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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

Engenharia Química
Nível III
Termotécnia
TPC1

Discente: Docentes:
Duarte, José Mateus Prof. Dr. Alberto JúlioTsamba;Engº.
Prof. Dr. Miguel.M. Uamusse; Engº.

Maputo/Agosto/2023

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1. Analise de todas as transformações nos diagramas de equilíbrio.
Diagrama P-V

Pistão-cilindro

Considerando um arranjo pistão-cilindro que contenha água líquida a 1 MPa e 150 °C. Nesse
estado, a água se encontra como líquido comprimido. Agora os pesos na parte superior do
pistão são removidos um a um, para que a pressão dentro do cilindro diminua gradualmente
(Fig. 3–19). A água pode trocar calor com a vizinhança, de modo que sua temperatura
permaneça constante. À medida que a pressão diminui, o volume da água aumenta
ligeiramente. Quando a pressão atinge o valor de saturação à temperatura especificada
(0,4762 MPa),
a água começa a ferver, nesse ponto tem-se o liquido saturado. Durante esse processo de
vaporização, a temperatura e a pressão permanecem constantes, mas o volume específico
aumenta, nessa região temos uma mistura de liquido saturado e vapor saturado (zona da
mistura saturada). Após a última gota de líquido se transformar em vapor, uma redução na
pressão resulta em um aumento do volume específico, e a região de vapor superaquecido.

O diagrama P-T de uma substância pura é


a) b) Diagrama P-T frequentemente chamado de diagrama de fase,
uma vez que todas as três fases são separadas
umas das outras por três linhas; assim, a linha
de sublimação separa as regiões de sólido e
vapor, a linha de vaporização separa as regiões
de líquido e vapor e a linha de fusão separa as
regiões sólida e líquida. Essas três linhas se
encontram no ponto triplo, onde todas as três
fases coexistem em equilíbrio. A linha de
vaporização termina no ponto crítico, já que não
é possível fazer nenhuma distinção entre as
fases de líquido e vapor acima do ponto crítico.
As substâncias que se expandem e contraem na
solidificação diferem apenas na linha de fusão
do diagrama P-T
C) Diagrama Pvt

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Todos os diagramas bidimensionais que discutimos até agora são apenas projeções dessa
superfície tridimensional nos planos apropriados. Um diagrama P-v

é apenas uma projeção da superfície P-v-T no plano P-v, e


C) Diagrama P-V-T
um diagrama T-v nada
mais é do que uma vista em perspectiva dessa superfície.
As superfícies P-v-T apresentam uma grande quantidade
de informações simultaneamente, porém, em
uma análise termodinâmica, é mais conveniente trabalhar
com diagramas bidimensionais, como os diagramas P-v e
T-v.

3.3. (Livro de Termodinâmica Yunuss 5ª ed)


Esquema:
Dados:

𝑚𝑎𝑔𝑢𝑎 = 200𝑔 = 0,2𝐾𝑔 ; 𝑎) 𝑉? 𝑏) 𝐻?

𝑃𝑠𝑎𝑡 = 100𝐾𝑝𝑎( 𝑑𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑎 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎

Analisando o problema, verifica-se que se trata de um


problema de vaporização a pressão constante de 100Kpa e que
durante o processo há um aumento no volume. Região de agua
saturada
Resolução:

a) 1º passo: vamos a tabela A-5 e determinamos vf e vg usando como dado de entrada 𝑃𝑠𝑎𝑡 = 100𝐾𝑝𝑎 onde:
3 3
𝒗𝒇 = 0,0010 𝑚 ⁄𝐾𝑔 𝑒 𝒗𝒈 = 1,6931 𝑚 ⁄𝐾𝑔 ; 𝑖𝑠𝑡𝑜 ℎ𝑎 𝑇𝑠𝑎𝑡 = 99,61℃

𝑉 = 𝑚. 𝒗𝒇𝒈 = 𝒎(𝒗𝒈 − 𝒗𝒇 ) = 𝟎, 𝟐(1,6931 − 0,0010) = 0,34𝑚3

b) 1º passo: vamos a tabela A-5 e determina-se hf e hg usando como dado de entrada 𝑃𝑠𝑎𝑡 = 100𝐾𝑝𝑎 onde:
𝑘𝑗 𝐾𝑗
𝒉𝒇 = 417,51 ⁄𝐾𝑔 𝑒 𝒉𝒈 = 2675,0 ⁄𝐾𝑔 ; 𝑖𝑠𝑡𝑜 ℎ𝑎 𝑇𝑠𝑎𝑡 = 99,61℃

𝐻 = 𝑚. 𝒉𝒇𝒈 = 𝒎(𝒉𝒈 − 𝒉𝒇 ) = 𝟎, 𝟐(2675,0 − 417,51) = 451,498 Kj

3.4. Dados
Esquema:
𝑇𝑠𝑎𝑡 = 90℃ ; 𝑚𝑓 = 8𝑘𝑔; 𝑚𝑔 = 2𝑘𝑔

3
Analisando o problema, verifica-se tratando de um processo que ocorre
na zona de mistura saturada, onde coexistem as duas fases, isto e
Liquido-vapor saturado
𝑎) 𝑃𝑠𝑎𝑡 ? 𝑏) 𝑉?

a) Da tabela A-4 usando como dado de entrada 𝑇𝑠𝑎𝑡 = 90℃ pode se determinar 𝑃𝑠𝑎𝑡 = 70,183𝐾𝑝𝑎

b) Da tabela A-4 usando como dado de entrada 𝑇𝑠𝑎𝑡 = 90℃ pode se determinar o vf e vg, onde:

3 3
𝒗𝒇 = 0,001036 𝑚 ⁄𝐾𝑔 𝑒 𝒗𝒈 = 2,3593 𝑚 ⁄𝐾𝑔 ; 𝑖𝑠𝑡𝑜 ℎ𝑎 𝑃𝑠𝑎𝑡 = 70,183𝐾𝑝𝑎

𝑉𝑡 = 𝑉𝑔 + 𝑉𝑓 = 𝑚𝑓 𝑉𝑓 + 𝑚𝑔 𝑉𝑔 = (8 × 0,001036) + (2 × 2,3593) = 4,727𝑚3

3. Condições:

𝒔𝒆 𝑻𝒅𝒂𝒅𝒐 > 𝑻𝒔𝒂𝒕 𝒂 𝒎𝒆𝒔𝒎𝒂 𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔𝒂𝒐, 𝒗𝒂𝒑𝒐𝒓 𝒔𝒖𝒑𝒆𝒓𝒂𝒒𝒖𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐 𝒕𝒂𝒃𝒆𝒍𝒂 𝑨 − 𝟔 ;

𝒔𝒆 𝑻𝒅𝒂𝒅𝒐 < 𝑻𝒔𝒂𝒕 𝒂 𝒎𝒆𝒔𝒎𝒂 𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔𝒂𝒐 𝒕𝒆𝒎𝒐𝒔 𝒍𝒊𝒒𝒊𝒅𝒐 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒊𝒎𝒊𝒅𝒐( 𝒕𝒂𝒃𝒆𝒍𝒂 𝑨 − 𝟕)

𝑆𝑒 𝑻𝒅𝒂𝒅𝒐 = 𝑻𝒔𝒂𝒕 𝒂 𝒎𝒆𝒔𝒎𝒂 𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔𝒂𝒐, 𝒕𝒆𝒎𝒐𝒔 𝒎𝒊𝒔𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒔𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂𝒅𝒂

(𝒕𝒂𝒃𝒆𝒍𝒂 𝑨 − 𝟒 − 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒆𝒓𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒅𝒂𝒅𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂 𝑬 𝑨 − 𝟓 − 𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔𝒂𝒐 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒅𝒂𝒅𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂

3.26.
3
T℃ P, Kpa V, 𝑚 ⁄𝐾𝑔 Descrição da Fase
50 12,352 4,16 mistura saturada
120.21 200 0.88578 Vapor saturado
250 400 0.5952 Vapor superaquecido
110 600 0,001051 Liquido comprimido

3.28

T℉ P, psia u, 𝐵𝑡𝑢⁄𝑖𝑏𝑚 Descrição da Fase


300 67,03 782 Mistura saturada
267,22 40 236,02 Liquido saturado
500 120 1174,4 Vapor superaquecido
400 400 373,84 Liquido comprimido

3.30

T℃ P,kPa 𝑘𝑗 x Descrição da Fase


h, ⁄𝐾𝑔
120,21 200 2045,8 0,7 Mistura saturada
140 361,53 1800 0,565 Mistura saturada
177,66 950 752,74 0,0 Liquido saturado
80 500 335,37 ------------------- Liquido comprimido
350,0 800 3162,2 -------------------- Vapor superaquecido

3.31
3
T℃ P, Kpa V, 𝑚 ⁄𝐾𝑔 Descrição da Fase
-8 320 0,0007569 Liquido comprimido

4
30 770,64 0,015 Liquido saturado
-12,73 180 0,11041 Vapor saturado
80 600 0,044710 Vapor superaquecido

3.32

T℃ P, Kpa 𝐾𝑗 Descrição da Fase


u, ⁄𝐾𝑔
20 572,07 95 Mistura saturada
-12 185,37 35,78 Liquido saturado
86,24 400 300 Vapor superaquecido
8 600 62,26 Liquido comprimido

4. Equações de Estado
4.1 Equação do gás ideal
A lei geral dos gases ideais, é usada para descrever o estado termodinâmico dos gases ideais por
meio das grandezas de pressão, volume e temperatura. Esta relação válida a baixa pressão, baixa
massa específica e quando a interação entre as moléculas é considerada desprezível
Matematicamente e:
𝐽
𝑃𝑉 = 𝑛𝑅′𝑇 onde: 𝑅′ = 8,314 , melhorando ainda mais
𝑚𝑜𝑙.𝐾

1 𝑅′
𝑃𝜈 = 𝑅𝑇 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝜈 = 𝑒𝑅= , 𝑃𝑀 − 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎
𝜌 𝑃𝑀

4.2 Equação do Van Der Waals


A equação de Van der Waals é um aperfeiçoamento da lei dos gases ideais, isto é Van der
Waals ele considerou o tamanho das partículas e as forças intermoleculares entre elas, como as
forças de Van der Waals Matematicamente:
𝑎 27𝑅2 𝑇𝑐 2 𝑅𝑇𝑐
(𝑃 + ) (𝜈 − 𝑏) = 𝑅; 𝑎= 𝑒𝑏=
𝜈2 64𝑃𝑐 8𝑃𝑐

As constantes a e b podem ser determinadas na tabela A-1 apartir de dados do ponto critico.
4.3. Equação de estado de BEATTIE-BRIDGEMAN
Esta equação é resultado da ideia de que um aumento da quantidade de constantes integrantes de
uma equação de estado deverá significar uma melhor precisão para descrever o comportamento
dos gases reais em condições extremas.
𝑏 𝑐 𝑎
𝑃𝜈 2 = 𝑅𝑇 [𝜈 + 𝐵𝑜 (1 − )] (1 − 3 ) − 𝐴𝑜 (1 − )
𝜈 𝜈𝑇 𝜈

Como podemos ver se trata de uma equação com cinco constantes 𝐴𝑜 , 𝐵𝑜 , 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐 Seu emprego
obriga a usar algoritmos mais complexos. Ou o uso da tabela 4-5

5
4.4. Equação de Benedict-Webb-Rubbin
Benedict, Webb, Rubbin, eles apenas estenderam a equação de estado do Beattie, isto é,
aumentando as constantes para 8, como podemos ver abaixo:
𝑅𝑢 𝑇 𝐶𝑜 1 𝑏𝑅𝑢 𝑇 𝑎𝛼 𝑐 𝛾 −𝛾
𝑃= + (𝐵𝑜 𝑅𝑢 𝑇 − 𝐴𝑜 − 2 ) 2 + 3 + + 3 (1 + 2 )𝑒 𝜈
𝜈̅ 𝑇 𝜈̅ 𝜈̅ 𝜈̅ 𝜈̅ 𝑇 𝜈̅

Como podemos ver se trata de uma equação de 8 constantes e para determina-las usa-se a tabela
3-4.
4.5 Equação de Virial
Esta equação mostra-nos que a equação de estado de uma substância pode ser expressa como
uma serie na forma:
𝑅𝑇 𝑎(𝑇) 𝑏(𝑇) 𝑐(𝑇) 𝑑(𝑇)
𝑃= + 2 + 3 + 4 + 5 + ⋯.
𝜈 𝜈 𝜈 𝜈 𝜈
A equação virial não é utilizada com frequência em aplicações de engenharia. Mas muitas das
equações de estado comumente usadas podem ser reduzidas a uma forma que é idêntica ou quase
similar a forma virial.

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