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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I

PROCESSO DE ESVAZIAMENTO EM REGIME NÃO-ESTACIONÁRIO

Acadêmicos: RA:

Fernando Ehlert Medeiros 117540

Gabrielle Donato Marcatto 128580

Luanna Steindorff Guandalini Soares 119779

Matheus Souza de Paulo 119765

Ricardo Vicente de Paula Rezende


Maringá
2023
1. INTRODUÇÃO
Se um escoamento é dito permanente, a velocidade e a pressão num
determinado ponto, não variam com o tempo. A velocidade e a pressão podem
variar de um ponto para outro do fluxo, mas se mantêm constantes em cada ponto
imóvel do espaço, em qualquer momento do tempo, fazendo a pressão e a
velocidade em um ponto serem funções das coordenadas do ponto e não
dependentes do tempo. [1]
Já um escoamento dito não permanente, a velocidade e a pressão, em
determinado ponto, são variantes com o tempo, variando também de um ponto a
outro. A pressão e a velocidade em um ponto são dependentes tanto das
coordenadas como também do tempo. Um exemplo de um escoamento não
permanente é o esvaziamento um recipiente qualquer através de um orifício, à
medida que a superfície livre vai baixando, pela redução do volume de fluido, a
pressão da coluna de fluido diminui, assim como a velocidade do fluido passando
pelo orifício. [2]
As linhas de corrente permanecem fixas num escoamento estacionário e elas
coincidem com as trajetórias que são linhas que descrevem o caminho percorrido
por um elemento de fluido. Entretanto, as linhas de corrente não coincidem com as
trajetórias se o movimento não for estacionário. Em geral, um escoamento não
permanente pode ser transformado em um permanente pela mudança do eixo de
referência.
Um processo adiabático consiste em um processo onde não há a troca
térmica com a vizinhança na qual o sistema está inserido, o que pode ocorrer
através de algum tipo de isolamento do volume de controle em relação ao ambiente,
o que teoricamente significa que quando o sistema realiza trabalho, o processo não
torna os arredores mais quentes ou mais frios. Em um sistema onde envolve-se
gases, esse tipo de processo requer mudanças na pressão para deslocar a
temperatura sem que haja alterações dos arredores. [3]
Nesta prática um tanque cilíndrico que contém refrigerante comercial é
parcialmente esvaziado, havendo um resfriamento, e por meio da convecção livre
no ar volta a temperatura ambiente. A massa restante no cilindro pode ser medida e
calculada.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A partir de duas condições de contorno, ocorre o esvaziamento de vasos de
pressão em regime não estacionário:
1. Equilíbrio termodinâmico da substância contida dentro do
cilindro.
2. Equilíbrio térmico entre o cilindro e o ambiente.
Tendo em vista que o equilíbrio é dependente da temperatura, há uma
alteração no equilíbrio termodinâmico, já que o escoamento do gás provoca uma
alteração na temperatura.
Para a análise do caso (alteração da temperatura por conta do
esvaziamento), considerou-se apenas o volume ocupado pelo fluido como volume
de controle e fez-se um balanço de energia no mesmo.
𝑑(𝑚𝑈) 𝑒𝑛𝑡 𝑒𝑛𝑡 𝑒𝑛𝑡 𝑠𝑎𝑖 𝑠𝑎𝑖 𝑠𝑎𝑖
𝑑𝑡
= 𝑚𝑒𝑛𝑡(𝐸𝑐 + 𝐸𝑝 + 𝐻 ) − 𝑚𝑠𝑎𝑖(𝐸𝑐 + 𝐸𝑝 + 𝐻 ) + 𝑄 + 𝑊𝑠 (1)

Analisando o que acontece no sistema de esvaziamento, tem-se que


nenhuma massa entra no volume de controle e não há nenhum trabalho de eixo,
portanto 𝑚𝑒𝑛𝑡 = 0 e 𝑊𝑠 = 0. Como não há mudança de altura e também nenhum

movimento feito no cilindro, pode-se desprezar energia cinética e potencial,


restando:
𝑑(𝑚𝑈) 𝑠𝑎𝑖
𝑑𝑡
=− 𝑚𝑠𝑎𝑖𝐻 + 𝑄 (2)

Utilizando os subscritos 1, 2 e 3 para representar diferentes condições:


1. Condições iniciais;
2. Condições no fim da expansão (antes do fechamento da válvula);
3. Estado final (depois de estabelecido os equilíbrios térmicos e
termodinâmicos).

2.1. Esvaziamento Adiabático


Ao utilizar o isolamento para realizar o esvaziamento, admitiu-se que não
existe troca térmica entre o cilindro e o ambiente. Portanto 𝑄 = 0, e a equação (2)
se torna:
𝑑(𝑚𝑈) 𝑠𝑎𝑖
𝑑𝑡
=− 𝑚𝑠𝑎𝑖𝐻 (3)

Integrando em relação a t temos:


𝑠𝑎𝑖
𝑚3𝑈3 − 𝑚1𝑈1 =− 𝑚𝑠𝑎𝑖𝐻 (4)

Como não há troca térmica, 𝑈2 = 𝑈3, e considerando 𝑚2 = 𝑚3,

𝑠𝑎𝑖
𝑚2𝑈2 − 𝑚1𝑈1 =− 𝑚𝑠𝑎𝑖𝐻 , (4.1)

A queda de pressão entre o estado 1 e 2 é pequena, então a entalpia do


vapor do tanque (𝐻0), é dada aproximadamente por:
𝑣𝑎𝑝 𝑣𝑎𝑝
𝑠𝑎𝑖 𝐻1 +𝐻2
𝐻 = 𝐻0 = 2
(5)

a expansão é constante.
A massa que sai do volume de controle é a diferença entre a massa inicial e
a final.
𝑚𝑠𝑎𝑖 = 𝑚1 − 𝑚3 (6)

Substituindo (6) em (4), tem-se:


𝑚3𝑈3 − 𝑚1𝑈1 = (𝑚3 − 𝑚1)𝐻0 (7)

Reescrevendo (7):
𝑚3𝑈3 − 𝑚1𝑈1 = 𝑚3𝐻0 − 𝑚1𝐻0

𝑚3𝑈3 − 𝑚3𝐻0 = 𝑚1𝑈1 − 𝑚1𝐻0

𝑚3(𝑈3 − 𝐻0) = 𝑚1(𝑈1 − 𝐻0)


(𝑈1−𝐻0)
𝑚3 =𝑚1 (𝑈3−𝐻0)
(8)

Ou a partir da equação (4-1):


(𝑈1−𝐻0)
𝑚2 =𝑚1 (𝑈2−𝐻0)
(8.1)

2.2. Esvaziamento Não-Adiabático


Ao repetir o processo sem o isolamento, não se pode desprezar a troca
térmica que ocorre entre o cilindro e o ambiente após o esvaziamento, visto que
existe energia associada ao vapor que sai do cilindro. Retirando a massa, também
retira-se energia, isso faz com que caia a temperatura, portanto haverá uma
transferência de calor para estabelecer o equilíbrio. Neste caso 𝑄 ≠ 0. Integrado (2)
em relação a t:
𝑠𝑎𝑖
𝑚3𝑈3 − 𝑚1𝑈1 =− 𝑚𝑠𝑎𝑖𝐻 +𝑄 (9)

Pelas condições anteriores,


𝑚3𝑈3 − 𝑚1𝑈1 = (𝑚3 − 𝑚1)𝐻0 + 𝑄 (10)

Neste caso, 𝑈2 ≠ 𝑈3, o calor trocado no processo a volume constante será:

𝑄 = 𝑚3(𝑈3 − 𝑈2) (11)

Substituindo (11) em (10),


𝑚3𝑈3 − 𝑚1𝑈1 = (𝑚3 − 𝑚1)𝐻0 + 𝑚3(𝑈3 − 𝑈2) (12)

Rearranjando:
(𝐻0−𝑈1)
𝑚3 =𝑚1 (𝐻0−𝑈2)
(13)

2.3. Cálculo da Energia Interna (U) da mistura líquido-vapor de um


componente puro

O primeiro passo é determinar o volume específico.


𝑉
𝑣1 = 𝑚1
(14)

Onde:
𝑉- volume do tanque;
𝑚1- massa inicial de fluido.

Com o volume específico, podemos determinar a fração de vapor existente


na mistura dentro do cilindro, que será utilizada para calcular o valor da energia
interna.
𝑣𝑎𝑝 𝑙𝑖𝑞
𝑣1 = 𝑦1𝑣1 + 𝑥1𝑣1

𝑥1 = 1 − 𝑦1

Logo,
𝑙𝑖𝑞
𝑣1−𝑣1
𝑦1 = 𝑣𝑎𝑝 𝑙𝑖𝑞
(15)
𝑣1 −𝑣1

Onde:
𝑦1- fração de vapor na condição 1;

𝑙𝑖𝑞
𝑣1 - volume específico do líquido na condição 1;

𝑣𝑎𝑝
𝑣1 - volume específico do vapor na condição 1.

Para calcular a energia interna:


𝑣𝑎𝑝 𝑙𝑖𝑞
𝑈1 = 𝑦1𝑈1 + (1 − 𝑦1) 𝑈1 (16)

Caso não tenha dados tabulados da energia interna para o líquido e vapor
saturados, podemos utilizar as relações termodinâmicas para estimar um valor.
𝑣𝑎𝑝 𝑙𝑖𝑞
𝐻1 = 𝑦1𝐻1 + (1 − 𝑦1) 𝐻1 (17)

Onde:
𝑙𝑖𝑞
𝐻1 - entalpia específica do líquido na condição 1;

𝑣𝑎𝑝
𝐻1 - entalpia do vapor na condição 1.

𝑈1 = 𝐻 + 𝑃1𝑣1 (18)

Onde:
𝑈1- energia interna específica na condição 1;

𝑃1- pressão inicial.

Para o cálculo de 𝑦2 e 𝑈2, utilizamos um método iterativo, assumindo um

valor para 𝑚2 inicialmente e então calculando 𝑦2 e 𝑈2 através das equações (14),

(15), (16) [ou equações (17) e (18)], para o estado 2. Para checar o valor da massa
assumida, utiliza-se o Balanço de Energia. Repete-se o processo até se chegar a
uma massa em que o valor assumido seja próximo do calculado.

3. OBJETIVOS

O presente trabalho tem como objetivo realizar um esvaziamento adiabático e


não adiabático. Experimentalmente ocorre coletas de pressão em determinado
período de tempo, e também obtivemos dados referentes ao módulo, com as
informações necessárias obtivemos a massa e outras informações com o auxílio da
fundamentação teórica.

4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Inicialmente foi coletada algumas informações referentes ao módulo como: o


volume, área externa e massa do tanque vazio. Para o gás refrigerante foram
utilizados tabelas termodinâmicas. Posteriormente pesamos o aparelho(com o gás
refrigerante e as válvulas).
Foi feito a primeira parte com o cilindro isolado em um isopor, em seguida
coletamos a pressão inicial, as válvulas foram abertas(deixamos por último a válvula
abre e fecha) e permaneceram abertas por cerca de 10 segundos, após o tempo
determinado as válvulas foram fechadas, deixando por último a válvula abre e fecha,
e foi coletado a pressão imediatamente.
Cuidadosamente retiramos o isopor e aguardamos alguns minutos para que
se restabeleça o equilíbrio térmico, em seguida foi feito o mesmo procedimento
novamente sem o isolante.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para analisar o processo de esvaziamento em vasos de pressão em regimes


adiabático e não-adiabático para o gás R-134a, primeiro, foi necessário aferir
valores em relação ao volume do cilindro e às condições ambiente, que consta na
Tabela 1.

Tabela 1 - Valores referentes ao volume do cilindro e às condições ambiente.

Vcilindro (m³) 3,0898 x 10-3

T (°C) 26

P (Psi) 14,29
Fonte: Elaborada pelos autores.
Os valores necessários para posteriores contas, tanto do processo de
esvaziamento adiabático quanto não-adiabático, foram aferidos e estão mostrados
na Tabela 2.

Tabela 2 - Valores aferidos referentes aos processos adiabático e não-adiabático.

Adiabático Não-adiabático

P1 (psi) 84 84

P2 (psi) 83 85

T1 (ºC) 26 26

m1 (kg) 5,7244 5,7236

m2 (kg) 5,7236 5,7233

t (s) 9,86 5,58


Fonte: Elaborada pelos autores.

A partir dos dados obtidos é possível determinar a vazão mássica para os


dois processos a partir da equação abaixo.
𝑚
𝑄𝑚 = 𝑡
(equação 19)

Assim,
5,7244−5,7236
𝑄𝑚 𝑎𝑑𝑖𝑎𝑏á𝑡𝑖𝑐𝑜 = 9,86
= 8,1135.10-5 kg/s

5,7236−5,7233
𝑄𝑚 𝑛ã𝑜 𝑎𝑑𝑖𝑎𝑏á𝑡𝑖𝑐𝑜 = 5,58
= 5,3763.10-5 kg/s

Após a aferição dos dados, para obter as propriedades do refrigerante


utilizado, utilizou-se a Figura 1.
Figura 1 - Tabela de vapor do refrigerante 134-a saturado.

Fonte: [4]

5.1. Processo Adiabático


Primeiramente, calculou-se o volume específico do gás, utilizando a Equação
14, de modo que:
𝑣1 = 0, 00053976 𝑚³/𝑘𝑔 = 0, 00865 𝑓𝑡³/𝑙𝑏𝑚

A partir do valor de volume específico e interpolando os valores na Figura 1,


feito por regressão linear na calculadora, para 𝑃1 = 84 psi, tem-se

𝑙í𝑞 𝑣𝑎𝑝
𝑣 = 0, 013086 𝑓𝑡³/𝑙𝑏𝑚 e 𝑣 = 0, 56942 𝑓𝑡³/𝑙𝑏𝑚. Utilizando esses valores na
Equação 15, obtém-se o valor da fração de vapor existente no cilindro, de modo
que:
𝑦1 = 0, 00797
Agora, para obter o valor da energia interna em 1, interpolando os valores
𝑙í𝑞
novamente pela Figura 1, tem-se 𝑈 = 34, 137 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚 e
𝑣𝑎𝑝
𝑈 = 103, 702 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚. Utilizando esses valores na Equação 16, tem-se:

𝑈1 = 34, 69 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚 = 80, 69 𝑘𝐽/𝑘𝑔

Realizando os mesmos passos mencionados acima, mas agora para o


𝑙í𝑞
estado 2, 𝑃2 = 83 psi, interpolando na Figura 1, tem-se 𝑣2 = 0, 013072 𝑓𝑡³/𝑙𝑏𝑚 ,

𝑣𝑎𝑝 𝑙í𝑞 𝑣𝑎𝑝


𝑣2 = 0, 57644 𝑓𝑡³/𝑙𝑏𝑚, 𝑈2 = 33, 903 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏 e 𝑈2 = 103, 614 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚.

Assim, pelas Equações 15 e 16:


𝑦2 = 0, 00785

𝑈2 = 34, 45 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏 = 80, 13 𝑘𝐽/𝑘𝑔

Além disso, precisa-se calcular o valor de 𝐻0. Para tanto, utilizando a

equação 5 e interpolando os valores da da entalpia de vaporização para os estados


𝑣𝑎𝑝 𝑣𝑎𝑝
1 e 2, tem-se 𝐻 1
= 112, 552 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚 e 𝐻 2
= 112, 464 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚. Logo,

tem-se:
𝐻0 = 112, 508 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚 = 261, 69 𝑘𝐽/𝑘𝑔

Para encontrar 𝑚2, utilizou-se o processo iterativo, partindo-se da equação

4.1, pelo suplemento “Solver” do Excel, como mostra a figura 2:


𝑚2 = 5, 706744127 𝑘𝑔.
Figura 2 - Método iterativo pela ferramenta Solver (Microsoft Excel) para a massa 2.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Deste modo, limitando o objetivo a achar um erro de 0, ou aproximadamente


0, o Solver encontrou um valor de 𝑚2 tal que satisfizesse esse comando, além da

igualdade entre os dois lados da equação.


Sabe-se que o valor teórico é de 5,70674412702 kg, calculado pela equação
8.1. Logo, obteve-se um erro percentual praticamente desconsiderável de
0,00000000041%.

5.2. Processo não adiabático


Para o processo não adiabático, realizou-se os mesmos passos que o
adiabático. Assim, começou-se calculando o volume específico, de modo que:

𝑣2 = 0, 00053984 𝑚³/𝑘𝑔 = 0, 0086474 𝑓𝑡³/𝑙𝑏𝑚

A partir do valor de volume específico e interpolando os valores na Figura 1


𝑙í𝑞 𝑣𝑎𝑝
para P2 = 84 psi, tem-se 𝑣 = 0, 013072 𝑓𝑡³/𝑙𝑏𝑚 e 𝑣 = 0, 57644 𝑓𝑡³/𝑙𝑏𝑚.
Utilizando esses valores na Equação 15, obtém-se o valor da fração de vapor
existente no cilindro, de modo que:

𝑦2 = 0, 00785

Agora, para obter o valor da energia interna em 2, interpolando os valores


𝑙í𝑞
novamente pela Figura 1, tem-se 𝑈 = 33, 903 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚 e
𝑣𝑎𝑝
𝑈 = 103, 614 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚. Utilizando esses valores na Equação 16, tem-se:

𝑈2 = 34, 45 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏 = 80, 13 𝑘𝐽/𝑘𝑔

Realizando os mesmos passos mencionados acima, mas agora para o


𝑙í𝑞
estado 3, P3= 85 psi, interpolando na Figura 1, tem-se 𝑣3 = 0, 01310 𝑓𝑡³/𝑙𝑏𝑚 ,

𝑣𝑎𝑝 𝑙í𝑞 𝑣𝑎𝑝


𝑣3 = 0, 56244 𝑓𝑡³/𝑙𝑏𝑚, 𝑈3 = 34, 371 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚 e 𝑈3 = 103, 790 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚.

Assim, pelas Equações 15 e 16:


𝑦3 = 0, 00811

𝑈3 = 34, 93 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚 = 81, 26 𝑘𝐽/𝑘𝑔

Além disso, precisa-se calcular o valor de 𝐻0. Para tanto, utilizando a

Equação 5 e interpolando os valores da entalpia de vaporização para os estados 2 e


𝑣𝑎𝑝 𝑣𝑎𝑝
3, tem-se 𝐻 2
= 112, 464 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚 e 𝐻 3
= 112, 640 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚. Logo, tem-se:

𝐻0 = 112, 552 𝐵𝑡𝑢/𝑙𝑏𝑚 = 261, 80 𝑘𝐽/𝑘𝑔

Para encontrar 𝑚3, utilizou-se o processo iterativo pelo Solver, semelhante ao

método passado, porém, utilizando-se da equação 12, obtendo-se:

𝑚3 = 5, 706789 𝑘𝑔.
Figura 3 - Método iterativo pela ferramenta Solver (Software Microsoft Excel) para a massa 3.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Sabe-se que o valor teórico da massa 3 é de 5,759253 kg, calculado pela


equação 13. Logo, obteve-se um erro percentual de 0,911%.
5.3. Discussão
A partir dos dados obtidos, foi possível elaborar a seguinte tabela de
comparação entre os dois processos.
Tabela 3- Propriedades termodinâmicas calculadas.

Adiabático Não-adiabático

UEstado 1 (kJ/kg) 80,69 80,13

UEstado 2 (kJ/kg) 80,13 81,26

yvap estado 1 0,00797 0,00785

yvap estado 2 0,00785 0,0081

H0 (kJ/kg) 261,69 261,80

Qm (kg/s) 8,1135.10-5 5,3763.10-5


Fonte: Elaborado pelos autores.

A partir dos dados obtidos dispostos na tabela 3, é possível notar que, de


maneira análoga, nos processos adiabático e não adiabático, os valores das
energias internas para os dois estados determinam que há uma presença
majoritária de líquido no cilindro, uma vez que, a energia interna de ambos estados
𝑙í𝑞
se aproxima mais do valor de 𝑈 e também o valor da fração de vapor em ambos
os casos é bem pequena.
Outro ponto a ser notado é o aumento da energia interna e da entalpia do
processo não adiabático em relação ao adiabático, resultado esperado, uma vez
que há troca de calor com o ambiente.

6. CONCLUSÃO

Concluiu-se que o objetivo de realizar um um esvaziamento em regime não


estacionário, tanto adiabático como não adiabático foi realizado com sucesso. A
comparação entre os dois esvaziamentos tanto adiabático como não adiabático
estão presentes na tabela 3, e verifica-se que a majoritariamente a presença de
líquido no cilindro nos dois casos, ou seja, a fração de vapor é pequena em ambos
os casos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] SMITH, J.M. & VAN NESS, H.C. Introdução à Termodinâmica da Engenharia
Química. 3a Edição. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Dois, 1980.

[2] Regime de escoamento. Disponível em:


<http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:http://www2.ufersa.edu.br
/portal/view/uploads/setores/111/CAP%2520V%2520TIPOS%2520E%2520REGIME
%2520DE%2520ESCOAMENTO.pdf>. Acesso em 22 de junho de 2019;

[3] O Processo Adiabático. Disponível em:


<http://www.leb.esalq.usp.br/leb/aulas/lce200/termodinamica3_sergio.pdf>. Acesso
em 22 de junho de 2019;

[4] ÇENGEL, Y. A.; GHAJAR, A. J. Transferência de Calor e Massa: uma abordagem


prática. 4. ed. 906p. 2012.

[5] Apostila de Laboratório de Engenharia Química.

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