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Capitulo 20 –

Entropia e
Segunda Lei

Prof. Leonardo Lago


Física Geral II – FGE2001
Semestre 2023/01
A segunda Lei da Termodinâmica

Com o intuito de demonstrarmos a necessidade de uma


outra lei, além da primeira lei da Termodinâmica, para
descrevermos adequadamente a natureza dos sistemas,
vamos analisar alguns casos:
O corpo T₁ está em contato térmico com um grande
reservatório a T₂, de forma que T₂ > T₁.

Haverá um fluxo de calor do reservatório para corpo,


até que as temperaturas se equalizem... Por quê?
Expansão livre
Nos exemplos, a energia total se conserva e podem ser
descritos pela primeira lei da Termodinâmica

Considere, agora, proceder o experimento no sentido


inverso, ou seja, partindo de seus estados finais...,
observamos que os mesmos não se realizam.

Se no experimento não há violação da primeira lei da


Termodinâmica, por que o sentido inverso é impossível?

Deve haver algum outro princípio natural quedetermine


o sentido de ocorrência de um determinado processo
natural.
Processos Irreversíveis
Este princípio está contido na Segunda Lei da
Termodinâmica:

O estado de um sistema pode ser caracterizado pela


grandeza S, chamada entropia, a qual tem as seguintes
propriedades:
a) Assim como a energia interna, a entropia é função
somente do estado do sistema.

b) Em qualquer processo no qual um sistema isolado


evolua termicamente de um estado para outro, a
entropia do sistema tende a aumentar:
𝑑𝑆 ≥ 0
c) Se o sistema evolui por meio de processos nos
quais há trocas de calor dQ, temos:
dQ
𝑑𝑆 =
𝑇
dQ
𝑑𝑆 =
𝑇

Assim, a variação de entropia depende não só da


energia transferida na forma de calor, mas também
da temperatura na qual a transferência ocorre.

Como T é sempre positiva, o sinal de ΔS é igual ao


sinal de Q.
Quando a temperatura é constante:
Entropia como função de estado

Supusemos que a entropia, como a pressão, a energia


e a temperatura, é uma propriedade do estado de
um sistema e não depende do modo como esse
estado é atingido.
Exemplo c = 386 J/kg K
Maquinas Térmicas
Maquinas Térmicas
Maquinas Térmicas
Maquinas Térmicas
Maquinas Térmicas
Maquinas Térmicas: ciclo completo
Maquinas Térmicas: eficiência
A razão entre o trabalho realizado e o calor obtido do
reservatório quente é chamada de fator de conversão
ou eficiência térmica η:
Maquinas Térmicas: ciclo de Carnot

O ciclo de Carnot é um processo cíclico limitado por duas


transformações isotérmicas e duas transformações
adiabáticas. Essa forma produz uma máquina térmica com
a máxima eficiência possível.
Ciclo de Carnot

O fluxo de calor para o sistema, ocorre a uma mesma


temperatura, mais elevada, T₂.

O fluxo de calor deixando o sistema, ocorre a uma


mesma temperatura, mais baixa, T₁
Ciclo de Carnot e gás ideal

Nas isotermas

𝑃𝑏 𝑉𝑏 = 𝑃𝑐 𝑉𝑐
𝑃𝑎 𝑉𝑎 = 𝑃𝑑 𝑉𝑑

Nas adiabáticas

𝑃𝑎 𝑉 𝛾 𝑎 = 𝑃𝑏 𝑉 𝛾 𝑏
𝑃𝑐 𝑉 𝛾 𝑐 = 𝑃𝑑 𝑉 𝛾 𝑑
Rendimento no ciclo de Carnot

Para o trabalho:

Para a entropia, como temos somente duas trocas de calor


e elas ocorrem a temperatura constante, temos:

Sendo S = 0 para um ciclo (fechado), temos:


Rendimento no ciclo de Carnot

E o rendimento dador por:


Refrigerador

Se analisarmos agora o caso inverso de uma máquina


térmica, teremos um refrigerador.

Neste caso teremos o transporte de calor a partir de um


reservatório frio, para um reservatório quente as custas
de um trabalho realizado.
Podemos mostrar que a máquina térmica perfeita violaria a
segunda Lei da termodinâmica:
Requere-se do sistema que este seja cíclico, de tal forma
que:
∆𝑆 ≥ 0

Por outro lado, a variação da entropia do reservatório


térmico a temperatura T é dada por:

𝑄
∆𝑆 = −
𝑇

O sinal negativo vem do fato do reservatório perde


calor. Comparando as duas equações anteriores:

𝑄
− ≥0
𝑇
𝑄 𝑊
Se W = Q, temos: 𝑇
=
𝑇
≤0
Obrigado

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