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Atividades Práticas e

Supervisionadas
“Deflexão”

Universidade paulista UNIP

Campus Indianópolis

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Integrantes

Filipe Augusto de Souza Peres RA: C22365-4

Stefany da Cruz Lopes RA:

Herique dos Santos Teixeira Euriques RA:

William Golçaves bandeira RA:

Alexandre Arcanjo RA:

Turma:

EC6Q01

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Sumário

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1 - Introdução
Entende-se por deflexão o deslocamento vertical de uma viga devido à carga
aplicada perpendicularmente ao seu eixo longitudinal. Tal deslocamento, pela
convenção vinda de momentos fletores, pode ser positivo ou negativo. Deflexão,
também chamada de “flecha”, é uma característica importante na engenharia
estrutural, pois atua de forma a ir contra a estabilidade da estrutura, propicia rupturas,
e outras características que são indesejadas na engenharia estrutural. Na prática há
um interesse especial na determinação de deflexões máximas em uma viga que está
sujeita a um carregamento, pois as especificações do projeto de uma viga incluem,
além de outros parâmetros, um valor admissível máximo para deflexão.

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2 - histórico
...

3 - Deflexões em vigas
Quando a viga está sujeita a uma carga aplicada ao longo do seu eixo ela
desenvolve uma força de cisalhamento interna (força cortante) e um momento fletor
que em geral variam de ponto a ponto ao longo do eixo da viga. Na engenharia
estrutural, quando o vão da viga é elevado, há uma preocupação maior com o
momento fletor e suas consequências.

Uma viga prismática se exposta à flexão pura cria uma curvatura em forma de arco
de circunferência e, se dentro do regime elástico, a curvatura da linha neutra pode ser
expressa por:

1 M
=
ρ E. I

Sabendo que, pelo princípio de Saint-Venant, que a aplicação de carga transversal


também segue a expressão acima. Entretanto, o momento fletor varia de seção para
seção. Adotando x como a distância da extremidade esquerda da viga (por convenção)
até o ponto considerado, temos:

1 M (x)
=
ρ E.I

É necessário conhecer a curvatura da viga em vários pontos para que nos permita
chegar a algumas conclusões gerais a respeito de deflexões.

As equações de equilíbrio estático nos fornecem algumas relações entre carga


distribuída, força cortante e momento fletor. Assim conseguimos chegar a um
conjunto de equações que dão fundamento às equações conhecidas quanto a
deflexões.

d4 v
 E I . 4 =−w(x)
dx

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3
d v
 EI . =V (x)
dx 3

d2 v
 EI . =M ( x )
dx 2

Sendo:

 v = Deflexão da viga;
 W = carga distribuída ao longo do se eixo;
 V = Força cortante numa seção da viga;
 M = Momento fletor;
 E = Módulo de elasticidade que é uma propriedade física da viga;
 I = momento de inércia que é uma propriedade geométrica da viga;

A solução dessas equações é possível por integração, porém vale notar que quando
as integramos surgem constantes de integração que são solucionadas pelas relações
de contorno e continuidade.

4 – linha elástica
O diagrama de deflexão do eixo longitudinal que passa pelo centroide de cada área
da seção transversal da viga é denominado “linha elástica”. Momentos positivos
causam deflexões côncavas enquanto momentos negativos tem efeito contrário.

Do cálculo elementar temos a equação que rege a curvatura de uma curva plana em
um ponto qualquer.
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d v
1 dx 2
=

[ ]
ρ dy
2 3/ 2
1+
d x2

Na fórmula acima, dy/dx é a primeira derivada da função y(x); e d²y/dx² é a segunda


derivada da função y(x) que a curva representa. Entretanto, no caso da linha elástica
de uma viga a declividade, dada por dy/dx, é muito pequena, assim seu quadrado
fornece algo ainda menor que podemos considerar desprezível. Assim, podemos
escrever que:

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d2 v 1
= (equação 1)
dx 2 ρ

Sabendo que:

1 M
= (equação 2)
ρ E. I

Logo, a equação da linha elástica é obtida através da substituição da equação 1 em


2.

d 2 v M (x )
 =
dx
2
E.I

A equação acima é uma equação diferencial linear e de segunda ordem. Tal


equação rege o comportamento da linha elástica.

O produto E.I é denominado de rigidez flexional. Geralmente, em vigas com seções


transversais, o produto é constante ao longo do comprimento da viga. Assim, quando
integrado, ele sai do integrando e a equação acima gera duas constantes de
integração. Entretanto, se as seções da viga forem variáveis, a rigidez flexional varia de
seção para seção. Nesse caso, é necessário considerarmos o produto E.I como uma
função de x antes de continuar para a integração.

Abaixo segue um exemplo de determinação de deflexão e declividade através da


equação da linha elástica:

FOTO (foto de uma viga engastada com um peso P concentrado em sua


extremidade) + ( foto do corte feito no ponto qualquer que gera a força cortante e
o momento fletor)

De acordo com o diagrama de corpo livre, e no trecho AC do comprimento x,


fazendo um somatório de momento com o polo no ponto do corte, chegamos a:

M + P.x + V.0 = 0 Assim, para momento da força cortante nulo temos que:

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M = - P.x (equação 01)

Tendo a equação:
2
d v
EI . 2 =M ( x ) (equação 02)
dx

Podemos substituir 01 em 02 e obter:


2
d v
EI . =−P . x
dx 2

Integrando obtém:

dv −1 2
EI . = P . x +C 1
dx 2

Sendo C1 a primeira constante de integração

Integrando novamente obtém:

−1 3
EI . v = P . x + C 1. x +C 2
6

Sendo C2 a segunda constante de integração

As constantes C1 e C2 são determinadas através de algumas condições de contorno


que a viga nos dá.

1º - No ponto B (engastado) a declividade da viga é nula, ou seja, dv/dx é nulo.


Matematicamente falando: para x = L, dv/dx = 0 .

2º - No mesmo ponto B a deflexão também é nula, ou seja, para x = L, v = 0.

Com isso conseguimos determinar as duas constantes de integração.

dv −1
Pegando a equação EI . = P . x 2+C 1 ,
dx 2

8
Sabendo que x = L e que dv/dx = 0 ; Temos:

−1 2
EI . 0= P . L +C 1
2

1
Assim: C1 = P.L²
2

−1 3
Pegando a equação EI . v = P . x + C 1. x +C 2
6

1
Sabendo que, x = L ; v = 0 ; e C1= P.L² ; Temos:
2

−1 1
EI . 0= P . L3+ P . L ². L+C 2
6 2

Assim:

1
C2 = - P . L ³
3

Logo, fazendo todas as substituições e brincando algebricamente, temos a equação


geral da deflexão em função de x.

P 3 2 3
v= .(−x +3. L . x−2. L )
6 EI

Na engenharia estrutural, têm-se uma necessidade importante de se determinar a


flecha máxima na viga. Para este caso, a flecha e a declividade máxima são
determinadas igualando x = 0, ou seja, as máximas estão localizadas na extremidade A.

 Flecha máxima

P 3 2 3
v= .(−0 +3. L . 0−2. L )
6 EI

P 3
v= .(−2. L )
6 EI

9
−P . L ³
v máx=
3 EI

 Declividade máxima

dv −1
dx
= (
2
1
P . x2 + P . L2 .
2
1
EI) >>>
dv −1
dx
= (
2
1
)
P . 02 + P . L2 .
2
1
EI

dv
dx
1
2 ( 2
=θ= P . L .
1
EI )

P.L²
θmáx =
2 EI

5 - Inflexão
O diagrama momento fletor-força cortante nos fornece informações importantes
quanto ao comportamento da estrutura. Uma informação importante é quanto à
inflexão, ou seja, os pontos em que a linha elástica muda de concavidade. Tais pontos
se dão para momento fletor nulo. Resumindo, nos pontos em que o momento fletor é
nulo (M=0) ocorre a inflexão da viga.

FOTO “exemplo de linha elástica e o ponto de inflexão”

6 - Relações de contorno e continuidade


A partir das equações do equilíbrio estático são deduzidas as expressões de
deflexão, porém como a expressão é determinada por integração, surgem as
constantes de integração que são determinadas através das condições de contorno e
continuidade. Tais relações se dão através da avaliação das funções cisalhantes,
momentos, inclinação ou deslocamento em um determinado ponto da viga no qual o
valor da função é conhecido. A tabela abaixo fornece alguns exemplos de condição de
contorno e continuidade.

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FOTO “ tabela de relação de contorno e continuidade”

A fim de exemplificar, consideremos está viga simplesmente apoiada e de peso


próprio desprezível, que está submetida á uma carregamento uniformemente
distribuído ao longo da viga. Para esse exemplo conseguimos notar a curvatura da
linha elástica e concluir que a deflexão máxima se dá no meio do vão da viga. As
condições de contorno, necessárias para determinar as constantes de integração, são
as seguintes:

 Para x=0, ou seja, no apoio A, a deflexão é nula, logo, va=0


 Para x=L, ou seja, no apoio B, a deflexão também é nula, vb=0

Com essas duas condições é possível determinar as constantes de integração e se


chegar a uma expressão que dita a deflexão devido àquele carregamento.

7 - Vigas e eixos estaticamente indeterminados


Viga estaticamente indeterminada ocorrem quando o número de reações é maior
que o número de equações de equilíbrio. Para determinar é necessário recorrer a um
conceito chamado de “reações redundantes”. Reações redundantes são aquelas em
que na sua ausência o equilíbrio da estrutura é mantido, ou seja, elas não são
necessárias para o equilíbrio da estrutura. O número dessas reações redundantes é
denominado de “grau de redundância”.

“Exemplo de vigas estaticamente indeterminadas”

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