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EXEMPLOS SOBRE EVAPORADORES:

EXEMPLOS RELATIVOS AS VIDEO-AULAS: EVAPORADORES II E III


EXEMPLO 1: Determinar a área de aquecimento necessária para produção de 10000 kg/h de solução
de solução de Glicose a 50 % a partir de uma solução de glicose 10 %, na temperatura inicial de 27
ºC. A evaporação será realizada em um evaporador de tubos curtos, que tem, conforme se espera, um
coeficiente global de 2,7 kW/(m2K). O vapor de aquecimento está saturado a 341,0 kPa e 410 K, e o
equipamento pode ser operado em um vácuo de 68,94 kPa relativo a pressão barométrica de 101,35
kPa. A 32,41 kPa a temperatura de ebulição da água é de 344 K. Considere que a fração de 10% em
massa de açúcar eleve a temperatura de ebulição em 2 K.

DADOS:
kJ kJ kJ kJ
H Slv  2150,0 ; hFl  105,55 ; hPl  217,99 ; hVv  2647,0
kg kg kg kg

1º) Devemos calcular o calor trocado ente os fluidos para determinarmos a área de aquecimento:

𝑞̇ = 𝑚̇𝑆 ∆𝐻𝑆 vap = 𝑈𝑨∆𝑻

Devemos encontrar o valor do termo; 𝑚̇𝑆 ∆𝐻𝑆 vap para calcularmos a área, para tal devemos fazer
o balanço de energia.

𝑚̇𝑆 ∆𝐻𝑆 vap + 𝑚̇𝐹 ℎ𝐹 − 𝑚̇𝑃 ℎ𝑃 − 𝑚̇𝑉 ℎ𝑉 = 0

Temos que determinar os valores das entalpias. Para isso iremos preenche a tabela a seguir com
valores encontrados:

1- Determinar a vazão de F a partir do balanço de componente entre P e F:

𝑚̇𝐹 𝑥𝐹 − 𝑚̇𝑃 𝑥𝑃 = 0

𝑘𝑔
𝑚̇𝐹 𝑥10 − 2,778 𝑥 50 = 0
𝑠
𝑘𝑔
𝑚̇𝐹 = 13,89
𝑠
2- Determinar a vazão de V a partir do balanço de massa na solução:

𝑚̇𝐹 − 𝑚̇𝑃 − 𝑚̇𝑉 = 0

𝑘𝑔
𝑚̇ 𝑉 = 11,112
𝑠
Vazão mássica Conc. 5 em
Corrente Temperatura Entalpia kJ/kg
kg/h – kg/s massa
F 50000 / 13,89 10 27ºC 105,55
P 10000 / 2,778 50 80,85 ºC 217,99
V 40000 / 11,112 0 80,85 ºC 2647,0
Obs.: Em vermelho: calculado, em azul: dado, em verde: tabelado
3- Determinar as temperaturas das correntes.

 Do produto:

A temperatura de ebulição do solvente puro na pressão de operação do evaporador é de 344 K e cada


10% em massa na concentração de açúcar eleva a temperatura em 2 K logo:

𝑇𝑒𝑏. 𝑠𝑜𝑙 . = 344 𝐾 + (5 𝑥 2𝐾) = 354 𝐾 = 80,85 º𝐶

 Do vapor da solução

A temperatura do vapor da solução é a mesma do produto, como no caso há EPE, o vapor gerado é
superaquecido.

𝑇𝑣𝑎𝑝. 𝑠𝑜𝑙 . = 344 𝐾 + (5 𝑥 2𝐾) = 354 𝐾 = 80,85 º𝐶

Determinar o valor de ; 𝑚̇𝑆 ∆𝐻𝑆 vap ;

𝑘𝑔 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝑘𝐽
𝑚̇𝑆 ∆𝐻𝑆 vap + 13,89 105,55 − 2,778 217,99 − 11,112 2647 =0
𝑠 𝑘𝑔 𝑠 𝑘𝑔 𝑠 𝑘𝑔

𝒌𝑱
𝑚̇𝑆 ∆𝐻𝑆 vap = 𝟐𝟖𝟓𝟓𝟐, 𝟗
𝒔

2º) Calcular a área de troca térmica:

Calcular antes o Delta T.

∆𝑻 = 𝑻𝑺 − 𝑻𝒆𝒃𝒖𝒍𝒊ç𝒂õ 𝒅𝒂 𝒔𝒐𝒍𝒖çã𝒐 = 𝟒𝟏𝟎𝑲 − 𝟑𝟓𝟒 𝑲 = 𝟏𝟑𝟔, 𝟖𝟓 º𝑪 − 𝟖𝟎, 𝟖𝟓 º𝑪 = 𝟓𝟔 𝑲

𝑚̇𝑆 ∆𝐻𝑆 vap = 𝑈𝑨∆𝑻

𝑘𝐽 𝑘𝑊
28552,9 = 2,7 2 𝐴 56𝐾
𝑠 𝑚 𝐾

𝐴 = 188,84 𝑚2
EXEMPLO 2: Um evaporador a duplo efeito é alimentado de forma direta com uma
solução de NaOH a 10% (p/p) a 80 ºC a fim de se obter uma solução com a concentração
de 50% (p/p). O vapor saturado de aquecimento é fornecido a uma temperatura de 503 K.
O primeiro efeito opera a pressão atmosférica e o segundo efeito opera a uma pressão
de 0.1235 Bar. Vapor da solução é produzido na mesma quantidade em cada efeito.
Determine:
a) A EPE no último feito.
b) A concentração do produto do primeiro efeito.
c) A EPE no primeiro efeito.
d) A quantidade de vapor de alimentação necessária para que ocorra o processo.

Obs.: O aluno deve ter em mãos o diagrama de Duhring e o diagrama Entalpia x


Concentração do NaOH.

1º) Saber qual tipo de alimentação para fazer os balanços corretos:

a) Determinar a EPE no ultimo efeito:


Sabe-se que no ultimo efeito a concentração do produto é de 50% e que o efeito opera a 0,1235 bar.
A 0,1235 bar a pressão de ebulição do solvente puro pode ser encontrada em uma tabela de vapor
saturado.

Pressão (bar) Tebulição


0,1235 50 ºC / 122 ºF

Do diagrama de Durhing para a solução a 50%


𝑇𝑒𝑏. 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 194,5º𝐹 = 90,3º𝐶

𝐸𝑃𝐸 = 𝑇𝑒𝑏. 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 − 𝑇𝑒𝑏. 𝑠𝑜𝑙. 𝑝𝑢𝑟𝑜 = 90,3º𝐶 − 50º𝐶 = 𝟒𝟎, 𝟑º𝑪

b) A concentração do produto no 1º Efeito:


Para determinar a concentração do produto do primeiro efeito, devemos fazer dois balanços, um de
massa e outro de componente para a solução.

Componente:
𝐹1 𝑥𝐹1 = 𝑃1 𝑥𝑃1
𝑥𝐹1
𝑃1 = 𝐹1
𝑥𝑃1

Massa (solução):
𝐹1 = 𝑉1 + 𝑃1
𝑥𝐹1
𝐹1 = 𝐹1 + 𝑉1
𝑥𝑃1

𝑥𝐹1
𝑉1 = 𝐹1 (1 − )
𝑥𝑃1

Sabemos que o vapor gerado no primeiro efeito aquece o segundo e sai como condensado neste.
Sabemos também que a mesma quantidade de vapor de solução é gerada nos dois efeitos

𝑉1 = 𝐶2

𝑉1 = 𝑉2

Um balanço global para a solução leva a:

𝐹1 = 𝐶2 + 𝑉2 + 𝑃2 = 𝑉1 + 𝑉1 + 𝑃2 = 2𝑉1 + 𝑃2

P2 e V2 são conhecidos e C2 pode ser dado em função de V1 e consequentemente de F1 e xF1 e xP1:

𝑥𝐹1
𝐹1 = 2𝐹1 (1 − ) + 𝑃2
𝑥𝑃1

Devemos colocar P2 em função de variáveis conhecidas como F1 e xP2;

𝐹1 𝑥𝐹1 = 𝑃2 𝑥𝑃2

𝐹1 𝑥𝐹1
𝑃2 =
𝑥𝑃2

Logo;
𝑥𝐹1 𝐹1 𝑥𝐹1
𝐹1 = 2𝐹1 (1 − )+
𝑥𝑃1 𝑥𝑃2

Agora temos todos os parâmetros em função de variáveis conhecidas exceto pelo xP1 que queremos
calcular, então:
𝑥𝐹1 𝐹1 𝑥𝐹1
−2𝐹1 (1 − )= − 𝐹1
𝑥𝑃1 𝑥𝑃2

2𝑥𝐹1 𝑥𝐹1
−2 + = −1
𝑥𝑃1 𝑥𝑃2

2𝑥𝐹1 𝑥𝐹1
= +1
𝑥𝑃1 𝑥𝑃2

0,2 0,1
= +1
𝑥𝑃1 0,5

𝑥𝑃1 = 0,1667 = 𝟏𝟔, 𝟔𝟕%

c) A EPE no 1º Efeito:
Sabemos que o 1º efeito opera a pressão atmosférica (1,01325 bar) e que nessa pressão a temperatura
de ebulição do solvente puro é de 100ºC ou 212ºF, e sabemos também que a concentração do produto
no 1º efeito é de 16,67% então devemos utilizar o diagrama de Durhing para determinar a temperatura
de ebulição da solução no 1º efeito.

𝑇𝑒𝑏. 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 226º𝐹 = 107,8º𝐶

𝐸𝑃𝐸 = 𝑇𝑒𝑏. 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 − 𝑇𝑒𝑏. 𝑠𝑜𝑙. 𝑝𝑢𝑟𝑜 = 107,8º𝐶 − 100º𝐶 = 𝟕, 𝟖º𝑪

d) Quantidade de vapor de alimentação para que ocorra o processo:


Como sabemos, o vapor de alimentação é inserido somente no 1º efeito, os demais são alimentados
com vapor gerado na solução do efeito anterior, logo, o balanço energético deve ser realizado somente
no primeiro efeito.
𝑚𝐹1 = 𝑚𝑉1 + 𝑚𝑃1

𝒎𝑺𝟏 ℎ𝑆1 + 𝑚𝐹1 ℎ𝐹1 = 𝑚𝐶1 ℎ𝐶1 + 𝑚𝑉1 ℎ𝑉1 + 𝑚𝑃1 ℎ𝑃1

𝑚𝐹1 𝑥𝐹1 = 𝑚𝑃1 𝑥𝑃1


Como o vapor de aquecimento por convenção (mas não obrigatoriamente) condensa totalmente e
que a massa de vapor e condensado são as mesmas (S1 = C1) podemos rearranja r a equação do balanço
de energia da seguinte forma:

𝑙𝑣
𝒎𝑺𝟏 𝐻𝑆1 + 𝑚𝐹1 ℎ𝐹1 = 𝑚𝑉1 ℎ𝑉1 + 𝑚𝑃1 ℎ𝑃1

𝑙𝑣
Onde 𝐻𝑆1 é o calor latente de condensação do vapor.

Devemos determinar as entalpias das correntes;

Conc. 5 em
Corrente Temperatura Entalpia kJ/kg
massa
S 0 503 K / 230ºC 1813,8 Tab. de vapor saturado
F 10 80ºC 128,2 btu/lb / 298,2 Diagrama H vs Concentração
P 16,67 107,8 ºC 170,6 btu/lb / 396,8 Diagrama H vs Concentração
V 0 107,8 ºC 2691,95 Tab. vap. super. a 1,01325 bar

Como não foi determinada nenhuma massa, podemos calcular em função da massa de alimentação
da solução (mF1) ou do produto (mP1):
𝑥𝐹1
𝑚𝑃1 = 𝑚𝐹1
𝑥𝑃1

𝑥𝐹1
𝑚𝑉1 = 𝑚𝐹1 − 𝑚𝑃1 = 𝑚𝐹1 (1 − )
𝑥𝑃1

𝑙𝑣
𝑥𝐹1 𝑥𝐹1
𝒎𝑺𝟏 𝐻𝑆1 + 𝑚𝐹1 ℎ𝐹1 = 𝑚𝐹1 (1 − ) ℎ + 𝑚𝐹1 ℎ
𝑥𝑃1 𝑉1 𝑥𝑃1 𝑃1

𝑙𝑣
𝑥𝐹1 𝑥𝐹1
𝒎𝑺𝟏 𝐻𝑆1 = 𝑚𝐹1 (1 − ) ℎ𝑉1 + 𝑚𝐹1 ℎ − 𝑚𝐹1 ℎ𝐹1
𝑥𝑃1 𝑥𝑃1 𝑃1

𝑥𝐹1 𝑥𝐹1
[(1 − ]
𝑥𝑃1 ) ℎ𝑉1 + 𝑥𝑃1 ℎ𝑃1 − ℎ𝐹1
𝒎𝑺𝟏 = 𝑚𝐹1 𝑙𝑣 = 𝟎, 𝟓𝟔𝟎𝟔 𝒎𝑭𝟏
𝐻𝑆1
EXEMPLO 3: Uma indústria refina cloreto de cálcio oriundo do processo Solvay em sua
planta. O sal passa por vários processos de purificação até a obtenção de uma solução
diluída (10% em massa). A solução diluída a 82,22 ºC é concentrada em evaporadores.
Esta passa por um evaporador duplo efeito com alimentação em paralelo onde é
concentrada até 50% em massa para posterior processamento. A Figura 1 apresenta o
esquema do processo.

Figura 1: Esquema do evaporador para refino de Na2SO4.

Legenda da Figura 1
Fi – Alimentação solução efeito i Pi – Produto do efeito i
Ci – Condensado do vapor de aquecimento do
Si – Vapor de aquecimento do efeito i
efeito i
Vi – Vapor da solução do efeito i
1º) Quais válvulas devem ser fechadas e quais devem ficar abertas para que a
configuração alimentação em paralelo seja obtida no evaporador de duplo efeito
apresentado no diagrama da figura 1 (marque com um “X” na tabela abaixo).
Aberta Fechada
Válvula 1 X
Válvula 2 X
Válvula 3 X
Válvula 4 X
Válvula 5 X

2º) A vazão do vapor de aquecimento S 1 para que o processo ocorra em função da


corrente F1.
Sabe-se que são alimentados 10 kg/s de solução diluída a 82,22 ºC (Ftotal) no sistema de
evaporadores e que o vapor de aquecimento saturado, S1, está disponível a 403 K e 270
kPa. Sabe-se que as correntes de alimentação F1 e F2 são iguais e de vapor gerado em
cada efeito V1 e V2 também são iguais. O 1º EFEITO opera a pressão de 0,05155 bar e
o 2º EFEITO opera a 0,01456 bar. A corrente C2 é uma mistura de liquido e vapor
saturado a pressão de 0,05155 bar sendo 43% de vapor e 57% de liquido.

DADOS:

Vapor d’água superaquecido: 0,01456 Bar


T [ºC] v [m3/kg] u [kJ/kg] h [kJ/kg]
Sat. 12.57 90.48 2392.19 2523.93
20 92.84 2402.77 2537.96
30 96.03 2416.93 2556.75
40 99.21 2431.06 2575.51

Vapor d’água superaquecido: 0,05155 Bar


T [ºC] v [m3/Kg] u [kJ/kg] h [kJ/kg]
Sat. 33.42 27.39 2420.57 2561.74
40 27.98 2430.08 2574.32
50 28.89 2444.42 2593.32
60 29.79 2458.70 2612.26
70 30.69 2472.99 2631.19

Vapor d’água superaquecido: 0,60 Bar


T [ºC] v [cm3/g] u [kJ/kg] h [kJ/kg]
Sat. 85,94 2732 2489,6 2653,5
75 X X X
100 2844,6 ni 2680,94
125 3042,4 ni 2730,11
2º) A vazão do vapor de aquecimento S1 para que o processo ocorra em função da corrente F1:

=> Determinar as entalpias das correntes de alimentação (F1), Produto (P1), Vapor da solução
(V1), Vapor de aquecimento (S1) e Condensado de vapor de aquecimento (C1):

F1=> Do gráfico h x []
TF1= 82,22 ºC = 180 ºF

xF1= 0,10=10%

hF1= 100 Btu/lb = 232,6 kJ/kg

P1=> Do diagrama de Duhring a 50% e do gráfico h x []


Determinar a Teb. solv puro na pressão de 0,05155 bar (tabela vapor superaquecido)

𝑻𝒆𝒃.𝒔𝒐𝒍𝒗 𝒑𝒖𝒓𝒐 = 𝟑𝟑, 𝟒𝟐º𝑪 = 𝟗𝟐, 𝟏𝟗 º𝑭

Utilizar o digrama de Duhring para determinar a T eb. solução.

𝑇𝑒𝑏.𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 𝟏𝟒𝟎 º𝑭 = 𝟔𝟎 º𝑪

𝑿𝑷𝟏 = 𝟎, 𝟓𝟎 = 𝟓𝟎%

hP1= -51 Btu/lb = -118,6 kJ/kg

V1=> Da tabela de vapor superaquecido


TV1= 140 ºF = 60 ºC

xV1= 0

hV1= 2612,26 kJ/kg

S1=> Da tabela de vapor saturado


TS1= 130 ºC

hS1= 2720,5 kJ/kg

C1=> Da tabela de vapor saturado


TC1= 130 ºC

hC1= 546,31 kJ/kg

Corrente Entalpia (kJ/kg) Entalpia (Btu/lb)


𝒉𝑺𝟏 2720,5 kJ/kg -
𝒉𝑪𝟏 546,31 kJ/kg -
𝒉𝑭𝟏 232,6 kJ/kg 100 kJ/kg
𝒉𝑷𝟏 -118,6 kJ/kg -51 Btu/lb
𝒉𝑽𝟏 2612,26 kJ/kg -
=> Fazer os balanços de massa, componente e energia para o 1º efeito:

Componente:
𝐹1 𝑥𝐹1 = 𝑃1 𝑥𝑃1
𝑥𝐹1
𝑃1 = 𝐹1
𝑥𝑃1

Massa (solução):
𝐹1 = 𝑉1 + 𝑃1
𝑥𝐹1
𝐹1 = 𝐹1 + 𝑉1
𝑥𝑃1

𝑥𝐹1
𝑉1 = 𝐹1 (1 − )
𝑥𝑃1

=> Aplicando o balanço de energia para o 1º Efeito:

𝑥𝐹1 𝑥𝐹1
𝐹1 ℎ𝐹1 + 𝑆1 ℎ𝑆1 = 𝐹1 ℎ + 𝐹1 (1 − ) ℎ + 𝐶1 ℎ𝐶1
𝑥𝑃1 𝑃1 𝑥𝑃1 𝑉1

𝑥𝐹1 𝑥𝐹1
𝑆1 𝐻𝑙𝑣 = 𝐹1 ℎ𝑃1 + 𝐹1 (1 − ) ℎ − 𝐹1 ℎ𝐹1
𝑥𝑃1 𝑥𝑃1 𝑉1

Isolando 𝑆1 em função das outras variáveis, chega-se a:

𝑥 𝑥
𝐹1 [𝑥𝐹1 ℎ𝑃1 + (1 − 𝑥𝐹1 ) ℎ𝑉1 − ℎ𝐹1 ]
𝑃1 𝑃1
𝑆1 =
𝐻𝐿𝑉

𝑥 𝑥
𝐹1 [𝑥𝐹1 ℎ𝑃1 + (1 − 𝑥𝐹1 ) ℎ𝑉1 − ℎ𝐹1 ] 1833,48
𝑃1 𝑃1
𝑆1 = = 𝐹
𝐻𝐿𝑉 2174,19 1

𝑆1 = 𝟎, 𝟖𝟒 𝑭𝟏

𝑆1 = 𝟒, 𝟐 𝒌𝒈/𝒔
EXEMPLO 4: Uma indústria refina sulfato de sódio em sua planta a partir do mineral
mirabilita. O minério passa por vários processos de purificação até a obtenção de uma
solução diluída (5% em massa). A solução diluída aquecida a 93,33ºC passa por um
evaporador duplo efeito com alimentação direta onde é concentrada até 25% em
massa para posterior processamento. A Figura 1 apresenta o esquema dessa primeira
etapa do processo.

Figura 1: Esquema do processo de evaporador contínuo para refino de Na2SO4.

Legenda da Figura 1
Fi – Alimentação solução efeito i Pi – Produto do efeito i
Si – Vapor de aquecimento do efeito i Ci – Condensado do vapor de aquecimento do
efeito i
Vi – Vapor da solução do efeito i
DETERMINE:
1º) Quais válvulas devem ser fechadas e quais devem ficar abertas para que a
configuração alimentação direta seja obtida no evaporador de duplo efeito apresentado
no diagrama da figura 1 (marque com um “X” na tabela abaixo).
Aberta Fechada
Válvula 1 X
Válvula 2 X
Válvula 3 X
Válvula 4 X
Válvula 5 X

2º) A concentração da solução que sai do 1º EFEITO.

3º) Sabendo que a corrente V1 é igual a corrente V2, que são alimentados 10 kg/s de
solução diluída a 93,33 ºC (Ftotal) no sistema de evaporadores e que o vapor de
aquecimento saturado, S1, está disponível a 403 K e 270 kPa.
Determine através dos cálculos, a vazão do vapor de aquecimento S1 para que o processo
ocorra. O 1º EFEITO opera a pressão de 0,6 bar e o 2º EFEITO opera a 0,06 bar.

**OBS.: A temperatura de ebulição da solução em relação ao solvente puro é obtida


pela seguinte equação:
𝑇 = 𝑇 0 + 180𝑥 2 (com x (fração mássica) entre 0 e 1 e T em ºC)**

DADOS:
Vapor d’água superaquecido: 0,01 Bar
T [ºC] v [cm3/g] u [kJ/kg] h [kJ/kg] s [kJ/kg.K]
Sat. 6,980 129200,0 2385,2 2514,4 8,97
75 160640,0 2480,8 2641,5 9,38
100 172180,0 2516,4 2688,6 9,51
125 183720,0 2552,3 2736,0 9,64
Vapor d’água superaquecido: 0,10 Bar
T [ºC] v [cm3/g] u [kJ/kg] h [kJ/kg] s [kJ/kg.K]
Sat. 45,83 14670 2438,0 2584,8 8,15
75 16030 2479,7 2640,0 8,32
100 17190 2515,6 2687,5 8,45
125 18350 2551,6 2735,2 8,57
Vapor d’água superaquecido: 0,60 Bar
T [ºC] v [cm3/g] u [kJ/kg] h [kJ/kg] s [kJ/kg.K]
Sat. 85,94 2732 2489,6 2653,5 7,532
75 X X X X
100 2844,6 ni 2680,94 7,60
125 3042,4 ni 2730,11 7,735
2º) A concentração da solução que sai do 1º EFEITO:
Necessitamos determinar de quantas equações precisamos para o fechamento do sistema de equações
lineares que resolva o problema. O objetivo é obter o valor de xP1.

Balanços:

 Componente:
Efeito 1:
𝐹1 𝑥𝐹1 = 𝑃1 𝑥𝑃1

Global:
𝐹1 𝑥𝐹1 = 𝑃2 𝑥𝑃2

 Massa (solução):
Efeito 1:
𝐹1 = 𝑃1 + 𝑉1

Global:
𝐹1 = 𝐶2 + 𝑃2 + 𝑉2

Como no enunciado indica que a mesma quantidade de vapor é gerada em cada efeito, então:

𝑉1 = 𝑉2 = 𝐶2

Usando o balanço de massa global da solução e substituindo 𝐶2 por 𝑉2 , tem-se:

𝐹1 = 𝑉2 + 𝑃2 + 𝑉2 = 2𝑉2 + 𝑃2

Deixando a equação acima somente em função de 𝑉2 e variáveis conhecidas (𝐹1, 𝑥𝐹1, 𝑥𝑃2 e 𝑃2 ):

𝑥𝐹1
𝐹1 = 2𝑉2 + 𝐹1
𝑥𝑃2

𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟏
𝑉2 = (𝟏 − ) = 0,4𝑭𝟏 = 𝑉1
𝟐 𝒙𝑷𝟐

A equação acima linka o balanço de massa do primeiro evaporador com o balanço global através das
correntes 𝑉1 e 𝑉2 .

𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟏
𝑭𝟏 = 𝑃1 + 𝑉1 = 𝑃1 + (𝟏 − )
𝟐 𝒙𝑷𝟐

𝟏 𝒙𝑭𝟏
𝑃1 = 𝑭𝟏 [𝟏 − (𝟏 − )] = 0,6𝑭𝟏
𝟐 𝒙𝑷𝟐

Fazendo o balanço de componente para o primeiro efeito tem-se:

𝟏 𝒙𝑭𝟏
𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟏 = 𝑃1 𝑥𝑃1 = 𝑭𝟏 [𝟏 − (𝟏 − )] 𝑥𝑃1
𝟐 𝒙𝑷𝟐

𝑭𝟏 𝒙𝑭𝟏
𝑥𝑃1 =
𝟏 𝒙
𝑭𝟏 [𝟏 − 𝟐 (𝟏 − 𝒙𝑭𝟏 )]
𝑷𝟐

𝒙𝑭𝟏
𝑥𝑃1 = = 𝟎, 𝟎𝟖𝟑𝟑
𝟏 𝒙
[𝟏 − (𝟏 − 𝑭𝟏 )]
𝟐 𝒙𝑷𝟐
3º) Determinar através dos cálculos, a vazão do vapor de aquecimento S1 para que o processo
ocorra:

=> Aplicando o balanço de energia para o 1º Efeito:

𝐹1 ℎ𝐹1 + 𝑆1 ℎ𝑆1 = 𝐶1 ℎ𝐶1 + 𝑃1 ℎ𝑃1 + 𝑉1 ℎ𝑉1

Sabendo que 𝑆1 = 𝐶1 e que 𝑆1 (ℎ𝑆1 − ℎ𝐶1 ) é o calor latente de condensação, 𝐻𝐿𝑉 , então:

𝐹1 ℎ𝐹1 + 𝑆1 𝐻𝐿𝑉 = 𝑃1 ℎ𝑃1 + 𝑉1 ℎ𝑉1

Isolando 𝑆1 em função das outras variáveis, chega-se a:

𝑃1 ℎ𝑃1 + 𝑉1 ℎ𝑉1 − 𝐹1 ℎ𝐹1


𝑆1 =
𝐻𝐿𝑉

=> Determinação das entalpias:

 𝑯𝑳𝑽 : A partir da tabela de vapor saturado na temperatura de 403 K (ver resultado na balela de
entalpia)
 𝒉𝑭𝟏 : A partir do diagrama entalpia x composição do Na2SO4 na concentração de 5% e
temperatura de 93,33ºC (≅ 200º𝐹)
 𝒉𝑷𝟏 : A partir do diagrama entalpia x composição do Na2SO4 na concentração do primeiro
efeito (8,33%).
A temperatura é determinada pela pressão do primeiro efeito. No caso a temperatura de ebulição do
solvente puro será de 85,94ºC e aplicando a equação da temperatura de ebulição da solução, tem que a
temperatura da solução no 1º efeito será de 𝑇 = 85,94 + 180 ∗ 0,08332 = 87,19º𝐶 (≅ 190º𝐹).
 𝒉𝑽𝟏: Obter a entalpia na tabela de vapor saturado na pressão de 0,6 Bar e a 87,19ºC. (há a
necessidade de interpolar)

Corrente Entalpia (kJ/kg) Entalpia (Btu/lb)


𝑯𝑳𝑽 2174,2
𝒉𝑭𝟏 373,56 160,6
𝒉𝑷𝟏 340,29 146,3
𝒉𝑽𝟏 2655,9

0,6𝐹1 ℎ𝑃1 + 0,4𝐹1 ℎ𝑉1 − 𝐹1 ℎ𝐹1


𝑆1 =
𝐻𝐿𝑉

0,6𝐹1 ∗ 340,29 + 0,4𝐹1 ∗ 2655,9 − 𝐹1 ∗ 373,56


𝑆1 =
2174,2

0,6𝐹1 ∗ 340,29 + 0,4𝐹1 ∗ 2655,9 − 𝐹1 ∗ 373,56


𝑆1 =
2174,2

𝑆1 = 0,41 𝐹1

𝑆1 = 𝟒, 𝟏𝟏 𝒌𝒈/𝒔

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