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TERMODINÂMICA E FÍSICA ESTATÍSTICA

Trabalho N.º 4
Determinação da variação da entalpia de vaporização da água

1. INTRODUÇÃO
Para cada substância pura em equilíbrio existe uma relação entre pressão, volume
e temperatura f(T,v,P)=0. A esta relação chama-se equação de estado (térmica). Todos os
estados de equilíbrio de um sistema encontram-se sobre uma determinada superfície,
descrita pela equação de estado, no diagrama P-V-T.
Uma substância apresenta-se em diferentes fases no diagrama P-V-T, que é por
isso também chamado diagrama de fases. A figura do
lado representa o diagrama Pressão-Temperatura
(resultante da projeção do diagrama P-V-T no plano P-
T) para uma substância pura, estando indicado as
regiões de estabilidade das diferentes fases. Há regiões
do diagrama de fases em que mais do que umas fases
podem coexistir: são as regiões de equilíbrio ou de
coexistência de fases. As regiões de equilíbrio de fases
aparecem neste diagrama P-T como linhas ou curvas de
equilíbrio, para as quais a pressão depende
exclusivamente da temperatura P(T). Os declives dP/dT das curvas de equilíbrio são
dados pela equação (diferencial) de Clausius-Clapeyron
dP h

dT Tv
em que h e v são, respetivamente, a diferença de entalpia entre as duas fases
envolvidas no equilíbrio (ou o calor latente da transformação entre as duas fases) e a
variação de volume entre essas duas fases.
A linha de equilíbrio líquido-vapor L-V, linha de vaporização, dá-nos as
condições P-T em que as fases vapor e a fase líquida estão em equilíbrio. Assumindo que
o vapor se comporta como gás ideal e que o volume específico do líquido é desprezável
face ao volume específico do vapor, podemos integrar a equação diferencial de Clausius-
h
Clapeyron e obter: ln P = D 
RT
onde: -D, é uma constante de integração
- h , é a variação da entalpia de vaporização
-R, é a constante dos gases perfeitos
-T, é a temperatura absoluta
-P é a pressão de vapor à temperatura T

A pressão de vapor de um líquido aumenta com a temperatura, observando-se


equilíbrio entre a fase líquida e a fase vapor para a temperatura à qual a pressão de vapor
do líquido iguala a pressão atmosférica exterior.

2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Para a
Sensor interface
T de Pressão

Termómetro

água

Figura 1
 Utilizando a montagem experimental da fig.1 com a torneira T aberta, aqueça a água
do balão até à ebulição. O aquecimento deve ser lento.

 Mantenha a ebulição até que todo o ar contido no balão seja arrastado para o exterior,
através da torneira T.

 Logo que se verifique a saída de vapor feche a torneira T. Retire o aquecimento e


registe, simultaneamente, os valores da temperatura, lida no termómetro, e da pressão
correspondente, lida no computador, em intervalos de temperatura regulares (1ºC).

Nota: Deverá preparar antecipadamente os registos que tiver de efetuar. Deve ter
muito cuidado com as ligações dos tubos; deve assegurar-se de que não há fugas.
Para obter a leitura da pressão (depois de assegurar a ligação do cabo de saída do
sensor de pressão a uma entrada analógica da interface de aquisição dos dados) deve abrir
o programa Data Studio (ou Science Workshop) e na janela “Experiment Setup”:
- atribuir ao canal analógico escolhido a opção “pressure sensor (absolute)”.
- abrir uma tabela de dados onde irão ser lidos os valores da pressão.
- selecionar a opção START (ou REC) para começar registar os dados.
- selecionar a opção STOP quando a experiência terminar.

3. TRATAMENTO DE DADOS

 Trace a curva pressão de vapor – temperatura P-T, com os dados obtidos


experimentalmente.

 Represente graficamente lnP em função de 1/T.

 Faça a análise do gráfico anterior e selecione a região, deste, onde seja válida a
equação de Clausius-Clapeyron
h
ln P = D 
RT
 Determine o valor experimental da variação da entalpia de vaporização h, e respetivo
erro, e compare-o com o valor tabelado.

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