑥 3 𝑥 3,14 𝑥 2,134 𝑥 10

Número de Prandtl

−6
4198 𝑥 343,2 𝑥 10
𝑃𝑟 = 0,6699
= 2,15

Coeficiente Convectivo

4000,52 0,6699
ℎ𝑒 = −0,5 0,75 𝑥 1/3
[8750 + 58 𝑥 2,15 𝑥 (4000,52 − 253) −7 2
((3,56 𝑥 10 ) /9,81)

ℎ𝑒 = 6117,47 𝑊/𝑚2𝐾

Suco de Laranja
Número de Reynolds
4 𝑥 0,083
𝑅𝑒 = −3 −2 = 2974,19
0,75 𝑥 10 𝑥 3 𝑥 3,14 𝑥 1,58 𝑥 10

Número de Prandtl

−3
3950 𝑥 0,75 𝑥 10
𝑃𝑟 = 0,59
= 5,02

Coeficiente Convectivo

ℎ 0,023 𝑥 2974,19
0,8
𝑥 5,02
1/3
𝑥 0,59
= 883,46 𝑊/𝑚 𝐾
2

𝑖= −2
1,58 𝑥 10

Coeficiente Global de Troca Térmica


1 1 ϵ 1
𝑈
= ℎ𝑒
+ 𝐾𝑀
+ ℎ𝑖

1 1 0,0034 1 −3
𝑈
= 6117,47
+ 14,9
+ 883,46
= 1, 52 𝑥 10

2
U = 666,67 𝑊/𝑚 𝐾

2° Efeito
Dados:

Propriedades Água (97°C) Suco de Laranja (32°C)


Massa específica (kg/m3) 960,6 1026,35

Calor específico (KJ/Kg.K) 4,212 3,94

Condutividade (W/m.K) 0,6787 0,58

Viscosidade (Pa.s) 289, 1 𝑥 10


−6
1, 25 𝑥 10
−3

Água
Número de Reynolds

4 𝑥 0,069
𝑅𝑒 = −6 −2 = 4749,15
289,1 𝑥 10 𝑥 3 𝑥 3,14 𝑥 2,134 𝑥 10

Número de Prandtl

−6
4212 𝑥 289,1 𝑥 10
𝑃𝑟 = 0,6787
= 1,79

Coeficiente Convectivo
4749,15 0,6787
ℎ𝑒 = −0,5 0,75 𝑥 1/3
[8750 + 58 𝑥 1,79 𝑥 (4749,15 − 253) −7 2
((3,03 𝑥 10 ) /9,81)

ℎ𝑒 = 6764,48 𝑊/𝑚2𝐾

Suco de Laranja
Número de Reynolds

4 𝑥 0,083
𝑅𝑒 = −3 −2 = 1784,51
1,25 𝑥 10 𝑥 3 𝑥 3,14 𝑥 1,58 𝑥 10

Número de Prandtl

−3
3940 𝑥 1,25 𝑥 10
𝑃𝑟 = 0,58
= 8,49

Coeficiente Convectivo

ℎ 0,023 𝑥 1784,51
0,8
𝑥 8,49
1/3
𝑥 0,58
= 687,62 𝑊/𝑚 𝐾
2

𝑖= −2
1,58 𝑥 10

Coeficiente Global de Troca Térmica


1 1 ϵ 1
𝑈
= ℎ𝑒
+ 𝐾𝑀
+ ℎ𝑖
1 1 0,0034 1 −3
𝑈
= 6764,48
+ 14,9
+ 687,62
= 1, 83 𝑥 10

2
U = 546,45 𝑊/𝑚 𝐾

3° Efeito
Dados:

Propriedades Água (112°C) Suco de Laranja (25°C)

Massa específica (kg/m3) 949,5 1027,88

Calor específico (KJ/Kg.K) 4,231 3,94

Condutividade (W/m.K) 0,6851 0,57

Viscosidade (Pa.s) 248 𝑥 10


−6
2, 05 𝑥 10
−3

Água
Número de Reynolds

4 𝑥 0,069
𝑅𝑒 = −6 −2 = 5513,97
248 𝑥 10 𝑥 3 𝑥 3,14 𝑥 2,134 𝑥 10

Número de Prandtl

−6
4231 𝑥 248 𝑥 10
𝑃𝑟 = 0,6851
= 1,53

Coeficiente Convectivo
5513,97 0,6851
ℎ𝑒 = −0,5 0,75 𝑥 1/3
[8750 + 58 𝑥 1,53 𝑥 (5513,97 − 253) −7 2
((2,97 𝑥 10 ) /9,81)

ℎ𝑒 = 6752,19 𝑊/𝑚2𝐾

Suco de Laranja
Número de Reynolds

4 𝑥 0,083
𝑅𝑒 = −3 −2 = 1088,12
2,05 𝑥 10 𝑥 3 𝑥 3,14 𝑥 1,58 𝑥 10

Número de Prandtl

−3
3940 𝑥 2,05 𝑥 10
𝑃𝑟 = 0,57
= 14,17

Coeficiente Convectivo
ℎ 0,023 𝑥 1088,12
0,8
𝑥 14,17
1/3
𝑥 0,57
2
= 543,04 𝑊/𝑚 𝐾
𝑖= −2
1,58 𝑥 10

Coeficiente Global de Troca Térmica


1 1 ϵ 1
𝑈
= ℎ𝑒
+ 𝐾𝑀
+ ℎ𝑖

1 1 0,0034 1 −3
𝑈
= 6752,19
+ 14,9
+ 543,04
= 2, 22 𝑥 10

2
U = 450,45 𝑊/𝑚 𝐾

Entalpia de vaporização (ana luiza)

Emprega-se como meio de aquecimento vapor saturado a pressão de 1,5 bar. Da tabela
de saturação da água (Green e Perry, 2008), verifica se que corresponde a uma temperatura de
385 K (112 ºC) e uma entalpia de condensação de 2225 kJ/kg
Considera­-se a condensação até a condição de água saturada. A pressão de operação
do evaporador é de 0,1353 bar. Da tabela de saturação da água (Green e Perry, 2008), tem-se
que a temperatura de ebulição é de 52 ºC e a entalpia de vaporização é de 2377,5 kJ/kg.

Evaporador de simples efeito sem EPE (bianca)

Para os cálculos de evaporador de simples efeito sem EPE, utilizamos a equação 11.11, dada
por:
𝑚𝐻∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝐻 = 𝑚𝐹 × 𝐶𝑃𝐹 × (𝑇𝑃 − 𝑇𝐹) + 𝑚𝑉∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉

Em que 𝑚𝐻 e 𝑚𝐹 são as vazões de calor consumido e de solução concentrada,

respectivamente; ∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝐻 e ∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉 são as entalpias, verificadas em tabela com base na

temperatura e pressão; 𝑇𝑃 e 𝑇𝐹 as temperaturas de ebulição e alimentação e 𝐶𝑃𝐹 o calor

específico da solução alimentada, calculado utilizando o grau brix da solução.


Para o presente estudo de caso, utilizou-se os seguintes dados:
𝑇𝑃 = 52 °𝐶 ; 𝑇𝐹 = 112 °𝐶; ∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝐻= 2225 kJ/kg; ∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉 = 2377,5 kJ/kg 𝑚𝐹 = 300 kg/h .

Fez-se necessário calcular 𝐶𝑃𝐹 utilizando o brix inicial da solução:

𝐶𝑃𝐹 = 4, 186 − 0, 025. 11

𝐶𝑃𝐹 = 3, 911𝑘𝐽/𝑘𝑔. 𝐾

Aplicando os dados a equação, temos:


𝑚𝐻2225 𝑘𝐽/𝑘𝑔 = 300 𝑘𝑔/ℎ × 3, 911𝑘𝐽/𝑘𝑔. 𝐾 × (52 − 112) + 248, 4 𝑘𝑔/ℎ × 2377, 5𝑘𝐽/𝑘𝑔

Logo,
𝑚𝐻 = 233, 785𝑘𝑔/ℎ 𝑜𝑢 0, 0649 𝑘𝑔/𝑠

Utilizando 𝑚𝐻 , calcula-se a carga térmica dada pela equação:

𝑞 = 𝑚𝐻 × ∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝐻

Aplicando os dados, temos:


𝑞 = 233, 785𝑘𝑔/ℎ × 2225 𝑘𝐽/𝑘𝑔
𝑞 = 520171, 625𝑊 𝑜𝑢 520, 1716 𝑘𝑊
Com base nos dados encontrados, calcula-se a área de transferência de calor, dada por:
𝑞
𝐴 = 𝑈×∆𝑇

Em que 𝑞 é a carga térmica, 𝑈 é o coeficiente global de troca térmica e ∆𝑇 é a variação de


temperatura. Substituindo, temos:
520171,625
𝐴 = 892,86×(112−52)

Logo,

2
𝐴 = 9, 709 𝑚
Conclui-se, portanto, que o consumo de calor é 0, 0649 𝑘𝑔/𝑠 e a área de transferência de
2
calor necessária no processo é 9, 709 𝑚 .

Evaporador de simples efeito com EPE (juliana)


*Cálculo da vazão de calor consumido para a evaporação:
𝑚𝐻∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝐻 = 𝑚𝐹 × 𝐶𝑝𝑓 × (𝑇𝑃 − 𝑇𝐹) + 𝑚𝑉∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉

Sendo:
𝐶𝑃𝐹 = 4, 186 − 0, 025 * 𝐵 ⇒ 𝐶𝑃𝐹 = 4, 186 − 0, 025 * 11 = 3, 911 𝑘𝐽/𝑘𝑔. 𝐾

∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝐻= 2225 kJ/kg

∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉 = 2377,5 kJ/kg.

EPE = 2,82°C
𝑇𝑃 = 52 °𝐶

𝑇𝐹 = 112 °𝐶

𝑚𝐹 = 300 kg/h

Resolvendo a equação:
𝑚𝐻2225 = 300 × 3, 911 × (52 + 2, 82 − 112) + 249, 23 × 2377, 5

𝑚𝐻 = 236, 15 𝑘𝑔/ℎ = 0, 065 𝑘𝑔/𝑠

*Cálculo da Carga Térmica:


𝑞 = 𝑚𝐻 × ∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝐻 ⇒ 𝑞 = 236, 15 × 2225 = 525433, 75 𝑊 = 525,4kW

*Área de transferência de calor:


𝑞
𝐴 = 𝑈×∆𝑇

525433,75 2
𝐴 = 892,86×(112−52)
= 9, 80 𝑚
2
O consumo de vapor é de 0,065 kg/s, e a área de transferência de calor necessária é de 9,8 𝑚
Evaporador de triplo efeito sem EPE (juliana)
2 2 2
Dados: 𝑈1 = 666, 67 𝑊/𝑚 𝐾 ; 𝑈2 = 546, 45 𝑊/𝑚 𝐾 ; 𝑈3 = 450, 45 𝑊/𝑚 𝐾

𝑚𝐹 = 0,083 kg/s ; 𝑋2𝐹 = 0,11 ; 𝑋2𝑃= 0,65; vapor de aquecimento a 1,5bar, 𝑇ℎ=112°C, entalpia

de condensação 2225 kJ/kg; Pressão do último evaporador 0,1353 bar ,então a temperatura de
ebulição é 𝑇𝑏 = 52°𝐶,e a entalpia de condensação é 2377,5 kJ/kg.

*Balanço de Massa:
Equação 11.25 => 𝑚𝑓𝑋2𝐹 = 𝑚𝑝𝑋2𝑃 => 0, 083. 011 = 𝑚𝑝. 0, 65 => 𝑚𝑝 = 0, 014𝑘𝑔/𝑠

Equação 11.22 => 𝑚𝐹 = 𝑚𝑝 + 𝑚𝑉1 + 𝑚𝑉2 + 𝑚𝑉3 =>

0, 083 = 0, 014 + 𝑚𝑉1 + 𝑚𝑉2 + 𝑚𝑉3=> 𝑚𝑉1 + 𝑚𝑉2 + 𝑚𝑉3 = 0, 069

Equação 11.23 => 𝑚𝐹 = 𝑚𝑃2 + 𝑚𝑉1 + 𝑚𝑉2 => 0, 083 = 𝑚𝑃2 + 𝑚𝑉1 + 𝑚𝑉2

Equação 11.24 => 𝑚𝐹 = 𝑚𝑃3 + 𝑚𝑉3 => 0, 083 = 𝑚𝑃3 + 𝑚𝑉3


Considerando a mesma vazão de vapor nos diferentes efeitos, têm-se que:
𝑚𝑉1 = 𝑚𝑉2 = 𝑚𝑉3 = 𝑚𝑉 => 0, 083 = 0, 014 + 𝑚𝑉1 + 𝑚𝑉2 + 𝑚𝑉3 =>

0, 083 = 0, 014 + 3𝑚𝑉 => 𝑚𝑉= 0,023kg/s

0, 083 = 𝑚𝑃2 + 𝑚𝑉1 + 𝑚𝑉2 => 0, 083 = 𝑚𝑃2 + 2𝑚𝑉2 => 0, 083 = 𝑚𝑃2 + 2. 0, 023

=> 𝑚𝑃2 = 0, 037 𝑘𝑔/𝑠

0, 083 = 𝑚𝑃3 + 𝑚𝑉3 => 𝑚𝑃3 = 0, 083 − 0, 023 => 𝑚𝑃3= 0,06 kg/s

*Concentração das Correntes:


𝑚𝐹𝑋2𝐹 0,083 𝑋 0,11
𝑋2𝑃3 = 𝑚𝑃3
= 0,06
= 0, 152

𝑚𝐹𝑋2𝐹 0,083 𝑋 0,11


𝑋2𝑃2 = 𝑚𝑃2
= 0,037
= 0, 247

*Diferença Total de Temperatura:


△𝑇 = 𝑇𝐻 − 𝑇𝑏3 => △𝑇 = 112 − 52 = 60°𝐶

*Calcular as diferenças ∆𝑇1, ∆𝑇2 e ∆𝑇3 a partir da equação 11.36:


1/𝑈1 1/666,67
∆𝑇1 = 1/𝑈1+1/𝑈2+1/𝑈1
⋆ △𝑇 => ∆𝑇1 = 1/666,67 +1/546,45+1/450,45
× 60 = 16, 22 °C

1/𝑈2 1/546,45
∆𝑇2 = 1/𝑈1+1/𝑈2+1/𝑈1
⋆ △𝑇 => ∆𝑇2 = 1/666,67 +1/546,45+1/450,45
× 60 = 19, 78°𝐶

1/𝑈3 1/450,45
∆𝑇3 = 1/𝑈1+1/𝑈2+1/𝑈1
⋆ △𝑇 => ∆𝑇3 = 1/666,67 +1/546,45+1/450,45
× 60 = 24°𝐶

*Temperaturas de ebulição nos evaporadores são:


𝑇𝑏1 = 𝑇𝐻 − ∆𝑇1 = 112 − 16, 22 = 95, 8°𝐶

𝑇𝑏2 = 𝑇𝑏1 − ∆𝑇2 = 95, 8 − 19, 78 = 76°𝐶

𝑇𝑏3 = 𝑇𝑏3 − ∆𝑇3 = 76 − 24 = 52°𝐶

*Valores do calor específico das correntes alimentadas nos evaporadores:


𝐶𝑃𝐹 = 4, 186 − 0, 025𝐵 => 𝐶𝑃𝐹 = 4, 186 − 0, 025. 11 = 3, 911 𝑘𝐽/𝑘𝑔. 𝐾

𝐶𝑃𝑃2 = 4, 186 − 0, 025𝐵 => 𝐶𝑃𝑃2 = 4, 186 − 0, 025. 24, 7 = 3, 568 𝑘𝐽/𝑘𝑔. 𝐾

𝐶𝑃𝑃3 = 4, 186 − 0, 025𝐵 => 𝐶𝑃𝑃3 = 4, 186 − 0, 025. 15, 2 = 3, 806 𝑘𝐽/𝑘𝑔. 𝐾

*Entalpia de Vaporização (tabelado):


∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉1 = 2264 𝑘𝐽/𝑘𝑔 => 95,8°C

∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉2 = 2316 𝑘𝐽/𝑘𝑔 => 76°C


∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉3 = 2377, 5 𝑘𝐽/𝑘𝑔 => 52°C

*Balanço de Energia
𝑚𝐻∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝐻 = 𝑚𝑃2𝐶𝑃𝑃2(𝑇𝑃 − 𝑇𝑃2) + 𝑚𝑉1 + ∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉1 =>

𝑚𝐻2225 = 0, 037. 3, 568(95, 8 −

𝑚𝑉1∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉1 = 𝑚𝑃3𝐶𝑃𝑃3(𝑇𝑃2 − 𝑇𝑃3) + 𝑚𝑉2 + ∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉2

𝑚𝑉2∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉2 = 𝑚𝐹𝐶𝑃𝐹(𝑇3 − 𝑇𝐹) + 𝑚𝑉3 + ∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉3

Evaporador de triplo efeito com EPE (bianca)


Para cálculo de evaporador em triplo efeito, deve-se considerar os seguintes dados:
coeficientes globais para cada evaporador sendo
2 2 2
𝑈1 = 666, 67 𝑊/𝑚 𝐾 , 𝑈2 = 546, 45 𝑊/𝑚 𝐾 e 𝑈3 = 450, 45 𝑊/𝑚 𝐾; vazão de

alimentação 𝑚𝐹 = 0,083 kg/s ; concentração de sólidos solúveis 𝑋2𝐹 = 0,11 ; 𝑋2𝑃= 0,65;

temperatura de entrada do fluido de aquecimento 𝑇𝐻=112°C e pressão de vapor de

aquecimento a 1,5bar; entalpia de condensação 2225 kJ/kg; temperatura de ebulição; pressão


do último evaporador 0,1353 bar e entalpia de condensação 2377,5 kJ/kg. Para este cálculo
adotou-se EPE = 2,82°C.
Inicialmente, é necessário realizar o balanço de massa do sistema, com base na equação 11.25,
dada por:
𝑚𝐹𝑋2𝐹 = 𝑚𝑃𝑋2𝑃

Em que 𝑚𝐹 e 𝑚𝑃 são as vazões e 𝑋2𝐹 e 𝑋2𝑃 são as frações mássicas de soluto (concentrações

de sólidos solúveis). Substituindo os dados, temos que:


0, 083. 0, 11 = 𝑚𝑃. 0, 65

𝑚𝑃 = 0, 01405 𝑘𝑔/𝑠

Utilizando como base a equação 11.22 que representa o balanço de massa da seguinte forma:
𝑚𝐹 = 𝑚𝑃 + 𝑚𝑉1 + 𝑚𝑉2 + 𝑚𝑉3

Adotando os dados encontrados a equação, temos:


0, 083 = 0, 01405 + 𝑚𝑉1 + 𝑚𝑉2 + 𝑚𝑉3

Considera-se a mesma vazão de vapor para os três efeitos, logo:


0, 083 = 0, 01405 + 3𝑚𝑉

𝑚𝑉 = 0, 023𝑘𝑔/𝑠

Utilizando também a equação 11.23 no sistema, representada por:


𝑚𝐹 = 𝑚𝑃2 + 𝑚𝑉1 + 𝑚𝑉2

Substituindo 𝑚𝐹e 𝑚𝑉2, temos:

0, 083 = 𝑚𝑃2 + 2𝑚𝑉2

0, 083 = 𝑚𝑃2 + 2 * 0, 023

𝑚𝑃2 = 0, 037𝑘𝑔/𝑠

E para a equação 11.24, temos:


𝑚𝐹 = 𝑚𝑃3 + 𝑚𝑉3

Substituindo 𝑚𝐹e 𝑚𝑉3, temos:

0, 083 = 𝑚𝑃3 + 0, 023

𝑚𝑃3 = 0, 060𝑘𝑔/𝑠

Para cálculo da concentração das correntes líquidas, consideramos as seguintes equações:


𝑚𝐹𝑋2𝐹 𝑚𝐹𝑋2𝐹
𝑋2𝑃3 = 𝑚𝑃3
e 𝑋2𝑃2 = 𝑚𝑃2

Substituindo os dados, temos:


0,083 𝑋 0,11 0,083 𝑋 0,11
𝑋2𝑃3 = 0,060
= 0, 152 e 𝑋2𝑃2 = 0,037
= 0, 247

Para cálculo da diferença de temperatura, temos:


△𝑇 = 𝑇𝐻 − 𝑇𝐵3

Em que 𝑇𝐻 𝑒 𝑇𝐵3são respectivamente as temperaturas de alimentação e de ebulição.

Substituindo, temos:
△𝑇 = 112 − 52
△𝑇 = 60°𝐶
Para calcularmos as diferenças de temperatura ∆𝑇1, ∆𝑇2 e ∆𝑇3utiliza-se a equação 11.36,

inserindo os coeficientes globais e a diferença de temperatura citados anteriormente:


1/𝑈1
∆𝑇1 = 1/𝑈1+1/𝑈2+1/𝑈1
△𝑇

1/666,67
∆𝑇1 = 1/666,67 +1/546,45+1/450,45
× 60 = 16, 22 °C

1/𝑈2
∆𝑇2 = 1/𝑈1+1/𝑈2+1/𝑈1
△𝑇

1/546,45
∆𝑇2 = 1/666,67 +1/546,45+1/450,45
× 60 = 19, 78°𝐶

1/𝑈3
∆𝑇3 = 1/𝑈1+1/𝑈2+1/𝑈1
⋆ △𝑇

1/450,45
∆𝑇3 = 1/666,67 +1/546,45+1/450,45
× 60 = 24°𝐶

Com base nas temperaturas encontradas, calcula-se as temperaturas de ebulição dos


evaporadores:
𝑇𝐵1 = 𝑇𝐻 − ∆𝑇1

𝑇𝐵1= 112 − 16, 22 = 95, 8°𝐶

𝑇𝐵2 = 𝑇𝐵1 − ∆𝑇2

𝑇𝐵2 = 95, 8 − 19, 78 = 76°𝐶

𝑇𝐵3 = 𝑇𝐵3 − ∆𝑇3

𝑇𝐵3= 76 − 24 = 52°𝐶

Para cálculo dos calores específicos, aplicamos a fórmula os valores das concentrações das
correntes líquidas:
𝐶𝑃𝐹 = 4, 186 − 0, 025. 11 = 3, 911 𝑘𝐽/𝑘𝑔. 𝐾

𝐶𝑃𝑃2 = 4, 186 − 0, 025. 24, 7 = 3, 568 𝑘𝐽/𝑘𝑔. 𝐾

𝐶𝑃𝑃3 = 4, 186 − 0, 025. 15, 2 = 3, 806 𝑘𝐽/𝑘𝑔. 𝐾

Com base na tabela de saturação da água, temos as novas entalpias:


∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉1 = 2264 𝑘𝐽/𝑘𝑔 (95,8°C)

∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉2 = 2316 𝑘𝐽/𝑘𝑔 (76°C)

∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉3 = 2377, 5 𝑘𝐽/𝑘𝑔 (52°C)


Fazendo o balanço de energia com os novos dados, temos:
𝑚𝐻∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝐻 = 𝑚𝑃2𝐶𝑃𝑃2(𝑇𝑃 + 𝐸𝑃𝐸 − 𝑇𝑃2) + 𝑚𝑉1∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉1

𝑚𝐻𝑥2225𝑘𝐽/𝑘𝑔 = 0, 037𝑥3, 568𝑘𝐽/𝑘𝑔(95, 8 + 2, 82 − 76) + 0, 023𝑥2264𝑘𝐽/𝑘𝑔

𝑚𝐻 = 0, 02475𝑘𝑔/𝑠

𝑚𝑉1𝑥2264𝑘𝐽/𝑘𝑔 = 0, 060𝑥3, 806(76 + 2, 82 − 52) + 𝑚𝑉2𝑥2316𝑘𝐽/𝑘𝑔

𝑚𝑉1∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉1 = 𝑚𝑃3𝐶𝑃𝑃3(𝑇𝑃2 + 𝐸𝑃𝐸 − 𝑇𝑃3) + 𝑚𝑉2∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉2

𝑚𝑉2∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉2 = 𝑚𝐹𝐶𝑃𝐹(𝑇3 + 𝐸𝑃𝐸 − 𝑇𝐹) + 𝑚𝑉3∆𝑣𝑎𝑝𝐻𝑉3

REFERÊNCIAS
BARBOSA, Suellen Daiane. Modelagem e simulação de evaporadores na indústria de
alimentos. 2014.

DE LIMA MAZOCHI, Guilherme Gabriel; OKADA, Roberto Hirochi. Complexo


agroindustrial de produção e fabricação de suco concentrado de laranja. Revista
Interface Tecnológica, v. 18, n. 1, p. 437-449, 2021.

NETO, José Maximiano Candido. Análise do comportamento de um evaporador de suco


de laranja utilizando um simulador industrial de processos. Programa de Pós-Graduação
em Engenharia Química, 2011.

RAIMUNDO, Erison et al. Cor, viscosidade e bactérias lácticas em suco de laranja


pasteurizado e submetido ao efeito da luz durante o armazenamento. Alimentos e
Nutrição Araraquara, v. 18, n. 4, p. 449-456, 2008.

RODRIGUES, Gilson José et al. Estudo energético de uma planta de processamento de


suco de laranja concentrado congelado. 2001.

SILVA, Fernando Teixeira; JARDINE, José Gilberto ; MATTA, Virgínia Martins.


Concentração de suco de laranja (Citrus sinensis) por osmose inversa. Ciência e
Tecnologia de Alimentos, v. 18, n. 1, p. 99–104, 1998. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/cta/a/PYsKR8nvkjssVVcSktyWc3z/?lang=pt>. Acesso em: 17 jun.
2022.

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