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j QL j T L j S2 j TL
= = : (2)
j QH j T H j S1 j TH
Assim, o rendimento de uma máquina que funcione entre dois reservatórios será
j QL j TL
=1 =1 : (3)
j QH j TH
1
Remark 4 Qualquer máquina de Carnot, envolvendo qualquer tecnologia, terá
exatamente o mesmo rendimento e este dependerá apenas da diferença de tem-
peratura entre os reservatórios.
Isso obviamente não implica que uma máquina real que funcione entre dois
reservatórios possua este rendimento, uma vez que processos irreversíveis podem
estar envolvidos. O fato de que o rendimento acima representa um máximo será
visto em breve.
Um outro ponto a se notar em (2) é que
j QL j TL
= ; (4)
j QH j TH
onde T é, por construção, uma temperatura absoluta. Suponha então que es-
colhemos usar um mesmo reservatório frio padrão, por exemplo um balde com
água no ponto tripo, TL TP D ao qual atribuímos um valor arbitrário não
nulo. Neste caso, usando (4), podemos escrever
j QH j
T = TP D : (5)
j QL j
Ou seja, dada uma máquina de Carnot qualquer, podemos usar esta máquina
para medir a temperatura T > TP D de qualquer sistema, basta usar esse sis-
tema (que se deseja medir a temperatura) como o reservatório quente do nosso
ciclo. Podemos assim usar esta máquina como um termômetro que mede, di-
retamente, a temperatura termodinâmica. Lembre-se que um termômetro (no
caso, a máquina) é, por pricípio, pequeno e o objeto medido se comporta como
um reservatório.
Remark 5 Mais uma vez, assim como na temperatura do gás ideal, a medida
de temperatura numa escala absoluta é um processo e não a simples leitura de
um instrumento. No caso acima o processo envolve a determinação do calor
trocado entre os reservatórios e a nossa máquina de Carnot durante o ciclo.
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Esta máquina violaria a segunda lei por Kelvin.
Vemos que a escala de temperatura termodinâmica admite apenas T > 0.
A temperatura T = 0 é chamada de zero absoluto e, por princípio, nenhum
sistema termodinâmico pode assumir esta temperatura sem violar a segunda
lei.
j QL j L jW j L TL
= ; = =1 =1 ; (8)
j QH j H j QH j H TH
Exercício.
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uma temperatura termodinâmica, ou seja não existisse S e T tal que dQ = T dS,
não obteríamos
j QL j L
= : (9)
j QH j H
Este fato fornece uma maneira direta (sem precisar encontrar o fator integrante
de equações diferenciais parciais) para se determinar a relação entre a tem-
peratura empírica e a temperatura termodinâmica. Dadas equações de estado
usando uma temperatura empírica qualquer, podemos usar o sistema como
uma máquina de Carnot. Conhecendo as equações de estado podemos calcular
j QL j TL T( L)
= = ; (10)
j QH j TH T( H)