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P, V, T U, H Q, W
Neste capítulo, estudamos como relacionar pressão, volume e temperatura em
fluidos puros:
Líquidos;
Gases;
Fluido supercrítico (T > Tc, P > Pc).
P DIAGRAMA P X T
SUPER
CRÍTICO
Ponto crítico
Pc
LÍQUIDO
SÓLIDO
Ponto triplo
VAPOR
T Tc
28
Também temos o ponto triplo e o ponto crítico, que representam características
de cada substância.
P
Ponto crítico
Pc T = Tc
Liq
S-L
Vap
Sol
L-V T < Tc
Ponto triplo
S-V
VL Vc VV V
29
Da mesma forma, o ponto triplo é representado por uma linha;
O volume específico de uma substância no equilíbrio líquido-vapor
depende da quantidade relativa de cada fase – é possível determinar o
volume específico de cada fase separadamente (VL e VV);
Da mesma forma, é possível determinar a quantidade relativa de cada
fase, em massa, conhecendo o volume específico da mistura líquido-
vapor (MOSTRAR);
As curvas tracejadas representam isotermas, onde a temperatura é
constante e a pressão varia com o volume;
Observamos que na mudança de fase entre líquido e vapor, caso a
temperatura esteja abaixo da crítica, tanto pressão como temperatura
permanecem constantes;
Acima do ponto crítico, onde não há distinção entre líquido e vapor, a
pressão sempre diminui à medida que o volume específico aumenta, nas
isotermas;
No ponto crítico a isoterma P x V apresenta um ponto de inflexão: a
derivada segunda de P(V) é zero;
Nas regiões do diagrama onde existe apenas UMA FASE, é possível relacionar
as propriedades volumétricas P, V e T através de alguma função:
F (P, V, T) = 0
Existe uma função que relaciona estas propriedades para qualquer fluido puro
e homogêneo em um estado de equilíbrio – esta função é a EQUAÇÃO DE
ESTADO.
Nas EDEs pode-se ter qualquer uma das 3 propriedades envolvidas como
função das outras duas:
V = V (T, P);
30
P = P (V, T);
T = T (P, V).
V V
dV dT dP
T P P T
Podemos atribuir significado físico a estas derivadas parciais:
Coeficiente de expansão volumétrica: mostra como o volume varia
com a temperatura, a pressão constante:
1 V
V T P
31
Observemos no diagrama P x V o que acontece na região de estado líquido:
Líquido
T1
T2
T3 L+V
V
0 = 0
T P
Aproximando, podemos dizer que quando os coeficientes de expansão
volumétrica e a compressibilidade isotérmica são nulos, temos um FLUIDO
INCOMPRESSÍVEL -esta aproximação pode ser feita para líquidos.
Em líquidos reais, e são funções que dependem levemente de temperatura
e pressão. Portanto, para pequenas mudanças de T e P podemos considerar
seus valores constantes, como fizemos no exemplo 3.1.
EQUAÇÕES DO VIRIAL:
32
P
À medida que V
aumenta P
diminui.
PV a bP cP 2 dP 3 ...
PV a 1 B´P C´P 2 D´P 3 ...
Na prática usamos um número finito de termos, pois dados experimentais
mostram que geralmente truncando a expressão em 2 termos temos resultados
satisfatórios.
Os coeficientes B’, C’, etc., são funções da temperatura e das espécies
químicas em questão;
O termo “a” é função apenas da temperatura.
Isto significa que, se a pressão tende a zero, o produto PV tende a “a”, ou seja,
PV torna-se função apenas da temperatura e não mais da espécie química:
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Esta expressão é válida para TODOS OS GASES, e provada
experimentalmente, como mostra o gráfico a seguir:
PV
H2
N2
PV*
Ar
O2
T = 273,16 K
R
PV *t
22711,8
83,1447 cm3bar / mol.K
T 273,16
Esse é o valor de R, a constante universal dos gases.
PV RT 1 B´P C´P 2 D´P 3 ...
Dividindo a expressão por RT, definimos o fator de compressibilidade:
Z
PV
RT
1 B´P C´P 2 D´P 3 ...
Da mesma forma que fizemos com a pressão, a expansão do virial pode ser
feita em termos do volume (1/V):
34
PV B C D
Z 1 2 3 ...
RT V V V
E os coeficientes da expansão em (1/V) podem ser relacionados aos
coeficientes da expansão em P, como nas relações a seguir:
B C B2 D 3BC 2 B 3
B´ C´ D´ etc
RT RT 2 RT 3
Os coeficientes B, C, D,..., B´, C´, D´, ... são chamados de coeficientes viriais.
Existem outras equações de estado para gases, mas a grande vantagem das
equações viriais é a base teórica: os coeficientes viriais tem significado físico:
PV
Z 1 logo PV RT
RT
35
Esta é como sabemos, a equação do gás ideal. Portanto, mostramos que
quando a pressão é baixa, as interações entre as moléculas do gás são fracas,
e o gás pode ser considerado ideal.
Analisando a regra das fases, sabemos que para um composto puro e com
uma única fase, são necessárias 2 propriedades para determinar as demais.
Portanto, toda propriedade, como a ENERGIA INTERNA, é função de 2
variáveis:
U = U (T, P);
U = U (T, V), etc.
U CV T
Se o processo for reversível:
dW = -PdV.
Se o processo for a volume constante:
dV = 0, logo W = 0.
T2
Como U = Q + W, temos U Q CV dT .
T1
36
Integrando:
T2
H Q CP dT
T1
H U PV U RT
dH dU d RT dU RdT
C P dT CV dT RdT
C P CV R
U Q W 0
Q W
Se o processo for reversível:
dV
W PdV Q W PdV RT
V
Integrando:
V P
Q W RT ln 2 RT ln 1
V1 P2
37
Se o processo for adiabático e reversível:
Q = 0;
dU = dW = -PdV CVdT = -PdV
38
1
1
P1V1 P2
RT1 P2
W 1 1
1 P1
1 P1
Esta expressão é útil quando não sabemos o valor do volume final (V2) no
processo.
Exemplo 3.2. Ar é comprimido de 1 bar e 25°C até 5 bar e 25°C por três
diferentes processos reversíveis:
a) Aquecimento a volume constante seguido de resfriamento a pressão
constante;
b) Compressão isotérmica;
c) Compressão adiabática seguida de resfriamento a volume constante.
Usando CP = (7/2)R e CV = (5/2)R, calcular Q, W, U e H para cada processo.
Exemplo 3.3. Um gás ideal com CP = (5/2)R e CV = (3/2)R passa por um ciclo
composto pelas seguintes etapas:
a) Compressão adiabática de 1 bar e 70°C até 150°C;
b) Resfriamento a pressão constante até 70°C;
c) Expansão isotérmica até o estado inicial.
Calcular Q, W, U e H para o processo reversível e para o irreversível com
eficiência de 80%.
39
Aplicações das Equações do Virial:
Z
PV
RT
1 B´P C´P 2 D´P 3 ...
PV B C D
Z 1 2 3 ...
RT V V V
1,0
dZ
B´2C´P 3D´P 2 ...
dP
40
Igualando a pressão a zero, temos:
dZ
B´
dP P 0
Portanto, B´ é a inclinação das retas que representam Z x P nas regiões de
pressão baixa. A equação destas retas é:
Z 1 B´P
O mesmo vale quando usamos a expansão em V:
B
Z 1
V
Portanto, para baixas pressões as equações do virial podem ser truncadas no
segundo termo. Fisicamente, isto significa que nos gases nessas condições,
apenas as interações entre pares de moléculas são significativas.
RT a
P 2
V b V
Onde a e b são constantes positivas.
Caso os valores de a e b sejam zero, a equação de Van der Waals se iguala à
equação do gás ideal.
Rearranjando a equação de Van der Waals, temos:
PV 3 RT bP V 2 aV ab 0
41
Ou seja, temos um polinômio de terceiro grau (equação cúbica), no qual para
cada par de pressão e temperatura, temos 3 soluções para o valor do volume.
Vejamos graficamente o que acontece:
C
T>TC
L+V VAP
LIQ
T=TC
Psat
T<TC
VL V* VVV V
42
Na região de equilíbrio entre líquido e vapor, o comportamento do fluido NÃO
SEGUE A EQUAÇÃO CÚBICA, pois sabemos que a pressão e a temperatura
permanecem constantes durante mudanças de fase. Portanto, os valores
indicados pelas equações cúbicas nesta região NÃO TÊM SIGNIFICADO
FÍSICO.
Redlich-Kwong (1949)
RT a
P 1
V b T 2V V b
RT 2 2 bRT a ab
V3 V b 1
V 1
0
P P PT 2 PT 2
P 2P
2 0
V T , c V T , c
Redlich-Kwong:
0,42748 R 2TC2,5 0,08664 RTC
a b
PC PC
43
Peng-Robinson (1976) – costuma ser mais precisa para líquidos:
RT a T
P
V b V V b bV b
Onde:
R 2TC2 RTC
aT 0,45274 T b 0,0778
PC PC
T
1 1
0,37464 1,5422 0,26992 2
TC
Os valores das pressões e temperaturas críticas (PC e TC) e do fator acêntrico
() estão tabelados para várias substâncias.
Usamos a definição:
b b
h V
V h
Substituindo, temos:
b
PV h a 1 a h
Z
h
3
h
RT b b RT 2 b b 1 h RT 3 2 1 h
44
T P
Tr Pr
TC PC
Assim como fizemos com a equação de Redlich-Kwong, podemos
analogamente definir correlações de Z em função de temperatura e pressão
reduzidas a partir de qualquer outra equação de estado. Estas correlações são
chamadas de correlações generalizadas porque podem ser aplicadas a todos
os gases, sem o conhecimento das constantes específicas (a, b). São
necessários apenas os valores das propriedades críticas do fluido, para que se
possam calcular as propriedades reduzidas.
1 logPrsat T r 0, 7
Correlação de Pitzer:
Z Z 0 Z 1
Onde Z0 e Z1 são funções de Pr e Tr.
Nas tabelas E1 a E4 temos os valores de Z0 e Z1 em função de Pr e Tr.
Há também gráficos onde estes valores podem ser encontrados.
Esta correlação é válida para gases pouco polares.
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Uma forma alternativa de usar a correlação de Pitzer é associá-la à equação
virial. Para pressões baixas, como vimos, pode-se truncar esta equação no
segundo termo:
BP
Z 1 B´P 1
RT
Usando a definição de propriedades reduzidas, temos:
BP Pr
Z 1 C
RTC Tr
E agora, Pitzer et al estabelecem uma correlação para expressar (BPC/RTC),
análoga à correlação para Z:
BPC
B 0 B1
RTC
Desta forma, para o fator de compressibilidade temos:
Pr P
Z 1 B0 B1 r
Tr Tr
Onde:
Pr Pr
Z 0 1 B0 e Z 1 B1
Tr Tr
Os coeficientes B0 e B1 são funções apenas da temperatura, assim, podem ser
expressos em função da temperatura reduzida, através das equações
empíricas:
0,422 0,172
B 0 0,083 e B1 0,139
Tr1, 6 Tr4, 2
Problema 3.23. Calcule Z e V para o etileno a 25°C e 12 bar, usando:
a) Gás ideal;
b) Equação do virial truncada no terceiro termo, com B=-140 cm3/mol e
C=7200 cm6/mol2;
c) Equação de Redlich-Kwong;
d) Equação do virial truncada no segundo termo, com B obtido pela
correlação de Pitzer.
Problemas: 3.2, 3.6, 3.8, 3.9, 3.10, 3.11, 3.12, 3.13, 3.14, 3.15, 3.16, 3.17,
3.20, 3.22, 3.23 a 3.27, 3.30, 3.31, 3.32, 3.34, 3.37, 3.38, 3.39, 3.46, 3.47
(adiabático em c).
46
PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DOS FLUIDOS
Vimos que, pela regra das fases, dado certo número de propriedades
intensivas de um sistema, pode-se determinar o valor de todas as outras
propriedades, e assim definir o estado do sistema.
Já vimos, através das equações de estado, formas de calcular o valor de
propriedades volumétricas (P, V, T).
Agora, nosso objetivo é estabelecer relações que nos permitam calcular as
propriedades termodinâmicas, ou seja, aquelas relacionadas à energia. Por
enquanto, as propriedades termodinâmicas que conhecemos são:
Energia interna (U);
Entalpia (H);
Entropia (S).
H Ek E p Q WS
Desprezando os valores de energia cinética e potencial, e considerando que o
compressor opera adiabaticamente, simplificamos a equação:
H WS
Portanto, o trabalho realizado pelo compressor é igual à variação de entalpia
do gás a ser comprimido. Logo, é necessário saber os valores inicial (H1) e final
(H2) da entalpia, ou seja, valores de uma propriedade termodinâmica.
Temos que encontrar formas de obter estes valores!!!!
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Relações fundamentais entre propriedades (estrutura matemática da
termodinâmica);
Cálculos de entalpia e entropia a partir de propriedades volumétricas;
Correlações para estimativa de propriedades;
Tabelas e diagramas de propriedades termodinâmicas.
U Q W dU dQ dW
Temos então:
Energia de Helmholtz:
A U TS
Energia de Gibbs:
G H TS
Partindo da definição de entalpia:
67
H U PV dH dU d PV dU PdV VdP
Usando a relação deduzida para a energia interna (dU=TdS-PdV):
dU TdS PdV
dH TdS VdP
dA PdV SdT
dG VdP SdT
Vamos usar agora o conceito de diferencial total. Dada uma função qualquer de
duas variáveis F = F(x,y), sua diferencial total é:
F F
dF dx dy
x y y x
Para simplificar, chamamos:
F F
M N
x y y x
De forma que:
68
dF Mdx Ndy
Esta forma pode ser aplicada às quatro relações fundamentais recém
deduzidas.
M F 2F
y x y x y x xy
M N
ou seja,
N F 2 F y x x y
x y x y x y xy
T P
dU TdS PdV
V S S V
T V
dH TdS VdP
P S S P
P S
dA PdV SdT
T V V T
V S
dG VdP SdT
T P P T
69
H
CP
T P
Agora, usemos a relação fundamental para a entalpia:
dH TdS VdP
Derivando em relação à temperatura, com pressão constante, temos:
H S P
T V
T P T P T P
Como a pressão é constante, a derivada da pressão com a temperatura, a
pressão constante é zero, e eliminamos o último termo. Já o primeiro termo é
igual a CP, portanto:
S S C
CP T P
T P T P T
Assim, já temos uma expressão para a variação da entropia com a
temperatura.
70
Assim, temos a variação de entalpia com a pressão em termos de volume e
temperatura, que são propriedades que podemos medir ou avaliar com
equações de estado.
Outras relações podem ser deduzidas a partir destas, expressando variações
de entalpia, entropia e energia interna em função de pressão, volume e
temperatura.
Obs. Calculamos variações das propriedades termodinâmicas, pois seus
valores absolutos não podem ser determinados (apenas em relação a
estados padrão).
dG VdP SdT
Isto faz da energia de Gibbs uma função de pressão e temperatura:
G = G (P, T).
Como pressão e temperatura são propriedades que podem ser diretamente
medidas, a energia de Gibbs torna-se uma propriedade que pode ser bastante
útil. A energia de Gibbs serve como função de geração para as outras
propriedades.
71
G
d
1
VdP SdT H TS
2
dT VdP SdT HdT TSdT
RT RT RT RT RT RT 2 RT 2
G V H
d dP dT
RT RT RT 2
Propriedades Residuais:
Definimos como propriedade residual a diferença entre seu valor real e seu
valor em um gás ideal. Dada uma propriedade M qualquer:
M R M M GI
Assim, podemos definir todas as propriedades residuais:
H R H H GI
G R G G GI
RT
V R V V GI V
P
Pela definição do volume, temos:
ZRT RT
V VR Z 1
P P
Partindo agora da correlação para G/RT, temos, em um gás ideal:
G GI V GI H GI
d dP dT
RT RT RT 2
72
GR V R
d dP
RT RT
Integrando esta equação entre zero e uma pressão arbitrária P:
P
GR VR
RT 0 RT
dP
RT Z 1
P P
GR dP
dP Z 1
RT 0 RTP 0
P
Portanto, o valor da emergia de Gibbs residual pode ser obtido a partir do fator
de compressibilidade, assim como ocorre com o volume residual. A entalpia e
entropia residuais também podem ser obtidas, se lembrarmos que:
G H TS G R H R TS R
P
HR Z dP
T
RT 0 T P P
P P
SR Z dP dP
T Z 1
R 0 T P P 0 P
Sistemas Bifásicos:
73
C
P
L+V VAP
LIQ
Psat
T<TC
VL VVV V
dG VdP SdT
Como pressão e temperatura não variam, dP = 0 e dT = 0. Portanto, dG = 0.
Ou seja, a energia de Gibbs não varia em uma mudança de fase. Isto significa
que os valores de G no líquido e no vapor em equilíbrio são iguais:
G L GV
Agora suponhamos que mudamos a temperatura do sistema, mas queremos
manter o equilíbrio entre líquido e vapor. Para tanto, teremos que mudar
também a pressão, pois a pressão de saturação depende da temperatura. E,
mantendo-se o equilíbrio, a igualdade entre as energias de Gibbs também deve
persistir, de forma que a variação de G no líquido e no vapor será igual:
G L GV dG L dGV
Usando a relação fundamental:
V L dP S L dT V V dP S V dT
Ou, como a pressão é a pressão de saturação:
V L dP sat S L dT V V dP sat S V dT
74
Rearranjando a igualdade, temos:
dP sat S V S L S LV
V
dT V V L V LV
Agora, usamos a definição da energia de Gibbs:
G H TS G H (TS )
Na mudança de fase, sabemos que a temperatura é constante e não há
variação de energia de Gibbs (G = 0):
H LV
H LV TS LV 0 S LV
T
Portanto, chegamos à Equação de Clapeyron:
dP sat H LV
dT TV LV
Vejamos agora a relação da energia de Gibbs com a espontaneidade de um
processo. Como vimos na 2ª Lei da Termodinâmica, um processo só pode
ocorrer quando a variação total de entropia for positiva:
75
Então, como a variação da entropia total é sempre positiva, concluímos que a
variação na energia de Gibbs é sempre negativa, atingindo zero em um
processo reversível.
76
Diagramas Termodinâmicos:
A partir das relações entre propriedades, que vimos recém, podemos elaborar
gráficos que ilustrem o comportamento de propriedades em função de outras.
Estes gráficos são os diagramas termodinâmicos. Até aqui temos usado
apenas diagramas que expressam pressão e volume. Mas agora temos
elementos para usar diagramas com outras propriedades, como entalpia e
entropia.
Os diagramas termodinâmicos mais conhecidos são:
Temperatura vs entropia;
Pressão vs entalpia;
Entalpia vs entropia (Diagrama de Mollier).
Diagrama T-S:
Exemplo. Represente um ciclo de Carnot operando entre temperaturas de 40 e
300°C. Na caldeira, a água entra como líquido saturado e sai como vapor
saturado. Calcular os calores absorvido, cedido, o trabalho realizado na turbina
e a eficiência térmica, a partir dos valores encontrados no diagrama T-S.
Quais as pressões de entrada e saída da turbina, e a qualidade do vapor de
exaustão?
Diagrama P-H:
Exemplo. Em um ciclo de refrigeração, a amônia passa por quatro etapas:
1. Evaporação (retira calor do material a ser refrigerado/congelado);
2. Compressão adiabática;
3. Condensação;
4. Expansão em válvula (isentálpica).
a) Represente o ciclo no diagrama P-H.
b) Temos que resfriar leite (CP = 4,18 kJ/kg°C) de 60°C até 5°C. Dispomos
de um refrigerador que opera com uma vazão de 1kg/min de amônia,
que evapora a -40°C e condensa a 160°C. Quantos litros de leite pode-
se resfriar por hora?
c) Qual a potência mínima necessária do compressor?
77
Como fazer um diagrama termodinâmico? (Sandler, Ilustration 6.4-1)
C p A BT CT 2 DT 3
3) Escolher estado de referência. Por exemplo, gás ideal a 1 bar e 25°C:
H GI 1bar ,25C 0
S GI 1bar ,25C 0
T
H T , P H C p dT H R , onde a entalpia residual é dada pela expressão
0
T0
78
T
dT P
S T , P S C p
0
R ln S R , onde a entropia residual é dada novamente
T0 T P0
pela expressão deduzida a partir de GR. Mais uma vez, Z está no cálculo de SR,
de forma que a equação de estado está implícita.
P
Z dP
S R RT
P
Z 1
dP
da
R ln Z B dT ln
Z 1 2 B
0 T P P 0 P
2 2b Z 1 2 B
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Tabelas de Propriedades Termodinâmicas:
Tabelas:
Vapor saturado;
Vapor superaquecido.
Exemplo 6.16. Vapor a 2100 kPa e 260°C se expande a entalpia constante até
125 kPa. Qual a temperatura final e a variação de entropia? E se o vapor for
um gás ideal?
Exemplo 6.33. Uma turbina expande vapor de 1350 kPa e 375°C até 10 kPa.
O vapor sai saturado da turbina. Se o processo é adiabático, qual é a eficiência
da turbina?
Problemas: 6.9, 6.10, 6.11, 6.13, 6.14, 6.15, 6.16, 6.18, 6.20, 6.22, 6.24, 6.25,
6.26, 6.27, 6.29, 6.31, 6.32, 6.33, 6.34, 6.38.
80