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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

Curso de Engenharia Civil

RESISTÊNCIA DE MATERIAIS

Encurvadura de Barras Rectas


Prof. Eng. Sulumine Raul

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INTRODUÇÃO (EQUILÍBRIO ELÁSTICO)
• Uma agulha perfeitamente recta pode ficar
em equilíbrio apoiada na sua ponta.
Todavia, a menor perturbação ou
imperfeição no seu fabrico tornará
impossível o seu equilíbrio
• Este tipo de equilíbrio é designado como
instável, sendo necessário evitar
situações análogas em sistemas
estruturais

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INTRODUÇÃO (EQUILÍBRIO ELÁSTICO)
• No sistema que se encontra em estado
deformado, o equilíbrio entre as cargas
exteriores e as forças interiores de
elasticidade pode ser estável, neutro ou
instável
• O equilíbrio elástico diz-se estável se o
corpo deformado, procura voltar para o
seu estado estado original quando cessa
a acção exterior responsável da alteração
do seu estado de equilíbrio original
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INTRODUÇÃO (EQUILÍBRIO ELÁSTICO)
• O equilíbrio elástico julga-se instável se o
corpo deformado depois de sofrer uma
alteração do seu equilíbrio continua a
deformar-se na direcção da alteração
causada sem voltar para o seu estado
original mesmo após a retirada da acção
externa
• Entre dois estados de equilíbrio (estável e
instável) existe um estado de transição
que tem o nome de crítico ou neutro
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INTRODUÇÃO (EQUILÍBRIO ELÁSTICO)
• Durante o estado crítico, o corpo deformado
encontra-se num equilíbrio indiferente ou seja
o corpo pode conservar a sua forma original e
perdê-la facilmente por causa de uma mínima
acção sofrida
• Imaginemos um ensaio simples materealizado
por uma régua bem flexível posta
verticalmente sobre uma base rígida
• Introduzindo uma pequena força axial não
aparece nenhuma deformação visível embora
tenha alterado de tensão (equilíbrio estável)
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INTRODUÇÃO (EQUILÍBRIO ELÁSTICO)
• Aumentando sucessivamente a carga
axial de compressão, constataremos uma
deformação lateral instantânea. O eixo
inicialmente recto transforma-se numa
linha curva sem que se podesse pré
determinar o sentido de curvatura.
• A este fenómeno chama-se encurvadura
ou varejamento e trata-se dum problema
de estabilidade

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INTRODUÇÃO (EQUILÍBRIO ELÁSTICO)
• Uma barra submetida a um certo valor crítico
de carga axial perde instantâneamente o
seu poder de resistência (equilíbrio instável)
• Isto acontece muito antes da tensão de
compressão atingir a de cedência
• Nos tipos de solicitação tratados até agora
as dimensões de elemento estrutural foram
determinadas com base nas tensões e
deformações admissíveis, nos problemas de
estabilidade aparece a istabilidade ao
exceder a carga crítica
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INTRODUÇÃO (EQUILÍBRIO ELÁSTICO)
• Além da encurvadura de barras existem
outros problemas de de estabilidade, entre
os quais os mais importantes são o desvio
lateral de vigas (bambeamento) e o
abaulamento de discos (enfunamento)
• Considere-se duas colunas, com as
mesmas condições externas de fixação,
mesma secção transversal, mas
comprimentos diferentes

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INTRODUÇÃO (EQUILÍBRIO ELÁSTICO)

• Elas terão comportamentos diferentes


quando submetidas a esforço axial. A
coluna 1, mesmo sob a acção de uma
pequena carga axial P1 encurvará. Do
ponto de vista de engenharia acoluna
atingiu o colapso
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INTRODUÇÃO (EQUILÍBRIO ELÁSTICO)
• A coluna mais curta, com a mesma
secção transversal não terá problemas de
instabilidade
• O colapso será causado pela resistência
máxima a compressão e para uma carga
P2 muito maior que a P1
• Embora os modos de colapso sejam
diferentes, ambas as colunas atingiram o
colapso, a mais longa devida a
encurvadura e a mais curta seria
esmagada 10
COLUNA BI ARTICULADA (EULER 1778)
• Considere-se uma coluna bi-articulada de
comprimento l, carregada axialmente por
uma força de compressão aplicada no
centro de gravidade da secção transversal

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COLUNA BI ARTICULADA
• A força crítica Pcr da barra pode calcular-
se a partir da equação diferencial da linha
elástica d 2 w
EI min 2
 M ( z ) a)
dz
M ( z )   Pw b) substituin do b) em a)
d 2w d 2w
EI min 2
 Pw  0 c) ou 2
 k 2
w  0 d)
dz dz
P
Sendo k  2
e)
EI min

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COLUNA BI ARTICULADA
• A solução da equação diferencial
homogénea d) será: W  ASinkz  BCoskz f)
• As constantes de integração A e B,
claculam-se a partir das condições de
fronteira
• No caso da coluna bi-articulada, as
condições de fronteira serão W(z=0)=0 e
W(z=l)=0.
• Da primeira condição, resulta B=0
W  ASinkz g)
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COLUNA BI ARTICULADA
• Da segunda condição, resulta
ASinkl  0 h) e como A  0
Sinkl  0 i)
• A equação i) (kl) pode tomar um número
infinito de valores kl  n j)
• A primeira raíz da equação j) tem que ser
desprezada. Assim k 2l 2  n 2 2 k)
• Considerando k) e e) resulta a equação da
carga crítica da coluna bi-articulada
n  EI min
2 2
Pcr 
n
2
l)
l 14
COLUNA BI ARTICULADA
• Uma coluna perfeitamente rectilínea bi-
articulada tem um número infinito de
cargas críticas. A menor delas será
quando n=1 ou seja
 2 EI min
Pcr  2
m)
l

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COLUNAS COM OUTRAS CONDIÇÕES
• O processo análogo ao utilizsdo para a
coluna bi-articulada pode ser empregue
para para determinar a carga crítica de
colunas com condições de apoio
diferentes
• As soluções destes problemas são muito
sensíveis às condições de apoio
• Coluna encastrada2 na base e articulada
2.05 EI min
no topo Pcr  2
1)
l

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COLUNAS COM OUTRAS CONDIÇÕES
4 2 EI min
• Coluna bi-encastradaPcr 
l 2
2)
0.25 2 EI min
• Coluna encastrada livre Pcr 
l 2
3)

• Todas as fórmulas podem ser


representadas por uma expressão idêntica
à do caso fundamental, desde que se
utilize o conceito de comprimento de
encurvadura2 no lugar do seu comprilento
real Pcr   EI2 min 4)
le

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COLUNAS COM OUTRAS CONDIÇÕES
• Coluna bi-encastrada le  0.5l
• Coluna encastrada livre le  2l
• Coluna encastrada apoiada le  0.7l
• Coluna bi-articulada le  l
• A tensão crítica de uma coluna, pode ser
calculada pela expressão
Pcr  2 EI min  2 E
 cr    2
A Ale2

le
 esbelteza que caracteriz a o tipo de coluna
i
i raio de giracao
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VERIFICAÇÃO - REAE
  20 - colunas ou barras curtas
20  105 - colunas ou barras intermedia s
 105 - colunas ou barras longas

• Verificação de acordo com o Regulamento


de Estruturas de Aço para Edifícios
N sd
 sd    Rd
A

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VERIFICAÇÃO - REAE

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