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RESUMO P2 - BIOQUÍMICA

VITAMINAS

São compostos essenciais p/ a saúde do homem e outros vertebrados, mas que não podem ser sintetizados por esses
organismos e devem ser obtidos na dieta.

● VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS: tem função de coenzima ou fazem parte


de coenzimas ou cofatores de enzimas.
○ Coenzimas atuam como aceptores ou doadores de átomos ou grupos
funcionais de substratos em um reação enzimática.

NIACINA​ (Vit. B3) → encontrado na forma de ác. nicotínico e nicotinamida.

Cofatores de Enzimas Metabolismo

NAD+ Carboidratos, Aminoácidos

NADP+ Lipídeos

- É componente das coenzimas NAD e NADP, que são cofatores de enzimas envolvidas em reações de oxirredução.
- Papel na regulação intracelular de Ca2+ .
- Atuam em reações de transferências de hidrogênio.

FONTES: distribuídos em animais e vegetais → carnes, peixes, órgãos animais,


frutas e vegetais, feijão, ervilha, nozes OU parte da niacina pode ser obtida a
partir do aa triptofano.
DEFICIÊNCIA: pelagra, dermatite fotossensível, psicose depressiva.
Pele enrugada e áspera, dermatite (nas áreas expostas à luz), língua ferida de cor
escura, incapacidade de digerir e de assimilar alimentos, hemorragia intestinal,
problemas mentais, demência e morte.
- 3D → DERMATITE, DIARRÉIA E DEMÊNCIA.

PERDA DE NIACINA: fervura de hortaliças, maturação de carnes, perca no líquido


de congelamento de produtos congelados (carnes ou peixes).

RIBOFLAVINA (Vit. B2) → grupo prostético (componente do FAD ou FMN) que


catalisam reações de oxirredução e de flavoproteínas → transferência de
hidrogênio. / Importante p/ o funcionamento do sistema nervoso.

Cofatores de Enzimas Metabolismo

FAD Carboidratos, Lipídeos

FMN Aminoácidos

-
-
-
FONTES: sintetizadas por plantas → vegetais, hortaliças, leite e produtos lácteos, ovos, ovos de peixe, leveduras, carne,
fígado e coração.
DEFICIÊNCIA: há um aumento da eliminação de aas → lesões ou fissuras nos cantos da boca e lábios (queilose), dermatite,
língua vermelho escura, dermatite seborréica na face → afeta particularmente as mucosas do globo ocular e da boca.
ESTABILIDADE: termoestável, sensível a luz, sofrendo decomposição irreversível sob luz UV e/ou visível.

TIAMINA (Vit. B1) → é a coenzima de enzimas envolvidas na descarboxilação


oxidativa: complexo piruvato desidrogenase; ɑ-cetoglutarato desidrogenase;
transcetolase; fosfocetolase.

- É um composto chave p/ a obtenção de energia, principalmente no


metabolismo de carboidratos → a necessidade de tiamina aumenta com a
ingestão de carboidratos.

FONTES: trigo integral, arroz não polido, cereais, sementes (feijão, ervilha,
milho), levedura, carne, peixe, ovos, fígado e coração, legumes e batata.

Cofatores de Enzimas Metabolismo

Tiamina pirofosfato Carboidratos

DEFICIÊNCIA: doença do beribéri (fraqueza muscular, perda de memória, confusão mental, dificuldade de coordenação de
movimentos, perda de peso, neurite periférica → danos nos nervos periféricos).
- Tiamina é essencial p/ o crescimento normal, apetite, digestão, tônus gastrointestinal, atividade dos nervos e p/ o
metabolismo dos carboidratos.

BIOTINA (Vit. B7 ou H) → coenzima nas reações de carboxilação ou transferência de grupos


carboxila.

Cofatores de Enzimas Metabolismo

Biotina CO2

Grupos prostéticos de carboxilases: acetil CoA-carboxilase; piruvato carboxilase; propionil carboxilase.


- Tem função importante na biossíntese de ácidos graxos e na gliconeogênese.

FONTES: fígado, leveduras, nozes, legumes.


DEFICIÊNCIA: afeta metabolismo de lipídeos e carboidratos → dermatite, pele
seca e escamosa, queda de cabelo.
ESTABILIDADE: luz, pH, O2, instável ao calor.

ÁCIDO PANTOTÊNICO (Vit. B5) → encontrado como componente da


coenzima A e da proteína transportadora de grupos acila (importante
na biossíntese de ác. graxos)
FONTE: amplamente distribuído em alimentos → carne, fígado,
cereal integral, legumes.
DEFICIÊNCIA: danos nos nervos periféricos, síndrome nutricional dos pés dormentes.

Cofatores de Enzimas Metabolismo

Coenzima A Carboidratos, Lipídeos

ÁCIDO LIPÓICO → cofator de complexos multienzimáticos →


piruvato desidrogenase e ɑ-cetoglutarato desidrogenase → atuando
na transferência de grupo acila.

- Importante p/ o metabolismo de carboidratos.


- Deficiência de ác. lipóico não é observada em seres humanos.

PIRIDOXINA/PIRIDOXAL (Vit. B6) → participam como coenzimas de enzimas do metabolismo de aa → atuam como: aa →
transaminação, descarboxilação ou racemização.

→ Atua combinado com o grupo fosfato.


FONTE: cereais, levedura, tomate.
DEFICIÊNCIA: Em seres humanos → dermatite, convulsões, atraso no
crescimento, anemia, formação deficiente de anticorpos, lesões
hepáticas e renais.
Em frangos → edema e inflamação nas pálpebras, plumagem
danificada, fraqueza e falta de coordenação em movimentos.
ESTABILIDADE: pH e O2, instável a calor e luz.

Cofatores de Enzimas Metabolismo

Piridoxal-fosfato Aminoácidos

ÁCIDO FÓLICO​ (Vit. B9) → transportador de 1 unidade de carbono na biossíntese do aa serina e de bases nitrogenadas purina

Cofatores de Enzimas Metabolismo

Ácido tetrahidrofólico Aminoácidos, biossíntese


de bases nitrogenadas

FONTES: vegetais verdes, fígado, frutas, levedura → add a farinha de trigo e biscoitos.
DEFICIÊNCIA: anemia megaloblástica → alteração da forma, número e do funcionamento do núcleo das hemácias e das
células ósseas.
- Mulheres grávidas: bebês com anencefalia (falta de formação de cérebro) ou síndrome de down (produção de DNA que
ao ser duplicado no processo de divisão celular, não é distribuído de forma correta entre as diversas células filhas).
- Mulheres durante lactação e bebês: a mulher deve ingerir ác. fólico pelo menos 3 meses ininterruptos antes e após
engravidar.
ESTABILIDADE: muito estável.

ÁCIDO ASCÓRBICO (Vit. C) → atua como redutor / Importante p/ a


biossíntese de colágeno.

- Humanos não sintetizam.


- Ingestão cura/previne anemia ferropriva, acelera cicatrização.
- Inibe escurecimento enzimático em frutas.
- Previne formação de nitrosaminas em carne curada.

FONTES: frutas cítricas, verduras frescas.


DEFICIÊNCIA: escorbuto → formação de colágeno anormal (hemorragia da gengiva, sob a pele ou pontual ao redor dos
folículos dos pêlos do braço).
- Excesso: pedra nos rins, inativação da vit. B12 e afeta a atividade de anticoagulantes.
ESTABILIDADE: em meio ác., é instável na presença de O2, luz, calor e em meio alcalino, sendo a vit. + fácil de degradar.

CIANOCOBALAMINA (Vit. B12) → oxidação de ác. graxos de número ímpar / indispensável p/ a síntese de DNA / realiza a
redução da ribose.
Cofatores de Enzimas Metabolismo

metil-cobalamina metil

FONTES: origem animal, carne, fígado, leite, ostra, gema de ovo.


DEFICIÊNCIA: anemia perniciosa → alteração na síntese de DNA e consequente diminuição de hemácias pela medula óssea,
alteração da forma e tamanho dos núcleos das hemácias, alteração do sistema nervoso, loucura e morte.
- Pele amarela e lisa, mas não elástica.
ESTABILIDADE: muito estável.

● VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS: são compostos hidrofóbicos que podem ser absorvidos de forma eficiente quando há
absorção normal de gordura.
○ Vitamina A, D, E e K.

VITAMINA A: ​funções bioquímicas → pigmento visual na retina; regulação da expressão de genes e diferenciação celular.

- Essencial p/ visão (pigmento fotossensível retinal);


- Estimula o crescimento e desenvolvimento geral de crianças;
- Mantém a epiderme sadia → retinol é importante p/ o metabolismo das
células da pele e da mucosa.

FONTES: β-caroteno presente em frutas e vegetais (vegetais verdes,


cenoura, mamão, gordura animal, gema).
DEFICIÊNCIA: cegueira noturna (dificuldade de enxergar na meia luz),
degeneração do epitélio do olho, xeroftalmia (olhos secos, ausência de
lágrima, degeneração conjuntiva).
- Retardo no crescimento de crianças e animais; hiperqueratinização,
descamação da pele.
EXCESSO: fraqueza, náusea, dermatite.
ESTABILIDADE: perca durante preparação/conservação de alimentos.

VITAMINA D: calciferol → ​importante p/ o metabolismo de cálcio e de fósforo;


- manutenção do balanço de íons Ca2+ ;
- aumenta a absorção de íons Ca2+ e mobiliza minerais dos ossos;
- diferenciação celular.

FONTES: óleo do fígado do peixe, fígado, gema, manteiga, queijo, leite.


DEFICIÊNCIA: raquitismo → baixa mineralização dos ossos (crianças pequenas
parecem bem alimentadas e gordas mas falta vigor muscular e são lentas p/ andar);

- Aparecem deformações no crânio, tórax, espinha e particularmente pernas tortas e joelhos p/ dentro;
- Osteomalácia → de-mineralização dos ossos → tipo de raquitismo em adultos;
- Mulheres grávidas com dietas marginais são particularmente susceptíveis a deficiência de Vit. D, desde que o feto retira
Ca2+ do esqueleto da mulher.
ESTABILIDADE: processamento, instável a O2 e a luz.

VITAMINA E: tocoferol → ​atua como antioxidante; protegem lipídeos da


membrana celular contra oxidação; possui papel na sinalização
celular; retarda a deterioração de óleos; estimula a produção de
anticorpos; exerce influência na qldade da carne; previne a
oxidação de ác. graxos poli-insaturados; remoção de radicais
livres e peróxidos em alimentos; remoção do oxigênio singlete.

FONTES: trigo, milho, gema.


DEFICIÊNCIA: desordem neurológica, anemia hemolítica em recém nascidos prematuros, pele escamosa, fraqueza muscular,
debilitação, esterilidade, na carne → carne escura, com perda de água e apresentando rancidez oxidativa.
EXCESSO: intoxicação, cefaleia, visão confusa.

VITAMINA K: fibrina → coenzima de carboxilase que catalisa a


carboxilação de resíduos → ​importante p/ a síntese de
proteínas envolvidas na coagulação sanguínea e da
matriz do osso.

FONTES: fígado, plantas verdes.


DEFICIÊNCIA: diminuição da atividade protrombina e hemorragia.
ESTABILIDADE: calor mas instável a pH alcalino e luz.
MINERAIS

requeridos em qtdades maiores que 100 Cálcio, fósforo, sódio,


Macrominerais mg/dia potássio, cloreto e
magnésio

elementos traços → qtdades < que 100 ferro, iodo, zinco, cromo,
Microminerais mg/ dia cobalto, cobre, manganês,
molibdênio e selênio.

Função estrutural Ca2+ , M g 2+ , P O4−

Envolvidos no funcionamento das membranas


N a+ , K +
celulares

Grupos prostéticos e de enzimas Co2+ , F e2+ , Cu2+ , M o+ , Se , Zn2+

Cofatores (associam-se fraca e reversivelmente à


N a+ , K + , Ca2+ , M g 2+ , M n2+
enzima, substrato ou coenzima)

Função regulatória ou papel na ação hormonal Cr2+ , I + , N a+ , K + , Ca2+ , M g 2+ , M n2+

CÁLCIO:​ constituinte dos ossos e dentes / regulação de função dos nervos e músculos.
- Absorção é regulada pela Vit. D, hormônio da paratireóide e requer proteína ligadora de cálcio.

DEFICIÊNCIA: crianças → raquitismo / adultos → osteomalácia, osteoporose;


FONTES: produtos de leite, feijão, vegetais folhosos.

IODO:​ constituinte dos hormônios da tireóide tiroxina e triodo-tironina → estimulam o metabolismo de produção de energia

DEFICIÊNCIA: crianças → cretinismo / adultos → bócio, hipotireoidismo (aumento da tireóide, letargia, baixo metabolismo
basal, aumento de peso);
- Hipertireoidismo: excesso da produção de hormônios da tireóide → alto metabolismo basal (aumento no consumo de
oxigênio), aumento do batimento cardíaco, falta de ar, aumento do mov, intestinal, fraqueza, emagrecimento.
FONTES: sal iodado, alimentos marinhos.

FERRO:​ constituintes do grupo heme de enzimas e proteínas (hemoglobina, mioglobina, citocromo, oxidase, etc.).

DEFICIÊNCIA: anemia hipocrômica e microcítica → atraso no crescimento, fraqueza, apatia.


- Enriquecimento da farinha de trigo e biscoitos com ferro e ácido fólico p/ prevenir anemia.
FONTES: carne vermelha, fígado, ovos, alimentos cozidos em panela de ferro.

METABOLISMO ANAERÓBICO DE CARBOIDRATOS

METABOLISMO: todas as reações que acontecem no organismo, uma vez que os seres vivos necessitam continuamente de
energia p/ diversas funções biológicas. Os organismos são classificados quanto ao mecanismo de obtenção de energia de
duas formas:
- FOTOTRÓFICOS: energia luminosa é transformada em energia química pela fotossíntese (bactérias verdes e púrpuras,
algas e plantas);
- QUIMIOTRÓFICOS: obtém energia oxidando compostos inorgânicos (nitrogênio, ferro e enxofre) - micro-organismos - e
orgânicos - humanos e animais.

HIDRÓLISE DO AMIDO: ɑ-amilase salivar hidrolisa parcialmente o amido durante a mastigação e a ɑ-amilase pancreática
hidrolisa o amido no duodeno liberando maltose e dextrina.
DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS: a hidrólise da maltose, dextrina, sacarose e lactose é realizada pelas enzimas presentes na
superfície das células do intestino delgado.
ABSORÇÃO E TRANSPORTE DE CARBOIDRATOS: a D-glicose, D-frutose,
D-galactose absorvidas pelas células intestinais são transportadas p/ a circulação
pela veia porta, por meio do transportador de membrana GLUT2. O hormônio
insulina promove a entrada da glicose nas células e reduz a taxa de glicose no
sangue.

METABOLISMO ANAERÓBICO DE CARBOIDRATOS:

1) VIA GLICOLÍTICA/GLICÓLISE/SEQUÊNCIA DE EMBDEN MEYHORF: ​é a principal via de obtenção de energia (ATP) nos
músculos esqueléticos a partir de glicose, ocorre no citosol (líquido que preenche o citoplasma), na ausência de oxigênio.

DESTINOS DO PIRUVATO: lactato ( tecido muscular, bactérias láticas), acetil


Coa (ciclo de Krebs) e etanol + gás carbônico (leveduras).
- ATP formado pode ser utilizado p/ contração muscular, síntese e
degradação de compostos, manutenção da T(°C) corporal, entre outros.

ETAPAS DA VIA GLICOLÍTICA:


1ª FASE → ​PREPARATÓRIA: p/ cada molécula de glicose são consumidas 2 moléculas de ATP p/ oxidá-la.

1ª reação → fosforilação da glicose p/ produzir glicose-6-P, com gasto de ATP;

2ª reação→ isomerização da glicose 6P, catalisada pela Fosfoglicose Isomerase;

Glicose-6-fosfato´é um intermediário.

3ª reação → adição de + 1 grupo fosfato na frutose 6-fosfato, catalisada pela Fosfofrutoquinase;

- A reação é irreversível;
- A fosfofrutoquinase é uma enzima alostérica (o excesso de ác. cítrico
inibe a enzima);
- A reação é um sítio importante da regulação metabólica.
4ª reação → aldolase hidrolisa a frutose 1,6-difosfato em duas trioses fosfato;

5ª reação → a triose dihidroxiacetona-fosfato pode ser isomerizada p/ gliceraldeído 3-fosfato; pela ​triose-fosfato isomerase​.

Até esta etapa da da Via Glicolítica uma molécula de glicose (6 C) foi


transformada em 2 trioses na forma de gliceraldeído-3-fosfato, com gasto de 2
ATP.

2ª FASE → ​PAGAMENTO OU PRODUÇÃO DE PRODUÇÃO DE ATP: p/ cada molécula de triose são formadas 2 moléculas
de ATP.

6ª reação → oxidação do gliceraldeído, catalisada pela ​gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase.

7ª reação → a ​fosfoglicerato quinase c​ atalisa a transferência de um fosfato do 1,3-difosfoglicerato p/ o ADP p/ formar o ATP.

8ª reação → ​fosfoglicerato mutase ​catalisa a transferência do grupo fosfato do carbono 3 p/ o carbono 2.


9ª reação → ​enolase c​ atalisa a desidratação do 2-fosfoglicerato p/ formar fosfoenolpiruvato, um composto com um grupo
enólico de alta energia.

10ª reação → ​piruvato quinase c​ atalisa a transferência do fosfato do


fosfoenolpiruvato p/ o ADP, produzindo ATP e piruvato.
- reação irreversível;
- piruvato quinase é ​ uma enzima alostérica e sofre regulação por.

IMPORTÂNCIA DA VIA GLICOLÍTICA EM ALIMENTOS:

● MATURAÇÃO → glicogênio muscular é metabolizado anaerobicamente até ácido lático após o abate, causando a queda
do pH da carne (7 → 5,1).
○ Ação de diversas enzimas proteolíticas no processo de amaciamento da carne = carne maturada.

● FERMENTAÇÃO LÁCTICA: bactérias lácticas envolvidas na produção de iogurte, leite azedo, chucrute, produzem ​lactato
desidrogenase.
→ Transformação do ác. pirúvico, por meio da ação da lactato desidrogenase, com produção de ATP e água, além da
desidrogenação da coenzima NADH.
● TIPOS DE FERMENTAÇÃO LÁCTEA:
○ Fermentação homoláctica: só produz ác.
láctico;
○ Fermentação heterolática: produz ác. láctico,
etanol e gás carbônico;
○ Fermentação propiônica: resulta em aroma típico - ác. propiônico - e olhadura típica (acúmulo de gás carbônico).

● FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA: produção de etanol cerveja, vinho e bebidas destiladas / panificação: produção de gás
carbônico durante a fermentação da massa do pão e biscoitos.
→ Transformação do ácido pirúvico em acetaldeído, por meio da ação da piruvato descarboxilase, com produção de gás
carbônico. O acetaldeído é transformado em etanol por meio da ação da álcool desidrogenase, além da desidrogenação da
coenzima NADH.

Efeito Pasteur: em condições altamente aeróbicas e baixa [açúcar] (1%) a levedura pode oxidar carboidrato aerobicamente p/
produzir biomassa.
○ Via Oxidativa: ​Glicose + 6O​2 ​ → 6CO2​ ​+ 6H2​ O

○ Via Fermentativa (Anaerobiose): ​Glicose à→ 2 Etanol + 2CO2​
○ Saccharomyces cerevisiae são aeróbicas facultativas. Em presença de oxigênio, baixa concentração de açúcar, o
metabolismo aeróbico é favorecido, e então produz massa celular + CO​2​. Na ausência de oxigênio, alta ​concentração de açúcar,
a fermentação anaeróbica é favorecida, produzindo Etanol + CO​2​.
Efeito Crabtree ou Efeito Pasteur-Reverso: em alta [glicose], a aeração não
muda o metabolismo da levedura de fermentativa p/ oxidativo. A levedura
continua a fermentar a glicose p/ etanol.
→ Fermentação do suco de uva: durante os primeiros dias as leveduras se
multiplicam consumindo oxigênio do mosto - um mosto anaeróbico implica
numa fase de fermentação alcoólica e produção de etanol.

REGULAÇÃO E ENTRADAS DA GLICÓLISE

Regulação Coordenada:
→ ​Fígado: tem como função manter o nível de glicose circulante constante, por meio da fosforilase do glicogênio (mecanismo
ativado pelo glucagon → baixa concentração de glicose no sangue)
→ Músculos: fornecer ATP para contração; fosforilase do glicogênio ativada pela adrenalina
Regulação por Enzimas:
→ P​onto 1: hexoquinase → responsável por converter glicose em glicose 6P; inibição alostérica pelo produto; irreversível; a
glicose entra no citoplasma e não sai só se for fosforilada pela hexoquinase
→ Ponto 2: fosfofrutoquinase → responsável por fosforilação da frutose 6P; regulação pela [ATP] ( inibição a altas
concentrações); inibição por alta [citrato] → regula a intensidade da glicólise de acordo com a velocidade do ciclo de Krebs
→ Ponto 3: piruvato quinase → conversão do ácido fosfoenolpirúvico em ácido pirúvico (transferência do fosfato para o ADP,
formando ATP); ativação por frutose 1,6 difosfato; inibição por alta [ATP] e [acetil CoA]

Vias de entrada
Amido (alimentos) + ​ɑ-amilase salivar → amido parcialmente hidrolisado + ɑ​ -amilase pancreática → maltose + maltotriose +
oligossacarídeos de menor massa molecular + ​maltase​ (mucosa intestinal) → glicose
→ Células do epitélio intestinal produzem sacarase-isomaltase que hidrolisa sacarose e isomaltose em monossacarídeos
(glicose + frutose) que podem ser absorvidos.

Monossacarídeos:
INTESTINO: os monossacarídeos glicose, frutose e galactose são absorvidos pelas células da mucosa do intestino e são
transportadas por meio dos capilares e vasos sanguíneos para todos os tecidos.
Frutose → ​FÍGADO: frutose + ATP + ​frutoquinase fosforila​ → Frutose-1P + ADP
- Frutose-1P pode ser convertido em dihidroxiacetona e gliceraldeído 3P e estes são metabolizados em piruvato e
subsequentemente em Acetil-CoA, de forma não regulada.
- Excesso de Acetil-CoA é convertido em AG.
MÚSCULOS/RINS/TECIDO ADIPOSO: frutose + ATP + ​hexoquinase fosforila​ → Frutose-6P + ADP
Lactose:
INTESTINO:​ ​a β-galactosidase sintetizada no epitélio do intestino hidrolisa a lactose em galactose + glicose.
- Intolerância a Lactose: indivíduos intolerantes a lactose apresentam diarréia aquosa, cólicas e flatulência → lactose atrai
água para o interior do intestino por osmolalidade → lactose é fermentada por bactérias intestinais no intestino grosso
produzindo gases [metano e hidrogênio] e ácidos orgânicos irritantes como ácido acético e láctico.
- β-galactosidase utilizada para a produção de leite com baixo teor de lactose para pessoas intolerantes a lactose /
eliminação de arenosidade (cristais de lactose) em sorvete, leite concentrado, doce de leite / hidrólise de lactose em soro de
leite.
Galactose:
A galactose só é transformada em glicose quando ligada ao UDP (​uridina difosfato glicose​) → o que por sua vez exige sua
prévia fosforilação. Após isto, ela só será liberada com a entrada de uma segunda galactose para ligar-se a este UDP,
liberando a primeira como glicose-1-P. A fosfoglicomutase é, mais uma vez a responsável pela conversão a glicose-6-P que de
fato entra na glicólise. O UDP é utilizado, portanto, apenas na ativação da galactose.
​ galactose 1-fosfato + ADP
galactose + ATP + ​galactoquinase →
→ ​Galactosemia: ​deficiência de qualquer uma das 3 enzimas → ​galactoquinase,​ ​fosfogalactose uridil transferase e
UDP-galactose - 4 epimerase​.
(i) Galactosemia por deficiência de ​galactoquinase: ​altas [galactose] no sangue e na urina, indivíduos desenvolvem catarata
durante a infância / limitação rigorosa de galactose na dieta → diminui severidade.
(ii) Galactosemia clássica (por deficiência de ​fosfogalactose uridil transferase): r​ etardo no crescimento na infância,
anormalidade na fala, deficiência mental, dano hepático que pode ser fatal mesmo quando a galactose é retirada da dieta.
(iii) Galactosemia por deficiência de ​UDP-galactose - 4 epimerase: s​ intomas similares, porém é menos grave quando a
galactose da dieta é cuidadosamente controlada.

CICLO DE KREBS
Quando o ácido pirúvico se transforma em Acetil-CoA, na presença de oxigênio, ele entra no ciclo de Krebs na mitocôndria.

Seu transporte para a mitocôndria se dá a partir de uma proteína transportadora do citosol. A oxidação do ácido pirúvico ​para
Acetil CoA forma o intermediador de energia NADH + ​H+​​ ​ e ​CO​2​. ​As vitaminas niacina, riboflavina, tiamina, ácido pantotênico,
ácido lipóico e íon magnésio participam na reação como cofatores.
→ Reação de equilíbrio (muita energia de ativação negativa): conservação de energia → transferência de elétrons pelos
equivalentes redutores (NAD e FAD).

1ª Reação:​ ​formação de citrato a partir de acetil-CoA e oxaloacetato


acetil-CoA (2C) + ácido oxaloacetato (4C) → citrato (6C)

2ª Reação:​ ​isomerização do citrato em isocitrato


→ A isomerização ocorre para ficar + fácil catalisar a próxima reação: retirar H

3ª Reação:​ isocitrato (6C) + NAD​+​ → ɑ-cetoglutarato (5C) + NADH + ​H+​​ ​ + ​CO​2


→ É reversível porque o composto ɑ-cetoglutarato possui em grande quantidade, sendo utilizado tanto para o ciclo de Krebs
quanto pro metabolismo de proteínas, deslocando o equilíbrio da reação → fica reversível.

4ª Reação:​ ​ɑ-cetoglutarato (5C) + CoASH + NAD​+ ​→ Succinil CoA (4C) + NADH + ​H+​​ ​ + C
​ O​2
→ A reação é irreversível: usa gde quantidade de cofatores (FAD, ác. lipóico, íon magnésio e TPP).

5ª Reação:​ ​Succinil CoA (4C) + GDP​ ​→ Succinato (4C) + GTP

6ª Reação:​ Succinato (4C) + FAD → Fumarato (4C) + FADH​2


→ Cada FADH​2 ​produzido pode gerar 1,5 ATP na cadeia transportadora de elétrons.

7ª Reação:​ Fumarato (4C) + H​2​O → Malato (4C)


→ Acúmulo de ácido málico, ácido cítrico produzidos no Ciclo de Krebs, contribuem para o sabor ácido de frutas como laranjas,
maçãs e pêras → Tem baixa [malato desidrogenase], enzima que catalisa malato a oxaloacetato, consequentemente não
consegue converter todo malato em oxaloacetato → acumula ác. málico.

8ª Reação:​ ​Malato (4C) + NAD​+ ​→ Oxaloacetato (4C) + NADH + ​H+​​ ​


→ Ocorre regeneração do oxaloacetato, o composto da reação inicial do Ciclo de Krebs.
→ A coenzima reduzida NADH + ​H+​​ ​ pode formar 2,5 ATP na cadeia respiratória.
Resumo Krebs: ​Cada Acetil-CoA que entra no CK produz 3
NADH, 1 FADH​2​ e 1 GTP.
São produzidos 2 ​CO​2​ nas descarboxilações oxidativas.

Resumo Geral: ​Na glicólise, uma glicose produz 2 piruvatos e


libera 2 NADH e 2 ATP. A oxidação dos piruvatos em
acetil-CoA libera 2 NADH e 2 ​CO​2​.
Multiplicando por 2 os produtos de um CK, temos que cada
molécula de glicose irá produzir: 6 ​CO​2​, ​10 NADH e 2 ​CO​2

CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA

São as etapas finais para a obtenção de energia na forma de ATP pelos organismos aeróbicos. Os elétrons dos substratos são
transferidos para o NAD e FAD e depois para componentes da cadeia respiratória. O aceptor final de H​+ é o oxigênio.

A ​cadeia transportadora de elétrons é uma série de proteínas e moléculas orgânicas encontradas na membrana interna da
mitocôndria. Os elétrons são passados de um componente da cadeia transportadora para outro em uma série de reações
redox. A energia liberada nestas reações é capturada na forma de um gradiente de prótons, o qual é usado para produzir ATP
em um processo chamado ​quimiosmose​. Juntas, a cadeia transportadora de elétrons e a quimiosmose formam a ​fosforilação
oxidativa​.

CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS


A cadeia transportadora de elétrons é uma série de complexos protéicos presentes na membrana mitocondrial. Elétrons
capturados de moléculas doadoras são transferidos através desses complexos.
Junto a este transferidor está a bomba de hidrogênio que gera o gradiente usado pela ATP sintase para sintetizar ATP.

No começo da cadeia transportadora de elétron, 2 elétrons são passados do NADH para o complexo de desidrogenase
(complexo I). Junto a esta transferência temos o bombeamento de um íon de hidrogênio para cada elétron.
Depois, os 2 elétrons são transferidos para a ubiquinona (UQ) → ubiquinona é chamada de molécula transferidora móvel
porque ela move os elétrons para o citocromo b-c1 (complexo III).
Cada elétron é passado em seguida do citocromo b-c1 para o citocromo c -proteína móvel - que aceita um elétrons por vez →
um íon de hidrogênio é bombeado através do complexo assim como cada elétron é transferido.
A etapa seguinte ocorre no complexo de oxidase (complexo IV) → ela requer 4 elétrons que, por sua vez, interagem com o
oxigênio molecular e 8 íons de hidrogênio. Os 4 elétrons, 4 dos íons de hidrogênio e o oxigênio molecular são usados para
formar moléculas de água. Os outros 4 hidrogênios são bombeados através da membrana.
Esta série de bombeamento de hidrogênio cria um gradiente → a energia potencial nesse gradiente é usada pela ATP sintase
para formar ADP e fosfato inorgânico (Pi).
Um íon de hidrogênio entra no complexo de ATP sintase através de um espaço intermembranar e um segundo íon de
hidrogênio sai deixando um espaço na matriz. A parte superior do complexo de ATP sintase gira quando um novo íon de
hidrogênio entra.
Uma vez que 3 prótons tenham entrado no espaço da matriz, há energia suficiente no complexo para sintetizar ATP. Dessa
forma, a energia do gradiente de íons é usada para produzir ATP.
O processo agora está completo, e o resultado é um n° igual de prótons em cada lado da membrana,. Sem um gradiente, não
há mais energia disponível para produzir ATP.

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