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VITAMINAS
São compostos essenciais p/ a saúde do homem e outros vertebrados, mas que não podem ser sintetizados por esses
organismos e devem ser obtidos na dieta.
NADP+ Lipídeos
- É componente das coenzimas NAD e NADP, que são cofatores de enzimas envolvidas em reações de oxirredução.
- Papel na regulação intracelular de Ca2+ .
- Atuam em reações de transferências de hidrogênio.
FMN Aminoácidos
-
-
-
FONTES: sintetizadas por plantas → vegetais, hortaliças, leite e produtos lácteos, ovos, ovos de peixe, leveduras, carne,
fígado e coração.
DEFICIÊNCIA: há um aumento da eliminação de aas → lesões ou fissuras nos cantos da boca e lábios (queilose), dermatite,
língua vermelho escura, dermatite seborréica na face → afeta particularmente as mucosas do globo ocular e da boca.
ESTABILIDADE: termoestável, sensível a luz, sofrendo decomposição irreversível sob luz UV e/ou visível.
FONTES: trigo integral, arroz não polido, cereais, sementes (feijão, ervilha,
milho), levedura, carne, peixe, ovos, fígado e coração, legumes e batata.
DEFICIÊNCIA: doença do beribéri (fraqueza muscular, perda de memória, confusão mental, dificuldade de coordenação de
movimentos, perda de peso, neurite periférica → danos nos nervos periféricos).
- Tiamina é essencial p/ o crescimento normal, apetite, digestão, tônus gastrointestinal, atividade dos nervos e p/ o
metabolismo dos carboidratos.
Biotina CO2
PIRIDOXINA/PIRIDOXAL (Vit. B6) → participam como coenzimas de enzimas do metabolismo de aa → atuam como: aa →
transaminação, descarboxilação ou racemização.
Piridoxal-fosfato Aminoácidos
ÁCIDO FÓLICO (Vit. B9) → transportador de 1 unidade de carbono na biossíntese do aa serina e de bases nitrogenadas purina
FONTES: vegetais verdes, fígado, frutas, levedura → add a farinha de trigo e biscoitos.
DEFICIÊNCIA: anemia megaloblástica → alteração da forma, número e do funcionamento do núcleo das hemácias e das
células ósseas.
- Mulheres grávidas: bebês com anencefalia (falta de formação de cérebro) ou síndrome de down (produção de DNA que
ao ser duplicado no processo de divisão celular, não é distribuído de forma correta entre as diversas células filhas).
- Mulheres durante lactação e bebês: a mulher deve ingerir ác. fólico pelo menos 3 meses ininterruptos antes e após
engravidar.
ESTABILIDADE: muito estável.
CIANOCOBALAMINA (Vit. B12) → oxidação de ác. graxos de número ímpar / indispensável p/ a síntese de DNA / realiza a
redução da ribose.
Cofatores de Enzimas Metabolismo
metil-cobalamina metil
● VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS: são compostos hidrofóbicos que podem ser absorvidos de forma eficiente quando há
absorção normal de gordura.
○ Vitamina A, D, E e K.
○
VITAMINA A: funções bioquímicas → pigmento visual na retina; regulação da expressão de genes e diferenciação celular.
- Aparecem deformações no crânio, tórax, espinha e particularmente pernas tortas e joelhos p/ dentro;
- Osteomalácia → de-mineralização dos ossos → tipo de raquitismo em adultos;
- Mulheres grávidas com dietas marginais são particularmente susceptíveis a deficiência de Vit. D, desde que o feto retira
Ca2+ do esqueleto da mulher.
ESTABILIDADE: processamento, instável a O2 e a luz.
elementos traços → qtdades < que 100 ferro, iodo, zinco, cromo,
Microminerais mg/ dia cobalto, cobre, manganês,
molibdênio e selênio.
CÁLCIO: constituinte dos ossos e dentes / regulação de função dos nervos e músculos.
- Absorção é regulada pela Vit. D, hormônio da paratireóide e requer proteína ligadora de cálcio.
IODO: constituinte dos hormônios da tireóide tiroxina e triodo-tironina → estimulam o metabolismo de produção de energia
DEFICIÊNCIA: crianças → cretinismo / adultos → bócio, hipotireoidismo (aumento da tireóide, letargia, baixo metabolismo
basal, aumento de peso);
- Hipertireoidismo: excesso da produção de hormônios da tireóide → alto metabolismo basal (aumento no consumo de
oxigênio), aumento do batimento cardíaco, falta de ar, aumento do mov, intestinal, fraqueza, emagrecimento.
FONTES: sal iodado, alimentos marinhos.
FERRO: constituintes do grupo heme de enzimas e proteínas (hemoglobina, mioglobina, citocromo, oxidase, etc.).
METABOLISMO: todas as reações que acontecem no organismo, uma vez que os seres vivos necessitam continuamente de
energia p/ diversas funções biológicas. Os organismos são classificados quanto ao mecanismo de obtenção de energia de
duas formas:
- FOTOTRÓFICOS: energia luminosa é transformada em energia química pela fotossíntese (bactérias verdes e púrpuras,
algas e plantas);
- QUIMIOTRÓFICOS: obtém energia oxidando compostos inorgânicos (nitrogênio, ferro e enxofre) - micro-organismos - e
orgânicos - humanos e animais.
HIDRÓLISE DO AMIDO: ɑ-amilase salivar hidrolisa parcialmente o amido durante a mastigação e a ɑ-amilase pancreática
hidrolisa o amido no duodeno liberando maltose e dextrina.
DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS: a hidrólise da maltose, dextrina, sacarose e lactose é realizada pelas enzimas presentes na
superfície das células do intestino delgado.
ABSORÇÃO E TRANSPORTE DE CARBOIDRATOS: a D-glicose, D-frutose,
D-galactose absorvidas pelas células intestinais são transportadas p/ a circulação
pela veia porta, por meio do transportador de membrana GLUT2. O hormônio
insulina promove a entrada da glicose nas células e reduz a taxa de glicose no
sangue.
1) VIA GLICOLÍTICA/GLICÓLISE/SEQUÊNCIA DE EMBDEN MEYHORF: é a principal via de obtenção de energia (ATP) nos
músculos esqueléticos a partir de glicose, ocorre no citosol (líquido que preenche o citoplasma), na ausência de oxigênio.
Glicose-6-fosfato´é um intermediário.
- A reação é irreversível;
- A fosfofrutoquinase é uma enzima alostérica (o excesso de ác. cítrico
inibe a enzima);
- A reação é um sítio importante da regulação metabólica.
4ª reação → aldolase hidrolisa a frutose 1,6-difosfato em duas trioses fosfato;
5ª reação → a triose dihidroxiacetona-fosfato pode ser isomerizada p/ gliceraldeído 3-fosfato; pela triose-fosfato isomerase.
2ª FASE → PAGAMENTO OU PRODUÇÃO DE PRODUÇÃO DE ATP: p/ cada molécula de triose são formadas 2 moléculas
de ATP.
7ª reação → a fosfoglicerato quinase c atalisa a transferência de um fosfato do 1,3-difosfoglicerato p/ o ADP p/ formar o ATP.
● MATURAÇÃO → glicogênio muscular é metabolizado anaerobicamente até ácido lático após o abate, causando a queda
do pH da carne (7 → 5,1).
○ Ação de diversas enzimas proteolíticas no processo de amaciamento da carne = carne maturada.
● FERMENTAÇÃO LÁCTICA: bactérias lácticas envolvidas na produção de iogurte, leite azedo, chucrute, produzem lactato
desidrogenase.
→ Transformação do ác. pirúvico, por meio da ação da lactato desidrogenase, com produção de ATP e água, além da
desidrogenação da coenzima NADH.
● TIPOS DE FERMENTAÇÃO LÁCTEA:
○ Fermentação homoláctica: só produz ác.
láctico;
○ Fermentação heterolática: produz ác. láctico,
etanol e gás carbônico;
○ Fermentação propiônica: resulta em aroma típico - ác. propiônico - e olhadura típica (acúmulo de gás carbônico).
● FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA: produção de etanol cerveja, vinho e bebidas destiladas / panificação: produção de gás
carbônico durante a fermentação da massa do pão e biscoitos.
→ Transformação do ácido pirúvico em acetaldeído, por meio da ação da piruvato descarboxilase, com produção de gás
carbônico. O acetaldeído é transformado em etanol por meio da ação da álcool desidrogenase, além da desidrogenação da
coenzima NADH.
Efeito Pasteur: em condições altamente aeróbicas e baixa [açúcar] (1%) a levedura pode oxidar carboidrato aerobicamente p/
produzir biomassa.
○ Via Oxidativa: Glicose + 6O2 → 6CO2 + 6H2 O
○ Via Fermentativa (Anaerobiose): Glicose à→ 2 Etanol + 2CO2
○ Saccharomyces cerevisiae são aeróbicas facultativas. Em presença de oxigênio, baixa concentração de açúcar, o
metabolismo aeróbico é favorecido, e então produz massa celular + CO2. Na ausência de oxigênio, alta concentração de açúcar,
a fermentação anaeróbica é favorecida, produzindo Etanol + CO2.
Efeito Crabtree ou Efeito Pasteur-Reverso: em alta [glicose], a aeração não
muda o metabolismo da levedura de fermentativa p/ oxidativo. A levedura
continua a fermentar a glicose p/ etanol.
→ Fermentação do suco de uva: durante os primeiros dias as leveduras se
multiplicam consumindo oxigênio do mosto - um mosto anaeróbico implica
numa fase de fermentação alcoólica e produção de etanol.
Regulação Coordenada:
→ Fígado: tem como função manter o nível de glicose circulante constante, por meio da fosforilase do glicogênio (mecanismo
ativado pelo glucagon → baixa concentração de glicose no sangue)
→ Músculos: fornecer ATP para contração; fosforilase do glicogênio ativada pela adrenalina
Regulação por Enzimas:
→ Ponto 1: hexoquinase → responsável por converter glicose em glicose 6P; inibição alostérica pelo produto; irreversível; a
glicose entra no citoplasma e não sai só se for fosforilada pela hexoquinase
→ Ponto 2: fosfofrutoquinase → responsável por fosforilação da frutose 6P; regulação pela [ATP] ( inibição a altas
concentrações); inibição por alta [citrato] → regula a intensidade da glicólise de acordo com a velocidade do ciclo de Krebs
→ Ponto 3: piruvato quinase → conversão do ácido fosfoenolpirúvico em ácido pirúvico (transferência do fosfato para o ADP,
formando ATP); ativação por frutose 1,6 difosfato; inibição por alta [ATP] e [acetil CoA]
Vias de entrada
Amido (alimentos) + ɑ-amilase salivar → amido parcialmente hidrolisado + ɑ -amilase pancreática → maltose + maltotriose +
oligossacarídeos de menor massa molecular + maltase (mucosa intestinal) → glicose
→ Células do epitélio intestinal produzem sacarase-isomaltase que hidrolisa sacarose e isomaltose em monossacarídeos
(glicose + frutose) que podem ser absorvidos.
Monossacarídeos:
INTESTINO: os monossacarídeos glicose, frutose e galactose são absorvidos pelas células da mucosa do intestino e são
transportadas por meio dos capilares e vasos sanguíneos para todos os tecidos.
Frutose → FÍGADO: frutose + ATP + frutoquinase fosforila → Frutose-1P + ADP
- Frutose-1P pode ser convertido em dihidroxiacetona e gliceraldeído 3P e estes são metabolizados em piruvato e
subsequentemente em Acetil-CoA, de forma não regulada.
- Excesso de Acetil-CoA é convertido em AG.
MÚSCULOS/RINS/TECIDO ADIPOSO: frutose + ATP + hexoquinase fosforila → Frutose-6P + ADP
Lactose:
INTESTINO: a β-galactosidase sintetizada no epitélio do intestino hidrolisa a lactose em galactose + glicose.
- Intolerância a Lactose: indivíduos intolerantes a lactose apresentam diarréia aquosa, cólicas e flatulência → lactose atrai
água para o interior do intestino por osmolalidade → lactose é fermentada por bactérias intestinais no intestino grosso
produzindo gases [metano e hidrogênio] e ácidos orgânicos irritantes como ácido acético e láctico.
- β-galactosidase utilizada para a produção de leite com baixo teor de lactose para pessoas intolerantes a lactose /
eliminação de arenosidade (cristais de lactose) em sorvete, leite concentrado, doce de leite / hidrólise de lactose em soro de
leite.
Galactose:
A galactose só é transformada em glicose quando ligada ao UDP (uridina difosfato glicose) → o que por sua vez exige sua
prévia fosforilação. Após isto, ela só será liberada com a entrada de uma segunda galactose para ligar-se a este UDP,
liberando a primeira como glicose-1-P. A fosfoglicomutase é, mais uma vez a responsável pela conversão a glicose-6-P que de
fato entra na glicólise. O UDP é utilizado, portanto, apenas na ativação da galactose.
galactose 1-fosfato + ADP
galactose + ATP + galactoquinase →
→ Galactosemia: deficiência de qualquer uma das 3 enzimas → galactoquinase, fosfogalactose uridil transferase e
UDP-galactose - 4 epimerase.
(i) Galactosemia por deficiência de galactoquinase: altas [galactose] no sangue e na urina, indivíduos desenvolvem catarata
durante a infância / limitação rigorosa de galactose na dieta → diminui severidade.
(ii) Galactosemia clássica (por deficiência de fosfogalactose uridil transferase): r etardo no crescimento na infância,
anormalidade na fala, deficiência mental, dano hepático que pode ser fatal mesmo quando a galactose é retirada da dieta.
(iii) Galactosemia por deficiência de UDP-galactose - 4 epimerase: s intomas similares, porém é menos grave quando a
galactose da dieta é cuidadosamente controlada.
CICLO DE KREBS
Quando o ácido pirúvico se transforma em Acetil-CoA, na presença de oxigênio, ele entra no ciclo de Krebs na mitocôndria.
Seu transporte para a mitocôndria se dá a partir de uma proteína transportadora do citosol. A oxidação do ácido pirúvico para
Acetil CoA forma o intermediador de energia NADH + H+ e CO2. As vitaminas niacina, riboflavina, tiamina, ácido pantotênico,
ácido lipóico e íon magnésio participam na reação como cofatores.
→ Reação de equilíbrio (muita energia de ativação negativa): conservação de energia → transferência de elétrons pelos
equivalentes redutores (NAD e FAD).
4ª Reação: ɑ-cetoglutarato (5C) + CoASH + NAD+ → Succinil CoA (4C) + NADH + H+ + C
O2
→ A reação é irreversível: usa gde quantidade de cofatores (FAD, ác. lipóico, íon magnésio e TPP).
São as etapas finais para a obtenção de energia na forma de ATP pelos organismos aeróbicos. Os elétrons dos substratos são
transferidos para o NAD e FAD e depois para componentes da cadeia respiratória. O aceptor final de H+ é o oxigênio.
A cadeia transportadora de elétrons é uma série de proteínas e moléculas orgânicas encontradas na membrana interna da
mitocôndria. Os elétrons são passados de um componente da cadeia transportadora para outro em uma série de reações
redox. A energia liberada nestas reações é capturada na forma de um gradiente de prótons, o qual é usado para produzir ATP
em um processo chamado quimiosmose. Juntas, a cadeia transportadora de elétrons e a quimiosmose formam a fosforilação
oxidativa.
No começo da cadeia transportadora de elétron, 2 elétrons são passados do NADH para o complexo de desidrogenase
(complexo I). Junto a esta transferência temos o bombeamento de um íon de hidrogênio para cada elétron.
Depois, os 2 elétrons são transferidos para a ubiquinona (UQ) → ubiquinona é chamada de molécula transferidora móvel
porque ela move os elétrons para o citocromo b-c1 (complexo III).
Cada elétron é passado em seguida do citocromo b-c1 para o citocromo c -proteína móvel - que aceita um elétrons por vez →
um íon de hidrogênio é bombeado através do complexo assim como cada elétron é transferido.
A etapa seguinte ocorre no complexo de oxidase (complexo IV) → ela requer 4 elétrons que, por sua vez, interagem com o
oxigênio molecular e 8 íons de hidrogênio. Os 4 elétrons, 4 dos íons de hidrogênio e o oxigênio molecular são usados para
formar moléculas de água. Os outros 4 hidrogênios são bombeados através da membrana.
Esta série de bombeamento de hidrogênio cria um gradiente → a energia potencial nesse gradiente é usada pela ATP sintase
para formar ADP e fosfato inorgânico (Pi).
Um íon de hidrogênio entra no complexo de ATP sintase através de um espaço intermembranar e um segundo íon de
hidrogênio sai deixando um espaço na matriz. A parte superior do complexo de ATP sintase gira quando um novo íon de
hidrogênio entra.
Uma vez que 3 prótons tenham entrado no espaço da matriz, há energia suficiente no complexo para sintetizar ATP. Dessa
forma, a energia do gradiente de íons é usada para produzir ATP.
O processo agora está completo, e o resultado é um n° igual de prótons em cada lado da membrana,. Sem um gradiente, não
há mais energia disponível para produzir ATP.