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Flambagem de colunas

Prof. Kaique M. M. Magalhães

1
1. Introdução
• Resistência, Rigidez e Estabilidade;

• Projeto, verificação e análise de falha de


elementos estruturais;

• Elementos carregados axialmente podem


sofrer um deslocamento lateral.

2
1. Introdução

3
1. Introdução

4
1. Introdução

5
2. Estabilidade de Colunas
Estabilidade: Propriedade da estrutura de manter o
seu estado inicial de equilíbrio nas condições de
aplicação das ações.

I. Equilíbrio estável

II. Equilíbrio neutro

III.Equilíbrio instável

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2. Estabilidade de Colunas
Equilíbrio estável

• O sistema, mesmo após sofrer uma perturbação


inicial, volta à sua condição inicial de equilíbrio.

7
2. Estabilidade de Colunas
Equilíbrio neutro

• O sistema inicialmente em equilíbrio, após sofrer


uma perturbação inicial, encontra-se em equilíbrio
em uma nova posição.

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2. Estabilidade de Colunas
Equilíbrio instável

• O sistema, após sofrer uma perturbação inicial, não


volta ao equilíbrio.

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2. Estabilidade de Colunas
Estabilidade de colunas

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2. Estabilidade de Colunas
Estabilidade de colunas

M B =0

L 
2 R − P  =0
 2 
 =0
 PL 
  2 R − =0
 2  4 R
Pcr =
L

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2. Estabilidade de Colunas
Estabilidade de colunas

4 R
Pcr = Equilíbrio neutro
L

4 R
P Equilíbrio estável
L

4 R
P Equilíbrio neutro
L

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2. Estabilidade de Colunas
Estabilidade de colunas

4 R
Pcr = Equilíbrio neutro
L
Ponto de bifurcação do equilíbrio

4 R
P Equilíbrio estável
L

4 R
P Equilíbrio neutro
L

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3. Carga crítica de flambagem
Estabilidade de uma coluna ideal

• Considera-se que a coluna é perfeitamente reta


antes do carregamento;

• O material comporta-se de maneira linear-elástica


(obedece a Lei de Hooke);

• O material é homogêneo e isotrópico;

• A carga é aplicada no centroide da seção


transversal.
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3. Carga crítica de flambagem
Estabilidade de uma coluna ideal (bi-articulada)

M A =0

Pv + M = 0
M = − Pv

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3. Carga crítica de flambagem
Aplicando-se a relação diferencial entre momento e
curvatura:

d 2v M
2
=
dx EI
Como:
M = − Pv
Tem-se que:

d 2 v − Pv
2
=
dx EI 16
3. Carga crítica de flambagem
Fazendo: Cuja solução é do tipo:

k =
2 P v( x) = C1senkx + C2 cos kx
EI
Logo: Para determinação das
constantes, faz-se necessário
2
d v
= − k 2
v aplicar as condições de
dx 2
contorno do problema:
Ou ainda: v(0) = 0
d 2v
2
+ k 2
v = 0 (I ) v( L) = 0
dx 17
3. Carga crítica de flambagem
Portanto, tem-se que:

v(0) = 0 0 = C1sen0 + C2 cos 0 C2 = 0

C1 = 0
v( L) = 0 0 = C1senkL
senkL = 0

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3. Carga crítica de flambagem
Sabendo que:
senkL = 0 se kL = n P
k =
2

EI
Tem-se:
P 2
L =n 
2 2

EI
Logo:

n 2 2 EI
Pcr = Cargas Críticas
L2
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3. Carga crítica de flambagem
Substituindo o valor da carga crítica na equação
diferencial:
 n 
v( x) = C1senkx + C2 cos kx v( x) = C1sen  x
 L 

A menor carga crítica é dada por:

 2 EI
Pcr =
L2

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3. Carga crítica de flambagem
Substituindo o valor da carga crítica na equação
diferencial:
 n 
v( x) = C1senkx + C2 cos kx v( x) = C1sen  x
 L 

A menor carga crítica é dada por:

 2 EI Carga Crítica
Pcr = de Euler
L2

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3. Carga crítica de flambagem
Dividindo a equação da carga crítica pela área,
determina-se a tensão crítica:

 2 EI
 cr =
AL2
Definindo raio de giração como:

I
i=
A
Pode-se calcular a tensão crítica por:
22
3. Carga crítica de flambagem
Pode-se calcular a tensão Portanto:
crítica por:
 2 EI
 2 EI  cr = 2
 cr = 2

L
 
i
onde
L
=  Índice de esbeltez
i

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3. Carga crítica de flambagem

24
3. Carga crítica de flambagem
Estabilidade de uma coluna ideal (mono-engastada)

M B =0

− M + P(vb − v) = 0

M = Pvb − Pv

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3. Carga crítica de flambagem
Aplicando-se a relação diferencial entre momento e
curvatura:

d 2v M
2
=
dx EI
Como:
M = Pvb − Pv
Tem-se que:

d 2 v Pvb Pv
2
= −
dx EI EI 26
3. Carga crítica de flambagem
Fazendo: Cuja solução é do tipo:

k =
2 P v( x) = C1senkx + C2 cos kx + vb
EI
Para determinação das
Logo: constantes, faz-se necessário
2 aplicar as condições de
d v contorno do problema:
2
= k 2
v B − k 2
v
dx
v(0) = 0 v '(0) = 0
Ou ainda:

v( L) = vb
2
d v
2
+ k 2
v = k 2
vb
dx 27
3. Carga crítica de flambagem
Portanto, tem-se que:

v(0) = 0 0 = C1sen0 + C2 cos 0 + vb C2 = −vb

v( x) = C1senkx + C2 cos kx + vb

v '( x) = kC1coskx + kvbsenkx


k =0
v '(0) = 0 0 = kC1cos0 + kvvbsen0
C1 = 0
28
3. Carga crítica de flambagem
Portanto, tem-se que:
vb = 0
v( L) = 0 vb = −vb cos kL + vb
cos kL = 0
y = cos( x)

n
cos kL = 0 se kL =
2

29
3. Carga crítica de flambagem
Sabendo que: Sendo a menor carga crítica de
flambagem dada por:
P
k =
2

EI  2 EI
Pcr =
Tem-se: 4 L2

n 
2 2
E a tensão crítica:
k L = 2
2 2

2
 2 EI
Ou ainda:  cr =
(2 ) 2
n 2 2 EI
Pcr =
4 L2
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3. Carga crítica de flambagem
Sabendo que: Sendo a menor carga crítica de
flambagem dada por:
P
k =
2

EI  2 EI
Pcr =
Tem-se: 4 L2

n 
2 2
E a tensão crítica:
k L = 2
2 2

2
 2 EI
Ou ainda:  cr =
(2 ) 2
n 2 2 EI
Pcr =
4 L2
31
3. Carga crítica de flambagem
Generalização da carga crítica para diferentes
condições de apoio

• Comprimento efetivo de flambagem

Le = KL

Diferentes condições de contorno da estrutura possuem


valores distintos para a constante K.

 2 EI
Pcr = 2
Le
32
3. Carga crítica de flambagem

33
3. Carga crítica de flambagem
Estabilidade de uma coluna com carga excêntrica

M A =0

M + Pv + Pe = 0
M = − Pv − Pe

34
3. Carga crítica de flambagem
Aplicando-se a relação diferencial entre momento e
curvatura:

d 2v M
2
=
dx EI
Como:
M = − Pv − Pe
Tem-se que:

d 2v Pv Pe
2
=− −
dx EI EI 35
3. Carga crítica de flambagem
Fazendo: Cuja solução é do tipo:

k =
2 P v( x) = C1senkx + C2 cos kx − e
EI
Para determinação das
Logo: constantes, faz-se necessário
2 aplicar as condições de
d v contorno do problema:
2
= k 2
v − k 2
e
dx
v(0) = 0
Ou ainda:
v( L) = 0
2
d v
2
+ k 2
v = − k 2
e
dx 36
3. Carga crítica de flambagem
Portanto, tem-se que:

v(0) = 0 0 = C1sen0 + C2 cos 0 − e C2 = e

v( L) = 0 0 = C1senkL + e cos kL − e

C1senkL = e(1 − cos kL)

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3. Carga crítica de flambagem
Utilizando as seguintes propriedades trigonométricas:

 kL   kL  2  kL 
senkL = 2sen   cos   e 1 − cos kL = 2sen  
 2   2   2 
Tem-se que:
v( L) = 0 0 = C1senkL + e cos kL − e

C1senkL = e(1 − cos kL)

 kL 
C1 = etg  
 2 
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3. Carga crítica de flambagem
Logo, reescrevendo a equação de deflexão:

 kL 
v = etg   senkx + e cos kx − e
 2 
Ou ainda:

  kL  
v = e  tg   senkx + cos kx − 1
  2  

Para determinação da deflexão no ponto L/2:

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3. Carga crítica de flambagem
Para determinação da deflexão no ponto L/2:

L   kL   kL   kL  
v   = e  tg   sen   + cos   − 1
2   2   2   2  

L   kL  
v   = e  sec   − 1
2   2  

Sabe-se que a estrutura está submetida à uma carga


excêntrica, e o cálculo do momento no meio do vão
(L/2) é :
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3. Carga crítica de flambagem
Sabe-se que a estrutura está submetida à uma carga
excêntrica, e o cálculo do momento no meio do vão
(L/2) é :

L   kL  
M   = P  sec   − 1 + Pe
2   2  

L  kL 
M   = Pe sec  
2  2 

41
3. Carga crítica de flambagem
O cálculo da tensão máxima é dado por:

L P
 = +
M L( 2) c
2 A I

Substituindo o momento

 L  P  ecA  kL  
   = 1 + sec   
 2  A I  2 

 L  P  ec  kL  
   = 1 + 2 sec   
 2  A i  2  42
3. Carga crítica de flambagem
O cálculo da tensão máxima é dado por:

 L  P  ec  kL  
   = 1 + 2 sec   
 2  A i  2 

 L  P  ec  P 
   = 1 + 2 sec    Fórmula da Secante
 2  A  i 2 EA  

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3. Carga crítica de flambagem
 L  P  ec  P 
   = 1 + 2 sec  
 2  A  i 2 EA  

• A tensão deve permanecer


dentro do limite elástico;

• Apresenta uma relação


não-linear entre a tensão e
a carga;

• Coeficientes de segurança
devem ser aplicados no
carregamento.

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4. Projeto de colunas
Na prática, o projeto de colunas se baseia em fórmulas
empíricas
• Para λ “elevados”, σcr segue a
formula de Euler, dependende
fortemente do Módulo de
Elasticidade (E)

• Para λ “pequenos”, σcr é


fortemente influenciado pela
tensão de escoamento, σy , mas não
por E;

• Para λ “intermediários”, σcr


depende tanto de σy , quanto de E.

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4. Projeto de colunas
Ao se aplicar as fórmulas de projeto, é
importante observar os itens enunciados a
seguir:

• O material para o qual a fórmula é escrita;

• Quando a fórmula dá a carga de trabalho, ou quando ela


estima a capacidade de ruptura de um membro;

• A faixa de aplicabilidade da fórmula.

46
4. Projeto de colunas
Fórmulas de projeto de colunas para cargas
concêntricas

47
4. Projeto de colunas
Materiais utilizados para o projeto de colunas

• Aço estrutural

• Ligas de Alumínio,

• Madeira

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4. Projeto de colunas
Aço estrutural

• O projeto se baseia nas recomendações da American


Institute of Steel Construction (AISC);

• Nenhuma coluna pode exceder o coeficiente de


esbeltez de 200;

• Aplica-se o método das tensões admissíveis;

• As formulas são apresentadas em função da tensão


de escoamento do aço utilizado.
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4. Projeto de colunas
Aço estrutural • Para λ > Cc
 2E  cr
 cr = 2  adm =
 FS
FS = 1.92

• Para λ < Cc

 2   cr
 cr =  y 1 − 2 
 adm =
 2C c  FS
3
5 3  1  
FS = + −  
3 8 Cc 8  Cc 

• Para λ = Cc
2 E
2 2 2 E
Cc =  cr = 12  y C =
2

y
c
y
50
4. Projeto de colunas
Ligas de Alumínio • Liga 6061-T6
λ < 66:
 adm = 139 − 0.868 (  )  MPa

λ > 66:
351103 MPa
 adm =
2
• Liga 2014-T6
λ < 55:

 adm =  212 − 1.585 (  )  MPa

λ > 55:
Aluminum Association, Inc. 372 103 MPa
 adm =
2
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4. Projeto de colunas
Fórmulas de projeto de colunas para cargas
excêntricas

• Conforme apresentado anteriormente uma carga


excêntrica pode ser substituída por uma carga
centrada e um binário (M= Pe);

• No regime linear-elástico, as tensões podem ser


obtidas aplicando-se o método da superposição;

• Dois métodos principais para o cálculo.

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4. Projeto de colunas
Método da tensão admissível: Baseia-se na
hipótese de que a tensão é a mesma para uma coluna
com carga centrada.

P Mc
+   adm
A I
Método da iteração: Considera a iteração entre a
carga de flexão e a carga axial

P A P ec I
+ 1
( adm )Compressão ( adm ) Flexão
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6. Referências

BEER, F.P.; JOHNSTON, E.R.; EISENBERG, E. R. Mecânica Vetorial para


Engenheiros - Estática. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2016.
BEER, F.P.; JOHNSTON, E.R. Resistência dos Materiais. 7. Ed. São Paulo:
Pearson, 2010.
HIBBELER, R.C. Resistência dos Materiais. 7. Ed. São Paulo: Pearson,
2010.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. 1ª Ed. São Paulo:
Blucher, 1978.
TIMOSHENKO, S.P; GERE, J.E. Mecânica dos Sólidos. Rio de Janeiro:
LTC, 1994. BEER, F.P.; JOHNSTON, E.R.;

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Fim da Apresentação

Obrigado!

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