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24/05/2022

Avaliando Propriedades
Voltando ao conceito de substancia pura e suas propriedades.

Sistema Compressível Simples

Onde os efeitos do movimento, viscosidade, tensão superficial, capilaridade, e forças


externas estão ausentes.

Substancia homogênea

Substancia com propriedades termodinâmicas uniformes.

Substancia Pura

Composição homogênea e quimicamente invariável. Pode existir em mais de uma


fase.

Exemplos:
1. Água (sólida, liquida, ou vapor)
2. Mistura de água liquida e vapor de água
3. CO2
4. N2 1
5. Misturas de gases, como o ar, numa só fase.
1

Estado

• O estado de uma substancia pura e homogênea em equilíbrio


pode ser determinado a partir de duas das suas propriedades
intensivas independentes (principio dos estados
equivalentes)
• Por exemplo: Para um gás, a T e qualquer outra propriedade
intensiva podem ser escolhidas para determinar o resto das
propriedades intensivas.
• A partir de T e : p=p(T,); u=u(T,); etc.
• T, p, e  são propriedades independentes quando a
substancia se encontra numa única fase (uma pode mudar
sem que mude a outra).

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Superfície p--T para uma Substancia

Superfície p-  -T para uma substancia que se contrai ao congelar

 Regiões monofásicas: o estado pode ser


determinado por duas propriedades
independentes
 Regiões bifásicas: coexistem duas fases em
equilíbrio
 Duas propriedades podem não ser
suficientes para determinar o estado.
 Linha tripla: podem coexistir as três fases
 Ponto crítico: máxima temperatura onde as
fases líquido e vapor podem coexistir (ponto de
p, T e  críticos)

Valores das propriedades criticas de várias


substancias são dados na tabela T1 e T1-E

Superfície P-  -T para uma substancia que se expande ao congelar

• Se mostram três regiões onde substancias como a água existem, nas três
fases.
• As substancias também podem existir como uma mistura de duas fases
durante uma mudança de fase, sólido-vapor, sólido -líquido, e líquido-vapor.
• Água pode existir na região de líquido comprimido, numa região onde água
liquida saturada e vapor saturado estão em equilíbrio (chamada de região de
saturação), e a região de vapor superaquecido. 4

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Exemplo: Aquecimento de água liquida a 20C, 1 atm


mantendo pressão cte. A água está dentro de um arranjo
cilindro pistão. Um sistema de pesos encima do pistão permite
manter a pressão igual todo o tempo.

Processo 1-2:
T e  aumentam partindo do estado de líquido
sub-resfriado ou líquido comprimido, estado 1,
até o estado de líquido saturado 2.
Na região de líquido comprimido as
propriedades são aproximadamente iguais às do
líquido saturado.
5

Processo 2-3:
No estado 2 se atinge a temperatura de ebulição (saturação), se
diz que há líquido saturado.
Durante a mudança de fase a T e a p permanecem ctes:
99,975C  100C a uma p=1 atm ou 101,325 kPa
No estado 3, as fases líquida e vapor estão e equilíbrio e todos os
pontos entre o estado 2 e 3 têm a mesma p e T.

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Processo 3-4:
No estado 4 há só vapor saturado e a vaporização se completa.

As propriedades termodinâmicas no estado de líquido saturado e vapor


saturado são dadas nas tabelas T2 e T3. A pressão e a temperatura de
saturação são os valores nos quais ocorre a mudança de fase. Na região de
saturação a p e a T são propriedades dependentes conhecendo uma já se
conhece a outra. 7

Processo 4-5:
Se o aquecimento a pressão cte continua, a temperatura
começará a aumentar acima da temperatura de saturação
(100°C) e o volume aumentará consideravelmente.
O estado 5 é chamado de estado superaquecido porque a T5 é
maior que a temperatura de saturação e não há condensação. As
propriedades termodinâmicas para o vapor superaquecido são
dadas na tabela T4.

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Possesso de aquecimento da água a pressão cte.

99.975 

Considerando esse processo


Para outras linhas de pressão cte:

• Conectando todos os pontos dos estados de líquido


saturado, temos a linha de líquido saturado.
• Conectando todos os estados de vapor saturado,
temos a linha de vapor saturado.
• Essas duas linhas se interceptam no ponto critico
formando o “domo de vapor”.
• A região dentro das linhas de saturação é a região de
mistura líquido-vapor, região úmida, região de duas
fases ou só região de saturação.
• Note-se que a tendência da temperatura seguindo uma
linha de pressão cte é a aumentar junto com o volume e
a tendência da pressão seguindo uma linha de
temperatura cte é a diminuir com o aumento do volume.
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P2 = 1000 kPa

P1 = 100 kPa

179.88oC

99.61oC

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T e p de saturação
Tsat água (C) Psat agua kPa
-10 0,26
-5 0,40
0 0,61
5 0,87
10 1,23
15 1,71
20 2,34
25 3,17
30 4,25
40 7,39
50 12,35
100 101,4
150 476,2
200 1555
250 3976
300 8588 12

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T e p de saturação
• Tsat do R134a a patm -26 ºC.
• Tsat butano patm -40°C
• Tsat do N2 a patm -196 ºC.
• Pode-se gerar frio reduzindo a pressão

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Diagrama p- incluindo a fase solida

• Substancia que contrai • Substancia que dilata


ao congelar ao congelar

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Diagrama de fases (p-T).

Ponto triplo da água 0,01oC, 0,6117 kPa .

Ponto crítico da água 374,1ºC, 22,064 MPa.

As regiões bifásicas se reduzem a linhas.

A linha sólido líquido se desloca para a esquerda


para substancias como a água que se expandem
ao congelar; e à direita para as que se contraem
16

16

Diagrama p-
• Projeção do diagrama p--T
sobre o plano pressão-volume

• Para qualquer temperatura


menor do que a critica p será
cte durante a transformação
líquido-vapor e  aumenta

• Para regiões monofásicas a


pressão decresce para
qualquer valor de temperatura
conforme o  aumenta.

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Diagrama T- 

• Projeção das regiões líquido,


líquido-vapor e vapor sobre o
plano T- 
• Para pressões menores do que
a critica a T permanece cte.
durante a fase líquido-vapor
• Nas regiões monofásicas a
temperatura aumenta junto ao
volume específico, para
qualquer pressão
• Para pressões acima da crítica
a T aumenta junto ao volume
específico sem passar pela
região líquido vapor

• Estados 1-f líquido sub-resfriado ou líquido comprimido: T e p são menores


que as de saturação
• Estados g-s vapor superaquecido porque o sistema está a uma temperatura
18
maior do que a de saturação

18

Tabelas de propriedades
Além da temperatura, pressão e volume específico, as tabelas T2 a T5 contem dados
de energia interna específica (u) entalpia específica (h) e entropia específica (s).
A entalpia é uma agrupação da energia interna pressão e volume e é dada por:

H = U + PV
Por unidade de massa:
h = u + pv
Por mol:
− − −
h = u+ p v
• A entalpia define a energia total de um sistema ou substancia
• A entalpia é uma propriedade (mostra a soma de outras propriedades) e a sua
unidade é a mesma que da energia interna kJ/kg.
• A h é muito útil para de determinar a energia de um determinado fluxo de massa
entrando ou saindo de um volume de controle.
• A h também é muito útil no balanço de energia para processos a pressão cte.
dentro de um arranjo cilindro pistão.
•A s é uma propriedade definida pela 2° Lei e é relacionada com o calor transferido
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ao sistema dividido pela temperatura.

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Tabelas de vapor e líquido

• Tabelas T4 propriedades
do vapor de água (vapor
superaquecido)
• Tabela T5 propriedades da
água liquida (líquido
comprimido)
• Fornecem diversas
propriedades em função da
p e T, já que estas são
propriedades
independentes nestas
regiões.

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Exemplos
• Determine a temperatura de saturação para uma pressão de 10 MPa na
tabela de líquido comprimido e na pressão de 3 bar na tabela de vapor
superaquecido.
• Verifique que o  do vapor de água a 0,15 MPa e 440 °C é 2,191 m³/kg
• Determine o  e a h da água num estado onde a pressão é 50 bar e a
temperatura é de 210°C

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Tabelas de saturação, T2 e T3
• Listam as propriedades para os estados líquido e vapor
saturados
• Os valores são representados pelos índices g e f:
u fg = ug − u f
h fg = hg − h f
s fg = sg − s f
• T2 é a tabela de temperatura (na primeira coluna)
• T3 é a tabela de pressão (na primeira coluna)
• hfg é a entalpia de vaporização ou calor latente de vaporização.
Quantidade de energia necessária para vaporizar uma unidade
de massa de líquido saturado a uma T e p dadas.
• hfg diminui com o aumento da T ou da p. A hfg é zero no ponto
crítico.

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Localização dos dados nas tabelas

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Título
• Na mistura bifásica líquido-vapor (linha f-g)
• Há uma mistura de líquido saturado e vapor saturado
consideradas em equilíbrio
• A mistura das duas fases pode ser distinguida através
do título, que é uma propriedade intensiva.

mvapor
x=
mliq + mvapor

• O valor de x está entre zero e a unidade


– para líquido saturado x=0
– para vapor saturado x=1 28

28

O volume específico de uma mistura bifásica pode ser determinado usando as tabelas
de saturação e o título (duas propriedades intensivas independentes):

Como o título ou qualidade é zero para líquido saturado e 1 para vapor saturado:
(0 ≤ x ≤ 1).

Considerando uma mistura de líquido saturado e vapor saturado:

O líquido tem uma massa mf e ocupa um volume Vf e

O vapor tem uma massa mg e ocupa um volume Vg.

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Para a mistura f-g:

V = V f + Vg
m = m f + mg
V = mv , V f = m f v f , Vg = mg v g
mv = m f v f + mg vg
mf mg
v= vf + vg (1
m m
Usando a definição de título x
m mg
x= g = (2
m m f + mg
então
m f m − mg
= = 1− x (3
m m

A quantidade 1- x é o teor de umidade.

Substituindo 2 e 3 em 1 temos que o volume especifico da mistura saturada é:

v = (1 − x)v f + xvg = v f + x(vg − v f ) 30

30

O valor de qualquer propriedade na região de saturação pode ser calculada usando a


equação do título.
Y
Sendo Y qualquer propriedade extensiva e y= (a propriedade intensiva
correspondente, então: m

Y
y= = y f + x( y g − y f )
m
sabendo que:
y f  y  yg

yfg é a diferença entre o valor da propriedade do vapor saturado e a de líquido


saturado (yfg= yg- yf) e pode ser encontrado ou não nas tabelas de saturação;

y pode ser substituído por qualquer uma das variáveis v, u, h, ou s.

Esta equação também pode ser utilizada para determinar a qualidade ou título de
uma mistura de uma substancia pura no estado de saturação.

y − yf
x= 31
y fg

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Como selecionar a tabela certa?

Comparar as propriedades conhecidas da substancia com as da região de


saturação. Dada a T ou p e outra propriedade do grupo v, u, h, e s, pode-se, por
exemplo, conhecendo a p e o v, tentamos responder três questões: para a pressão
dada,
v  vf ?
v f  v  vg ?
vg  v ?
A resposta deve ser sim pára uma delas. Se é afirmativa a resposta da primeira
pergunta, o estado está na região de líquido comprimido, logo se usa a tabela de líquido
comprimido.
Se a resposta afirmativa é para a segunda pergunta, estamos na região de saturação,
logo se usam as tabela de temperatura ou pressão de saturação. O título pode ser
calculado, e com ele as outras propriedades, u, h, e s.
Se a resposta afirmativa é para a terceira pergunta, estamos na região de
superaquecido e usaremos esta tabela para achar o resto das propriedades.

Algumas tabelas não mostram a energia interna. Esta pode ser calculada a partir da
definição de entalpia.
u = h − pv 32

32

Exemplo

Representar a água num estado de 7 MPa nos diagramas T-v, P-v, e P-T. Achar a
energia interna.

Steam
700

600 7000 kPa

500

400
T [C]

300

200

100

0
10 -4 10 -3 10 -2 10 -1 10 0 10 1 10 2 10 3
3
v [m /kg]

33

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34

Steam
10 5

Na linha de saturação:
4
10

285.9 C
10 3
374.1 C
P [kPa]

2
10

1
10

0
10
10 -4 10 -3 10 -2 10 -1 10 0 10 1 10 2
3
v [m /kg]

P PC
Liq.
7
MPa

Ponto Vapor

Triplo

0.01 285.8 373.95 T C 35

35

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Estado 1.p = 7 MPa, para vapor saturado

Determinação da energia interna:


Usando a tabela T-3,
kJ
u = ug = 2581,0
kg
Estado 2.P = 7 MPa, líquido saturado

Usando a tabela T-3,


kJ
u = u f = 1258,0
kg

O estado 3. Considerando uma umidade y = 5%, à p = 7 MPa

mf
y= = 1 − x = 0,05
m

36

36

O título é:
x = 1 − y = 1 − 0, 05 = 0,95
Usando a tabela T-3,

u = u f + x(u g − u f )
= 1258, 0 + 0,95(2581, 0 − 1258, 0)
kJ
= 2514,85
kg

Estado 4. p = 7 MPa, T = 600C

Para p = 7 MPa, A tabela T-3 deu a Tsat = 285,83C.


Como 600C > Tsat para essa pressão, o estado é superaquecido.
Usamos a tabela T-4.

kJ
u = 3261.0
kg

37

37

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38

38

Estado 5. p = 7 MPa, T = 100C

Usando a tabela T-2, a T = 100C, psat = 0,10142 MPa. Como p> psat, o estado é
líquido comprimido.

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40

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Da tabela de líquido comprimido (T-5) e interpolando:

p MPa u kJ/kg
5 417.52
7 u=?
7,5 416.81

417,52 − 416.81 417.52 − u


=
7,5 − 5 7 −5
kJ
u = 416.9
kg

42

42

Exemplo

Determinar a entalpia de 1,5 kg de água contida num volume de 1,2 m 3 a 200 kPa.

Lembrando que são necessárias duas propriedades intensivas independentes para


especificar o estado de uma substancia simples. Pressão p, é uma e, o volume
específico pode ser outra. Calculando o volume específico.

Volume 1.2 m3 m3
v= = = 0.8
massa 1.5 kg kg

Usando a tabela T-3 a p = 200 kPa,

vf = 0,001061 m3/kg , vg = 0,8858 m3/kg

43

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então, v  v f ? não
v f  v  vg ? sim
vg  v ? não

Localizar esse estado no diagrama T-v.


T

Vemos que o estado se encontra na região bifásica (região de saturação). Então


podemos achar o título.

v = v f + x (v g − v f )

44

44

v − vf
x=
vg − v f
0,8 − 0,001061
=
0,8858 − 0,001061
= 0,903
Calculando a entalpia,
h = h f + x h fg
= 504, 7 + (0,903)(2201,9)
kJ
= 2493, 01
kg
Exemplo

Determinar a energia interna do refrigerante134a a uma temperatura de 0C e título


de 60%.

Usando a tabela T-6, para T = 0C,

uf = 49,79 kJ/kg ug =227,06 kJ/kg

45

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46

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então,
u = u f + x (u g − u f )
= 49, 79 + (0.6)(227.06 − 49, 79)
kJ
= 156, 47
kg
Exemplo

Considere um reservatório fechado e rígido contendo água como mostrado abaixo. A


pressão é 700 kPa, a massa de líquido saturado é 1,78 kg, e a massa do vapor
saturado é 0,22 kg. Se adiciona calor à água até a pressão aumentar a 8 MPa. Achar a
temperatura final, entalpia, e energia interna da água. O nível do líquido aumenta ou
diminui? Plotar este processo no diagrama P-v com respeito às linhas de saturação e o
ponto crítico.
P

mg, Vg

Vapor Sat.

mf, Vf
Liquid Sat.
v
47
47

47

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Solução:

Sistema: Um sistema fechado composto de água

Relação das propriedades: tabelas

Processo: O volume é constante (reservatório rígido)

Para este sistema fechado a massa total é cte. e o volume também. Então o volume
específico médio pode ser expressado como:

V
v= = constante
m
ou
v2 = v1
Para achar v1 partindo dos dados iniciais no estado 1

mg1 0.22 kg
x1 = = = 011
.
m f 1 + mg1 . + 0.22) kg
(178
48

48

49

49

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Então, à p = 700 kPa

v1 = v f 1 + x1 (vg1 − v f 1 )
= 0.001108 + (0.11)(0.2729 − 0.001108)
m3
= 0.031
kg

O estado 2 é especificado por:


P2 = 8 MPa, v2 = 0,031 m3/kg

A 8 MPa = 8000 kPa,

vf = 0,001384 m3/kg vg = 0,02352 m3/kg

a 8 MPa, v2 = 0,031 m3/kg.


v2  v f ? não
v f  v2  vg ? não
vg  v2 ? sim
50

50

51

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Então o estado 2 é superaquecido.

Interpolando na tabela T-4 a 8 MPa, v = 0,031 m3/kg pode-se achar,

T2 = 361 C
h2 = 3024 kJ/kg
u2 = 2776 kJ/kg

Como o estado é superaquecido o nível de líquido cai.

52

52

Lista de exercícios.
Livro Engenharia de Sistemas Térmicos.
4.1, 4.3, 4.13, 4.29, 4.33, 4.38, 4.41, 4.80

53

53

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Calores específicos
• A energia necessária para elevar a temperatura
de substancias diferentes com massas
idênticas não é a mesma
• Ex: 1 kg de Fe necessita 4,5 kJ enquanto 1 kg de
H2O requer 41,8 kJ para elevar sua T em 100C.
• O calor específico é a energia requerida para
este aumento de temperatura
• Dá uma ideia da capacidade de
armazenamento de energia de uma substancia.
54

54

• cv: energia requerida para elevar em um 1 grau a


temperatura de uma unidade de massa mantendo-se
V cte.
• cp: idem para p cte.
• Sempre cp > cv já que a p cte. o sistema se
expande e isto implica uma energia adicional
ao sistema.

Para o gás Helio

55

55

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Definição mais geral de cp e cv


• A variação de energia para um sistema fechado a volume cte. Não realiza
trabalho pode ser expressada como:

du = cv dT
 du   dh 
cv =   e, para um sistema a pressão cte. c p =  
 dT v  dT  p

• Como cv e cp são expressadas em termos de outras propriedades, são


propriedades também
• cv é a mudança da energia interna de uma substancia por unidade de
temperatura
• cp é a mudança da entalpia da substancia por unidade de temperatura.

u = cv T
h = c p T 56

56

Equação de estado
• Qualquer equação que relacione as variáveis de estado, temperatura, pressão, e
volume específico, é chamada de equação de estado.
• Para uma dada quantidade de substancia contida num sistema, a temperatura,
volume, e pressão não são quantidades totalmente independentes; elas estão
conectadas por uma relação geral:

Gás Ideal

A equação de estado do gás ideal vem da combinação da lei de Boyle e a lei de


Charles e Gay Lussac e diz que:
Para gases a baixa pressão a equação de estado para o gás ideal se expressa como:

R é a constante de proporcionalidade, é chamada de constante do gás e tem valores


diferentes para cada gás.
Se um gás cumpre essa relação é chamado de gás ideal:

Pv = RT
É uma forma de calcular propriedades se a substancia a ser analisada se comporta
57
de forma parecida a um gás ideal
57

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A R para gases ideais se relaciona com a constante universal dos gases que é válida
para todas as substancias considerando a massa molar (ou peso molecular). Sendo Ru
a constante universal dos gases temos:
Ru
R=
M
A massa molar expressa a massa de uma dada quantidade de matéria (mol ou kmol) e
é a mesma para qualquer sistema de unidades. Tabela T-1 e T-1E.

g kg lbm
M air = 28,97 = 28,97 = 28,97
gmol kmol lbmol
Como 1 kmol = 1000 gmol ou 1000 grama-mol e 1 kg = 1000 g, 1 kmol de ar tem uma
massa de 28,97 kg ou 28.970 gramas.
m=NM
A equação de estado do gás ideal pode ser escrita de várias formas:
Pv = RT
V
P = RT
m
PV = mRT
58

58

Onde
P = pressão absoluta em MPa, ou kPa
v = volume específico molar em m 3/kmol
T = temperatura absoluta em K
Ru = 8,314 kJ/(kmolK)

Valor da constante universal do gás Ru:

8,314 kJ/(kmolK)
8,314 kPam3/(kmolK)
1,986 Btu/(lbmolR)
1545 ftlbf/(lbmolR)
10,73 psiaft3/(lbmolR) 59

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p
• A Ru expressa o valor obtido da relação T
quando p tende a zero num arranjo cilindro pistão
para diferentes valores de temperatura constante
analisando todos os gases.


p
lim = = Ru
p →0 T

60

60

• Gás ideal é uma substancia imaginaria que


obedece à relação pv=RT
• Essa relação se aproxima bastante ao
comportamento p-v-T dos gases reais a baixas
pressões e temperaturas elevadas
• O Ar, N2, O2, H2, He, Ar, CO2, e outros podem
ser tratados como gás ideal.
• Gases densos como vapor de água e o vapor
de refrigerantes não podem ser considerados
como ideais (precisam de tabelas)
61

61

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Exemplo 2-5

Determinar a constante do gás para o ar e o hidrogênio.

Ru
R=
M
kJ
8,314
Rar = kmol  K = 0, 287 kJ
28,97
kg kg  K
kmol

kJ
8,314
RH 2 = kmol  K = 4,124 kJ
2, 016
kg kg  K
kmol
62

62

A equação de estado do gás ideal se usa quando o gas está:


(1) a pressão muito menor que a pressão crítica ~ 10 vezes
(2) a temperatura maior que a temperatura crítica ~2 vezes.
Valores do ponto crítico são dados na tabela T-1 e T-1E.

O vapor de água é um gás ideal?

vtabela − videal
erro : *100
vtabela

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63

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Fator de compressibilidade
• Permite determinar em quanto a equação de
estado do gás ideal se desvia do
comportamento ideal:
pv = Z Ru T

pv pv
Z= =
Ru T RT

• Para um gás ideal Z = 1, o deslocamento de Z


da unidade mede o desvio da relação P-v-T da
equação de estado do gás ideal.
64

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Como definir temperatura elevada e pressão baixa?


Para padronizar, o fator de compressibilidade se expressa como uma função
da pressão reduzida e da temperatura reduzida:

T p
TR = e pR =
Tcr pcr

onde Pcr e Tcr são pressão e temperatura críticas.

Z é aproximadamente o mesmo para todos os gases nas mesmas pr e Tr


Isto é conhecido como o principio dos estados correspondentes.

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Comparação de fatores Z para vários


gases

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u, h, e c de gases ideais
• A relação entre as propriedades de um gás ideal se expressa como pv=RT
• Se sabe por experimentos e demonstrações matemáticas que u=u(T)
• Com a definição de entalpia e a equação de estado:
h = u + pv
pv = RT
h = u + RT como R é cte. e u=u(T)  h=h(T)

• Como u e h só dependem da temperatura, cp e cv também só dependem


da temperatura
• Portanto u, h, cv e cp têm valores fixos para temperaturas fixas sem
importar o v ou a p. Então:
2
u = u2 − u1 =  cv (T )dT (kJ / kg )
1
2
h = h2 − h1 =  c p (T )dT (kJ / kg ) 68
1

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Comportamento do calor específico do gás


ideal para alguns gases

• Os calores específicos de gases mais


complexos são mais elevados e
aumentam com a temperatura
• Para intervalos pequenos de
temperatura a variação do cp é
aproximadamente linear

• Dados tabelados para vários gases podem ser vistos na tabela T-10
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Calor específico a diferentes


temperaturas

u2 − u1 = cv ,med (T2 − T1 ) (kJ/kg)


h2 − h1 = c p ,med (T2 − T1 ) (kJ/kg)
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Exemplo
• Dois tanques estão conectados por uma válvula. Um tanque
contem 2 kg de CO a 77°C e 0,7 bar. O outro tem 8 kg do
mesmo gás a 27ºC e 1,2 bar. A válvula é aberta e enquanto os
gases se misturam eles realizam trocas de calor entre si. A
temperatura final de equilíbrio é 42°C. Utilizando o modelo do
gás ideal determine: a) a pressão final de equilíbrio em bar, b)
a transferência de calor do processo em kJ.

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Compressão politrópica de um gás ideal


• Lembrando que
p1V1n = p2V2n = cte
n
p2  V1 
= 
p1  V2 
pV = mRT

• Calculando o trabalho
p2V2 − p1V1
para (n  1) W =
1− n
V
para (n = 1) W = p1V1 ln 2
V1
para (n = 0) W = p (V2 − V1 )
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Combinando a equação do gás ideal com a relação politrópica

n −1 1− n
T2  p2  n
V 
=  = 2 
T1  p1   V1 
n
p2  V1 
= 
p1  V2 
mR (T2 − T1 )
para gas ideal com (n  1) W =
1− n
V
para gas ideal com (n = 1) W = mRT ln 2
V1
para gas ideal com (n = 0) W = mR(T2 − T1 )
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Ar é submetido a uma compressão politrópica num


arranjo cilindro pistão de p1=1bar, T1=22°C até
p2=5bar. Utilizando o modelo do gás ideal, determinar
o trabalho e o calor transferido por unidade de massa,
em kJ/kg com n=1,3.

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Um sistema consiste de 2lb de vapor de água,


inicialmente a 300ºF e ocupando um volume de 20ft³, é
comprimido isotermicamente para um volume de
9,05ft³. O sistema é então aquecido a volume
constante para uma pressão final de 120lbf/in². Durante
a compressão isotérmica a intensidade da energia
transferida pelo trabalho é de 90,8Btu para o sistema.
Os efeitos da energia cinética e potencial são
desprezíveis. Determine a transferência de calor em
Btu para cada processo.
Ex. 4.47

90

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91

91

40
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92

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93

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